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O papel do educador

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Aula 04 – Pressupostos da Arte/Educação no Contexto Atual 
 
 
 
O papel do educador no processo de criação e conhecimento da Arte 
 
 
 A criatividade, compreendida como a capacidade do homem para transformar e 
criar o novo, é um potencial de todo ser humano. Toda atividade criadora está relacionada 
e depende da capacidade que tem o homem de imaginar e fantasiar. Os processos 
criadores são desenvolvidos desde a infância e se constituem a partir de elementos da 
realidade. O desejo do homem de transformar a realidade, de criar algo novo, de buscar 
novas soluções e adaptações para satisfazer necessidades e desejos são fatores que 
estimulam a imaginação, a qual, por sua vez, constitui a base para a criação. 
 Assim sendo, o contexto escolar, as interações estabelecidas neste espaço e a 
mediação do educador é de importância central para o desenvolvimento dessa capacidade 
de expressão e criação do educando. 
 Os primeiros pontos de apoio que a criança encontra para sua futura criação advêm 
do que ela vê e ouve, acumulando materiais que usará para construir sua fantasia e seu 
processo de criação, que envolve a imaginação e a fantasia, tanto no campo da Ciência 
como na Arte. 
 As interações entre os sujeitos, o meio e os objetos de cultura são a base para a 
atividade criadora da imaginação e de produção artística, uma vez que toda obra criada 
está inserida no fluxo da história e se apóia nas experiências e criações que a precederam. 
Desta forma, o processo de criação e o resultado deste processo, ou seja, qualquer 
invenção, são frutos de sua época e de seu ambiente, de parte das condições já 
alcançadas e de outras possibilidades, que são encontradas fora de seu criador. O ato de 
criar e imaginar não se limita à reprodução de imagens historicamente constituídas, é a 
partir das experiências históricas e culturais, de pensamentos, imagens e expressões que 
o homem cria. 
 Para a atividade criadora e a produção de novas invenções, é preciso que existam 
condições materiais e psicológicas favoráveis. Tanto as descobertas científicas como as 
produções artísticas não surgem do nada, não são frutos de geração espontânea ou da 
criação individual de uma mente genial. Toda invenção depende e se apoia em 
acontecimentos anteriores, em condições materiais e socioculturais pré-existentes e, desta 
forma, está inscrita dentro do processo histórico, reflete e refrata as condições sócio-
históricas da sociedade e da humanidade como um todo. 
 No contexto escolar, a qualidade das relações estabelecidas entre educador e 
educando, entre educador-conhecimento-educando, entre criador-obra-espectador, são 
fatores determinantes para a experiência do ensinar e aprender e para o desenvolvimento 
do processo criador. 
 
 Sendo uma produção social, as manifestações artísticas afetam o meio extra-
artístico, ao mesmo tempo em que é afetada por ele. As produções no campo da Arte 
estão impregnadas pelas relações vivas estabelecidas na interlocução entre produtor-obra-
espectador e o meio social mais amplo. 
 Cabe lembrar o pensamento de Vygotsky (1982), de que todo ser humano tem 
potencial criador e capacidade de desenvolver a imaginação criadora. E, para que possa 
desenvolver este potencial, necessita de estímulos do meio e da mediação do adulto. 
Trazendo essa reflexão para o contexto escolar, podemos afirmar que o papel do educador 
é essencial como possível mediador do processo de criação e do exercício da imaginação 
criadora do educando. 
 O processo de ensino-aprendizagem em Arte, mais do que viabilizar o acesso aos 
conhecimentos específicos deste campo do saber, se configura como espaço de 
experiência, participação e transformação. A linguagem da arte contribui para o 
aperfeiçoamento das qualidades do sentir e para o desenvolvimento expressivo e cognitivo 
do educando. O lugar desta prática artística e estética penetra de forma dinâmica em todos 
os espaços da vida cotidiana, realizando-se na relação entre Arte/Educação e Arte/Vida.

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