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PROCESSO PENAL II 01 -José Augusto foi preso em flagrante delito pela suposta prática do crime de receptação (art. 180 do Código Penal – pena: um a quatro anos de reclusão e multa). Em que pese seja tecnicamente primário e de bons antecedentes e seja civilmente identificado, possui, em sua Folha de Antecedentes Criminais, duas anotações pela prática de crimes patrimoniais, sem que essas ações tenham resultados definitivos. Neste caso, de acordo com as previsões expressas do Código de Processo Penal, assinale a afirmativa correta. * 1/1 A.Estão preenchidos os requisitos para decretação da prisão preventiva, pois as ações penais em curso demonstram a existência de risco para a ordem pública. B.A autoridade policial não poderá arbitrar fiança neste caso, ficando tal medida de responsabilidade do magistrado. C.Antes de decidir pela liberdade provisória ou conversão em preventiva, poderá a prisão em flagrante do acusado perdurar pelo prazo de dez dias úteis, ou seja, até o oferecimento da denúncia. D.O juiz não poderá converter a prisão em flagrante em preventiva, mas poderá aplicar as demais medidas cautelares. Feedback Resposta D. De fato, não poderá ser decretada a prisão preventiva, pois se trata de crime com pena máxima não superior a 4 anos. Com a entrada em vigor da Lei 12.403/2011, um dos requisitos objetivos exigidos pelo art. 313 do CPP é que o crime seja apenado com pena privativa de liberdade superior a 4 anos e, no caso apresentado, a pena máxima do crime de receptação não ultrapassa 4 anos. 02 - A prisão temporária pode ser definida como uma medida cautelar restritiva, decretada por tempo determinado, destinada a possibilitar as investigações de certos crimes considerados pelo legislador como graves, antes da propositura da ação penal. Sobre o tema, assinale a afirmativa correta. * A.Assim como a prisão preventiva, pode ser decretada de ofício pelo juiz, após requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial. B.Sendo o crime investigado hediondo, o prazo poderá ser fixado em, no máximo, quinze dias, prorrogáveis uma vez pelo mesmo período. C.Findo o prazo da temporária sem prorrogação, o preso deve ser imediatamente solto. D.O preso, em razão de prisão temporária, poderá ficar detido no mesmo local em que se encontram os presos provisórios ou os condenados definitivos. Feedback A prisão temporária, como o próprio nome sugere, possui prazo de duração determinado, qual seja, em regra cinco dias, prorrogáveis por até mais cinco dias. Em caso de crimes hediondos ou equiparados, o prazo será de trinta dias, prorrogáveis por até mais trinta dias. Contudo, terminado o prazo da prisão temporária, sem que tenha sido decretada a prisão preventiva, o preso deve ser colocado imediatamente em liberdade, conforme prevê o § 7o do art. 2o da Lei 7.960/1989. 03 - O Código de Processo Penal pátrio menciona que também se considera em flagrante delito quem é perseguido, logo após o delito, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser o perseguido autor da infração. A essa modalidade dá-se o nome de flagrante * A.impróprio. B.ficto. C.diferido ou retardado. D.esperado. Feedback Resposta A. O art. 302, CPP, prevê quatro modalidades de flagrante. Para a hipótese do inciso III estabeleceu que se considera em flagrante delito quem é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. A doutrina classificou essa modalidade como flagrante impróprio ou quase-flagrante. 04 - Felipe foi reconhecido em sede policial por meio de fotografia como o autor de um crime de roubo. O inquérito policial seguiu seus trâmites de forma regular e o Ministério Público decidiu denunciar o indiciado. O oficial de justiça procurou em todos os endereços constantes nos autos, mas a citação pessoal ou por hora certa foram impossíveis. Assim, o juiz decidiu pela citação por edital. Marcela, irmã de Felipe, ao passar pelo fórum leu a citação por edital e procurou um advogado para tomar ciência das consequências de tal citação, pois ela também não sabe do paradeiro do irmão. Diante da situação descrita, acerca da orientação a ser dada pelo advogado, assinale a afirmativa correta. * A.sem que seja dada oportunidade para a sua defesa. B.Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo decretada a sua prisão preventiva de forma automática. C.Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos, sendo determinada a produção antecipada de provas de forma automática, diante do risco do desaparecimento das provas pelo decurso do tempo. D.Se Felipe não comparecer e não constituir advogado, o processo e o curso do prazo prescricional ficarão suspensos e, se for urgente, o juiz determinará a produção antecipada de provas, podendo decretar a prisão preventiva se presentes os requisitos expressos no artigo 312, do CPP. Feedback Resposta D. No processo penal, em regra, o acusado será citado pessoalmente, desde que esteja em lugar sabido. Caso não seja encontrado para ser citado, haverá a citação por edital e aquele que se oculta para não ser citado será citado por hora certa. Se o acusado for citado por edital e não comparecer aos autos, nem constituir defensor, salvo o caso de crime de lavagem de capitais, haverá a suspensão do curso do processo e do prazo de prescrição, podendo haver excepcionalmente a produção antecipada de provas (Súmula 455, STJ) e decretação da prisão preventiva, conforme prevê o art. 366, CPP. 05 - Segundo a Lei dos Juizados Especiais, assinale a alternativa que apresenta o procedimento correto. * A.Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. B.Da decisão de rejeição da denúncia ou queixa caberá recurso em sentido estrito, que deverá ser interposto no prazo de cinco dias. C.Os embargos de declaração são cabíveis quando, em sentença ou acórdão, houver obscuridade, contradição, omissão ou dúvida, que deverão ser opostos em dois dias. D.Se a complexidade do caso não permitir a formulação da denúncia oral em audiência, o Ministério Público poderá requerer ao juiz dilação do prazo para apresentar denúncia escrita nas próximas 72 horas. Feedback Resposta A. Segundo prevê o art. 81 da Lei 9.099/1995, aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos debates orais e à prolação da sentença. Essa grande concentração de atos se dá em razão dos princípios da celeridade, oralidade e economia processual previstos no art. 62 da mencionada lei. 06 - Levando em consideração as modificações trazidas pela Lei 11.719/08, assinale a alternativa correta. * A.O Código de Processo Penal admite a figura da citação com hora certa, tal como ocorre no Código de Processo Civil. B.O rito comum ordinário é o reservado aos crimes apenados com reclusão, independentemente do montante da pena para eles prevista. C.Na mutatio libelli (em que a denúncia descreve determinado fato, mas as provas apontam que o fato delituoso é diverso), o Ministério Público deverá, após encerrada a instrução probatória, aditar a denúncia no prazo de 5 (cinco) dias sob pena de se operar a preclusão temporal.D.O rito sumário é o reservado para as infrações penais de menor potencial ofensivo. Feedback Resposta A. De fato, desde a entrada em vigor da Lei 11.719/2008 o CPP passou a aceitar a citação por hora certa para o acusado que se oculta para não ser citado, conforme previsto no art. 362 (“verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa [...]”). 07 - Assinale a opção correta acerca do processo penal. * A.No que se refere ao processo e julgamento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, é desnecessária a resposta preliminar na ação penal instruída por inquérito policial. B.A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. C.A reincidência penal pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial. D.Viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados. Feedback Resposta A. Nos arts. 312 a 326, o Código Penal prevê os crimes praticados por funcionário público contra a administração pública. Para tais crimes, o Código de Processo Penal estabelece um procedimento especial consistente na apresentação de uma defesa preliminar, no prazo de quinze dias antes do recebimento da denúncia ou queixa, nos moldes do art. 514, CPP. Contudo, a jurisprudência entende desnecessária a apresentação da defesa anteriormente mencionada, quando a ação vem precedida de inquérito policial, conforme se depreende do enunciado da Súmula 330 do Superior Tribunal de Justiça: “É desnecessária a resposta preliminar de que trata o art. 514, do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial”. 08 - Victória e Bernadete entram em luta corporal em razão da disputa por um namorado, vindo Victória a desferir uma facada no pé da rival, que sofreu lesões graves. Bernadete compareceu em sede policial, narrou o ocorrido e disse ter intenção de ver a agente responsabilizada criminalmente. Em razão dos fatos, Victória é denunciada e pronunciada pela prática do crime de tentativa de homicídio. Em sessão plenária do Tribunal do Júri, os jurados entendem, no momento de responder aos quesitos, que Victória foi autora da facada, mas que não houve dolo de matar. Diante da desclassificação, será competente para julgamento do crime residual, bem como da avaliação do cabimento dos institutos despenalizadores: * A.o Juiz Presidente do Tribunal do Júri. B.o corpo de jurados, que decidiu pela desclassificação. C.o Juiz Criminal da Comarca, a partir de livre distribuição. D.o Juiz em atuação perante o Juizado Especial Criminal da Comarca em que ocorreram os fatos. Feedback Resposta A. Como os jurados são competentes para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, se entenderem por bem, ao votarem os quesitos, que a infração levada a plenário deve ser desclassificada, será o juiz-presidente do Tribunal do Júri que deverá proferir a sentença, nos moldes do § 1o do art. 492, CPP: “Se houver desclassificação da infração para outra, de competência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir sentença em seguida, aplicando-se, quando o delito resultante da nova tipificação for considerado pela lei como infração penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos arts. 69 e ss. da Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995”. 09 - Fabrício, com dolo de matar, realiza vários disparos de arma de fogo em direção a Cristiano. Dois projéteis de arma de fogo atingem o peito da vítima, que vem a falecer. Fabrício foge para não ser preso em flagrante. Os fatos ocorreram no final de uma tarde de domingo, diante de várias testemunhas. O inquérito policial foi instaurado, e Fabrício foi indiciado pelo homicídio de Cristiano. Os autos são remetidos ao Ministério Público, que denuncia Fabrício. O processo tem seu curso regular e as testemunhas confirmam que Fabrício foi o autor do disparo. Após a apresentação dos memoriais, os autos são remetidos para conclusão, a fim de que seja exarada a sentença, sendo certo que o juiz está convencido de que há indícios de autoria em desfavor de Fabrício e prova da materialidade de crime doloso contra a vida. Diante do caso narrado, assinale a alternativa correta acerca da sentença a ser proferida pelo juiz na primeira fase do procedimento do Júri. * A.O juiz deve impronunciar Fabrício pelo crime de homicídio, diante dos indícios de autoria e prova da materialidade, que indicam a prática de crime doloso contra a vida. B.O juiz deve pronunciar Fabrício, remetendo os autos ao Juízo comum, diante dos indícios de autoria e prova da materialidade, que indicam a prática de crime doloso contra a vida. C.O juiz deve pronunciar Fabrício, submetendo-o ao plenário do júri, diante dos indícios de autoria e prova da materialidade, que indicam a prática de crime doloso contra a vida. D.O juiz deve pronunciar Fabrício, submetendo-o ao plenário do júri mediante desclassificação do crime comum para crime doloso contra a vida, diante dos indícios de autoria e prova da materialidade, que indicam a prática de crime doloso contra a vida. Feedback Resposta C. Ao final da primeira fase do júri (sumário de culpa), o magistrado poderá pronunciar (art. 413, CPP), impronunciar (art. 414, CPP), absolver sumariamente (art. 415, CPP) ou desclassificar (art. 419, CPP). Nessa fase, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, deverá pronunciar o acusado, mas sua fundamentação limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena. 10 - - > Wilson está sendo regularmente processado pela prática do crime de furto. Durante a instrução criminal, entretanto, as testemunhas foram uníssonas ao afirmar que, para a subtração, Wilson utilizou-se de grave ameaça, exercida por meio de uma faca. A partir do caso narrado, assinale a opção correta. ---> LEIA O TEXTO ABAIXO E RESPONDA. ------ > DAS DECISÕES - Os atos jurisdicionais são espécies de atos judiciários. Podem ser divididos em decisões e despachos de expediente (aqueles que dizem respeito ao andamento normal do processo). Decisão é o ato por meio do qual o magistrado delibera sobre alguma questão, envolvendo julgamento, e se divide em:– Interlocutória simples: soluciona questão referente à regularidade ou marcha processual, sem adentrar no mérito da causa;– Interlocutória mista: é aquela que possui força de decisão definitiva, pois encerra uma fase/etapa do procedimento ou a própria relação do processo, sem o julgamento do mérito. A decisão interlocutória mista, subdivide-se em:a)interlocutória mista não terminativa: é aquela que encerra uma etapa procedimental, sem terminar com o procedimento em si. Exemplo: decisão de pronúncia;b)interlocutória mista: é aquela que encerra o processo sem a solução da lide penal (Exemplo: rejeição da denúncia).Por sua vez, há as sentenças em sentido estrito ou em sentido próprio, que são decisões definitivas, que solucionam a causa.As sentenças em sentido estrito classificam-se em condenatórias, absolutórias e terminativas de mérito. Vejamos:– Condenatórias: quando o juiz julga procedente a pretensão punitiva, condenando o acusado e aplicando-lhe uma pena;Desta feita, quando o juiz se convence da procedência da acusação, deverá condenar o réu (art. 387, CPP), aplicando pena (sistema trifásico – art. 68, CP) e, caso tenha havido pedidoexpresso por parte da acusação, poderá reconhecer valor mínimo de indenização pelos prejuízos causados à vítima (art. 387, inciso IV, CPP).– Absolutórias: quando o magistrado não acolhe o pedido de condenação, absolvendo o acusado. As sentenças absolutórias subdividem- se em próprias e impróprias:a) Próprias: são aquelas que, além de não acolher o pedido de condenação, não impõem qualquer sanção ao acusado;Quando se convencer sobre a improcedência da acusação e da pretensão nela descrita, o juiz absolverá o réu. Isso ocorre em sete hipóteses, todas descritas no art. 386, do CPP, quais sejam:Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça:I – estar provada a inexistência do fato;II – não haver prova da existência do fato;III – não constituir o fato infração penal;IV – estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;V – não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1o do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;VII – não existir prova suficiente para a condenação.Entretanto, este rol não é taxativo. Observa-se que os incisos I, IV e VI, quando reconhecidos e aplicados para fundamentar uma absolvição, fazem coisa julgada no juízo cível. Por sua vez, os demais incisos não têm o mesmo efeito, dando ensejo à possibilidade de propositura de ação de reparação de dano (ação civil ex delicto).Com efeito, o réu poderá apelar da própria sentença absolutória com a intenção de modificar o fundamento da decisão, uma vez que poderá ser também isento de ter que reparar civilmente a vítima, conforme o fundamento da decisão que o absolver.b) Impróprias: são aquelas que não acolhem o pedido de condenação, porém aplicam ao acusado uma medida de segurança (internação ou tratamento ambulatorial), reconhecendo a ocorrência da infração penal e sua autoria.– Terminativas de mérito (ou definitivas em sentido estrito): quando o juiz julga o mérito da questão, mas não condena nem absolve o acusado (Exemplo: extinção de punibilidade).13.2.REQUISITOS DA SENTENÇAAs sentenças possuem como requisitos formais (parte intrínseca) o relatório, a motivação e a conclusão, vejamos:– Relatório (exposição ou histórico – art. 381, incisos I e II, CPP): é a parte inicial da sentença, na qual o juiz analisa todos os fatos relevantes ocorridos no curso do processo. Sua falta acarreta nulidade da sentença (art. 564, inciso III, “m”, ou inciso IV, CPP), exceto quando se tratar de infração penal de menor potencial ofensivo, uma vez que a Lei 9.099/1995 dispensa o relatório da sentença nos Juizados Especiais Criminais (art. 81, § 3º).Também acarretará nulidade da sentença se o juiz se reportar ao relatório feito pela acusação, ao invés de elaborá-lo, bem como quando não for inserido o nome das partes, uma vez que a coisa julgada somente produzirá efeitos entre as partes determinadas.– Motivação (fundamentação – art. 381, inciso II, CPP): o juiz está obrigado, sob pena de nulidade, a indicar quais os motivos que o levaram a tomar a decisão proferida.Além disso, é garantia constitucional aquela que determina que as decisões do Poder Judiciário sejam públicas e fundamentadas (art. 93, inciso IX, CF/1988). Em verdade, a fundamentação não só serve às partes, como também à sociedade.– Conclusão (parte dispositiva – art. 381, incisos IV e V, CPP): é consequência da fundamentação. É a conclusão do raciocínio adotado pelo juiz nesse estágio, pois é a decisão propriamente dita.É o momento em que o juiz decide a lide, devendo indicar os artigos de lei em que o réu está incurso, sob pena de nulidade (art. 381, inciso V, e 564, inciso III, “m”, CPP).Proferida a sentença, esgota-se a atuação do juiz no processo, oportunidade em que este deixa a relação jurídica, ficando, inclusive, impedido de nela oficiar, quando estiver em instância recursal (art. 252, inciso II, CPP).– Publicação das sentenças: As partes e os terceiros somente serão atingidos pelos efeitos da sentença quando ocorrer sua publicação.A publicação da sentença se dá no momento em que ela é recebida em cartório pelo escrivão e não no momento em que o juiz a assina. Essa publicação é obrigatória, mesmo nos casos sigilosos.Depois de publicada, via de regra, a sentença se torna irretratável (a retratação só é cabível no caso de interposição de embargos declaratórios). Além disso, poderão ser corrigidos ex officio erros materiais que não importem em alteração da substância da sentença. Observa-se que a sentença proferida em audiência vai se tornando pública à medida que o juiz a dita ao escrivão.Sobre o tema em pauta, dispõe o art. 389 do CPP que: “A sentença será publicada em mão do escrivão, que lavrará nos autos o respectivo termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim”. * A.A hipótese é de emendatio libelli e o juiz deve absolver o réu relativamente ao crime que lhe foi imputado. B.Não haverá necessidade de aditamento da inicial acusatória, haja vista o fato de que as alegações finais orais acontecem após a oitiva das testemunhas e, com isso, respeitam-se os princípios do contraditório e da ampla defesa. C.A hipótese é de mutatio libelli e, nos termos da lei, o Ministério Público deverá fazer o respectivo aditamento. D.Caso o magistrado entenda que deve ocorrer o aditamento da inicial acusatória, se o promotor de justiça e, recusar-se a fazê-lo, o juiz estará obrigado a absolver o réu da imputação que lhe foi originalmente atribuída. Feedback Resposta C. De fato, se trata de hipótese de mutatio libelli e o Ministério Público deverá fazer o respectivo aditamento da inicial acusatória, nos termos do art. 384, CPP: “Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de cinco dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente”.
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