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Período Embrionário (1ª a 8ª semana) Monitora Camyla Basilio Unichristus – Curso de Enfermagem – 2015.2 Período Embrionário - Início: após a fertilização. - Término: quando adquire características para ser reconhecido como ser humano. - Duração: 8 semanas. O que é embrião e feto? - Embrião: Qualquer ser vivo em estado primitivo de desenvolvimento, até atingir forma definitiva, nos humanos utilizada nas primeiras 8 semanas de gestação; - Feto: embrião animal de vida intra-uterina, nos humanos a partir da 8ª semana estacional. Fecundação Espaço perivitelino Citoplasma do ovócito II Zona pelúcida Corona radiata Metáfase da segunda divisão meiótica Primeiro corpo polar Membrana plasmática do ovocíto II Fecundação Núcleo do espermatozoide contendo cromossomos Acrossoma contendo enzimas Membrana plasmática do espermatozoide Perfurações na parede do acrossoma Enzimas dissolvendo a zona pelúcida Espermatozoides no citoplasma do ovócito sem a membrana plasmática 1ª Semana Gestacional Parede posterior do útero – Nidação 6 dias Blastocistos – 4 dias Mórula – 4 dias Estágio 8 células – 80h Estágio 4 células – 50h Estágio 2 células – 30h Zigoto Fecundação Ovócito na tuba Clivagem do Zigoto Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um rápido aumento no número de células. Estas células embrionárias – os blastômeros – tornam-se menores a cada divisão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros e é chamado de mórula. Clivagem do Zigoto Formação e Implantação do Blastocisto A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística. Blastogênese À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros são separados em duas partes: - Trofoblasto: Camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta. - Embrioblasto: Grupo de blastômeros localizados centralmente que dará origem ao embrião. Blastogênese Blastogênese 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está localizado. Pólo embrionário Cavidade do blastocisto Trofoblasto Massa celular interna Epitélio do endométrio Capilar do endométrio Glândula do endométrio Blastogênese Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas: - Citotrofoblasto: Camada interna. - Sinciciotrofoblasto: Camada externa. No final da primeira semana o Blastocisto já está implantado superficialmente na camada endometrial, parte póstero-superior do útero. Blastogênese O sinciciotrofoblasto se adere a partir do pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação. É responsável pela produção do hormônio hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez. Cavidade uterina Cavidade do blastocisto Hipoblasto (endoderma primitivo) Citotrofoblasto Massa celular interna Sinciciotrofoblasto Secreção grandular Tecido conjuntivo endometrial Epitélio endometrial 2ª Semana Gestacional Caracteriza-se por: - Término da implantação do blastocisto (10º dia); - Formação do disco embrionário bilaminar - epiblasto e hipoblasto; - Formação de estruturas extra-embrionárias: cavidade amniótica, âmnio, saco vitelino, pedúnculo de conexão e saco coriônico. Anexos Embrionários Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário- formado por duas camadas. - Epiblasto: Camada celular espessa e colunar, que desenvolve rapidamente à cavidade amniótica; - Hipoblasto: Camada celular delgada e cubóide, que forma o saco vitelino. Ao mesmo tempo, aparece um pequeno espaço no embrioblasto, a cavidade amniótica. O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica e o hipoblasto o teto da cavidade exocelômica. Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. Logo se modifica para formar o saco vitelino primitivo. As células do endoderma do saco vitelino formam o mesoderma extra- embrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino. Assim, há formação do âmnio, disco bilaminar e saco vitelino. bb Mesoderma extra-embrionário Epitélio endomentrial Disco embrionário bilaminar Sinciciotrofoblasto Âmnio Disco embrionário bilaminar Membrana exocelômica Cavidade exocelômica Citotrofoblasto Sangue materno Glândula uterina Saco vitelino primário Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extra-embrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extra-embrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino. Desenvolvimento do saco coriônico O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionário em duas camadas: - Mesoderma somático extra-embrionário, que reveste o âmnio. - Mesoderma esplânico extra-embrionário, que envolve o saco vitelino. Córion: Formado pelo mesoderma somático extra-embrionário e as duas camadas de trofoblasto. Saco vitelino primário Membrana de Heuser Citotrofoblasto Mesoderma extra- embrionário Cavidade amniótica Membrana de Heuser Mesoderma extra- embrionário Cavidade coriônica 3ª Semana Gestacional Caracteriza-se por: - Aparecimento da linha primitiva; - Formação da notocorda; - Formação do disco trilaminar. 1) Gastrulação: Formação das camadas germinativas Processo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido em disco embrionário trilaminar (inicio da morfogênese). Cada uma das três camadas germinativas dará origem a tecidos e órgãos específicos: - Ectoderma: Origina a epiderme, SNC e SNP e outras estruturas; - Mesoderma: M. lisos, t. conjuntivos, e é fonte de cels do sangue e da medula óssea, esqueleto, m. estriados e dos órgãos reprodutores e excretor; - Endoderma: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas. Formação da Linha Primitiva Características do Disco Embrionário Epiblasto Nó primitivo Linha primitiva Pedículo Formação da Linha Primitiva Aparece no início da terceira semana como um espessamento na linha média do epiblasto embrionário na extremidade caudal do disco embrionário. Ela dá origem a células mesenquimais que migram ventralmente, lateralmente e cranialmente entre o epiblasto e o hipoblasto. Formação da Linha Primitiva Tão logo a linha primitiva começa a produzir células mesenquimais, a camada epiblástica passa a chamar-se ectoderma, e o hipoblasto, endoderma. As células mesenquimais produzidas pela linha primitiva logo se organizam numa terceira camada germinativa, o mesoderma. Formação da Linha Primitiva As células migram da linha primitiva para as bordas do disco embrionário, onde se juntam ao mesoderma extra-embrionário que recobre o âmnio eo saco vitelino. Ao final da 3ª semana, existe mesoderma entre o ectoderma e o endoderma, exceto na membrana orofaríngea, na linha média ocupada pela notocorda e da membrana cloacal. Esquema ilustrando a migração de células do epiblasto a partir da linha primitiva. Ectoderma Placa precordal Borda cortada do amnio Saco vitelino coberto pelo mesoderma extra- embrionário Nó primitivo Fosseta primitiva Nível secção B Sulco primitivo da linha primitiva Pedículo do embrião Células em migração Endorderma Mesoblasto Borda cortada do amnio Sulco primitivo da linha primitiva Nó primitivo Ectoderma Formação da Notocorda O nó primitivo produz células mesenquimais que formam o processo notocordal. Este se estende cefalicamente, a partir do nó- primitivo, como um bastão de células entre o ectoderma e o endoderma. A fosseta primitiva penetra no processo notocordal para formar o canal notocordal. Quando formado, o processo notocordal vai do nó primitivo à placa precordal. Surgem aberturas no assoalho do canal notocordal que logo se juntam, deixando uma placa notocordal. A placa notocordal dobra-se. A notocorda forma o eixo primitivo do embrião do qual se constituirá o esqueleto axial. A notocorda: - Define o eixo do embrião; - Base para formação do esqueleto axial; - Futuro local dos corpos vertebrais. Disco embrionário Pedículo do embrião Saco vitelino Processo notocordal sob o ectoderma Extremidade cefálica Placa precordial Fosseta primitiva do nó primitivo Membrana cloacal Ectoderma do embrião Processo notocordal Fosseta primitiva Área cardiogênica Ectoderma do embrião Alantóide Processo notocordal Fosseta primitiva Linha primitiva Alantóide Canal notocordal Placa precordial Processo notocordal Canal notocordal Mesoderma intra-embrionário Placa neural Mesoderma intra-embrionário Nível secção D Nível secção B, C e E Pedículo Fosseta primitiva Linha primitiva Membrana cloacal Nó primitivo Canal notocordal Nível secção F Alantóide Endoderme Saco vitelino Mesoderme Âmnio Formação do Alantóide O alantóide é um anexo embrionário que surge por volta do 16° dia na parede caudal do saco vitelino. Durante a maior parte do desenvolvimento, o alantóide persiste como uma linha que se estende da bexiga urinária até a região umbilical, chamada de úraco, a qual nos adultos corresponderá ao ligamento umbilical mediano. Esquema ilustrando o alantóide e várias estruturas do corpo do embrião de 23 dias. 2) Neurulação: Formação do tubo neural A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento. Por volta do 18° dia. No fim da terceira semana, as pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo neural, primórdio do SNC. Logo, a crista se separa em duas partes, direita e esquerda, e origina os gânglios espinhais e os gânglios do sistema autônomo e as meninges. 3) Desenvolvimento dos somitos A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento. Por volta do 18° dia. No fim da terceira semana, as pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo neural, primórdio do SNC. 5) Desenvolvimento do celoma intra-embrionário Camada parietal/ somática que cobre o âmnio; Camada visceral/ esplâncnica que cobre o saco vitelino: • Somatopleura = mesoderma somático + ectoderma sobrejacente • Esplancnopleura = mesoderma esplâcnico + endoderma subjacente Desenvolvimento dos somitos e do celoma intra-embrionário. Vistas dorsais do disco embrionário, mostrando como ele se alonga e muda de forma durante a terceira semana: Esquema ilustrativo da formação do tubo neural por meio da fusão das pregas neurais. 5) Desenvolvimento do celoma intra-embrionário No interior do mesoderma lateral e cardiogênico surgem espaços celômicos que se unem e formam o celoma intra- embrionário, dividindo o mesoderma lateral em duas camadas. 5) Desenvolvimento do sistema cardiovascular No inicio da 3°semana começa a angiogênese no mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo do embrião e do córion. A formação dos vasos sanguíneos inicia-se com a agregação dos angioblastos. Os angioblastos se achatam e originam o endotélio primitivo. Essas cavidades se unem formando redes de canais endoteliais. Estágios do desenvolvimento dos vasos sanguíneos e células sanguíneas 5) Desenvolvimento do sistema cardiovascular O coração e os grandes vasos provêm de células mesenquimais da área cardiogênica (figura 10). Durante a 3° semana os tubos endocárdicos se fundem, originando o tubo cardíaco primitivo. No fim da 3° semana o sangue já circula e desenvolve-se o primórdio de uma circulação uteroplacentária. Desenvolvimento da cavidade pericárdica e do tubo cardíaco primitivo. a) Vista superficial do disco embrionário . Na extremidade anterior do disco desenvolve-se a cavidade pericárdica (vermelho). b) Corte transversal em que se observa o par de tubos endoteliais que formam o primórdio cardíaco c) Corte transversal da parte anterior do corpo do embrião. 4ª Semana Gestacional O embrião torna-se ligeiramente encurvado decorrente das pregas cefálica e caudal. O primeiro arco faríngeo (maior parte formará a mandíbula, enquanto uma extensão rostral formará a maxila) e arco hióideo são claramente visíveis. Coração produz uma grande saliência ventral e já bombeia o sangue. Rudimentos do Sistema Cardiovascular e de outros orgãos estão desenvolvidos. O Neuroporo Anterior já está fechado. O neuroporo caudal se fecha ao final da quarta semana. O Prosencéfalo (Figura 3) produz uma saliência e o dobramento do embrião lhe confere uma forma de “C” característica. Uma longa cauda encurvada está presente. 5ª Semana Gestacional - Rápido crescimento do encéfalo e proeminências faciais, cabeça e a face fica em contato com a eminência cardíaca. - Formação do seio cervical, uma depressão ectodérmica lateral, formado pelo crescimento do segundo arco faríngeo lateral que se superpõe ao terceiro e quarto arcos. - Os brotos dos membros superiores adquirem a forma de remos, e os dos membros inferiores, de nadadeiras. - As Cristas Nefrogênicas indicam o sítio dos Rins Mesonéfricos. 6ª Semana Gestacional - Já se percebem mãos e início dos dedos; - Já apresentam movimentos espontâneos; - Saliências auriculares; - Olhos evidentes; - Tronco e pescoços retos; - Respota ao toque. 7ª Semana Gestacional - Raios separando os futuros dedos; - Canal vitelino; - Hérnia umbilical; 8ª Semana Gestacional - Mãos, pés e dedos e movimento dos membros; - Desaparecimento da cauda; - Plexo vascular do couro cabeludo; - Pálpebras; - Orelhas se formando; - Ossificação dos membros inferiores; - Sexo indefinido ainda. Fim
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