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Sensação e Percepção 2018

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Sensação e Percepção: Estamos cercados por um mundo de objetos, acontecimentos e sensações, cuja presença sentimos sem que aparentemente seja necessário qualquer esforço consciente para isso. Estamos tão acostumados com o ato de enxergar, ouvir, cheirar, tocar, que é preciso um salto da imaginação para nos darmos conta que ainda há problemas científicos a serem respondidos a esse respeito. Todo conhecimento do mundo exterior depende de nossos sentidos. Há um elo entre o ambiente físico e a consciência que temos dele. Mas, de que maneira toda informação sobre esse ambiente chega à nossa mente? De que modo as características dos objetos são representadas por nossas mentes para que percebamos os objetos como reais e coerentes? As duas linhas verticais parecem desiguais no comprimento, mas, apesar dessa evidência óbvia fornecida por nossos sentidos, as duas linhas são fisicamente iguais. Ainda que nosso conhecimento do mundo dependa dos sentidos, é importante reconhecer que o mundo criado por eles nem sempre corresponde exatamente à realidade física. Certas fontes de informação sensorial muitas vezes nos induzem a erros e distorções que desvirtuam a representação do mundo. . Sensação: A sensação refere-se ao processo inicial de detecção da energia ambiental (estímulos). Trata-se do contato inicial entre o organismo e seu ambiente. Esses sinais do ambiente emitem som, luz, calor, pressão, e nossos órgãos dos sentidos transformam esses estímulos em códigos neurais que são enviados ao cérebro. O primeiro passo para se sentir o mundo se dá através das células receptoras. Por exemplo, as células receptoras localizadas no olho reagem à energia luminosa. As sensações em si referem-se a certas experiências imediatas, fundamentais e diretas. Relacionam-se à consciência de qualidades ou atributos vinculados ao ambiente físico geralmente produzidos por estímulos simples: duro, quente, azedo, vermelho, ruidoso, fedor, etc. Percepção: Duro, quente, ruidoso, vermelho, etc. São estímulos simples captados por nossos órgãos dos sentidos. Mas, o que faz com que percebamos as coisas de uma maneira particular? A percepção é o produto dos processos psicológicos nos quais significado, relações, contexto, julgamento, experiência prévia, atenção e memória desempenham papel primordial para formatar o mundo conforme o percebemos. Raízes históricas e científicas: Desde os antigos filósofos gregos, cientistas têm se indagado sobre o modo como adquirimos conhecimento acerca do mundo externo. De que maneira nos conscientizamos daquilo que está fora de nós. Aristóteles foi o primeiro a postular o cuidado na observação e na descrição da natureza. Ele acreditava que todo conhecimento do mundo exterior é adquirido através da experiência fornecida pelos sentidos. Foi ele quem estabeleceu a divisão dos sentidos em cinco, usada até hoje: visão, audição, paladar, olfato e tato. Empirismo é a escola de pensamento, dentro da filosofia, que postula que o conhecimento é o resultado de experiências proporcionadas pelos sentidos. A corrente empirista defende que a única fonte do verdadeiro conhecimento do mundo é a experiência sensorial, ou seja, aquilo que é visto, tocado, sentido. No grupo de cientistas empiristas estão: John Locke e George Berkeley. Locke descreveu a mente como uma tábula rasa (folha em branco) sobre a qual são escritas as experiências proporcionadas pelos sentidos. Berkeley questionava a própria existência de um mundo exterior, propondo uma visão empírica pouco comum de que o mundo existe apenas como uma percepção. Ou seja, que o mundo não existe quando não está sendo percebido. “Se uma árvore cair numa floresta, mas não houver ninguém perto para escutá-la, será que ela faz barulho?” Mas, Berkeley era bispo, ele dizia que esse postulado lhe servia para sustentar a crença em deus. Deus sempre percebe tudo, então a aparente permanência do mundo é uma manifestação da existência de deus. Abordagens teóricas: Estruturalismo: Principal representante é Wundt. No final do século XIX a tendência das ciências naturais era descobrir a estrutura da matéria. Por conta disso, um dos alunos mais brilhantes de Wundt, Edward Titchener apresentou o problema de se discutir a estrutura da percepção. Seu objetivo era descobrir os elementos mais simples e básicos da experiência consciente, ou seja, as sensações elementares. De acordo com Titchener, a tarefa da psicologia era reduzir a percepção a seus elementos constituintes, suas sensações elementares. Para o estruturalismo a soma das sensações forma uma percepção. Teoria da Gestalt: O crescimento do estruturalismo fez surgir uma abordagem teórica denominada psicologia da Gestalt. Teve início por volta de 1910 na Alemanha, tendo como principais teóricos Max Wertheimer e Kurt Koffka.Eles se opuseram ao estruturalismo ao dizer que a análise estrutural ignorou um fator significativo da percepção: a relação entre os estímulos. O todo é diferente da soma de suas partes. Abordagem Neurofisiológica: Essa abordagem argumenta que os fenômenos sensoriais e perceptivos são mais bem explicados por meio dos conhecidos mecanismos neurais e fisiológicos que servem às estruturas sensoriais. Essa proposta comporta um reducionismo: a ideia de que se pode compreender formas aparentemente complexas e amplas de comportamento unicamente através do estudo de seus processos biológicos. Porém, os mecanismos neurofisiológicos não podem explicar sozinhos a enorme complexidade que existe entre, por exemplo, a estimulação do olho e a experiência perceptiva que daí resulta. A tentativa de se reduzir sensação e percepção a mecanismos biológicos está além das expectativas dos psicólogos experimentais. Abordagem Construtivista: Enfatiza papel ativo do observador no processo de construção da percepção. Receptores Sensoriais: Recebem as informações do ambiente externo e decodificam para o cérebro. Transmitem informações como intensidade, duração e frequência. (Transdução). Tipos de receptores: Quimiorreceptores: estímulos químicos. (olfato e paladar); Mecanorreceptores: estímulo mecânicos. (Audição e Tato); Termorreceptores: estímulos de temperatura. (Tato); Fotorreceptores: estímulo de luz (visão) Cones: cores e visão diurna. Bastonetes: luz; Nocirreceptores: estímulo nocivos e dolorosos. (todos os sentidos) Adaptação sensorial: Diminuição da resposta do receptor frente à exposição contínuaà em estímulo. (mantendo a intensidade). 
 FUNÇÕES PSÍQUICAS - As funções psíquicas (ou cognitivas) e suas alterações:
Funções Primárias: Consciência, atenção, memória e orientação. Demais: Sensopercepção, pensamento, afeto, linguagem, inteligência, personalidade, humor e vontade. Consciência: O conhecimento da experiência, a qualidade subjetiva de um processo psíquico, o estado de conhecimento acerca de si mesmo e do ambiente, o todo da vida psíquica momentânea, o conhecimento da consciência de si mesmo e a capacidade de perceber o ambiente e os objetos ao seu redor, são funções da consciência. Pode ser definida como grau de clareza das sensações. Alterações da consciência: Obnubilação ou turvação – rebaixamento leve Sopor: reação a estímulos dolorosos; Coma: rebaixamento mais profundo da consciência; Delirium: síndrome confusional aguda, na maioria das vezes causada por intoxicação de substância e alguns quadros de abstinência química; Estados oníricos e estados crepusculares; Dissociação; Transe; EQM. Atenção: A atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto.Refere-se ao conjunto de processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas. Os termos consciência e atenção estão estreitamente relacionados. A determinação do nível de consciência é essencial para a avaliação da atenção. Amplitude da atenção: Atenção focal: se mantém concentrada sobre um campo determinado e restrito da consciência Atenção dispersa: que não se concentra em um campo determinado, espalhando-se de modo menos delimitado. Tenacidade: capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto. Na tenacidade a atenção se prende a certo estímulo. Vigilância: qualidade da atenção que permite o indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro. Atenção flutuante: é um conceito desenvolvido por Freud relativo ao estado de como deve funcionar a atenção do psicanalista durante uma sessão. Não deve privilegiar a priori qualquer elemento do discurso, o que implica deixar funcionar livremente sua própria atividade mental. Quatro aspectos básicos da atenção: 1. Capacidade de foco da atenção: referem-se à focalização da atenção e estão intensamente associados à experiência subjetiva de concentração; 2. Atenção seletiva: diz respeito aos processos que permitem a seleção de informações relevantes para o sujeito e seu processamento cognitivo. A atenção seletiva limita as informações que chegam ao sistema cerebral. Além disso, aumentam a capacidade de processar os estímulos e as informações mais relevantes para o sujeito; 3. Seleção de resposta e controle seletivo: são de extrema relevância pois o ato de prestar atenção está quase sempre associado a uma ação planejada, voltada a certos objetivos. A atenção está sempre envolvida na seleção, não apenas dos estímulos, mas também das respostas e do controle 4- Atenção constante ou sustentada: capacidade de manter atenção ao longo do tempo. Varia com o passar do tempo. Alterações da atenção: a alteração mais comum é a diminuição global da atenção, chamada hipoprosexia. Aqui se verifica uma perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, o que dificulta a percepção dos estímulos ambientais. Denomina-se aprosexia a total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que sejam os estímulos. A hiperprosexia consiste em um estado da atenção exacerbada, no qual há uma tendência a deter-se indefinidamente sobre certos objetos com uma surpreendente infatigabilidade. Distúrbios neurológicos: os distúrbios neurológicos nos quais se verificam alterações da atenção são aquelas condições em q ocorre diminuição do nível de consciência. Nas demências, as alterações de atenção podem estar relacionadas a quadros episódicos com rebaixamento do nível de consciência ou deterioração cognitiva progressiva (Alzheimer). Memória: É a capacidade de registrar (relacionada com a consciência), manter (se relaciona com a atenção) e evocar as experiências e os fatos já ocorridos e relaciona-se com o nível de consciência, atenção e com o interesse afetivo. É a função psíquica mais importante para a percepção. A Memória Sensorial-Motora funciona como um depósito de capacidade ilimitada que armazena informações da saída do sistema sensorial, ou seja, armazena uma imagem do mundo como ela os recebe através dos órgãos dos sentidos. Ela consiste em uma memória de muito curto prazo.1 - Ao fechar os olhos e abri-los rapidamente em pequenos intervalos de tempo e fecha-los novamente, podemos notar ainda podemos ver por um curto tempo uma imagem clara do que vimos com os olhos abertos. 2- Ao balançar uma caneta com os dedos na frente dos olhos, nós podemos ver somente imagem movimento contínuo do balançar da caneta que se assemelham a uma onda e não a imagem dos movimentos discretos. Memória de Curto Prazo: Possui duas importantes características. Primeiro, a Memória de Curto Prazo contém um número de elementos presentes a reter limitado. Um estudo de George Miller (1956) sobre as limitações da Memória de Curto Prazo mostra que uma pessoa pode reter 7 itens (+/-2). O tamanho deste item depende do nível de familiaridade da pessoa com o material informacional. O ato de repetição da leitura (por exemplo) nos ajuda a fixar a informação lida, isto é, a informação pode tanto ser mantida por mais tempo na Memória de Curto Prazo quando pode ser passada da Memória de Curto Prazo para a Memória Longa Prazo (onde está armazenado o conhecimento do ser humano). Memória de Longo Prazo: Tem o processo de formação de arquivo e consolidação, e pode durar de minutos e horas a meses e décadas. EX:as nossas lembranças da infância ou de conhecimentos que adquirimos na escola. Ela contém as informações que nós temos disponíveis de maneira mais ou menos permanente. Permite a recuperação de uma informação depois de décadas, e os limites da sua capacidadesão desconhecidos. É importante perceber a diferença da Memória de Longo Prazo com os outros tipos de memórias e sua estrutura. O conhecimento armazenado na Memória de Longo Prazo afeta nossas percepções do mundo e nos influencia na tomada de decisões. Existem dois tipos de Memórias de Longo Prazo: a episódica (recordações de experiências pessoais ou eventos, associadas a um tempo e/ou lugar particular) e a semântica (informação que não está associada a um tempo ou lugar particular e inclui nosso conhecimento sobre palavras, linguagem e símbolos, seus significados, relações e regras de uso). As informações na memória semântica derivam da nossa memória episódica, com isso podemos apreender novos fatos e conceitos com as nossas experiências de vida. Alterações Da Memória: Quanto à etiologia: Amnésia Psicogênica (tem origem psicológica, sem lesão física. Pode haver mistura dos tipos de amnésia). Amnésia Orgânica (se dá por uma lesão) Quanto ao tipo: Amnésia Anterógrada (não consegue reter novas informações; memória de curto prazo alterada). Amnésia Retrógrada (retém novas informações, mas não evoca memórias antigas, costuma estar relacionada a traumas psicológicos, assim perdendo uma parte especifica da memória que está ligada ao trauma; memória de longo prazo alterada). Orientação: É capacidade de orientar-se no tempo e no espaço. Requer, de forma consistente, a integração das capacidades de atenção, percepção, consciência e memória. ALTERAÇÕES: Desorientação demencial; Desorientação delirante; Desorientação por rebaixamento de consciência; Desorientação por dissociação ou histérica. SENSOPERCEPÇÃO: Define-se sensação como o fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. Já percepção é entendida como a resposta que damos às sensações, como interpretamos os estímulos, o que coloca em jogo todas as funções primárias. ALTERAÇÕES: Hiperestesia(excesso de sensibilidade de um sentido ou órgão a qualquer estímulo); Hipoestesia(é a perda ou diminuição de sensibilidade); Anestesia tátil, Analgesias(Que não é sensível à dor); Alucinações auditivas, Sonorização do próprio pensamento, alucinações visuais; alucinações táteis, olfativas, gustativas, alucinações cinestésicas.
Modalidade Visual I e II - É o sistema sensorial mais bem compreendido. A anatomia e as estruturas relacionadas ao sistema visual são razoavelmente acessíveis. A estimulação visual é bem definida, cabendo a controles com maior precisão. A importância indiscutível e do significado funcional da visão, especialmente para seres humanos. Na evolução animal, o desenvolvimento e o processo adaptativo da visão tem valor inestimável. O ESTÍMULO FÍSICO: (luz)- A luz é uma forma de energia eletromagnética radiante. As principais propriedades da luz são: > intensidade: refere-se ao total de energia radiante contido na fonte de luz. > brilho: efeito subjetivo correspondente da intensidade sobre o observador. Devemos destacar aqui a diferença entre intensidade e brilho, porque assim podemos diferenciar também a estimulação física do efeito psicológico correspondente. Embora o brilho possa variar de acordo com a intensidade, o termo brilho refere-se à impressão sensorial – a experiência subjetiva do indivíduo (resultante da intensidade da luz). ANATOMIA DO OLHO DOS VERTEBRADOS: O olho dos vertebrados é construído em um plano básico único. Todos possuem uma camada fotossensível chamada retina e um cristalino, cujas propriedades ópticas fazem com que ele focalize a imagem na retina. O globo ocular, alojado em uma cavidade protetora do crânio possui uma camada branca dura e opaca chamada esclerótica (branco do olho). Na parte frontal do olho, a esclerótica transforma-se em uma membrana transparente chamada córnea. Os raios luminosos refletidos pelo ambiente precisam ser refratados (modificação da direção de propagação de uma onda) ao entrarem no olho, para se focalizarem na superfície na parte posterior do globo ocular (retina). A coroide é uma segunda camada do globo ocular e se encontra ligada à esclerótica, consistindo basicamente em vasos sanguíneos que fornecem a principal fonte de nutrição do olho. Ela ajuda a imagem que enxergamos ser perfeita, pois é uma estrutura altamente pigmentada reduzindo os reflexos dentro do globo ocular. ÍRIS: Na frente do olho, a coroide se modifica formando um disco chamado íris. Observe de perto à íris de um colega utilizando a lanterna do seu celular. Observará uma bela paisagem biológica cheia de anéis, matizes, filamentos, padrões como teias e coisas semelhantes (reflexo de Whytt). A íris é um diferenciador de pessoas mais potente que a digital. ÍRIS: É uma membrana colorida em forma de disco composta de dois músculos lisos que ficam entre a córnea e o cristalino. Uma de suas funções é regular a quantidade de luz que entra no olho. Por isso em condições fracas de luminosidade ela dilata, aumentando o tamanho da pupila (abertura negra e redonda rodeada pela íris). Com a luz mais brilhante, a íris se contrai reduzindo o tamanho da pupila. Essa contração e dilatação é possível devido a dois músculos do olho: o esfíncter e o dilatador. De modo geral, a reação da pupila às condições gerais de luminosidade é reflexiva. Ao se iluminar o olho com uma luz brilhante produz-se o reflexo de Whytt, a contração imediata da pupila. A incapacidade de demonstrar esse reflexo pode ser indício de lesão cerebral. CRISTALINO: É a lente transparente e flexível do olho, que o divide em duas câmaras. Uma pequena na frente, cheia de um fluído chamado humor aquoso - ajuda a manter a boa forma do olho. E uma câmara maior, atrás do cristalino preenchida com uma proteína gelatinosa chamada humor vítreo. Esses dois fluídos ajudam a manter o cristalino no lugar permitindo seu encaixe flexível. RETINA: A luz passa através do cristalino para a retina, no fundo do olho. A retina é composta de uma camada de células nervosas e fotorreceptores que absorvem a energia luminosa e a transformam em atividade neural. Há na retina dois tipos de fotorreceptores: cones e bastonetes. A retina tem duas regiões: a fóvea e a periferia da fóvea. Cada uma delas especializada em uma tarefa. A fóvea está relacionada à visão diurna e tem grande concentração dos fotorreceptores cones. A periferia da fóvea está relacionada à visão noturna e possui alta concentração de bastonetes. Ocorre dessa forma porque os fotorreceptores cones são responsáveis pela visão de cores e os bastonetes pela imagem em escala de cinzas. (preto e branco).ACOMODAÇÃO: Quando os raios luminosos penetram no globo ocular eles são refratados (mudança de direção dos raios de luz que permite que a imagem se forme na retina) inicialmente pela córnea. O cristalino também os refrata através de processo dinâmico chamado acomodação. É o mecanismo que altera a forma do cristalino de modo a produzir uma imagem de foco nítido na retina. Quanto mais plano o cristalino, menor a refração dos raios luminosos. Em outras palavras, a acomodação permite que o cristalino localize e ajuste precisamente os raios luminosos provenientes de objetos a distâncias variáveis. É o que faz com que a gente enxergue bem à distâncias diferentes. Caminho percorrido pelo estímulo (luz): córnea; espaço atrás da córnea, cheio de um líquido (humor aquoso); pupila; atravessa o cristalino; gel que está no fundo do olho (o humor vítreo); e finalmente atinge a retina. 
 Caminho percorrido pelo estímulo (luz): córnea; espaço atrás da córnea, cheio de um líquido (humor aquoso); pupila; atravessa o cristalino; gel que está no fundo do olho (o humor vítreo); e finalmente atinge a retina.
ERROS DE REFRAÇÃO: Presbiopia: deterioração da capacidade de acomodação, resultando em um erro de refração. Presbiopia significa olhos velhos no grego. Com o avanço da idade, a elasticidade do cristalino diminui e ele progressivamente endurece, havendo dificuldade para o músculo produzir curvatura suficiente para acomodar e convergir os raios luminosos provenientes de objetos próximos. MIOPIA: distúrbio de refração do cristalino. Incapacidade de focalizar alvos distantes. Tem duas causas conhecidas: miopia axial quando o globo ocular é muito profundo para a capacidade de refração do cristalino. E miopia refrativa em que a córnea e o cristalino refratam raios luminosos de maneira incorreta. Os raios luminosos de objetos mais distantes são dirigidos a um foco distante da retina. As lentes corrigem esse erro de refração auxiliando a retina na focalização dos objetos. Cirurgia: correção de refração. ASTIGMATISMO: erro de refração que ocorre quando a superfície da córnea não é totalmente esférica e simétrica. A córnea não é perfeita em quase ninguém, portanto todos apresentam algum grau de astigmatismo, mas na maioria é imperceptível. VISÃO DE CORES: A possibilidade de visão em cores constitui uma vantagem evolutiva dos seres humanos e alguns outros mamíferos. As criaturas dotadas de visão de cores conseguem ver outra dimensão do ambiente. As sensações cromáticas são efeitos subjetivos, dependem da maneira como o sistema visual interpreta a luz que reflete nos objetos e atingem o olho. Wright, pesquisador da década de 60 escreveu: “nossas sensações cromáticas estão dentro de nós mesmos, as cores não podem existir a menos que um observador as perceba. Elas não existem nem mesmo na cadeia de eventos que ocorrem entre os receptores da retina e o córtex visual, mas somente quando as informações são, por fim, interpretadas na consciência do observador”. Os objetos, portanto, parecem coloridos porque refletem para o nosso sistema visual comprimentos específicos de ondas de luz. As sensações cromáticas se relacionam de um modo consistente e mensurável com as características físicas da luz. A primeira teoria sobre a visão de cores em humanos foi escrita por Isaac Newton, em seu tratado “Óptica”de1704. Newton demonstrou que quando se faz passar um feixe estreito de luz branca por um prisma, ele é desviado, dividindo-se em diversos raios luminosos de diferentes comprimentos de ondas, formando um espectro colorido. 
“... no começo do ano de 1666 (época que me dedicava a polir vidros óptico de formas diferente da esférica), obtive um prisma de vidro retangular para tentar observar com ele o celebre fenômeno das cores. Para este fim, tendo escurecido meu quarto e feito um pequeno buraco na minha janela para deixar passar uma quantidade conveniente de luz do Sol, coloquei o meu prisma em uma entrada para que ela [a luz] pudesse ser assim refratada para a parede oposta. Isso era inicialmente um divertimento muito prazeroso: ver todas as cores vividas e intensamente assim produzidas, mas depois de um tempo dedicando-me a considerá-las mais seriamente, fiquei surpreso por vê-las…”Newton percebera que ao incidir a luz branca (solar) no prisma, havia uma projeção no lado oposto com cores que variavam do vermelho até o violeta. Analisou que a luz branca é um conjunto dessas outras cores. De algum modo, o prisma decompunha a luz branca em: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta (que são as cores do arco-íris).De algum modo, o prisma decompunha a luz branca em: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta (que são as cores do arco-íris). O componente físico principal de uma determinada cor é o comprimento da onda de luz refletida que a produz. Porém, a sensação cromática é determinada por três atributos físicos e três atributos psicológicos que se equivalem: DIMENSÃO FÍSICA: Comprimento da onda; Intensidade e Pureza de espectro. DIMENSÃO PSICOLÓGICA: Tonalidade; Brilho e Saturação. TONALIDADE: Corresponde ao significado comum que damos à palavra COR. A tonalidade varia de acordo com a mudança de comprimento da onda de luz (que é medida através de NM, nanômetro). Nomes típicos de tonalidades de acordo com as faixas espectrais de energia: 470-475 nm [AZUL] ; 495-535 nm [VERDE]; 575-580 nm [AMARELO]; 585-595 nm [VERMELHO-AMARELO] BRILHO: Especifica-se uma cor também pelo brilho, que varia de acordo com a intensidade. Quanto mais intensa for a luz, mais brilhante ela parece. Do mesmo modo que, diminuir a sua intensidade dá-lhe um aspecto mais escuro. SATURAÇÃO: É o atributo psicológico que se refere à quantidade relativa de uma tonalidade sobre um objeto. A saturação se relaciona à pureza espectral. MISTURA CROMÁTICA: É o que gera as cores: a luz que atinge os olhos é composta por uma mistura de comprimentos de ondas que formam as cores. TEORIAS DA PERCEPÇÃO DE CORES: São duas as principais: Teoria tricromática de Young e Helmholtz Teoria do processo oponente de Ewald Hering; TEORIA TRICROMÁTICA DE YOUNG – HELMHOLTZ: Thomas Young, em 1802-pesquisa para comprovar que nossa percepção de cores é possível devido a três comprimentos de onda de luz distintos.Herman von Helmholtz, em 1866 aprimorou tal teoria ao dizer que haveria três receptores em nossa retina relacionados a esses três comprimentos de onda, que seriam relacionados à formação do azul, verde e vermelho. Cada tipo de receptor é mais sensível a uma faixa específica de comprimento de onda. Essa teoria sustenta que somente esses 3 tipos de receptores são necessários para produzir todas as cores que enxergamos. TEORIA DO PROCESSO OPONENTE (EWALD HERING – 1920) Propõe também três receptores específicos para cores, porém alega que cada um deles seria composto não de uma tonalidade, mas de um par de cores oponentes: amarelo-azul; vermelho-verde; preto-branco. Cada processo desses seria capaz de formar dois tipos de respostas antagônicas uma à outra. Ou seja, um processo só pode dar uma resposta segundo uma das duas formas possíveis. Só se pode experimentar vermelho ou verde; azul ou amarelo. DEFEITOS DA VISÃO COLORIDA - TRICROMATISMO ANÔMALO: A visão colorida normal depende de três cores primárias para obter a combinação de todas as outras. Pessoas com anomalia do tricromatismo precisam de quantidades diferentes dessas três tonalidades. Duas formas de anomalia do tricromatismo: protanomalia: sensibilidade e reduzida à tons avermelhados; deuteranomalia: sensibilidade reduzida à tons verdes. DICROMATISMO: Indivíduos que apresentam essa anomalia formam o espectro cromático combinando somente duas cores. Sensibilidade reduzida para vermelho e verde de modo que se forem muito intensas, lhes parecem amarelo. MONOCROMATISMO: Muito raro entre humanos. Necessitam de apenas uma cor primária para combinar todos os comprimentos de onda. São chamados “cegos para cores”, normalmente sofrem também de uma redução da capacidade visual geral. CEGUEIRA CORTICAL PARA CORES (ACROMATOPSIA): Não é congênita, mas sim consequência de um trauma físico ou exposição a substâncias tóxicas, lesões, derrames, anemia e hepatites graves. Ocorre quando há um dano a regiões do córtex cerebral que possuem neurônios especializados em codificação de cores. 
Modalidade Auditiva: Nossos sentidos atuam de forma integrada, alguns pares de sentidos com uma sintonia maior que com outros. Por exemplo: audição-visão; olfato-gustação; tato-propriocepção (sentido vestibular). CURIOSIDADES: 1. Nosso ouvido não ouve nada, apenas recebe ondas, quem ouve é nosso cérebro; 2. Hertz é a unidade de medida para frequência de ondas de rádio ou sonoras >Todos as estações FM transmitem em uma banda de frequência entre 88 e 108 mega-hertz (milhões de ciclos por segundo). Já a rádio AM é confinada em uma banda que vai de 535 a 1.700 kilohertz (kilo significa "milhares”, então seriam 535 mil até 1.700.000 ciclos p/segundo). 3. O decibel (abrevia-se dB) é a unidade usada para medir a intensidade de um som • próximo ao silêncio total - 0 dB • um sussurro - 15 dB • conversa normal - 60 dB • uma buzina de automóvel - 110 dB • um show de rock ou um motor a jato - 120 dB • um tiro ou um rojão - 140 dB 4. O volume máximo que o ouvido humano aguenta sem sofrer danos: 8 horas de ruídos a 85 decibéis; 4 horas a 90 decibéis; 2 horas a 95 decibéis; 45 minutos a 100 decibéis; 30 minutos a 105 decibéis; 15 minutos a 110 decibéis; 7 minutos a 115 decibéis. A partir de 125/130 decibéis pode causar sensibilidade, dor e pode ocorrer, em casos graves, rompimento do tímpano. 5. O Brasil é um dos maiores campeões mundiais na frequência de perda auditiva por conta de ruído. 6. Usar cotonete para limpar a parte interna do canal auditivo pode ser extremamente prejudicial. Primeiro porque pode causar lesões e infecções, e segundo, você estará retirando a única proteção natural que o seu ouvido possui, a cera. 7. Beijos estalados nas orelhas, ou aquela brincadeira de dar um tapa nas orelhas com as duas mãos representam uma pressão tão forte, que são capazes de romper o tímpano e causar uma perda significativa da audição. 
 
Funcionamento da audição – caminho do som: 1- A entrada de sons no canal auditivo faz com que a membrana timpânica se mova. 2 - A membrana timpânica vibra com o som. 3 - As vibrações sonoras se movem através dos ossículos para a cóclea. 4 -Vibrações sonoras fazem o líquido na cóclea se mover. 5 -O movimento do fluído causa contração das células ciliadas. As células ciliadas criam sinais neurais que são captados pelo nervo auditivo. As células ciliadas de uma extremidade da cóclea enviam informações de som de baixa frequência e, células ciliadas do outro extremo enviam informações de som de alta frequência. 6 O nervo auditivo envia sinais ao cérebro que interpretará como sons. O ESTÍMULO FÍSICO: Os sons q ouvimos são criados por uma forma de energia mecânica (percebidos pormecanosrreceptores). Na verdade, são padrões de perturbações sucessivas de pressão ocorridos em um meio q pode ser gasoso, líquido ou sólido. Os sons q ouvimos são transmitidos pelo ar. O padrão de alterações da pressão do ar denomina-se onda sonora. A natureza dos sons q experimentamos está diretamente relacionada às características físicas da onda sonora. FREQUÊNCIA: As ondas sonoras são descritas pelo número de ciclos de alterações de pressão completados em um segundo. Ou seja, a rapidez com que ocorre o ciclo de alterações de pressão. Essa medida chama-se frequência. A unidade de frequência é designada pelo termo hertz (Hz). Um som de 1.000 Hz haveria 1.000 alterações de pressão em um segundo. ANATOMIA E MECANISMOS DA ORELHA: A ORELHA EXTERNA Formada pelo pavilhão auricular, conduto auditivo e tímpano (que divide a orelha externa e a média). PAVILHÃO AURICULAR: É a parte carnuda e ondulada da orelha externa. Possui função de proteção, impedindo que corpos estranhos entrem e atinjam a orelha interna que é muito sensível. Canaliza as vibrações do ar para dentro do conduto auditivo. Tem função de localização dos sons, diferenciando fontes sonoras atrás ou à frente. DUCTO AUDITIVO EXTERNO: É uma cavidade cilíndrica aberta no lado externo e fechada no lado interno. Sua função principal é de captar vibrações sonoras e conduzi-las ao tímpano. Mas também fornece proteção contra corpos estranhos e controla temperatura e umidade ao redor do tímpano. Amplifica e reforça a pressão sonora, funcionando como uma tuba. TÍMPANO (OU MEMBRANA TIMPÂNICA): Membrana q se estende através da extremidade interna do ducto, vedando a cavidade da orelha média. O tímpano vibra em resposta às ondas de pressão sonora. É nele q as variações de pressão são transformadas em movimento mecânico. ORELHA MÉDIA: A orelha média transmite os movimentos vibratórios através de uma ligação mecânica com a orelha interna. Formada pelos menores ossos do ser humano: martelo, bigorna, estribo e janela oval. Os ossículos estão presos por ligamentos e transmitem vibrações q atuam sobre o tímpano através de um sistema de alavancas. FUNÇÕES DA ORELHA MÉDIA: As cavidades da orelha externa e da orelha média são cheias de ar Mas, a orelha interna é cheia de líquido aquoso. Essa diferença tem um efeito importante na transmissão de sons à orelha interna. Há uma grande diferença na transmissão de ondas pelo ar e pela água. Portanto quando a onda sonora passa da orelha média (ar) para a orelha interna (líquido aquoso) ocorre o que na física denomina-se desequilíbrio de impedância. A principal função da orelha média é reduzir esse desequilíbrio e garantir a eficiência da transferência de vibrações sonoras para o fluido da orelha interna. REFLEXO ACÚSTICO: Além de agir para transformar mecanicamente o sinal auditivo, a orelha média tem função protetora. Nos ossículos, há dois tensores timpânicos ligados ao martelo e o músculo estapédio ligado ao estribo. Quando expostos a sons intensos e danosos, essas estruturas se contraem reduzindo a transmissão (como no reflexo de Whytt *pupila*). TUBA AUDITIVA OU TROMPA DE EUSTÁQUIO: A orelha média se liga à parte posterior da garganta através de um canal chamado tuba auditiva. Essa conexão permite que a pressão de fora se iguale à pressão do ar na orelha média. Assim, quando a boca está aberta a pressão do ar em ambos os tímpanos se torna igual. Quando estamos resfriados, a tuba se torna congestionada, de modo que a pressão na orelha média não consegue ajustar-se adequadamente ao ar exterior. O resultado dessa desigualdade de pressão é uma redução de audição. CONDUÇÃO ÓSSEA: O som normalmente passa da orelha externa para a média e depois para a orelha interna. Mas, há um trajeto alternativo de transmissão sonora direto para a orelha interna, sem passar pelo tímpano. Na condução óssea, os sons produzem vibrações nos ossos cranianos que estimulam diretamente a orelha interna. Exemplos: quando mastigamos um alimento duro (cenoura, torrada); o som forte da broca do dentista em contato direto com o dente. E é também o que explica não ouvirmos a nossa voz “real” a não ser gravada. Ao falarmos, normalmente não ouvimos apenas os sons conduzidos pelo ar, mas também os sons de baixa frequência transmitidos pela condução óssea. ORELHA INTERNA: É uma estrutura tubular pequena que lembra um caracol. Por isso é chamada cóclea (palavra latina para caracol). É uma estrutura enrolada, dando 3 voltas em si mesma. O ducto coclear divide a cóclea em dois canais: canal vestibular e canal timpânico. Esses dois canais são cheios de fluidos e ligam-se na extremidade da cóclea por meio de uma abertura denominada helicotrema. Na base do canal timpânico encontra-se uma abertura coberta por uma membrana, essa abertura é chamada de janela redonda. Está ligada ao equilíbrio por meio do liquido. ÓRGÃO DE CORTI (NERVO AUDITIVO): É a estrutura receptora dos sons. Formado pelas estruturas sensoriais, os nervos e tecidos especializados q são necessários à transdução das vibrações em impulsos nervosos(neurais). PATOLOGIA AUDITIVA: (pode ser que caia) Zumbido: Pode ser um problema ocasional ou crônico. A pessoa ouve um ruído, sem que haja estímulo. Frequentemente é uma consequência de lesão mecânica à cóclea. Pode ser uma lesão por exposição à barulho intenso ou por exposição à drogas (antibióticos e diuréticos). Presbiacusia: Perda auditiva consequência do envelhecimento. A perda auditiva é progressiva. Mesmo em pessoas jovens (entre 30 e 40 anos) a audição já não é como a de uma criança. *Uma curiosidade: presbiacusia e quadros paranoides (idosos que não tinham antes diagnóstico de transtorno mental passam a ter; pacientes psicóticos idosos perdem aaudição, mas continuam com alucinações auditivas. *Perda auditiva de condução: deficiência no mecanismo de condução do sistema, envolve o ducto auditivo externo e o tímpano. Perda auditiva sensório-neural: deficiência ou dano do nervo auditivo (órgão de corti). Agnosia musical: incapacidade de reconhecer temas melódicos (canções). No entanto, não afeta a recepção de outras informações acústicas. A constatação desse transtorno neurológico sugere que há certos circuitos neurais no sistema auditivo especificamente dedicados à percepção musical. CONCLUINDO: A percepção auditiva é desenvolvida ao longo da vida, sendo mais complexa do que o simples “escutar”. A recepção da onda sonora depende mais do tímpano e da orelha interna. Mas, a percepção se dá partindo da transdução. Ou seja, a partir do envio do estímulo ao cérebro, muita coisa ocorre. Uma delas é a articulação entre a audição e a memória. A chamada memória auditiva, imprescindível para o aprendizado. A atenção é outra função cognitiva articulada à audição. Dependendo do foco da atenção é que conseguimos memorizar o que escutamos. A memória auditiva se divide em curto prazo, médio e longo prazo. É o que faz com que nos lembremos de informações auditivas antigas que já usamos há muito tempo. Uma das estratégias para transmitir informações auditivas à memória de longo prazo é através do ritmo e da associação. Concluindo, a percepção auditiva melhora com o tempo. Diferente da detecção do estímulo, que depende de um tímpano jovem. Por isso em nosso teste de audiometria os mais jovens se saíram melhor. Mas, em se tratando de detecção do estímulo e orientação espacial, os mais velhos se deram bem. 
EQUILÍBRIO O aparelho vestibular fica na parte superior da cóclea, é conhecido como o órgão do responsável pelo nosso equilíbrio. As ondas sonoras fazem vibrar o líquido da cóclea e, consequentemente, as células ciliadas que ficam no canal vestibular (labirinto). Para garantir nosso equilíbrio esse fluído do labirinto também se move, mas o que o faz se mover é o movimento de nossa cabeça. O órgão vestibular tem duas regiões, cada uma é especializada em um tipo de movimento. Movimento retilíneo (para frente e para trás) – região dos órgãos otolíticos. Movimento rotacional (em curvas) – região dos canais semi-circulares. Quando iniciamos um movimento ou paramos, o líquido do canal vestibular faz movimento inverso ao que estamos fazendo, numa tentativa de retomar o equilíbrio (homeostase). Esse movimento muda a direção das células cilíadas para o lado contrário ao movimento da cabeça. A partir desse movimento, essas células enviam mensagens via nervo vestíbulo-coclear a áreas do cérebro específicas do controle postural. O órgão vestibular recebeu esse nome porque anteriormente, os cientistas acreditavam se tratar apenas de uma entrada (vestíbulo) para a orelha interna. Posteriormente foi se descobrindo a importância dessa área do corpo. O sentido do equilíbrio tem uma importância muito maior do que normalmente percebemos. Vamos fazer um teste de nosso sentido do equilíbrio: Coloque seu dedo indicador alguns centímetros à frente da cabeça. Agora mexa - o para frente e para trás. O que você vê? Seu dedo não está sendo percebido perfeitamente, pois ele está em movimento. Agora deixe seu dedo parado e mexa a sua cabeça para frente e para trás. O sentido do equilíbrio faz com que toda percepção do ambiente externo não se altere mesmo quando a percebemos em movimento (quando estamos andando ou correndo). ORIENTAÇÃO ESPACIAL: Depende dos sistemas visual, auditivo e proprioceptivo. ALTERAÇÕES DO FUNCIONAMENTO: Ataxia vestibular (disbasia): É a dificuldade na marcha (ebriosa). Trata-se de uma alteração da transdução entre o órgão vestibular e o cérebro. Uma das causas é a intoxicação por etanol. Síndrome de ménière: É uma alteração do funcionamento da orelha interna. Causa vertigem, zumbido e pressão no ouvido. Também está associada à enxaqueca. A causa é desconhecida. Alguns neurocientistas defendem a ideia que ocorra nessa doença um acúmulo do líquido da cóclea e do labirinto, aumentando a pressão na orelha interna. Labirintite: Principal sintoma: vertigem do tipo rotacional. Causa: inflamação do labirinto. Para muitos especialistas, a labirintite não passa de um nome para um sintoma (a tontura). Porém, na maioria das vezes, o que causa essa inflamação não é investigado. Os medicamentos para labirintite, como o Vertix, são paliativos, resolvendo apenas o sintoma. Eles estão para a labirintite como a dipirona está para a dor. A causa da labirintite é desconhecida. Por isso o uso de medicamentos paliativos, ou seja, não há uma cura ainda descoberta. Labirintite de origem metabólica: causada por alterações de colesterol, triglicerídeos, glicose ou creatinina. Labirintite de origem cardio-vascular: causada por alterações do fluxo sanguíneo, alterações da pressão arterial e arritmias cardíacas. Labirintite medicamentosa: alguns medicamentos causam vertigem durante o uso e outros podem causar danos irreversíveis ao labirinto Autismo (para a psicologia da percepção): Sistemas vestibular e propriocepção prejudicados pela alteração do desenvolvimento global (especificamente da propriocepção). Balançar a cabeça para frente e para trás: é um sintoma que evidencia alteração no equilíbrio corporal, o movimento é para se certificar da posição do corpo no espaço. REABILITAÇÃO VESTIBULAR: Desenvolvidos por profissionais da fonoaudiologia, é um procedimento terapêutico que tem por objetivo melhorar o distúrbio do equilíbrio corporal (vertigens). Quando ocorre um “conflito” de informações dos sistemas visual, auditivo-vestibulare proprioceptivo no cérebro, o organismo inicia um mecanismo de compensação para corrigir o conflito. Porém, o indivíduo – para não se sentir tonto – deixa de se movimentar. Isso retarda o mecanismo de compensação do organismo. A reabilitação oferece exercícios repetitivos específicos para resolução desse “conflito” das mensagens enviadas ao cérebro. Tais exercícios irão estimular e acelerar o mecanismo de compensação do organismo. 
OLFATO
Em combinação com o paladar, o olfato desempenha importantes funções na vida humana. Auxilia a seleção de alimentos (na detecção de comidas estragadas e condições do ambiente). É dos sentidos mais antigos em termos de escala evolutiva. Nós, seres humanos, precisamos muito mais de outros sentidos para nossa sobrevivência que do olfato (desenvolvemos muito mais a visão que o olfato). O olfato e o paladar são sentidos que se complementam (por exemplo, quando uma comida cheira mal é comum que não haja apetite). ESTÍMULO QUÍMICO: Os estímulos do olfato são substâncias orgânicas. Os cheiros são normalmente misturas de compostos químicos, sendo em geral muito complexos: são odores ambientais emitidos por seres vegetativos, matérias orgânicas em decomposição, e glândulas odoríferas dos animais. ODORES PRIMÁRIOS: Diferente da gustação, não há odores primários. Há uma teoria que chegou próximo de estabelecer 7 odores primários. Trata-se da teoria estereoquímica, chamada teoria chave-fechadura. A chave seria a molécula da substância química odorífera, e a fechadura seriam receptores específicos que acomodariam apenas moléculas específicas. Nessa teoria, os odores primários são os seguintes: -Canforáceo cânfora; Almiscarado almíscar; Floral rosa, alfazema; Mentolado hortelã; Etéreo detergente; Picante vinagre, café torrado; Pútrido ovo podre. -Essa teoria tem sido muito contestada por falta de evidências científicas da existência desses locais receptores específicos. ANOSMIAS: é o termo usado para designar a completa perda do sentido do olfato. É extremamente raro, porém é bem comum que existam anosmias específicas, que é uma alteração no olfato onde o indivíduo deixa de sentir tipos específicos de aromas, mas sem alteração dos demais. Pode ter causa fisiológica ou psicológica. FISIOLOGIA DO SISTEMA OLFATIVO: A fisiologia do processo olfativo não é muito clara, principalmente porque não se tem bom acesso aos seus receptores. A região de tecidos sensíveis ao odor, o epitélio olfativo (mucosa olfativa) se localiza em ambos os lados da cavidade nasal, que é dividida pelo septo nasal. A existência dessa dupla passagem nasal aumenta a acuidade do olfato porque fornece duas amostras de odores captados simultaneamente a cada inalação. Além disso, as narinas ajudam na localização da fonte de determinado odor. RECEPTORES OLFATIVOS: (quimiorreceptores) São chamadas de células olfativas, quimiorreceptores e se localizam na parte alta de cada lado da cavidade nasal. Nos seres humanos há um número estimado de dez milhões de células olfativas. Nos cães, o número é de duzentos milhões. FISIOLOGIA DO SISTEMA OLFATIVO: Estendendo-se a partir das células receptoras olfativas, estão os filamentos que se conectam ao bulbo olfativo do cérebro. Esses filamentos se conectam ao bulbo através de uma região chamada glomérulo. Dentro do bulbo olfativo as conexões são feitas a partir dos diversos glomérulos para outras partes do cérebro por meio dos tratos olfativos. No olfato, as células receptoras servem tanto para a recepção quanto para a condução do sinal. Essa função dupla da célula designa um sentido mais primitivo, que é o caso do olfato. Os tratos olfativos passam informações para diversas regiões do cérebro, uma delas é o sistema límbico, que é uma região intimamente envolvida com o processamento das emoções e da memória. 
Gustação: Quimiorreceptores: Estímulo químico (substância solúvel por causa da saliva). Sabores primários: Doce/Amargo/Salgado/Azedo (Umami). Os sabores primários garantem nossa sobrevivência. Aspecto cultural: O paladar é educado culturalmente. Transdução: Nervo facial - Nervo glosso faríngeo - Nervo Vago Patologias do paladar: Hipergeusia: Sensibilidade anormal do sentido do paladar. Hipogeusia: perda parcial do paladar. Fantogeusia: alucinações do paladar. Ageusia: perda total do paladar.

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