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DIREITO PROCESSUAL PENAL II QUESTÕES DISCURSIVAS

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DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 01 
 
Questão discursiva: 
 
Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a 
polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. 
Após alguns solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de 
alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na 
cara da pessoa moradora. 
Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado 
no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho 
como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. 
Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução 
criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. 
Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes. 
 
Resposta: A forma expressa do art. 5ª, LVI, da CF/88 e do art. 157 do CPP, que proíbem a utilização das provas ilícitas 
no processo, não devem ser interpretadas de forma rígida, pois só na situação e no caso concreto é que se delimitará 
a importância dos bens jurídicos envolvidos, sopesando-os, para que desta forma, se possa chegar ao fim almejado 
mediante a mais clara e cristalina justiça. 
Segundo o Princípio da Proporcionalidade, as provas ilegítimas quando forem usadas em benefício do réu, será 
perfeitamente possível a sua aceitação no processo. Nesse sentido, elas devem ser aceitas quando o bem jurídico 
alcançado for maior que o direito violado. Esta teoria visa atribuir valor às provas, sendo que na medida em que se 
garante um direito, muitas vezes é preciso restringir outro. Este princípio permite uma ponderação entre direitos e 
bens violados e assegurados, pois, mediante ele, é que se pode obter um direito verdadeiramente justo. 
 
Questão objetiva: 
 
(OAB FGV 2010.2) Em uma briga de bar, Joaquim feriu Pedro com uma faca, causando-lhe sérias lesões no ombro 
direito. O promotor de justiça ofereceu denúncia contra Joaquim, imputando-lhe a prática do crime de lesão corporal 
grave contra Pedro, e arrolou duas testemunhas que presenciaram o fato. A defesa, por sua vez, arrolou outras duas 
testemunhas que também presenciaram o fato. Na audiência de instrução, as testemunhas de defesa afirmaram que 
Pedro tinha apontado uma arma de fogo para Joaquim, que, por sua vez, agrediu Pedro com a faca apenas para 
desarmá-lo. Já as testemunhas de acusação disseram que não viram nenhuma arma de fogo em poder de Pedro. Nas 
alegações orais, o Ministério Público pediu a condenação do réu, sustentando que a legítima defesa não havia ficado 
provada. A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando que o mesmo agira em legítima defesa. No momento de 
prolatar a sentença, o juiz constatou que remanescia fundada dúvida sobre se Joaquim agrediu Pedro em situação de 
legítima defesa. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
 
(A) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. Assim, como o juiz não se convenceu completamente 
da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(B) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da acusação. Assim, como o juiz não se convenceu 
completamente da ocorrência de legítima defesa, deve condenar o réu. 
(C) O ônus de provar a situação de legítima defesa era da defesa. No caso, como o juiz ficou em dúvida sobre a 
ocorrência de legítima defesa, deve absolver o réu. 
(D) Permanecendo qualquer dúvida no espírito do juiz, ele está impedido de proferir a sentença. A lei obriga o juiz a 
esgotar todas as diligências que estiverem a seu alcance para dirimir dúvidas, sob pena de nulidade da sentença que 
vier a ser prolatada. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 02 
 
Questão discursiva: 
 
O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre 
exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes 
para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no 
estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe 
foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha 
da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: Pode 
o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? A prova produzida em 
juízo nesse caso seria considerada válida? 
 
Resposta: Não. O segredo sacramental da confissão é inviolável, mesmo que a pessoa revele um crime. A relação 
entre padre e fiel segue as determinações morais e éticas do sigilo profissional. Segundo a inteligência do art. 207 
do Código de Processo Penal, são proibidas de depor as pessoas que em razão de ministério devam guardar segredo. 
 
2) A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida? 
 
Resposta: Somente seria possível se a parte interessada desobrigar o confidente a guardar o segredo, conforme 
dispõe a parte final do art. 207, CPP, porém, no tocante à confissão sacerdotal, observa-se o Código de Direito 
Canônico, aplicável ao ministério católico, também proíbe a revelação de qualquer conhecimento adquirido por 
meio de confissão. 
 
Questão objetiva: 
 
(Ministério Público BA/2010) À luz do Código de Processo Penal, deve-se afirmar que: 
a) A prova testemunhal não pode suprir a falta do exame de corpo de delito, ainda que tenham desaparecidos os 
vestígios do crime; 
b) A confissão será indivisível e retratável, sem prejuízo do livre convencimento do Juiz de Direito, fundado no exame 
das provas em conjunto; 
c) O ofendido não deve ser comunicado da sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem; 
d) As pessoas proibidas de depor em razão da profissão, poderão fazê-lo se, desobrigadas pela parte interessada, 
quiserem dar o seu testemunho; neste caso, porém, não deverão prestar compromisso legal; 
e) Todas as afirmativas estão incorretas. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 03 
 
Questão discursiva: 
 
O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na 
Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto 
qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo 
depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um 
forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das provas 
colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos 
e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais 
do acusado, como incurso no art. 157 do CP. 
Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso. 
 
Resposta: Não, pois trata-se o caso concreto de Mutatio Libelli, uma vez que a denúncia trouxe determinados fatos, 
os quais foram objetos de ataque da defesa. No final da instrução probatória se verifica a mudança da narrativa ao 
qual o defensor não teve oportunidade de se manifestar. Logo, considerando que o réu se defende dos fatos, 
seria necessária a formação de novo contraditório, do contrário, fica cerceada a ampla defesa. 
O mutattio libelli exige a emenda da denúncia e a abertura de prazo de 5 dias paramanifestação da defesa, para 
que, querendo, requeira novas provas e depoimentos pessoais. 
 
Questões objetivas: 
 
1-(Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta: 
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem julgamento do mérito ou, 
então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou 
queixa ou rejeita pedido de prisão preventiva; 
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras servem 
para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação 
processual. Enquanto que as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum 
causae; 
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser considerada decisão 
interlocutória mista; 
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz respeito ao modus 
procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus 
em relação àquelas: elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae. 
 
2-A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou a vítima e, após desferir-lhe um 
empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava. Nesse caso: 
(a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave que a do furto; 
(b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo, devendo, antes, proceder ao 
seu interrogatório; 
(c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela praticado do roubo; 
(d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia, dando ao Ministério Público e 
à Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem testemunhas. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 04 
 
Questão discursiva: 
 
Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três 
comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em 
flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. 
Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber 
a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação descrita, que 
fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do 
magistrado? Justifique sua resposta. 
 
Resposta: Não. Luizinho, nos termos do artigo 360, CPP, deveria ter sido citado pessoalmente, pois encontra-se 
preso. Com relação aos outros comparsas, o edital seria o meio eficaz segundo a inteligência do artigo 363, § 1º, 
CPP para citar Zezinho e a citação por hora certa para citar Huguinho que vive se ocultando. 
 
Questão objetiva: 
 
Com relação ao tema CITAÇÕES, assinale a alternativa incorreta: 
a) No processo penal, o réu que se oculta para não ser citado poderá ser citado por hora certa, na forma estabelecida 
no Código de Processo Civil; 
b) Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, a citação far-se-á por carta ou qualquer meio hábil de 
comunicação; 
c) Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso 
do prazo prescricional; 
d) O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de 
comparecer sem motivo justificado; 
e) A citação do militar dar-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço, respeitando assim à hierarquia militar 
bem como a inviolabilidade do quartel. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 05 
 
Questão discursiva: 
 
Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, 
mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e 
Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas 
arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas 
da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Pergunta-se: Você, Defensor Público, arguiria qual tese 
defensiva em favor do seu assistido Marcílio? 
Resposta: As disposições do artigo 400 do Código de Processo Penal, prevê que serão inquiridas as testemunhas de 
acusação, as de defesa, interrogando-se, em seguida, o acusado. Deve-se respeitar a ordem estabelecida pelo 
procedimento legal, pois o prejuízo causado ao réu pela inversão da ordem da oitiva das testemunhas é presumido 
uma vez que, sendo uma testemunha de acusação ouvida no final, o acusado não poderia se contrapor a ela. 
 
Questão objetiva: 
 
(OAB-FGV) Em processo sujeito ao rito ordinário, ao apresentar resposta escrita, o advogado requer a absolvição 
sumária de seu cliente e não propõe provas. O juiz, rejeitando o requerimento de absolvição sumária, designa 
audiência de instrução e julgamento, destinada à inquirição das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e ao 
interrogatório do réu. Ao final da audiência, o advogado requer a oitiva de duas testemunhas de defesa e que o juiz 
designe nova data para que sejam inquiridas. Considerando tal narrativa, assinale a afirmativa correta. 
(A) O juiz deve deferir o pedido, pois a juntada do rol das testemunhas de defesa pode ser feita até o encerramento 
da prova de acusação. 
(B) O juiz não deve deferir o pedido, pois o desmembramento da audiência una causa nulidade absoluta. 
(C) O juiz só deve deferir a oitiva de testemunhas de defesa arroladas posteriormente ao momento da apresentação 
da resposta escrita se ficar demonstrado que a necessidade da oitiva se originou de circunstâncias ou fatos apurados 
na instrução. 
(D) O juiz deve deferir o pedido, pois apesar de a juntada do rol de testemunhas da defesa não ter sido feita no 
momento correto, em nenhuma hipótese do processo penal, o juiz deve indeferir diligências requeridas pela defesa. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 06 
 
Questão discursiva: 
 
Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de ultrpassagem), sendo certo que 
a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na 
ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio 
desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da PM que passava 
pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo circunstanciado, uma vez que a 
Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação 
penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre 
que Semprônio ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a proceder à 
citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em 
conformidade com o procedimento sumaríssimo? 
 
Resposta: Segundo o art. 66 da Lei 9099/95, é incabível a citação por hora certa no JeCrim, pois deverá sempre 
pessoal e sempre que possível no próprio Juizado ou por mandado. Caso o acusado não seja encontrado para ser 
citado, as peças existentes deverão serem encaminhadas ao Juízo comum que adotará as providências cabíveis. 
 
Questão objetiva: 
 
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considereas seguintes assertivas: 
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e 
a suspensão do processo nos delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano. 
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal, admite-se a suspensão condicional do processo 
por crime continuado, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for 
superior a um ano. 
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos crimes previstos no Estatuto do Idoso nas 
hipóteses em que a pena máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a transação penal e a 
suspensão do processo não lhes são aplicáveis. 
Quais estão corretas? 
a) I; 
b) I e II; 
c) III; 
d) I e III; 
e) II e III 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 07 
 
Questão discursiva: 
 
Juninho Boca, jovem de classe média da zona sul do Rio de Janeiro, está respondendo a processo criminal como incurso 
nas penas do art. 33 da lei 11.343/06 pois, em tese, seria o responsável pela distribuição de cocaína em um conhecido 
bar em Copacabana. 
Realizada a AIJ, na forma do art. 56 do mesmo diploma legal, em sede de alegações finais a defesa pugnou pela 
nulidade do feito, uma vez que o perito que havia subscrito o laudo definitivo de constatação da substância 
entorpecente também havia funcionado na elaboração do laudo prévio. Pergunta-se: Assiste razão a defesa de Juninho 
Boca? 
 
Resposta: Conforme o Art.50, §2º da lei 11.343/06, não assiste razão à defesa, pois o perito que subscrever o laudo 
prévio não ficará impedido de participar da elaboração do laudo definitivo. Porém, a única ressalva guarda guarida 
quanto ao laudo definitivo que deverá ser elaborado por dois peritos oficiais, sob pena de nulidade. 
 
Questões objetivas: 
 
1-Sobre os crimes da Lei de Drogas (Lei 11.343/06), assinale a opção INCORRETA: 
A) aplica-se, subsidiariamente, as disposições do CPP e da LEP 
B) em caso de crime de porte de drogas para consumo pessoal, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal 
C) É vedada a transação penal para aquele que oferece droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de 
seu relacionamento para juntos consumirem. 
D) O inquérito policial, no caso de crime de tráfico de drogas, será concluído no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver 
preso, e de 90 dias, quando estiver solto. 
E) Todas as alternativas estão incorretas. 
 
2- Matheus foi denunciado pela prática dos crimes de tráfico de drogas (Art. 33, caput, da Lei nº 11.343/2006) e 
associação para o tráfico (Art. 35, caput da Lei nº 11.343/2006), em concurso material. Quando da realização da 
audiência de instrução e julgamento, o advogado de defesa pleiteou que o réu fosse interrogado após a oitiva das 
testemunhas de acusação e de defesa, como determina o Código de Processo Penal (Art. 400 do CPP, com redação 
dada pela Lei nº 11.719/2008), o que seria mais benéfico à defesa. O juiz singular indeferiu a inversão do 
interrogatório, sob a alegação de que a norma aplicável à espécie seria a Lei nº 11.343/2006, a qual prevê, em seu Art. 
57, que o réu deverá ser ouvido no início da instrução. Nesse caso, 
A) o juiz não agiu corretamente, pois o interrogatório do acusado, de acordo com o Código de Processo Penal, é o 
último ato a ser realizado. 
B) o juiz agiu corretamente, eis que o interrogatório, em razão do princípio da especialidade, deve ser o primeiro 
ato da instrução nas ações penais instauradas para a persecução dos crimes previstos na Lei de Drogas. 
C) o juiz não agiu corretamente, pois é cabível a inversão do interrogatório, devendo ser automaticamente 
reconhecida a nulidade em razão da adoção de procedimento incorreto. 
D) o juiz agiu corretamente, já que, independentemente do procedimento adotado, não há uma ordem a ser seguida 
em relação ao momento da realização do interrogatório do acusado. 
E) o juiz não agiu corretamente, pois indeferiu a inversão da ordem do interrogatório sem a manifestação do membro 
do Ministério do Público. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 08 
 
Questão discursiva: 
 
(OAB) Caio, professor do curso de segurança no trânsito, motorista extremamente qualificado, guiava seu automóvel 
tendo Madalena, sua namorada, no banco do carona. 
Durante o trajeto, o casal começa a discutir asperamente, o que faz com que Caio empreenda altíssima velocidade ao 
automóvel. Muito assustada, Madalena pede insistentemente para Caio reduzir a marcha do veículo, pois àquela 
velocidade não seria possível controlar o automóvel. Caio, entretanto, respondeu aos pedidos dizendo ser perito em 
direção e refutando qualquer possibilidade de perder o controle do carro. 
Todavia, o automóvel atinge um buraco e, em razão da velocidade empreendida, acaba se desgovernando, vindo a 
atropelar três pessoas que estavam na calçada, vitimando-as fatalmente. Realizada perícia de local, que constatou o 
excesso de velocidade, e ouvidos Caio e Madalena, que relataram à autoridade policial o diálogo travado entre o casal, 
Caio foi denunciado pelo Ministério Público pela prática do crime de homicídio na modalidade de dolo eventual, três 
vezes em concurso formal. Realizada Audiência de Instrução e Julgamento e colhida a prova, o Ministério Público 
pugnou pela pronúncia de Caio, nos exatos termos da inicial. 
Na qualidade de advogado de Caio, chamado aos debater orais, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso: 
 
a) Qual (is) argumento (s) poderia (m) ser deduzidos em favor de seu constituinte? 
 
Resposta: Como argumento de defesa poderia ser alegado a incompetência do juízo tendo em vista Caio ter 
praticado homicídio culposo, culpa consciente, uma vez que, embora pudesse ter presumido o resultado, 
confiou/acreditou que o fato não ocorreria tendo em vista a sua perícia. 
 
b) Qual pedido deveria ser realizado? 
 
Resposta: O pedido a ser realizado seria a desclassificação do fato para homicídio culposo, tendo em vista a culpa 
consciente e a consequente remessa dos autos para o juízo singular competente conforme art. 419, CPP. 
 
c) Caso Caio fosse pronunciado, qual recurso poderia ser interposto e a quem a peça de interposição deveria ser 
dirigida? 
 
Resposta: Caso Caio seja pronunciado o recurso cabível é o recurso em sentido estrito (art. 581, IV, CPP) e a peça de 
interposição deverá ser dirigida para o Tribunal de Apelação art. 582, CPP. 
 
Questão objetiva: 
 
(OAB) Assinale a alternativa CORRETA à luz da doutrina referente ao Tribunal do Júri. 
a) São princípios que informa o Tribunal do Júri: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos 
e a competência exclusiva para julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
b) A natureza jurídica da pronúncia (em que o magistrado se convence da existência material do fato criminoso e 
de indícios suficientes de autoria) é de decisão interlocutória mista não terminativa; 
c) O rito das ações de competência do Tribunal do Júri se desenvolve em duas fases: judicium causae e judicium 
accusacionis. O judicium accusacionis se inicia com a intimação das partes para indicação das provas que pretendem 
produzir e tem fim com o trânsito em julgado da decisão do Tribunal do Júri; 
d) Alcançada a etapa decisória do sumário da culpa, o juiz poderá exarar quatro espécies de decisão, a saber: 
pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e condenação. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 09 
 
Questão discursiva: 
 
Antônio foi submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri e condenado. Após o julgamento, descobriu-se que integrou 
o Conselho de Sentença o jurado Marcelo, que havia participado do julgamento de Pedro, co-réu no mesmo processo, 
condenado por crime de roubo conexo ao delito pelo qualAntônio foi condenado. Pergunta-se: Qual a defesa que 
poderá ser apresentada pelo Defensor de Antônio em eventual recurso interposto? Justifique a sua resposta: 
 
Resposta: Em eventual recurso interposto pelo defensor de Antônio, apelação com base no art. 593, III, “a”, CPP, o 
mesmo pode alegar nulidade do julgamento com base no art. 449, II, CPP, no qual não pode servir o jurado no caso 
de concurso de pessoas houver integrado o Conselho de Sentença que julgou o outro acusado e ainda conforme 
súmula 206 STF é nulo o julgamento ulterior pelo júri com a participação de jurado que funcionou em julgamento 
anterior do mesmo processo. 
 
 
Questão objetiva: 
 
(Magistratura/RS/2009) Acerca de processo e julgamento dos crimes dolosos contra a vida, assinale a assertiva 
CORRETA: 
A) Diante das respostas aos quesitos, os jurados condenaram o acusado por homicídio doloso qualificado. Ao proferir 
a sentença condenatória e fixar a pena, o magistrado não poderá reconhecer as agravantes que não foram objeto dos 
quesitos; 
B) Poderá haver recusa ao serviço do Júri, fundada em convicção religiosa, filosófica ou política; 
C) Os jurados poderão perguntar diretamente ao ofendido e às testemunhas, sem a intermediação do Juiz Presidente 
do Tribunal do Júri; 
D) Em um processo onde o réu foi pronunciado por homicídio consumado e tráfico de entorpecentes, após terem os 
jurados afastado o dolo direto e o dolo eventual, na votação dos quesitos acerca do homicídio consumado, serão 
questionados sobre o delito conexo de tráfico de entorpecentes; 
E) Durante os debates, no plenário do Tribunal do Júri, aos jurados é vedado, mesmo por intermédio do juiz-
presidente, pedir ao promotor de justiça que indique a folha do processo onde se encontra o depoimento da 
testemunha a que está fazendo referência em seu pedido de condenação. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 10 
 
Questão discursiva: 
 
(Ministério Público PR / 2008) Tício foi condenado à pena privativa de liberdade de 06 (seis) anos de reclusão por 
violação ao artigo 157, parágrafo 2, incisos I e II do Código Penal. Da sentença condenatória, Tício foi intimado em 
09/05/2008 (sexta-feira), oportunidade em que manifestou o interesse de não recorrer da decisão condenatória. O 
advogado de Tício, defensor devidamente constituído, fora intimado da decisão condenatória em 08/05/2008 (quinta-
feira). No dia 16/05/2008, o advogado de Tício interpôs recurso de apelação. O recurso é tempestivo ou não? Justifique 
a sua resposta abordando as controvérsias sobre o tema indagado. 
 
Resposta: O recurso é tempestivo, uma vez que o prazo de 05 dias para a apelação conta-se da intimação do réu, 
excluindo-se esse dia da contagem art. 798, & 1º, CPP, o primeiro dia do prazo é na segunda-feira, pois não é possível 
o início da contagem em fim de semana e feriado conforme súmula 710 STF. Logo o último dia do prazo é dia 16-05-
2008. 
 
 
Questão objetiva: 
 
Quantos aos recursos em geral, dispõe o Código de Processo Penal, dentre outras hipóteses, que a) no caso de 
concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivo de caráter 
exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros; 
b) excetuando-se dentre outros o da sentença que denegar habeas corpus, hipótese em que deverá ser interposto, de 
ofício, pelo juiz, os recursos serão voluntários; 
c) salvo a hipótese de má-fé, a parte não será prejudicada pela interposição de um recurso por outro e se o juiz, 
desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandará processá-lo de acordo com o 
rito do recurso cabível; 
d) a qualquer tempo, o Ministério Público poderá desistir de recurso que haja interposto; 
e) interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por 05 a 60 dias, fará conclusos os autos ao juiz, 
até o quinto dia seguinte ao último do prazo. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 11 
 
Questão discursiva: 
 
(OAB) Pedro, almejando a morte de José, contra ele efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. 
José vem a falecer, entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida, havia ingerido 
dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi comprovado durante instrução processual. 
Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de 
Advogado de Pedro: 
 
I. indique o recurso cabível; 
Resposta: O recurso cabível da decisão de pronúncia é o recurso em sentido estrito – art. 581, IV, CPP 
 
II. o prazo de interposição; 
 
Resposta: O prazo para interposição RESE é de 05 dias, conforme art. 586, CPP 
 
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido. 
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais. 
 
Resposta: Tendo em visa haver uma causa preexistente absolutamente independente, deverá o agente somente 
responder pelos atos praticados, ou seja, a tentativa de homicídio – art. 13, & 1º c/c 121 c/c 14, II e parágrafo único, 
todos do CP 
 
Questão objetiva: 
 
(Magistratura PR / 2010) Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I. Que pronunciar ou impronunciar o réu; 
II. Que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição; 
III. Que absolver sumariamente o réu; 
IV. Da decisão que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem. 
Dadas as assertivas acima, escolha a alternativa CORRETA: 
a) Apenas a assertiva I está correta; 
b) Apenas a assertiva II está correta; 
c) Apenas as assertivas I e IV estão corretas; 
d) Todas as assertivas estão corretas. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 12 
 
Questão discursiva: 
 
1- George foi pronunciado, na forma do art. 413 do CPP, pelo crime previsto no art. 121, § 2º, II do CP por, em tese, 
ter matado a vítima Leonidas Malta em uma briga na saída da boite TheNight. O processo tramitou regularmente na 
primeira fase do procedimento, com designação de AIJ para o dia 11 novembro de 2015, tendo sido o acusado 
pronunciado no dia 2 de março de 2016. Assim, o julgamento em Plenário ocorreu efetivamente no dia 9 de dezembro 
de 2016. Após a oitiva das testemunhas arroladas para o julgamento em Plenário, como tese defensiva, o acusado, 
orientado por seu advogado, optou por exercer a garantia constitucional prevista no art. 5º, LXIII da CRFB/88. Em sede 
de debates orais o MP sustentou a acusação nos limites da denúncia, sendo certo que a defesa técnica sustentou a 
tese de legítima defesa e a ausência de provas nos autos que comprovassem o que fora sustentado pela acusação. Em 
réplica, o ilustre membro do Parquet apontou para o acusado e sustentou para os jurados que se o acusado fosse 
inocente ele não teria ficado calado durante o interrogatório, que não disse nada porque não tem argumentos próprios 
para se defender e que, portanto, seria efetivamente o responsável pela morte da vítima, pois, afinal, quem cala 
consente. A defesa reforçou seus argumentos de defesa em tréplica, contudo, George foi condenado pelo Conselho 
de Sentença e o Juiz Presidente fixou a reprimenda estatal em 15 anos de reclusão em regime inicialmente fechado 
por homicídio qualificado por motivo fútil (art.121, §2º, II, CP). 
Na condição de advogado de George, adote a medida cabível para impugnar a decisão utilizando todos os argumentos 
cabíveis, e indique o último dia do prazo. 
 
Resposta: recurso de apelação (prazo de 5 dias) com a tese defensiva de preliminar de nulidade absoluta (art. 478, 
II, CPP). Último dia do prazo 16/12 
 
2- Em 20/05/2016, Cláudio foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. 
Regularmente processado, ao fim da instrução criminal o mesmo foi condenado com fulcro no art. 33 § 4º da referida 
lei, a pena base de 05 anos, que foi reduzida em 2/3 em razão do § 4º, sendo a pena finalde 01 anos e 08 meses de 
reclusão, em regime semiaberto. Somente o Ministério Público recorreu da decisão, buscando afastar a aplicação do 
§ 4º do art. 33 da Lei 11.343/2006. O Tribunal de Justiça, ao julgar o referido recurso, proferiu a seguinte decisão: 
Nego provimento ao recurso e abrando o regime prisional para o aberto, com expedição do alvará de soltura, 
substituindo a pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, a ser fixada pelo juízo da execução. 
Diante essa situação hipotética, mencione: 
 
a) qual foi o recurso interposto pelo Ministério Público? 
 
Resposta: Apelação. 
 
b) a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça está correta? Justifique sua resposta. 
 
Resposta: Está correta. 
 
Questão objetiva: 
 
(Magistratura DF/2007) Técio, submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri de Brasília, foi condenado, por incursão 
no artigo 121, § 2º, II, do Código Penal (homicídio qualificado por motivo fútil), à pena privativa de liberdade mínima, 
vale dizer, de 12 (doze) anos de reclusão. Com fundamento no artigo 593, III, "d", do Código de Processo Penal, 
interpôs recurso de apelação para uma das Turmas Criminais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, limitando-se a 
sustentar que a decisão dos jurados, no que concerne ao motivo fútil, foi manifestamente contrária à prova dos autos. 
A posição prevalente é a de que, reconhecendo que, efetivamente, a decisão dos jurados é manifestamente contrária 
à prova dos autos, que não ampara o motivo fútil, a Turma Criminal: 
a) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento 
pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do 
Júri por homicídio qualificado por motivo fútil, não se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
b) deve dar provimento ao recurso para anular o julgamento, determinando a submissão de Técio a novo julgamento 
pelo Tribunal do Júri. E desse novo julgamento, em que poderá Técio ser novamente condenado pelo Tribunal do Júri 
por homicídio qualificado por motivo fútil, se admitirá, pelo mesmo motivo, segunda apelação; 
c) deve dar provimento ao recurso para anular a sentença condenatória do juiz presidente do Tribunal do Júri, 
determinando que ele profira nova, excluído o motivo fútil; 
d) deve dar provimento ao recurso, excluindo o motivo fútil, desde logo condenando Técio por incursão no artigo 121, 
caput, do Código Penal, homicídio, fixando a pena mínima privativa de liberdade de 6 (seis) anos de reclusão. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 13 
Questão discursiva: 
 
Herculino foi condenado a 20 anos de reclusão pela prática de latrocínio. Na sentença condenatória, o juiz demonstra 
clara contradição entre as razões de sua fundamentação com sua decisão, principalmente ao acolher os depoimentos 
favoráveis das testemunhas de defesa bem como ao considerar boa a tese de desclassificação apresentada em 
alegações finais orais sob o argumento de violação de princípio constitucional (prova obtida por meio ilícito). Sabendo 
que a decisão foi prolatada em AIJ (audiência de instrução e julgamento) no dia 16 de junho, pergunta-se: 
 
a) Qual o instrumento cabível, no caso em tela, para obter o esclarecimento da contradição? 
 
Resposta: Embargos de declaração, prazo de 2 dias. 
 
b) Qual o último dia para interposição do instrumento citado na questão anterior? 
 
Resposta: O último dia será 20 
 
c) Levando em consideração que a decisão dos embargos se deu no dia 16 de junho (quinta-feira), qual a data máxima 
para a interposição do recurso cabível contra a sentença condenatória? 
 
Resposta: Dia 21 
 
Questão objetiva: 
 
 (Juiz TO/Cespe) Com relação aos embargos infringentes, assinale a opção CORRETA: 
a) Tais embargos são cabíveis em relação a decisão não unânime proferida em habeas corpus; 
b) Esses embargos têm caráter pro et contra, isto é, podem ser interpostos pela defesa ou pela acusação, no prazo de 
10 dias; 
c) A divergência nesses recursos pode ser apurada tanto em relação à conclusão do voto quanto em relação à sua 
fundamentação; 
d) O relator e o revisor de tais embargos não podem ter participado do primeiro julgamento do réu. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 14 
 
Questão discursiva: 
 
Aristóteles foi condenado à pena de 9 anos de reclusão pela prática do crime de estupro (artigo 213, caput, CP). Após 
o trânsito em julgado da sentença condenatória, Aristóteles, através de seu advogado, ajuíza pedido de revisão 
criminal da sentença que lhe fora desfavorável, sustentando vício processual insanável consistente na ausência da 
intimação de seu então patrono para a apresentação de resposta preliminar obrigatória (art. 396, CPP). O Tribunal de 
Justiça competente acolhe o pleito de revisão criminal, anulando o referido processo. Nesta hipótese, pergunta-se: 
Seria juridicamente possível que, após a anulação, por meio de revisão criminal, do primeiro julgamento de Aristóteles, 
seja proferida, em um segundo julgamento pelo juízo de primeiro grau, sentença condenatória com imposição de 
sanção penal mais gravosa do que aquela que lhe fora anteriormente imposta? Justifique a sua resposta: 
 
Resposta: Não, pois conforme art. 626, parágrafo único, CPP é vedada a reformatio in pejus na revisão criminal 
conforme corrente majoritária. 
Contudo, há o entendimento de uma corrente minoritária no sentido de que no novo processo o juiz de primeiro 
grau poderá aplicar pena superior, pois o art. 626, parágrafo único, CPP impede que a pena seja aumentada pelo 
juízo de revisão e não pelo juízo de primeiro grau. 
Vedação da refomatio in pejus. 
 
Questão objetiva: 
 
(CESPE) Assinale a opção correta em relação ao instituto da revisão criminal. 
a) O pleito de revisão criminal pode constituir mera reiteração de recurso de apelação anteriormente interposto pelo 
condenado; 
b) Não cabe revisão criminal para rever sentença proferida contra pessoa que, em momento posterior, se sabe não 
ter cometido o crime objeto da condenação. É parte ilegítima para ajuizá-la a pessoa que tem seu nome lançado como 
réu na sentença condenatória proferida com erro na identificação do agente do delito; 
c) Aplicando-se o princípio da fungibilidade entre o habeas corpus e a revisão criminal, é possível desconstituir 
decisão transitada em julgado por meio de habeas corpus, se verificada a existência de flagrante ilegalidade; 
d) O ajuizamento de revisão criminal obsta a execução da sentença condenatória transitada em julgado, tendo em 
vista que o pedido revisional possui efeito suspensivo. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 15 
 
Questão discursiva: 
 
OAB) Caio, na qualidade de diretor financeiro de uma conhecida empresa de fornecimento de material de informática, 
se apropriou das contribuições previdenciárias devidas dos empregados da empresa e por esta descontadas, utilizando 
o dinheiro para financiar um automóvel de luxo. A partir de comunicação feita por Adolfo, empregado da referida 
empresa, tal fato chegou ao conhecimento da Polícia Federal, dando ensejo à instauração de inquérito para apurar o 
crime previsto no artigo 168-A do Código Penal. 
Ao final do inquérito policial, os fatos ficaram comprovados, também pela confissão de Caio em sede policial. Nessa 
ocasião, ele afirmou estar arrependido e apresentou comprovante de pagamento das contribuições previdenciárias 
devidas ao INSS, pagamento realizado após a instauração da investigação. Assim, o delegado encaminhou os autos ao 
Ministério Público Federal, que denunciou Caio pelo crime previsto no artigo 168-A do Código Penal, tendo a inicial 
acusatória sido recebida pelo juiz da vara federal da localidade. Após analisar a resposta à acusação apresentada pelo 
advogado de Caio, o aludido magistrado entendeu não ser o caso de absolvição sumária, tendo designado audiência 
de instrução e julgamento. Combase nos fatos narrados no enunciado, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
a) Qual é o meio de impugnação cabível à decisão do Magistrado que não o absolvera sumariamente? 
 
Resposta: O meio de impugnação cabível é o Habeas Corpus, já que não há em lei nenhum recurso para impugnar 
decisão que recebe denúncia. 
 
b) A quem a impugnação deve ser endereçada? 
 
Resposta: O habeas deverá ser endereçado ao TRF, pois trata-se de ordem de juiz de 1º instancia, conforme art. 
108, I, d, CRFB/88. 
 
c) Qual fundamento deve ser utilizado? 
 
Resposta: Como argumento para o trancamento do processo penal deve ser alegado a extinção da punibilidade pelo 
débito em relação ao art. 168-A, & 2º, CP o que afasta a competência da Justiça Federal para julgar o crime de 
sonegação de ICMS que é tributo estadual. Diante do pagamento o juiz deveria ter mandado soltar caio. 
 
Questão objetiva: 
 
(MP-PR) Sobre habeas corpus, analise as assertivas abaixo e responda 
I. O habeas corpus destina-se apenas a proteger a liberdade de locomoção, o direito de ir e vir, não se presta à tutela 
de outros direitos. 
II. Não cabe habeas corpus para trancamento de inquérito policial, pois não se trata de direito de locomoção. 
III. O habeas corpus requer prova pré-constituída, pois não admite dilação probatória. 
Assim, fundamentada na inocência do paciente a ordem de habeas corpus somente pode ser concedida quando a 
alegada inocência estiver comprovada de plano e cabalmente. 
IV. O habeas corpus pode ser impetrado por qualquer pessoa, ainda que sem capacidade postulatória, ou pelo próprio 
Ministério Público. 
a) Todas estão corretas; 
b) Apenas I, II e IV estão corretas; 
c) Apenas I, III e IV estão corretas; 
d) Apenas II, III e IV estão corretas; 
e) Apenas I e II estão corretas. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL II – SEMANA 16 
 
1) Tício e Caio foram acusados de receberem vultosa quantia em dinheiro através de emissão de duplicatas sem causa 
debendi, causando prejuízo a terceiros, tendo o Ministério Público capitulado a infração no artigo 172 do Código Penal 
(crime de duplicata simulada). Na sentença, o juiz concordou com a narrativa fática, condenando os acusados nas 
penas do artigo 171, caput do Código Penal (crime de estelionato). Com base nisto, responda: 
 
a) A hipótese retratada é de Emendatio ou Mutatio Libelli? Justifique a sua resposta; 
 
Resposta: É hipótese de emendatio libelli, pois não houve mudança de fatos. 
 
b) A situação apresentada no enunciado poderia ocorrer em grau de 2 instância? Fundamente a sua resposta: 
 
Resposta: Sim, o tribunal pode reformar e mudar a capitulação em hipótese de emendatio libelli, principalmente 
quando se trata de infração de menor potencial. Não cabe mutatio em 2º grau de instancia. 
 
 
2) No que consiste o Princípio da Congruência ou da Correlação? Fundamente a sua resposta: 
 
Resposta: O princípio da correlação determina que os fatos narrados na denúncia devem ser observados na 
sentença sem qualquer inovação que não sejam as trazidas pela defesa. Melhor dizendo ao prolatar a sentença, o 
juiz deve observar a consequência fática acusatória trazida na denúncia, sob pena de nulidade. 
 
3) Em uma colisão de veículos, uma das vítimas sofre lesões corporais. Ela é levada a um hospital particular, onde fica 
internada por alguns dias. Quando sai do hospital, as lesões já estão imperceptíveis e a vítima não comparece ao 
Instituto Médico Legal para fazer o exame de corpo de delito. O Ministério Público oferece a denúncia instruída com 
os exames feitos no hospital em que a vítima foi atendida e arrola o médico responsável como testemunha. Assinale 
a resposta que descreve o procedimento correto: 
a) O juiz deve rejeitar a denúncia, pois o exame de corpo de delito feito por perito oficial é indispensável, não havendo 
no caso justa causa para a ação penal; 
b) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida por outras provas, 
notadamente a prova testemunhal, no caso de desaparecimento dos vestígios; 
c) O juiz deve receber a denúncia pois a falta do exame de corpo de delito pode ser suprida pela confissão do acusado, 
desde que feita perante o juiz e na presença do defensor; 
d) O juiz deve rejeitar a denúncia pois o desaparecimento das lesões exclui o crime de lesão corporal, inexistindo 
infração penal a ser apurada na hipótese; 
e) O juiz deve suspender o recebimento da denúncia e intimar as partes para que formulem quesitos ao médico 
responsável pelo exame, de modo a suprir a falta de exame de corpo de delito. 
 
4) Ticio está residindo na França mas em endereço desconhecido. Nesse caso, a sua citação far-se-á por: 
a) Edital; 
b) Carta Rogatória; 
c) Carta Precatória; 
d) Carta com aviso de recebimento; 
e) Hora certa no respectivo consulado. 
 
5) Determinado delegado de polícia obtém autorização judicial para proceder a interceptação telefônica em inquérito 
instaurado para apurar tráfico de entorpecentes. No curso da interceptação, a polícia consegue provas de que 
Semprônio, parte integrante da quadrilha, matou um desafeto. O advogado de defesa de Semprônio alega 
judicialmente que a prova do homicídio seria uma prova ilícita pois a realização da interceptação teria sido autorizada 
somente para apurar suposto crime de tráfico, delimitando assim o alcance da diligência. Com base nisto, responda: 
A alegação da defesa é procedente? 
Fundamente a sua resposta: 
 
Resposta: Não é procedente, por força da teoria da serendicipidade no qual a descoberta ao acaso de provas que 
não são objeto da diligência não é usada de ilicitude, desde que a diligência seja regular, licita, feita da legalidade.

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