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1 
 
 
 
2 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................................ 8 
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO ...................................................................... 9 
FORMAS DE CONSENTIMENTO ........................................................................ 10 
OMISSÃO DE SOCORRO ..................................................................................... 10 
DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER SENDO ATENDIDA ............................ 11 
DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER SENDO ATENDIDA ............................ 11 
PRINCÍPIOS GERAIS E BIOSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR........................................................................................................ 11 
Atendimento pré-hospitalar ..................................................................................... 11 
SEGURANÇA ........................................................................................................ 12 
CENA ..................................................................................................................... 12 
SITUAÇÃO ............................................................................................................ 12 
BIOSSEGURANÇA: aspectos relevantes no atendimento pré-hospitalar ................ 12 
Imunização dos profissionais ................................................................................... 12 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NO TRAUMA .......................................... 13 
Cinemática do trauma.............................................................................................. 13 
ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO ........................................................................ 13 
LESÕES POR MEIOS DE CONTENÇÃO ............................................................. 14 
Air bag .................................................................................................................... 15 
ATROPELAMENTO .............................................................................................. 15 
TRAUMAS PENETRANTES ................................................................................. 16 
ATENDIMENTO INICIAL AO TRAUMATIZADO .............................................. 17 
EXAME PRIMÁRIO – ABCDE ............................................................................. 17 
EXAME SECUNDÁRIO: ....................................................................................... 19 
AVALIAÇÃO DA CENA ....................................................................................... 20 
AVALIAÇÃO INICIAL ......................................................................................... 20 
(ABCDE) ................................................................................................................ 20 
A – Vias aéreas com controle da coluna cervical: .................................................... 20 
B – Respiração e ventilação: ................................................................................... 20 
C – Circulação com controle de hemorragias: .......................................................... 21 
D – Avaliação do estado neurológico: ..................................................................... 21 
E – Exposição do paciente com controle da hipotermia: .......................................... 21 
AVALIAÇÃO DIRIGIDA ...................................................................................... 21 
TEMPERATURA ................................................................................................... 22 
PULSO ................................................................................................................... 22 
RESPIRAÇÃO........................................................................................................ 23 
 
3 
 
PRESSÃO ARTERIAL ........................................................................................... 23 
PUPILAS ................................................................................................................ 24 
COLORAÇÃO DA PELE ....................................................................................... 24 
ESTADO DE CONSCIÊNCIA ............................................................................... 24 
CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO ................................................................ 25 
REAÇÃO A DOR ................................................................................................... 25 
AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA, (EXAME SECUNDÁRIO) ....................... 25 
AVALIAÇÃO CONTINUADA .............................................................................. 26 
PARADA RESPIRATÓRIA ................................................................................... 26 
Respiração Anormal ................................................................................................ 26 
PARADA CARDÍACA ........................................................................................... 27 
Condutas ................................................................................................................. 27 
CONSIDERAÇÕES DA RCP ................................................................................. 27 
O USO DO DEA (DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO) ..................... 29 
SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) EM 
PACIENTES ADULTOS (MAIORES DE 14 ANOS) ............................................. 30 
SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMA DE 
1 A 14 ANOS. ......................................................................................................... 32 
SUPORTE BÁSICO PARA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMAS 
MENORES DE 1 ANO. .......................................................................................... 33 
OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE) ......... 34 
OBSTRUÇÃO DA PASSAGEM DE AR: ............................................................... 34 
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS .......................................................................... 35 
ADULTOS OU CRIANÇAS MAIORES DE UM ANO .......................................... 35 
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO EM LACTENTES 
(MENOR UM ANO)............................................................................................... 36 
HEMORRAGIAS ................................................................................................... 38 
CLASSIFICACAO DAS HEMORRAGIAS: .......................................................... 38 
RECONHECIMENTO: ........................................................................................... 38 
HEMORRAGIA INTERNA :.................................................................................. 38 
CONDUTA DE HEMOSTASIA: ............................................................................ 38 
HEMORRAGIAS EXTERNAS: ............................................................................. 38 
PROCEDIMENTOS DE CONTENCAO DE HEMORRAGIA: .............................. 39 
OBSERVACOES SOBRE O TORNIQUETE: ........................................................ 39 
HEMORRAGIAS INTERNAS: .............................................................................. 40 
FERIMENTOS ....................................................................................................... 40 
Ferimento na cabeça ................................................................................................ 40 
Ferimento nos olhos: ............................................................................................... 40 
 
4 
 
Ferimento na orelha: ...............................................................................................40 
Ferimento na face: ................................................................................................... 41 
Ferimento no nariz .................................................................................................. 41 
Ferimento na boca ................................................................................................... 41 
Ferimento no pescoço.............................................................................................. 41 
Ferimento no tórax .................................................................................................. 41 
Ferimento no abdome .............................................................................................. 42 
Ferimento na região genital ..................................................................................... 42 
CHOQUE ............................................................................................................... 42 
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO ESTADO DE CHOQUE: ..................... 46 
QUEIMADURAS ................................................................................................... 46 
Condutas ................................................................................................................. 47 
TÉRMICAS ............................................................................................................ 48 
QUÍMICAS ............................................................................................................ 48 
PROCEDIMENTOS EM CASOS DE QUEIMADURAS QUÍMICAS: ................... 48 
QUEIMADURA ELÉTRICA .................................................................................. 49 
FRATURAS ........................................................................................................... 50 
Definição: ............................................................................................................... 50 
Reconhecimento:..................................................................................................... 50 
Sinais e Sintomas: ................................................................................................... 50 
Atendimento: .......................................................................................................... 50 
FRATURA DE EXTREMIDADES......................................................................... 51 
Reconhecimento:..................................................................................................... 51 
Conduta .................................................................................................................. 51 
FRATURA DO CRÂNIO: ...................................................................................... 52 
Reconhecimento:..................................................................................................... 52 
Conduta .................................................................................................................. 52 
FRATURA DE PELVE: ......................................................................................... 52 
Procedimento: ......................................................................................................... 52 
Conduta; ................................................................................................................. 52 
FRATURA ABERTA: ............................................................................................ 53 
Conduta: ................................................................................................................. 53 
LUXAÇÕES ........................................................................................................... 53 
COMO PROCEDER ............................................................................................... 53 
ENTORSE .............................................................................................................. 53 
Sinais e sintomas de entorses ................................................................................... 54 
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE) ........................................................... 54 
 
5 
 
TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) ................................................................... 56 
3.7. TRAUMA DE TÓRAX .................................................................................... 57 
Considerações especiais de avaliação ...................................................................... 59 
Condutas ................................................................................................................. 59 
TRAUMA ABDOMINAL ...................................................................................... 60 
Feridas abdominais contusas ................................................................................... 60 
Eviscerações ........................................................................................................... 60 
Tipos de Ferimentos ................................................................................................ 61 
Definição: ............................................................................................................... 61 
Fisiopatologia: ........................................................................................................ 61 
A Gravidade da lesão depende: ............................................................................... 61 
Quadro Clinico:....................................................................................................... 62 
Conduta: ................................................................................................................. 62 
CONVULSÕES ...................................................................................................... 62 
CAUSAS: ............................................................................................................... 62 
Sinais e Sintomas de uma Crise Convulsiva: ........................................................... 63 
TRATAMENTO PRÉ-HOSPITALAR DAS CONVULSÕES: ................................ 63 
Após o término da crise ........................................................................................... 63 
ENVENENAMENTO E INTOXICAÇÕES ............................................................ 63 
TIPOS DE VENENO QUE PODEM CAUSAR MOLÉSTIA .................................. 64 
VIAS DE INTRODUÇÃO DOS VENENOS .......................................................... 64 
FATORES DETERMINANTES DA GRAVIDADE ............................................... 64 
SINAIS E SINTOMAS NOS CASOS DE ENVENENAMENTOS: ........................ 64 
CONDUTAS........................................................................................................... 65 
ENVENENAMENTO (INTOXICAÇÃO) POR INALAÇÃO ................................. 65 
ENVENENAMENTO (INTOXICAÇÃO) POR CONTATO ................................... 65 
ENVENENAMENTO (INTOXICAÇÃO) POR INGESTÃO .................................. 65 
AFOGAMENTO..................................................................................................... 65 
Condutas ................................................................................................................. 66 
EMERGÊNCIAS CLÍNICAS CARDIOVASCULARES ........................................ 66 
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .................................................................. 66 
Sinais e Sintomas: ................................................................................................... 66 
Tratamento pré-hospitalar: ...................................................................................... 66 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA .....................................................67 
Sinais e Sintomas: ................................................................................................... 67 
Tratamento pré-hospitalar: ...................................................................................... 67 
HIPERTENSÃO ARTERIAL ................................................................................. 68 
 
6 
 
Valores normais: ..................................................................................................... 68 
Sinais e Sintomas .................................................................................................... 68 
Tratamento pré-hospitalar ....................................................................................... 68 
Tratamento pré-hospitalar ....................................................................................... 68 
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) .................................................. 68 
Hemorragia: ............................................................................................................ 69 
Sinais e Sintomas .................................................................................................... 69 
Escala pré-hospitalar para AVE de Cincinnat .......................................................... 69 
Queda Facial ........................................................................................................... 69 
Debilidade nos braços ............................................................................................. 70 
Fala anormal. .......................................................................................................... 70 
INSUFICIÊNCIAS RESPIRATÓRIAS ................................................................... 70 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) ............................... 70 
HIPERGLICEMIA.................................................................................................. 71 
HIPOGLICEMIA .................................................................................................... 71 
DISPNÉIA (Falta de Ar) ......................................................................................... 72 
Tratamento: ............................................................................................................. 72 
PARTO DE EMERGÊNCIA ................................................................................... 73 
SECUNDAMENTO:............................................................................................... 75 
PÓS-PARTO IMEDIATO: ..................................................................................... 75 
RISCOS E COMPLICAÇÕES: ............................................................................... 75 
CONDUTAS DO SOCORRISTA PARA O PARTO DE EMERGÊNCIA: ............. 76 
Atendimento Pré-Hospitalar do Recém-Nascido ...................................................... 77 
Atendimento Pré-Hospitalar da Mãe:....................................................................... 77 
 
 
7 
 
 
 
 
8 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
Primeiros Socorros são medidas 
iniciais de emergência, aplicadas no local 
do acidente ou perto dele, tendo como 
objetivo evitar o agravamento das lesões 
e aliviar o sofrimento, deixando a vítima 
em melhores condições para o 
transporte e para receber o atendimento 
definitivo. 
Todos os seres humanos são possuidores de um forte espírito de 
solidariedade e é este sentimento que nos impulsiona para tentar ajudar as 
pessoas em dificuldades. Nestes trágicos momentos, após os acidentes, muitas 
vezes entre a vida e a morte, as vítimas são totalmente dependentes do auxílio 
de terceiros. Acontece que somente o espírito de solidariedade não basta. Para 
que possamos prestar um socorro de emergência correto e eficiente, precisamos 
dominar as técnicas de primeiros socorros. Algumas pessoas pensam que na 
hora de emergência não terão coragem ou habilidade suficiente, mas isso não 
deve ser motivo para deixar de aprender as técnicas, porque nunca sabemos 
quando teremos que utilizá-las. 
Espera-se que o profissional que presta socorro de urgência seja dotado 
de rapidez e segurança, promovendo maior confiança à vitima, que reagirá com 
um melhor prognóstico. 
O atendimento às emergências no consultório odontológico deve seguir 
uma sequencia padronizada, procurando-se corrigir os problemas que surgem 
tão logo sejam encontrados. 
A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles 
ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar 
complicações futuras e até mesmo salvar vidas. O fundamental é saber que, em 
situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a 
prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. 
Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a 
prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um 
atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde 
 
9 
 
da vítima. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar 
socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, 
é crime. 
 
Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa 
cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde, com o fim de 
manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que 
receba assistência médica especializada. 
Emergência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao 
hospital. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o 
seu encaminhamento deve ser o mais curto possível. 
Urgência: Estado grave, que necessita atendimento médico embora não 
seja necessariamente iminente. 
Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que 
necessitam de atendimento. 
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resulta pessoas mortas 
e/ou feridas, mas que pode oferecer risco futuro. 
 
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO 
 IMPERÍCIA (ignorância, inabilidade, inexperiência): entende-se, no sentido 
jurídico, a falta de prática ou ausência de conhecimentos, que se mostram 
necessários para o exercício de uma profissão ou de uma arte qualquer. A 
imperícia, assim se revela na ignorância, como na inexperiência ou inabilidade 
acerca de matéria, que deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo ou 
se execute com eficiência o encargo ou serviço, que foi confiado a alguém. 
Exemplo: É imperito, o socorrista que utilizar o reanimador manual, sem 
executar corretamente, por ausência de prática, as técnicas de abertura de vias 
aéreas, durante a reanimação. 
 
 IMPRUDÊNCIA (falta de atenção, imprevidência, descuido): resulta da 
imprevisão do agente ou da pessoa, em relação às consequências de seu ato ou 
ação, quando devia e podia prevê-las. Funda-se, pois, na desatenção culpável, 
em virtude da qual ocorreu um mal, que podia e deveria ser atendido ou 
 
10 
 
previsto pelo imprudente. Exemplo: É imprudente o motorista que dirige um 
veículo de emergência excedendo o limite de velocidade permitido na via. 
 
 NEGLIGÊNCIA (desprezar, desatender, não cuidar): exprime a falta de 
cuidado ou de precaução com se executam certos atos, em virtude dos quais se 
manifestam resultados maus ou prejudicados, que não adviriam se mais 
atenciosamente ou com a devida precaução, aliás, ordenada pela prudência, 
fosse executada. A negligência, assim, evidencia-se pela falta decorrente de não 
se acompanhar o ato com a atenção que se deveria. Exemplo: É negligente o 
socorrista que deixar de utilizar equipamento de proteção individual (EPI), em 
um atendimento no qual seu uso seja necessário.FORMAS DE CONSENTIMENTO 
 O consentimento implícito: consideramos que o socorrista recebe um 
consentimento implícito para atender uma vítima quando ela está gravemente 
ferida, desorientada ou inconsciente, ou ainda é menor de 18 anos e não pode 
tomar decisão sozinha. No caso da vítima inconsciente, assume-se que se 
estivesse consciente e fora de risco, autorizaria a prestação do socorro. 
Igualmente assume-se também que se um familiar ou representante legal do 
menor estivesse presente, autorizaria o atendimento. 
 
 O consentimento explícito: Consideramos explícito o consentimento dado 
por um familiar ou representante legal para a prestação do socorro a uma 
vítima inconsciente, confusa, menor de idade ou com incapacidade mental, 
desde que esteja fora de perigo. 
 
OMISSÃO DE SOCORRO 
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em 
"Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à 
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em 
desamparo ou em grave e iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro 
da autoridade pública”. 
Pena - detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. 
 
11 
 
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta 
lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta em morte. 
Importante: O fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que 
a pessoa não possui um treinamento específico ou não se sente confiante para 
atuar, já descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro. 
 
DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER SENDO ATENDIDA 
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito 
de recusa do atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando eles 
estiverem conscientes e com clareza de pensamento. Isto pode ocorrer por 
diversos motivos, tais como crenças religiosas ou falta de confiança no prestador 
de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a vítima não pode ser 
forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar-se de que o 
socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto 
tenta ganhar a sua confiança através do diálogo. 
 
DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER SENDO ATENDIDA 
O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito 
de recusa do atendimento. No caso de adultos, esse direito existe quando eles 
estiverem conscientes e com clareza de pensamento. Isto pode ocorrer por 
diversos motivos, tais como crenças religiosas ou falta de confiança no prestador 
de socorro que for realizar o atendimento. Nestes casos, a vítima não pode ser 
forçada a receber os primeiros socorros, devendo assim certificar-se de que o 
socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima, enquanto 
tenta ganhar a sua confiança através do diálogo. 
PRINCÍPIOS GERAIS E BIOSSEGURANÇA NO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR 
 
Atendimento pré-hospitalar 
É todo atendimento prestado a uma vítima de trauma ou mal súbito, no 
local de ocorrência do evento até que a mesma seja transporte a um hospital. 
O atendimento pré-hospitalar tem por objetivo salvar a vida, não agravar 
as lesões, aliviar sua dor e transportar a um hospital de referência. 
 
 
 
Princípios fundamentais no atendimento pré-hospitalar 
 
12 
 
 
 
 
 
SEGURANÇA 
Evitar por em perigo a vida de outras pessoas e a do próprio Socorrista. 
Estar devidamente paramentado (uso de Equipamentos de Proteção 
Individual), óculos de proteção, máscara facial e luvas de procedimentos. 
Isolamento e controle de trânsito: utilizando cordas ou fitas de 
isolamento, sinalizando o trânsito para evitar acidente em cadeia, desligar ao 
cabo da bateria do automóvel, bem como calçar as rodas. 
CENA 
Observar o que aconteceu; 
Identificar-se como socorrista; 
Analisar o local do acidente: 
 Controlar e preparar o ambiente; 
 Afastar o risco da vítima ou a vítima do risco; 
 Proteger a vítima de curiosos, impedindo que tentem movê-la de 
forma errada. 
SITUAÇÃO 
Informe-se sobre o ocorrido com a(s) vítima(s) ou com testemunhas 
presentes no local; 
Avaliar o mecanismo do trauma; 
Tratar a queixa da vítima; 
Levantar hipóteses de possíveis lesões; 
Verifique se há outros ferimentos, tendo o cuidado de não movimentar 
desnecessariamente a vítima; 
Tenha sempre uma idéia do que se deve fazer para não expor a vítima. 
 
BIOSSEGURANÇA: aspectos relevantes no atendimento pré-hospitalar 
Biossegurança é um conjunto de medidas tomadas no ambiente de 
trabalho com finalidade de evitar qualquer tipo de acidente ou exposição 
ocupacional. Essas condutas são tomadas baseadas no risco ergométrico, 
químico, físico e biológico. Neste texto tratamos do risco biológico. 
As profilaxias pós-exposição não são totalmente eficazes. A prevenção à 
exposição a sangue e outros materiais biológicos potencialmente contaminados 
é a principal e mais eficaz medida para evitar transmissão ocupacional de HIV, 
vírus da hepatite B e C. 
 
Imunização dos profissionais 
As vacinas obrigatórias a todos os profissionais de saúde, de segurança 
pública (corpo de bombeiros, policia militar e civil), condutores de ambulância 
estão disponíveis na rede pública de saúde em suas unidades básicas e são: 
- HEPATITE B 
 
13 
 
- TUBERCULOSE 
- FEBRE AMARELA 
- DUPLA ADULTO 
- TRÍPLICE VIRAL 
- INFLUENZA 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NO TRAUMA 
Cinemática do trauma 
Trauma é uma lesão caracterizada por uma alteração estrutural ou 
fisiológica, de parte ou de todo o corpo, resultante da exposição excessiva a 
uma energia ou da privação de uma energia essencial. 
A cinemática do trauma é o estudo do movimento de um corpo que 
sofreu um impacto ou agressão, relacionado-a com suas prováveis avarias e 
lesões. 
A história do trauma é constituída de três fases: 
Fase do Pré-Impacto: inclui todos os eventos que precedem o evento, 
como a ingestão de álcool ou outras drogas, doenças preexistentes e estado 
mental da vítima. 
Fase do Impacto: começa no momento do impacto entre um objeto em 
movimento e um segundo objeto. Esse objeto pode estar em movimento ou 
parado e pode ser um objeto ou ser humano. 
Fase do Pós-Impacto: o socorrista usa a informação obtida durante as 
fases de pré-impacto e impacto para atender a vítima.A cinemática do trauma se 
apropria das leis da física: 
1º Lei de Newton ou Lei da Inércia: um corpo em repouso permanecerá 
em repouso e um corpo em movimento permanecerá em movimento, a menos 
que uma força externa atue sobre ele. 
 
 
Lei da Conservação de Energia: A energia não pode ser criada ou destruída. Ela 
pode ser transformada ou transferida. 
 
 
ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO 
 
TIPOS DE COLISÕES: 
FrontalFace, cabeça, pescoço (pára-brisas) 
- Tórax e abdome (direção) 
- Fratura de coluna cervical 
 
14 
 
 
- Tórax instável 
- Contusão miocárdica 
- Pneumotórax 
- Ruptura de aorta 
- Ruptura de fígado / baço 
- Lesões ósteo-articulares de quadril / joelho 
 
Lateral 
- Posição da vítima 
- Intrusão do veículo 
- Cabeça e pescoço (flexão lateral e rotação) 
- Tórax (costelas e clavícula) 
- Abdome 
- Bacia e coxa 
- Colisão com outro passageiro 
 
Posterior 
- Lesão cervical 
- Crânio-encefálica 
 
 
 
 
 
 
CAPOTAMENTO: É Imprevisível, podendo ter todos os demais traumas 
associados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LESÕES POR MEIOS DE CONTENÇÃO 
 
Cinto de segurança - Cinto na posição incorreta, 
acima da borda da pelve, permite que os órgãos fiquem 
presos entre a parede posterior emmovimento e cinto de 
segurança. Podem ocorre lesões do pâncreas e de outros 
órgãos retroperitoneais, bem como rupturas do intestino 
delgado e do cólon 
 
 
15 
 
 
Air bag 
Abrasões em braço são secundárias a expansão rápida 
do air bag, quando as mãos se encontram firmes sobre o 
volante. 
 
 
 
 
 
ATROPELAMENTO 
A colisão automóvel e pedestre existe três etapas distintas, cada etapa 
possui seu próprio padrão de lesão: 
1. impacto inicial é nas pernas e às vezes nos quadris 
2. o tronco rola sobre o capô do carro 
3. a vítima cai do carro no asfalto, geralmente de cabeça, com 
possível trauma da coluna cervical 
 
Adulto 
 
 
Criança 
 
 
 
 
Criança 
 impacto frontal impacto lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACIDENTES MOTOCICLISTICOS 
QUEDA 
Altura; 
Superfície de contato; 
Tempo de desaceleração.. 
 
De pé 
Calcâneo / membros inferiores 
Coluna 
 
 
16 
 
 
Articulações 
Membros superiores 
Desaceleração 
De cabeçaCrânio / Coluna 
Tórax / Pelve 
 
 
TRAUMAS PENETRANTES 
A lesão produzida pela faca 
depende do movimento da lâmina 
dentro da vítima. Lesão por arma de fogo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O projétil de arma de fogo esmaga os tecidos no seu trajeto. Uma 
cavidade é criada no rastro da bala. A parte esmagada é permanente. A 
expansão temporária também pode produzir lesão. 
 
Mecanismos de trauma e a relação com possíveis padrões de lesão 
Mecanismos de trauma Possíveis padrões de lesões 
Impacto frontal 
Deformidade de volante 
Marca do joelho no painel 
Fratura em ‘olho de touro’’ 
No parabrisa 
Fratura de coluna cervical 
Tórax instável anterior 
Contusão miocárdica 
Pneumotórax 
Seção de aorta (lesão de desaceleração) 
Lesão de baço ou fígado 
Fratura posterior/luxação de quadril/ e ou joelho 
Cavidade 
temporária 
Cavidade 
permanente 
Retorno pela elasticidade dos tecidos 
Compressão e 
esmagamento 
 
trajetória projétil 
 
17 
 
 
Impacto lateral ao 
automóvel 
Entorse do pescoço 
Fratura de coluna cervical 
Tórax instável lateral 
Pneumotórax 
Ruptura traumática da aorta 
Ruptura do diafragma 
Lesão do baço ou fígado 
(dependendo do lado) 
fratura de pelve ou acetábulo 
Impacto traseiro por 
colisão 
Lesão de coluna cervical 
Ejeção do veículo A ejeção do veículo não perdiz 
Padrão algum definido de lesão; no entanto coloca o 
paciente no grupo de risco 
de praticamente todo tipo de lesão 
a mortalidade aumenta consideravelmente 
Veículo 
automotor/pedestre 
Traumatismo craniano 
Lesões torácicas e abdominais 
Fraturas das extremidades inferiores 
 
ATENDIMENTO INICIAL AO TRAUMATIZADO 
É a avaliação sistematizada de uma vítima de trauma ou emergência 
clínica, visando adotar medidas para manutenção dos sinais vitais e evitar o 
agravamento das lesões até a chegada em um hospital de referência. 
 
EXAME PRIMÁRIO – ABCDE 
 
Estabilização da coluna cervical 
 
 Realizar manobras de desobstrução das vias aéreas: 
 
 
 
 
Tração de mandíbula (Jaw Thrust) 
 
Indicada em vítimas com suspeita de lesão da 
coluna cervical. 
- Posicionar-se atrás da cabeça da vítima. 
- Empurrar os ângulos da mandíbula com os 
polegares, deslocando-a para cima. 
- Estabilizar ao mesmo tempo a cabeça da vítima. 
 
1. Elevação do queixo (Chin. Lift) 
Airway 
 
18 
 
 
É a manobra mais eficaz para a queda 
da língua. 
 
Indicada em vítimas inconscientes sem 
suspeita de lesão de coluna cervical. 
- Colocar uma de suas mãos na fronte da 
vítima. 
- Inclinar a cabeça da vítima para trás. 
- Deslocar a mandíbula para frente com os 
dedos da outra mão colocados no queixo da 
vítima. 
 
 
 
Colocação de cânula de Guedel 
(Inconsciência) 
 
Indicações 
Possui a função de evitar a queda da língua 
sobre a parede posterior da faringe e também 
de abrir espaço para a introdução de cateteres 
de aspiração. 
Está indicada em vítimas inconsciente e não 
reativas. 
Conduta 
- Confirmar a presença de inconsciência e ausência de reflexo de proteção da 
via aérea. 
- Medir a cânula, comparando-a à distância entre a comissura labial e o ângulo 
da mandíbula, próximo ao lóbulo da orelha. 
- Empregar apenas cânulas com dimensões apropriadas para o paciente. 
- Lembrar que cânulas mal introduzidas podem agravar a obstrução. 
- Introduzir com o lado côncavo para cima e efetuar a rotação de 180º quando 
a extremidade distal atingir o palato mole, no adulto 
- Introduzir com o lado côncavo para baixo, iniciar a introdução pela comissura 
labial, na criança. 
 
Respiração 
Checar Respiração; 
Observar a amplitude da respiração. 
 - ver , ouvir e sentir; 
. 
 
 
Breathin 
 
19 
 
 
 
- ventilação com oxigênio 10 a 15 l/min. 
 
 
 
 
 
Circulação: 
 Checar a Circulação: 
 Pulso carotídeo (adulto) ou Braquial 
(criança) 
 Identificar e tratar Hemorragias 
(Hemostasia) 
 Perfusão capilar 
 Temperatura corporal 
 Prevenir e/ou tratar o estado de 
choque. 
 
 
Alterações neurológicas: 
 A – alerta 
 V – resposta a estímulo verbal 
 D – resposta a estímulo doloroso 
 N – não responde, nulo ou arreativo. 
 
 
Exposição da vítima: 
 Exame da cabeça aos pés. 
 Evitar exposição desnecessária 
 Manter ao máximo a privacidade 
 Manter paciente aquecido. 
 
 
EXAME SECUNDÁRIO: 
Consiste em um exame minucioso realizado da cabeça para os pés, 
devendo procurar lesões que apesar da gravidade não coloca a vítima em risco 
iminente de vida. Na ocasião verificar o histórico médico, examinar bolsos a 
procura de informações. 
Na criança o exame e realizado dos pés para a cabeça para ganhar a 
confiança. 
 
 
Circulation 
Disability 
Exposure 
 
20 
 
AVALIAÇÃO DA CENA 
 
Uma vítima, acometida de trauma ou problemas decorrentes de 
patologias clínicas, deve ser avaliada segundo um critério geral: 
 Cinemática do trauma; 
 (Avaliação da cena); 
 Relato de testemunhas; 
 Histórico médico da vítima (Anamnese); 
AVALIAÇÃO INICIAL 
Com estabilização da cervical em trauma 
Abordagem da vítima consiste em analisar o nível de consciência e possíveis 
prioridades a serem adotadas 
 
 (ABCDE) 
Este processo se constitui no ABCDE do atendimento ao traumatizado, a 
saber: 
 A – Abrir vias aéreas 
 B – Verificar boa ventilação (respiração) 
 C – Circulação (com controle de hemorragias) 
 D – Distúrbios neurológicos 
 E – Expor o corpo da vítima (zelar pela integridade da 
vítima) 
A – Vias aéreas com controle da coluna cervical: 
 A avaliação inicial deve identificar rapidamente sinais sugestivos de 
obstrução de vias aéreas, através da inspeção da cavidade oral e observação de 
alguns sinais que possam indicar hipóxia e obstrução: 
 Agitação motora – sugere hipóxia; 
 Sonolência – sugere hipercabia; 
 Cianose – sugestivo de hipóxia; 
 Sons anormais (roncos) – obstrução de faringe; 
 Disfonia – obstrução de laringe. 
 
B – Respiração e ventilação: 
 A permeabilidade das vias aéreas não garante uma ventilação satisfatória 
do paciente, para isso é fundamental um adequado funcionamento do tórax, 
pulmões e diafragma. Algumas situações podem comprometer a ventilação: 
 Pneumotórax hipertensivo; 
 Contusão pulmonar; 
 Pneumotórax aberto; 
 Hemotórax maciço. 
 
21 
 
 
C – Circulaçãocom controle de hemorragias: 
 A hipovolemia com consequente choque hemorrágico é a principal 
causa de morte em pacientes traumatizados. Alguns parâmetros são de 
fundamental importância na avaliação inicial e determinação da hipovolemia; 
 Pulso; 
 Cor da pele; 
 Enchimento capilar; 
 Pressão arterial; 
 Pressão de pulso; 
 Sudorese. 
 
D – Avaliação do estado neurológico: 
 Uma rápida avaliação do padrão neurológico deve determinar o nível de 
consciência e a reatividade pupilar do traumatizado. A escala de coma de 
Glasgow deve ser usada na avaliação secundaria isto é, na avaliação mais 
detalhada do paciente. 
Na avaliação inicial usamos o método proposto pelo ATLS: 
A – alerta 
V – resposta ao estimulo verbal 
 D – dor 
 N – não responde 
 
E – Exposição do paciente com controle da hipotermia: 
 O paciente traumatizado deve ser completamente despido de suas vestes 
para facilitar o exame completo e a determinação de lesões que podem 
representar riscos de morte. 
 A proteção do paciente contra hipotermia é de suma importância, pois 
cerca de 40% dos pacientes desenvolvem este tipo de alteração durante a fase 
de atendimento inicial, com redução 1ºC para 3ºC, comprometendo o 
tratamento por aumentar a perda de calor. 
Alguns fatores predispõem o traumatizado a desenvolver a hipotermia, a saber: 
 
AVALIAÇÃO DIRIGIDA 
 Etapa da avaliação onde o socorrista realiza a aferição e 
observação da cor da pele do paciente, da reação pupilar, da respiração, 
pulso, pressão arterial (se tiver o aparelho) e temperatura relativa da pele 
do paciente e perfusão capilar. 
 
Exame rápido: O exame rápido é realizado conforme a queixa principal 
do paciente ou em todo segmento corporal. 
 
Sinais: É a informação obtida a partir da observação da vítima. São 
detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos – visão, tato, 
 
22 
 
audição e olfato – durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão 
incluem sangramento, inchaço (edema), aumento de sensibilidade ou 
deformação; já os sinais mais comuns de doenças são pele pálida ou 
avermelhada, suor, temperatura elevada e pulso rápido. 
 
Sintoma: É tudo aquilo que o socorrista não consegue identificar sozinho. 
O paciente necessita contar sobre si mesmo. 
Exemplos: dor abdominal, tontura, etc. 
 
 TEMPERATURA 
O socorrista nessa etapa deve tocar a pele do paciente para obter índices 
de variações superficiais, próximo às regiões de gânglios com a região posterior 
da mão, não utiliza o termômetro, tais como: 
Índices: Hipotermia, Normotemia, Hipertermia 
PULSO 
O pulso é uma onda de sangue gerada pelo batimento cardíaco e 
propagada ao longo das artérias. A frequência comum de pulso em adultos é 
de 60 a 100 batimentos por minuto, a frequência de pulso nas crianças em 
geral é superior a 80 batimentos por minuto. O pulso é palpável em qualquer 
área onde uma artéria passe sobre uma proeminência óssea ou se localize 
próxima à pele. As artérias, ou pontos de pulso mais comuns e superficialmente 
palpáveis são: Região temporal, carotídeo, braquial, radial, ulnar, femural, 
poplíteo, e pedial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
RESPIRAÇÃO 
A respiração normal é fácil, sem esforço e sem dor. A frequência pode 
variar bastante. Um adulto respira normalmente entre 12 a 20 vezes por minuto. 
Respiração e ventilação significam a mesma coisa, ou seja, o ato de inspirar e 
expirar o ar. Contar a respiração em 3 segundos e multiplicar o resultado por 8, 
geralmente se obtém um padrão relativo de normalidade aproximado. 
 Respiração: Adulto: 12 a 20 vpm 
Criança: 20 a 40 vpm 
Lactentes: 40 a 60 vpm 
 
 Dispneia- Dificuldade para respiração em qualquer posição 
 Ortopnéia – Dificuldade de respirar deitado 
 Bradipnéia- Abaixo 
 Apneia- Ausência de respiração 
 Taquipnéia – Acima 
 
PRESSÃO ARTERIAL 
Valores normais: 
Adulto: 
Nível da Pressão Arterial Classificação 
< 120 sistólica e < 80 diastólica Ideal 
< 130 sistólica e < 85 diastólica Normal 
130-139 sistólica ou 86~89 diastólica Normal-alta 
140-159 sistólica ou 90~99 diastólica Hipertensão Estágio 1 
160-179 sistólica ou 100~109 diastólica Hipertensão Estágio 2 
> 110 diastólica ou > 180 sistólica Hipertensão Estágio 3 
Diastólica normal com sistólica > 140 Hipertensão Sistólica Isolada 
 
Criança: 
As pressões sistólica e diastólica presumíveis podem ser calculadas através 
das seguintes equações: 
 Sistólica: 80 mmHg + 2 vezes a idade. 
 Diastólica: ⅔ da sistólica. 
 
24 
 
 Dentro desses valores, consideramos a PA normal; se exceder à máxima, 
denominamos alta (hipertensão) e ao contrário, se não atinge o nível mínimo, 
denominamos baixa (hipotensão). 
Em geral não se afere PA em crianças com menos de 3 anos de idade. Nos casos 
de hemorragias ou choque, a PA mantêm-se constante dentro de valores 
normais para no final desenvolver uma queda abrupta. 
 
PUPILAS 
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem 
contornos regulares. 
Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas viciadas em 
drogas. As pupilas indicam um estado de relaxamento ou inconsciência, 
geralmente tal dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca. 
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões 
de crânio ou acidente vascular cerebral. Na morte, as pupilas estão totalmente 
dilatadas e não respondem à luz. Reação das pupilas quanto a luz. 
 Mióticas- pupilas contraídas 
 Midríase – Pupilas dilatadas 
 Anisocóricas- Irregulares. 
COLORAÇÃO DA PELE 
A cor da pele depende primariamente da presença de sangue circulante 
nos vasos sanguíneos subcutâneos. 
Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente e é vista nas 
vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada (cianose) é 
observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e também em 
alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em certos 
estágios do envenenamento por monóxido de carbono (CO), na insolação, 
alergias e ou hipertensão arterial. 
ESTADO DE CONSCIÊNCIA 
Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada e responde aos 
estímulos verbais e físicos. Qualquer alteração deste estado pode ser indicativa 
de doença ou trauma. 
O estado de consciência é provavelmente o sinal isolado mais seguro na 
avaliação do sistema nervoso de uma pessoa. Uma vítima poderá apresentar 
 
25 
 
desde leve confusão mental por embriaguez, até coma profundo, como 
resultado de uma lesão craniana ou envenenamento. 
CAPACIDADE DE MOVIMENTAÇÃO 
A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida 
como paralisia e pode ser o resultado de uma doença ou traumatismo. 
A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um 
acidente, pode ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do 
pescoço (coluna cervical). A incapacidade de movimentar somente os membros 
inferiores pode indicar uma lesão medular abaixo do pescoço. A paralisia de um 
lado do corpo, incluindo a face, pode ocorrer como resultado de uma 
hemorragia ou coágulo intra-encefálico (acidente vascular cerebral). 
REAÇÃO A DOR 
 
A reação a dor somente deve ser utilizada para ver o nível de consciência 
se o socorrista dominar a Escala de Glasgow. Do contrário deve ser utilizada 
para detectar a perda do movimento voluntário das extremidades, após uma 
lesão, geralmente é acompanhada também de perda da sensibilidade. 
Entretanto, ocasionalmente o movimento é mantido, e a vítima se queixaapenas de perda da sensibilidade ou dormência nas extremidades. É 
extremamente importante que este fato seja reconhecido como um sinal de 
provável lesão da medula espinhal, de forma que a manipulação do acidentado 
não agrave o trauma inicial. 
 
AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA, (EXAME SECUNDÁRIO) 
 
A avaliação física detalhada da cabeça aos pés deve ser realizada pelo 
socorrista em cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo não precisa ser 
realizado em todos os pacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em 
pacientes que sofreram pequenos acidentes ou que possuem emergências 
médicas evidentes. 
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o socorrista deverá: 
1) Verificar a cabeça (couro cabeludo) e região occipital, parietal e frontal; 
2) Verificar a face do paciente. Inspecionar Região orbital, zigomático, vômer e 
nasal, maxilar, mandíbula e se há otorragia, 
3) Verificar a região posterior, anterior e lateral do pescoço (antes da aplicação 
do colar cervical); 
4) Inspecionar o ombro (cintura escapular) bilateralmente distal / proximal; 
5) Inspecionar as regiões anterior e lateral do tórax, clavícula, esterno e 
costelas; 
6) Inspecionar o abdômen em sete quadrantes separadamente; 
7) Inspecionar as regiões anterior e lateral da pelve e a região genital; 
 
26 
 
8) Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a 
presença de pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a 
perfusão e a sensibilidade; 
9) Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a 
presença de pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a 
perfusão e a sensibilidade; 
10) Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a região dorsal. 
 
AVALIAÇÃO CONTINUADA 
 
A avaliação continuada é realizada durante o transporte do paciente, 
devendo o socorrista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral 
do paciente. 
CRÍTICO e INSTÁVEL: Reavaliar a cada 3 minutos. 
POTENCIALMENTE INSTÁVEL e ESTÁVEL: Reavaliar a cada 15 minutos. 
 
PARADA RESPIRATÓRIA 
 
É a cessação da respiração decorrente de obstrução de vias aéreas, lesão 
cerebral, overdose, inalação de fumaça, afogamento, trauma entre outros. O 
coração pode continuar a bombear sangue por alguns segundos, se não 
houver intervenção eficaz ocorre a parada cardíaca. 
Sinais – Midríase, palidez, cianose de extremidades, perfusão lenta, 
sudorese. 
 Ausência de movimentos torácicos e pulsação, hipotensão, 
hipotermia. 
 
Respiração Anormal 
- Nenhum movimento torácico ou movimentos assimétricos. 
- Não é possível sentir ou ouvir o ar movimentando-se através do nariz ou 
boca. 
- A respiração é ruidosa ou ofegante. 
- O ritmo da respiração é irregular, ou taquipnéica ou bradipnéica. 
- A respiração é muito superficial, muito profunda e difícil; ou ainda a 
respiração é feita com grande esforço, especialmente em crianças e bebês. 
- A pele do paciente fica cianótica, acinzentada ou pálida. 
- O paciente está obviamente se esforçando para respirar, usando os 
músculos da parte superior do tórax, ao redor dos ombros, e os músculos 
do pescoço. 
- Há batimentos de asas do nariz, especialmente em crianças. 
 
 
 
 
 
27 
 
PARADA CARDÍACA 
 
É a cessação dos batimentos cardíacos decorrente de distúrbios do ritmo 
cardíaco, trauma direto no coração, drogas. Rapidamente a parada cardíaca 
ocorre a parada respiratória, sendo denominada parada cardiorrespiratória. 
Sinais e sintomas de uma parada cardíaca 
 Perda imediata da consciência; 
 Ausência de pulso carotídeos ou femoral; 
 Ausência dos sons cardíacos audíveis; 
 Ausência de ruídos respiratórios ou movimentos de ar pelo nariz ou boca; 
 Dilatação das pupilas; 
 Palidez e cianose (arroxeamento das extremidades – dedos e lábios); 
 Morte aparente ou morte definitiva. 
 
Condutas 
1. Iniciar ventilação com bolsa-válvula-máscara utilizando oxigênio com fluxo de 
15 l/min. 
2. Verificar expansão torácica a cada ventilação. 
3. Reposicionar a cabeça se o não expandir. 
4. Iniciar o protocolo de desobstrução de vias aéreas, caso o tórax não se 
expanda após uma tentativa de reposicionamento da cabeça. 
5. Inserir cânula orofaringe, caso não haja suspeita de obstrução por corpo 
estranho. 
6. Manter as seguintes seqüências de ventilação: 
 adultos: 12 por minuto ou uma ventilação a cada 5 segundos 
 crianças > 2 anos: 15 por minuto ou uma ventilação a cada 3 segundos 
 crianças < 2 anos: 20 por minuto ou uma ventilação a cada 3 segundos 
 bebê < 1 anos: 30 por minuto ou uma ventilação a cada 2 segundos 
7. Monitorar o paciente com o oxímetro de pulso e sinais vitais. 
8. Transporte imediato ao hospital de referência. 
 
Complicações da RCP 
- fratura de costelas 
- pneumotórax 
- distensão gástrica 
- lesões pulmonares 
 
CONSIDERAÇÕES DA RCP 
 
A compressão torácica deve ser feita sobre o esterno no nível do mamilo, 
apoiar a palma da mão dominante e sobrepor a outra, entrelaçar os dedos, 
nunca apoiá-los sobre o tórax, mantendo os braços estendidos, se possível 
 
28 
 
posicione-se do lado direito da vítima. A vítima deve estar sobre um superfície 
rígida. 
O sincronismo entre as compressões e ventilações é realizado na 
proporção de 30 compressões para 2 ventilações (30:2). A ventilação é 
administrada em 1 segundo gerando aproximadamente 10 a 12 ventilações por 
minuto. 
 
Antes do controle definitivo da via aérea através de algum artefato (tubo 
traqueal, máscara laríngea ou combitube) é recomendado 5 ciclos completos 
RCP (cerca de 2 minutos). Após este controle a ventilação e a compressão 
torácica externa deve ser feita simultaneamente, portanto não havendo pausa 
para ventilação. Nesta circunstância a compressão devem ser de 
aproximadamente 100 compressões por minuto e as ventilações de 8 a 10 
incursões por minuto. 
 
A troca das funções durante a RCP evita a fadiga dos reanimadores é 
recomendada a cada 2 minutos. 
 
É obrigatório ressaltar que os reanimadores devem ocupar os lados 
opostos com relação a vítima. Quando existir fadiga de um dos reanimadores a 
troca é feita imediatamente após o término de um ciclo. 
Deve-se lembrar que em adultos nos quais sofreram PCR sem 
testemunha, portanto estavam inconscientes quando foram encontrados, ou 
quando o serviço móvel de atendimento apresentou um tempo de chegada ao 
local maior que 4 a 5 minutos é obrigatório realizar 5 ciclos de RCP ou 2 
minutos, quando já instalado a via aérea avançada, antes do emprego do DESA. 
O objetivo é diminuir a hipóxia e acidose do miocárdio e facilitar a desfibrilação. 
 
É importante advertir que após o desfecho da desfibrilação do DESA, a 
avaliação do ritmo cardíaco é feita somente após 5 ciclos de RCP 
(aproximadamente 2 minutos). O objetivo é não descontinuar as manobras de 
RCP desnecessariamente e piorar o prognóstico. 
 
Os profissionais de saúde e bombeiros treinados devem avaliar a 
presença, ou ausência de pulso no adulto em uma grande artéria como a 
carótida ou femoral durante no máximo em 10 segundos. 
 
Deve-se minimizar o tempo de cessação das manobras de RCP para 
qualquer tipo de ação durante a RCP, inclusive a desfibrilação elétrica. 
 
Seqüência de ações para a desfibrilação efetiva 
Posição das pás do desfibrilador (semi-automático ou convencional) e direção 
da corrente elétrica. 
 
 
29 
 
 
 
O USO DO DEA (DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP) EM PACIENTES 
ADULTOS (MAIORESDE 14 ANOS) 
 
 
A prioridade em paciente sem pulso é a desfibrilação. Assim que chegar o 
desfibrilador externo semi-automático (DESA), terminar o 5 ciclo ou 2 minutos 
Verificar nível de 
consciência 
Inconsciente consciente 
Pedir auxílio Tratar como indicado 
para o caso 
Vítima em decúbito dorsal 
Abrir via aérea 
Respiração 
ausente 
Respiração 
presente 
Ventilar 2 vezes com 
oxigênio 10 l/min 
Manter via aérea aberta. 
Posição lateral de segurança. 
Administrar oxigênio 10l/min 
sob máscara 
Pulso carotídeo 
presente ausente 
Manter ventilação 12ipm 
com oxigênio 10 l/min 
 
Iniciar compressões torácicas 
sobre o esterno na linha 
mamilo. 
Relação 30/2 compressão e 
ventilação para 1 ou 2 
socorristas. 
Realizar 5 ciclo ou 2 min de 
RCP, avaliar ritmo cardíaco 
 
31 
 
de compressão e ventilação, acoplar o aparelho e seguir orientações do 
aparelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
SUPORTE BÁSICO DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMA DE 1 A 
14 ANOS. 
 
Verificar nível de 
consciência 
Inconsciente consciente 
Pedir auxílio Tratar como indicado 
para o caso 
Vítima em decúbito dorsal 
Abrir via aérea 
Respiração 
ausente 
Respiração 
presente 
Ventilar 2 vezes com 
oxigênio 10 l/min 
Manter via aérea aberta. 
Posição lateral de segurança. 
Administrar oxigênio 10l/min 
sob máscara 
Pulso carotídeo 
presente ausente 
Manter ventilação 12ipm 
com oxigênio 10 l/min 
Iniciar compressões torácicas 
sobre o esterno na linha 
mamilo. 
Relação 30/2 compressão e 
ventilação para 1 socorrista. 
Relação 15/2 compressão e 
ventilação para 2 socorrista 
(trocar de posição a cada ciclo) 
Realizar 5 ciclo ou 2 min de 
RCP, avaliar ritmo cardíaco 
 
 
33 
 
SUPORTE BÁSICO PARA REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR EM VÍTIMAS 
MENORES DE 1 ANO. 
 
 
Verificar nível de 
consciência 
Inconsciente consciente 
Tratar como indicado 
para o caso 
Vítima em decúbito dorsal 
Abrir via aérea 
Respiração 
ausente 
Respiração 
presente 
Ventilar 2 vezes com 
oxigênio 5 l/min 
Manter via aérea aberta. 
Posição lateral de segurança. 
Administrar oxigênio 10l/min 
sob máscara 
Pulso braquial 
presente ausente 
Manter ventilação 30 ipm 
com oxigênio 5 L/min 
Iniciar compressões torácicas 
sobre o esterno na linha 
mamilo. 
Relação 5/1 compressão e 
ventilação para 1 ou 2 
socorristas. 
Pedir auxílio após 1 min 
de RCP 
 
34 
 
 
 OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO (OVACE) 
 
O diagrama abaixo ilustra os principais órgãos que constituem o trato 
respiratório. As fossas nasais (passagem nasal) servem para filtrar o ar quando 
ele entra no corpo. A faringe, onde se localiza a epiglote cuja função é impedir 
o alimento de chegar ao pulmão. A laringe faz o ar vibrar as cordas vocais. A 
traquéia é a continuação da laringe e bifurca-se em dois tubos menores 
chamados brônquios. Os brônquios, que penetram nos pulmões e ramificam- se 
em tubos menores chamados bronquíolos. Os bronquíolos têm diâmetro de 
aproximadamente 1 mm. E os alvéolos pulmonares - onde ocorre à troca de 
oxigênio por gás carbônico. 
MANOBRAS DE DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREA 
 
 
A passagem de ar pode ser 
obstruída tendo como causas 
apresentadas no quadro abaixo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSTRUÇÃO DA PASSAGEM DE AR: 
 
 Corpo estranho  Estrangulamento 
 Soterramento  Afogamento 
 Pela língua  Gases tóxicos. 
 Ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório (acidente automobilístico). 
 Interferência na função do centro respiratório: 
Choque elétrico, Venenos, Doenças. 
Na criança usar um coxim na região da escapula para 
manter alinhamento cervical e favorecer a desobstrução de 
vias aéreas. 
 
35 
 
 
 
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS 
Tem com finalidade a remoção de sangue, vômito e de outros matérias 
de vias aéreas. 
Conduta 
1. Utilizar cateteres rígidos para a aspiração orofaríngea. 
2. Monitorar o paciente com oxímetro de pulso. 
3. Pré-oxigenar a vítima ventilando-o com bolsa-válvula-máscara com 10 l/min 
de oxigênio. 
4. Introduzir o cateter sem aspirar. 
5. Efetuar a aspiração na retirada do cateter. 
6. Limitar a duração do procedimento por cerca de dez segundos. 
7. Remover o cateter de aspiração com movimentos rotatórios. 
8. Repetir o procedimento, se necessário. O paciente deve ser novamente pré-
oxigenado. 
 
ADULTOS OU CRIANÇAS MAIORES DE UM ANO 
 
- Vítima consciente e pode respirar, tossir ou falar 
1. observar sem interferir. 
2. encorajar a tosse. 
3. administrar oxigênio suplementar sob máscara com reservatório com fluxo de 
10 a 15 l/min. 
4. transportar o paciente semi-sentado. 
5. monitorizar com oxímetro e sinais vitais. 
6. intervir imediatamente caso a vítima apresente sinais de obstrução severa 
- Vítima consciente mas não consegue respirar, tossir ou falar 
Iniciar compressões abdominais até desobstruir a via aérea ou a vítima 
perder a consciência 
Abrace a vítima e com o punho cerrado no estômago faça de 5 
compressões abdominais (manobra de Heimlich) ou no esterno (gestantes e 
obesos); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
Se a obstrução persistir após duas seqüências de manobras 
1. iniciar transporte caso contato seja impossível. 
2. repetir durante o transporte as manobras de desobstrução de vias aéreas até 
o corpo estranho ser removido 
- Vítima inconsciente 
1. ventilar duas vezes sob máscara com oxigênio no fluxo de 10 a 15 l/min. 
2. efetuar cinco compressões abdominais (em gestantes e obesos efetuar 
compressões torácicas). Posicione sobre a vítima e efetue 05 compressões no 
estômago ou no esterno (gestantes e obesos), até que o corpo estranho saia. 
3. verificar a presença de corpo estranho visível na orofaringe removê-lo se 
possível. 
4. repetir a seqüência de ventilações, compressões e exame da orofaringe. 
5. iniciar transporte caso contato impossível. 
6. repetir durante o transporte as manobras de obstrução de vias aéreas até o 
corpo estranho ser removido 
 Caso a vítima se encontre deitada (inconsciente), 
 Verifique a respiração (se não respirar); 
 
Se houver sucesso nas manobras de desobstrução 
1. administrar oxigênio suplementar sob máscara com 
reservatório com fluxo 10 a 15 l/min. 
2. avaliar a vítima. 
3. verificar sinais vitais. 
4. manter a vítima monitorizada com oxímetro 
5. transporte para hospital de referência 
 
 
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO EM LACTENTES 
(MENOR UM ANO) 
Suspeitar quando: 
a. Dificuldade respiratória de início súbito as vezes associada com 
incapacidade de emitir sons, tosse ou estridor (ruído respiratório agudo e 
alto). 
b. A aspiração do objeto é presenciada. 
c. Impossibilidade de ventilar lactante inconsciente. 
 
Algumas infecções respiratórias podem causar o quadro de obstrução e 
não são tratáveis com as manobras descritas abaixo, representam uma 
indicação de transporte rápido ao hospital. Geralmente o lactente apresenta 
febre e outros sinais de infecção associados e o quadro não é agudo (demora 
dias ou horas para se instalar). 
 
- Lactente consciente e consegue respirar, tossir e emitir sons 
 
37 
 
1. não interferir ativamente. 
2. não tentar remover o objetocom os dedos a não ser que ele seja visível. 
3. administrar oxigênio 5 l/min sob máscara. 
4. transportar o paciente semi-sentado junto aos pais. 
5. monitorizar com oxímetro de pulso. 
6. observar, interferindo imediatamente caso a vítima apresente sinais de 
obstrução severa. 
 
- Lactente consciente mas não consegue respirar, tossir ou emitir sons 
1. sentar apoiando o antebraço que segura a vítima sobre a coxa, caso o 
lactente seja muito pesado. 
2. segurar o lactente sobre seu antebraço com a face para baixo, mantendo 
sempre a cabeça do mesmo mais baixa que seu tronco. 
3. dar suporte a cabeça do lactente segurando firmemente sua mandíbula. 
4. efetuar até 5 batidas nas costas do lactente entre suas omoplatas. 
5. segurar com sua mão livre a cabeça da criança, encostando seu antebraço 
nas costas da mesma. 
6. girar o corpo do lactente, colocando-a com a face para cima. 
7. efetuar até 5 compressões torácicas nível do esterno. 
8. repetir a seqüência até desobstruir a via aérea ou a vítima perder a 
consciência. 
9. remover o objeto caso ele esteja visível. Não tentar introduzir o dedo na boca 
do lactente para remover o objeto caso ele não seja visível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se a obstrução persistir após duas seqüências de manobras 
1. pedir orientação ao médico regulador. 
2. iniciar transporte caso contato impossível. 
3. repetir durante o transporte as manobras de desobstrução de vias aéreas até 
o corpo estranho ser removido ou ocorrer perda da consciência. 
 
Lactente inconsciente 
1. abrir via aérea com manobra manual. 
2. inspecionar a boca do lactente, procurando o corpo estranho. 
3. remover o corpo estranho se o mesmo for visível. 
4. tentar ventilar sob máscara com oxigênio 5l/min. 
5. efetuar 5 compressões torácicas 
 
38 
 
6. pedir apoio médico. 
7. iniciar transporte caso contato com central de regulação seja impossível. 
8. repetir a seqüência até desobstruir a via aérea ou a chegada de apoio 
médico. 
 
Se houver sucesso nas manobras de desobstrução. 
1. administrar oxigênio 5l/min sob máscara. 
2. avaliar a vítima. 
3. verificar sinais vitais. 
4. manter a vítima monitorizado com oxímetro de pulso. 
5. transporte para o hospital de referência. 
 
HEMORRAGIAS 
CLASSIFICACAO DAS HEMORRAGIAS: 
Externa 
Interna 
 
RECONHECIMENTO: 
HEMORRAGIA EXTERNA : 
Saida de sangue pela ferida ou por orificios naturais do corpo; 
Presenca de Fraturas Expostas; 
Presenca de hematoma; 
Sinais vitais anormais; 
Sinais e sintomas do estado de choque. 
 
HEMORRAGIA INTERNA : 
Sinais e sintomas do estado de choque; 
Suspeitar em casos de: Rigidez ou distensao da parede abdominal, multiplas 
fraturas, fratura de femur e/ou cintura pelvica; 
Presenca de hematoma; 
Natureza do acidente; 
Usar a cinematica do trauma para suspeitar de lesoes principalmente nos 
rins, 
baco e figado; 
Sinais vitais anormais*; 
*Indicativo tardio que quando identificado significa que a hemorragia esta em 
um estagio 
mais avancado. Portanto, nao pode ser usado como fator isolado e soberano na 
constatacao de uma hemorragia interna. 
 
CONDUTA DE HEMOSTASIA: 
HEMORRAGIAS EXTERNAS: 
O tratamento especifico das hemorragias externas esta contido na letra C 
da 
 
39 
 
avaliacao primaria e e identico ao estado de choque (ver tratamento de estado 
de choque). 
Os procedimentos em vitimas com hemorragia sao: 
1. Realizar o ABCDE observando a cinematica do trauma; 
2. Oxigenoterapia de 12 a 15 l/min; 
3. Controle das hemorragias externas. 
4. No suporte avancado e feito a reposicao volemica; 
5. Cobrir a vitima com cobertor aluminizado; 
6. Transportar o mais rapido possivel ao suporte avançado; 
7. Continuar com o atendimento e avaliacao durante o transporte. 
 
PROCEDIMENTOS DE CONTENCAO DE HEMORRAGIA: 
1- COMPRESSAO DIRETA - Devera ser feita primeiro o quanto antes sobre o 
ferimento. A quantidade de pressao com as maos e essencial para uma boa 
hemostasia. 
Caso nao seja possivel a compressao com as maos por um periodo 
prolongado, usar uma atadura de crepom para amarrar as gazes com pressao 
no ferimento ou amarrar as compressas. Para contencao das hemorragias 
devera ser utilizado gazes ou compressas no local conforme foto abaixo. 
Quando nao houver estes materiais usar um pedaco de roupa ou tecido, 
principalmente de algodao para compressao. Quando uma atadura estiver 
saturada de sangue acrescentar mais ataduras em cima nao retirando as 
ataduras saturadas para nao perder o trabalho de coagulacao ja iniciado. 
2- TORNIQUETE - Caso a hemorragia nao possa ser controlada por compressão 
direta, usar o torniquete. Os torniquetes foram deixados de ser usados por 
causa de suas complicacoes, mas estudos cientificos comprovam que aplicados 
adequadamente podem salvar vidas. As principais complicacoes sao as lesoes 
em nervos e vasos, perda potencial do membro por um tempo prolongado de 
uso do torniquete. Entre escolher perder um membro da vitima ou salvar a vida 
a decisao e obvia no uso do torniquete. As situacoesmais comuns de utilizacao 
do torniquete são amputacao, esmagamento de membros e lesao de grandes 
vasos. 
 
OBSERVACOES SOBRE O TORNIQUETE: 
1- Usar uma faixa de 10 cm de largura (bandagem triangular), enrolar duas 
vezes e dar um no apertando-o suficientemente para estancar a hemorragia. 
Nos membros inferiores o torniquete devera ser aplicado com uma forca maior 
do que com os membros superiores. Colocar uma haste rigida de madeira ou 
metal e dar outro no. 
Se a largura da faixa for maior nao sera eficiente na hemostasia, assim 
como uma largura menor podera promover lesoes. O esfigmomanometro e 
uma boa alternativa como torniquete. Insuflar ate a minima pressao capaz de 
interromper a hemorragia; 
2- Aplicar o torniquete imediatamente proximal a lesao; 
 
40 
 
3- Anote o horario de inicio do procedimento e informar a equipe medica; 
4- Nao afrouxar o torniquete. Antes era indicado aliviar a pressao para nao 
acarretar lesoes vasculares e necrose dos tecidos, mas hoje estudos mostram 
que o torniquete pode ficar seguramente por um periodo prolongado de ate 
120 minutos. 
Considerar o tempo de uso do torniquete dentro do hospital, ou seja, 
transportar a vitima o mais rapido possivel preparando a equipe hospitalar 
ainda durante o transporte da mesma; 
5- Nao use arame, fios ou similares para nao agravar as lesoes dos tecidos do 
membro. 
 
HEMORRAGIAS INTERNAS: 
O tratamento das hemorragias internas é cirurgico. 
No ambiente pre-hospitalar o tratamento É prevenir o estado de choque 
com os seguintes procedimentos: 
1. Realizar o ABCDE observando a cinematica do trauma; 
2. Oxigenoterapia de 15 l/min (ver estado de choque); 
3. Elevacao dos membros (melhorar a oxigenacao cerebral) caso nao haja 
complicacoes 
4. Controle das hemorragias externas; 
5. Imobilizacao das fraturas. Podem diminuir as hemorragias internas; 
6. Cobrir a vitima com cobertor de la ou aluminio; 
7. Transportar o mais rapido possivel ao suporte; 
8. Continuar com o atendimento e avaliacao durante o transporte. 
 
FERIMENTOS 
Ferimento na cabeça 
- Procedimento semelhante a ferimentos em partes moles; 
- Não tente limpar o ferimento, há perigo de aumentar a hemorragia; 
- Não faca compressão com os dedos; 
- Controle o sangramento com curativo limpo e pouca pressão; 
- Procure socorro adequado; 
 
Ferimento nos olhos: 
- Não tente remover objetos da córnea; 
- Não faça curativo compressivo; 
- Não renova objetos empalados, estabiliza-o; 
- O curativo deve ser frouxo e nas duas vistas; 
- Em queimaduras, comecesempre partindo do nariz para as 
extremidades, com água estéril (05’a 15’). 
 
Ferimento na orelha: 
- Curativo ou bandagem, em caso de ferimento na orelha; 
- Nunca feche o canal auditivo em caso de hemorragia; 
 
41 
 
- Saída de liquido claro e/ou sangue significa traumatismo crânio 
encefálico; 
- Procure socorro adequado. 
 
Ferimento na face: 
- Corrige problemas respiratórios; 
- Não esqueça da possibilidade de lesão na coluna; 
- Use pressão suficiente para parar o sangramento; 
- Retire corpos estranhos do ferimento da boca; 
- Retire objetos empalados na bochecha se penetrar na cavidade oral; 
- Faça curativo; 
- Obs. Procure o medico adequado. 
 
Ferimento no nariz 
- Controle hemorragia; 
- Curativo 
Epistaxe (sangramento nasal) 
- Coloque o paciente sentado; 
- Cabeça ligeiramente inclinada para frente 
- Procure socorro adequado 
 
Ferimento na boca 
- Remova objetos estranhos; 
- Procure o socorro adequado; 
 
Ferimento no pescoço 
- Mantenha p paciente calmo; 
- Peça a vítima respirar devagar e observe a respiração; 
- Administre oxigênio; 
- Não se esqueça da possibilidade de trauma de coluna; 
- Curativo oclusivo com uma compressa, devendo esta ser coberta com 
plástico estéril ou papel alumínio. 
- Perigo de embolia traumática pelo ar. 
- Não aplique pressão sobre as vias aéreas; 
- Não aplique dos dois lados ao mesmo tempo; 
- Procure socorro adequado. 
 
Ferimento no tórax 
- Mantenha a vítima deitada sobre o lado da lesão; 
- Coloque curativo oclusivo preso em três lados; 
- Administre oxigênio; 
- Aspire sangue e secreções caso necessário; 
- Procure socorro adequado; 
 
42 
 
- Transporte sobre o lado ferido. 
 
Ferimento no abdome 
- Mantenha a vítima deitada; 
- Mantenha suporte básico de vida; 
- Fique alerta para vômito; 
- Não toque nem recoloque no lugar as viceras; 
- Cubra as viceras com curativo oclusivo embebido em soro fisiológico, 
cobrindo este com plástico estéril ou papel alumínio; 
- Não remova objetos empalados; 
 
Ferimento na região genital 
- Faça curativo compressivo e procure socorro adequado. 
Observação: Em caso de mutilação, o pedaço amputado deverá ser colocado 
dentro de saco plástico sem nada dentro, devendo este saco ser colocado 
dentro do gelo. 
 
CHOQUE 
 
Choque é uma desordem sistêmica, onde a apresentação clínica se faz 
variável, conforme cada órgão é afetado diferentemente, dependendo da 
gravidade do déficit perfusional, da causa básica e da disfunção orgânica 
primária. A possibilidade de recuperação com sucesso aumenta com a rápida 
reversão dos fatores precipitantes, bem como, a adequada manutenção das 
funções vitais. 
Causas 
- Coração: insuficiência cardíaca: o coração não consegue bombear suficiente 
quantidade de sangue. Se o coração por algum motivo deixa de bombear 
sangue adequadamente, ou se para de funcionar (parada cardíaca), o 
choque se desenvolverá de imediato. 
 
- Vasos sanguíneos: O sistema circulatório deve obrigatoriamente ser um 
sistema fechado. Se os vasos (artérias, veias ou capilares) forem lesados e 
perderem muito sangue, o paciente entrará em choque. 
 
- Volume de sangue circulante: Se houver uma diminuição no volume de 
sangue circulante ou se os vasos sanguíneos por algum motivo dilatarem 
(aumentarem seu diâmetro) impedindo que o sistema permaneça 
corretamente preenchido, o choque novamente se desenvolverá. 
 
Tipos de choque: 
O choque pode ser classificado de várias formas porque existem mais de 
uma causa para ele. O socorrista não necessita conhecer todas essas formas de 
 
43 
 
choque, no entanto, é fundamental que ele entenda de que forma os pacientes 
podem desenvolver o choque. 
 Choque hemorrágico: é o choque causado pela perda de sangue e/ou 
pela perda plasma. Ex.: Sangramentos graves ou queimaduras. 
 Choque cardiogênico: é o choque cardíaco. Este choque é causado pela 
falha do coração no bombeamento sanguíneo para todas as partes vitais do 
corpo. 
 Choque neurogênico: é o choque do sistema nervoso, em outras 
palavras, a vítima sofre um trauma o sistema nervoso não consegue controlar o 
calibre (diâmetro) dos vasos sanguíneos. O volume de sangue disponível é 
insuficiente para preencher todo o espaço dos vasos sanguíneos dilatados. 
 Choque anafilático: é o choque alérgico. Desenvolve-se no caso de uma 
pessoa entrar em contato com determinada substância da qual é extremamente 
alérgica, por exemplo, alimentos, medicamentos, substâncias inaladas ou em 
contato com a pele. O choque anafilático é o resultado de uma reação alérgica 
severa e que ameaça a vida. 
 Choque metabólico: é o choque da perda de fluídos corporais. Ex.: 
Vômito e diarréia graves. 
 Choque psicogênico: é o choque do desfalecimento. Ocorre quando por 
algum fator, como, por exemplo, um forte estresse ou medo, produz no sistema 
nervoso uma reação e, consequentemente, uma vasodilatação. O paciente sofre 
uma perda temporária da consciência, provocada pela redução do sangue 
circulante no cérebro. Também chamado de desmaio, o choque psicogênico é 
uma forma de autoproteção utilizada para evitar um anoxia. Essa é uma forma 
mais leve de choque que não deve ser confundida com o choque neurogênico. 
 Choque séptico: é o choque da infecção. Microrganismos lançam 
substâncias prejudiciais que provocam uma dilatação dos vasos sanguíneos. O 
volume de sangue torna-se insuficiente para preencher o sistema circulatório 
dilatado. O choque séptico ocorre geralmente no ambiente hospitalar e, 
portanto, é pouco observado pelos profissionais socorristas que atuam no 
ambiente pré-hospitalar. 
 Choque respiratório: é o choque dos pulmões. Este choque é causado 
pela baixa concentração de oxigênio no sangue e ocorre devido a uma falha no 
processo respiratório, no entanto, desde que o sistema circulatório esteja 
bombeando sangue para todos os órgãos vitais, existindo uma boa perfusão, 
não podemos considerar esta como uma forma verdadeira de choque. 
 
Tabela 1. Classificação de Choque e Algumas Possíveis Etiologias 
 
44 
 
Hipovolêmico 
Trauma 
Hemorragia Gastrointestinal 
Desidratação 
Vômitos 
Diarréia 
Fístula 
Queimadura 
Perda para 3º espaço 
Obstrutivo 
Pneumotórax hipertensivo 
Embolia Pulmonar 
Dissecção Aórtica 
Hipertensão Arterial Pulmonar Aguda 
Tamponamento Pericárdico 
Ventilação por Pressão Positiva 
Tumores Mediastínicos 
Cardiogênico 
Infarto Agudo do Miocárdio 
Contusão Miocárdica 
Miocardite Cardiodepressão 
(drogas, acidose, hipóxia) 
Estenose ou Regurgitação Valvular 
Arritmias 
Distributivo 
SRIS (Sepse, Pancreatite, Trauma, Queimadura) 
Anafilático Neurogênico (Trauma Raquimedular) 
Farmacológico (vaso dilatadores, 
benzodiazepínicos) 
Endócrino (Mixedema, Insuf. Adrenal) 
 
Sinais e sintomas gerais do choque 
 Agitação e ansiedade; 
 Respiração rápida e superficial; 
 Pulso Rápido e fraco (filiforme); 
 Pele fria e úmida; 
 Sudorese; 
 Face pálida e posteriormente cianótica; 
 Olhos estáveis, sem brilho e pupilas dilatadas; 
 Sede; 
 Náusea e vômitos; 
 Hipotensão. 
 
 
45 
 
 
 
Classificação do choque hipovolêmico 
 CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV 
Perda sanguínea(ml) Até 750 750 – 1500 1500 - 2000 > 2000 
Perda sanguínea (% V. 
S.) 
Até 15% 15 – 30% 30 – 40% > 40% 
Freqüência de pulso < 100 >100 >120 > 140 
Pressão arterial normal normal diminuída diminuída 
Pressão de pulso (mm 
hg) 
normal ou 
aumentada 
diminuída

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