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AULA 06 Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • As forças atuantes sobre a coluna vertebral são: 1. Peso corporal; 2. Tensão dos ligamentos espinhais; 3. Tensão dos músculos intervertebrais; 4. Pressão intra-abdominal e torácica; 5. Quaisquer cargas externas aplicadas aos segmentos; 2º eixo pneumático. Eixo principal de decomposição de forças. Sobre o eixo longitudinal da coluna vertebral Cavidade torácica Cavidade abdominal 2º Eixo pneumático O segundo eixo pneumático pode diminuir em até 50% a compressão entre D12-L1 e em 30% entre L5-S1 Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • Na postura de pé o centro de gravidade total fica anteriorizado a coluna vertebral; • Colocando a coluna em constante momento de flexão; • Os eretores da coluna devem manter uma ação muscular constante para evitar esse movimento; • Se ocorre uma flexão dos membros superiores, ou do tronco a ação do eretor da coluna aumenta; • Como o eretor tem um braço de força muito pequeno, mudanças no posicionamento do tronco e/ou aumento da carga resistida pelos membros superiores afastados do tronco, aumentam enormemente a força realizada; Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • Além da sobre carga causada por implementos externos, as forças sobre a coluna vertebral podem aumentar devido as posturas assumidas pelo corpo; Pesos dos segmentos: Cabeça = 5,2kg (52N) Tronco = 29,7kg (297N) Membros superiores = 7,8kg (78N) Barra e anilhas = 60 kg (600N) 18cm 37cm 58 cm L5 S1 6cm 37,2cm Força de reação de cisalhamento Força de reação de compressão Força de ação muscular Qual o torque que L5 está submetida? Total = Cabeça+ Tronco+ M.Superiores+ Implementos Total = (52N*58cm)+(297N*18cm)+(78N*37,2cm)+(600 N*37cm) Total =3.016n/cm+5.346N/cm+2.901,6N/cm+22.200N/ cm Total = 33.463,6N/cm Qual a força do eretor da coluna? ∑𝑇 =0 Total = Eretores 33.463,6N/cm= F*6cm F = 33.463,6𝑁/𝑐𝑚 6𝑐𝑚 F = 5.577,3N Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • A pressão nos discos intervertebrais muda significativamente com a posição corporal e a carga; • Durante cargas estáticas ocorre deformação do disco ao decorrer do tempo, resultando em maior transferência da carga para as facetas articulares dos processos transversos; • Cargas dinâmicas leva a perda da hidratação articular e diminuição da capacidade de resistência a compressão, com diminuição da capacidade de resistência muscular e sobre cargas nos ligamentos, podendo resultar em desconforto e posteriormente dor; • Movimentos repetidos de flexão com sobre carga levam ao “fenômeno do relaxamento da flexão” que ocorre nos extensores diminuindo as forças de resistência muscular; Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • Na postura de pé, a carga compressiva da coluna leva a uma força de cisalhamento para a região ventral; • Isso é particularmente verdade na região lombar; – Casos patológicos podem ocorrer dessa ação como a espondilólise e a espondilolistese; Força Peso Força de cisalhamento Força de compressão Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • A flexão lateral da coluna, bem como a rotação, apresentam um quadro de ativação muscular mais complexo do que na flexão/extensão do tronco; • Apenas 50Nm de torque lateral pode levar a forças compressivas de até 800N entre L5 e S1; Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • Movimento de rotação podem alcançar ainda maiores cargas compressivas; • Ficando entre 1.400N a 2.500N; • Ângulos assimétricos de levantamento podem potencializar ainda mais essas forças compressivas Lesões na coluna – Lombalgia • A lombalgia é a dor mais prevalente na coluna, com índices de 85% de incidência durante qualquer período da vida; • É a segunda maior causa de abstenções no trabalho, sendo mais comum em operadores de campo; • Com o envelhecimento ocorre naturalmente a degeneração dos discos intervertebrais, na região lombar isso é particularmente verdade; A – Disco intervertebral Jovem. B – Disco intervertebral adulto saudável. C – Disco intervertebral Idoso artrótico. Biomecânica da Coluna vertebral – cargas sobre a coluna • Trabalho de aula: 1. Faça um levantamento dos principais tipos de dor da coluna vertebral; 1. As regiões mais afetadas; 2. E as principais causas; 2. Descreva as síndromes de espondilólise e espondilolistese; 3. Diferencie a extrusão da hérnia intervertebral; Lesões na coluna – Lombalgia patologia • É comum a ocorrência de lombalgia correlatamente com mudanças patológicas dos tecidos espinhais; • Existindo uma tendência a se procurar achados radiológicos ou de imagem que venham a explicar a dor por esse meio; • Porém os processos degenerativos do envelhecimento, podem promover lombalgia, mesmo sem quaisquer problema patológico tecidual; Lesões na coluna – Lombalgia fisiologia • A dor é a resposta sensória a agentes inflamatórios nos tecidos; • A coluna vertebral como um todo, e a região lombar em especial é rica em receptores de dor (terminações nervosas livres); • Os tecidos conjuntivos e fibrosos, das estruturas ligamentares e tendíneas respondem aos processos de lesão liberando vários agentes de marcação de inflamação; – Prostaglandinas; – Leucotrienos; – Bradicininas; A epidemiologia da degeneração vertebral articular. • Processos degenerativos articulares, especificamente na coluna são prevalentes na história humana desde 125.000 anos atrás; • Arqueólogos encontraram em ossadas de Neandertalensis lesões nas vértebras cervicais causadas por Osteo Artrite (OA); • Com a evolução humana a prevalência da OA veio a aumentar, estando presente no Homo Sapiens a aproximadamente 30.000 anos atrás; • No antigo Egito a OA apresentou uma maior incidência e prevalência entre as classes sociais mais baixas, indicando que o trabalho já se apresentava como um fator de estimulação a doença; A epidemiologia da degeneração vertebral articular. • Entre os romanos foi observada a prevalência de OA, apesar dos indivíduos apresentarem uma atividade agropecuária e artesanal; • Nessas populações a região lombar era a principal afetada, seguida da região cervical; • Na cultura econômica atual condições ocupacionais foram as causas externas primárias de OA; Degeneração do disco vertebral. • É talvez o tipo de doença degenerativa que é mais afetada pela atividade ocupacional; • Desde 1944 Knutson e Kay tem apresentado uma correlação entre a degeneração entre L4- L5 e L5-S1 com lombalgias e ciatalgia; Exercícios de força e resistência. • Os exercícios de força e resistência servem como método coadjuvante em programas de manutenção e recuperação postural; • Normalmente os exercícios são realizados mantendo- se a regra de De Lorme e Watikins, de se realizar 3 séries de 10 repetições cada; • Implementos como halteres e caneleiras são comuns como formas de se aumentar a intensidade dos exercícios; Ombros, costas e pescoço. • Exercício de ajoelhar-se com o braço fletido; – Trabalha os músculos dos ombros, da parte superior das costas e do pescoço; Ombros, costas e pescoço. • Exercício de ajoelhar-se com o braço abduzido; – Trabalha os músculos dos ombros, da parte superior das costas e do pescoço; Ombros, costas e pescoço. • Exercício de ajoelhar-se com o braço estendido;– Trabalha os músculos dos ombros, da parte superior das costas e do pescoço; Ombros, costas e pescoço. • Exercício de ajoelhar-se com o braço estendido e o quadril estendido: – Para o fortalecimento dos músculos dos ombros e do quadril; Costas e pescoço. • Realiza o alongamento dos músculos eretores, inferiores e superiores das costas; Costas, quadril e joelhos. • Trabalho para os músculos paravertebrais lombares, glúteos e dos ísquios tibiais; Alongamento em “leque” • Trabalho músculos peitorais, deltóides, rombóides e trapézios; Manquito rotador externo. • Trabalha os músculos do manquito rotador externo, supraespinhoso, infraespinhoso e subescapular;
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