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Poliana de Oliveira 16.2.6276 PLANEJAMENTO E PROGRAMACAO NA ADMINISTRACAO PUBLICA Barão de Cocais 2018 Processo do planejamento O planejamento é a ferramenta para administrar as relações com o futuro. As decisões que serão colocadas em pratica, ou procuram influenciar o futuro são decisões de planejamento. Para a moderna psicologia, o processo de planejamento é uma função cognitiva superior, uma forma refinada de inteligência (Gardner). Essa inteligência como todas as outras, pode ser desenvolvida por meio de educação e experiência. Processo de planejamento O processo de planejamento compreende três etapas principais: dados de entrada, processo de planejamento e elaboração de planos. Os dados de entrada são informações sobre o presente, passado ou futuro do ambiente externo e dos sistemas internos das organizações. Dados de Entrada São informações do ambiente externo ou interno sobre o presente, passado, futuro. Essas informações apresentam ameaças, oportunidades, necessidades. Exemplos de dados de entrada: problemas na organização. decisões que afetam o futuro da companhia. mudança na legislação, concorrência. perspectivas de escassez ou esgotamento de uma fonte de matéria-prima. Processo de Planejamento / Tomada de decisão O processo de planejamento é o processamento dos dados de entrada que é transformada em informações para produzir novas informações e decisões. Aqui uma vez que foram coletados os dados de entrada, é necessário realizar uma análise para compreender, processar e transformar em uma nova informação que servirá como guia para tomada de decisões. Os dados de entrada são transformados por meio de modelos técnicos de decisão: interpretação do significado das informações. identificação de alternativas para lidar com as necessidades, ameaças, oportunidades. avaliação das alternativas. Elaboração de Planos A elaboração dos planos é resultado dos processos dos dados de entrada. O plano estabelece qual situação deverá ser alcançada. Tendo em mãos as informações necessárias para tomar uma decisão transformasse essas informações em planos, que são: registros resultantes do processo de análise de entradas de dados. De forma geral todo plano possui três informação básicas: objetivo – o que se deseja alcançar. recursos – meios de realização. meios de controle. O processo de definir objetivos chama-se planejamento estratégico. O processo de definir meios e recursos chama-se planejamento operacional. Objetivos e metas O objetivo indica um conceito central em administração. Objetivos são os resultados desejados, são os fins, propósitos, intenções ou estados futuros que as pessoas e as organizações pretendem alcançar. Os objetivos são a parte mais importante dos planos. Um objetivo pode ser: uma situação ou estado futuro desejado, a realização de um produto físico ou conceitual e a realização de um evento. A forma e o conteúdo dos planos variam de uma organização para outra. Se possível os objetivos devem ser formulados em termos numéricos, associados a indicadores como quantidade, data, nível de qualidade ou ordem de grandeza dos recursos. Níveis de planejamento organizacional: São classificados em três níveis principais: estratégicos, funcionais e operacionais. Os planos estratégicos abrangem as organizações definindo sua relação com seu ambiente. Estabelecem a missão, os produtos e serviços que serão oferecidos. Os planos funcionais traduzem os planos estratégicos em ações especializadas como marketing, operações, recursos humanos e finanças. Os planos operacionais definem atividades e recursos para a realização dos objetivos. Os cronogramas e orçamentos são as principais ferramentas de planejamento operacional. Diferenças entre o Planejamento Estratégico Situacional e o Planejamento Normativo Tradicional O Planejamento Normativo Tradicional tem suas bases no planejamento econômico. Daí decorre uma cultura de planejamento que outorga à técnica e à teoria econômica um papel preponderante e que se impõe sobre outras considerações sociais e políticas. Planejar seria, então, uma tarefa especializada reservada àqueles que dominam técnicas quantitativas e definem medidas de intervenção de modo supostamente imparcial e objetivo. Baseia-se em um diagnóstico feito por um sujeito que está fora ou sobre a realidade planejada. Assim, a explicação da realidade responde à busca da verdade científica de uma ordem na qual não existem outros sujeitos que também planejam. Na lógica do Planejamento Normativo o objeto planejado segue leis e regras previsíveis, cujo funcionamento é redutível a comportamentos sociais. Logo, a solução para os problemas se baseia no conhecimento de comportamentos e pode ser alcançada a partir da racionalidade técnica. Para o planejamento tradicional não há atores capazes de produzir ações estratégicas, mas meros agentes econômicos sujeitos a vaticínios. Já o Planejamento Estratégico Situacional (PES) pressupõe que o sujeito que planeja está dentro da realidade, fazendo parte de um contexto no qual outros atores também planejam. Planejador e objeto planejado se confundem e são indissociáveis. Portanto, não há mais o diagnóstico objetivo e único, mas sim explicações situacionais. Segundo Carlos Matus, um especialista em planejamento: _ o planejamento tradicional: rígido e estrutural, com poucas possibilidades de adaptação às mudanças e que representa, geralmente, a visão dos autores do plano; e – o planejamento situacional: que se revisa e se redefine constantemente, que muda e se modifica a partir das mudanças que ocorrem no entorno; e que considera os diferentes olhares da realidade, contemplando a participação cidadã como elemento fundamental para o planejamento. Isto é, Matus propõe passar de um planejamento tradicional tecnocrático, comportamental, rígido, centrado no planejador, no qual os problemas são técnicos e o plano é um produto, para um planejamento estratégico com uma visão político-técnico-social, participativa, flexível, centrada nos decisores, no qual os problemas são das pessoas e o planejamento é um processo. Referências Bibliográficas Brie, Santiago – Analise: Planejamento Situacional versus Planejamento Tradicional – Disponível em < https://blogs.funiber.org/pt/arquitetura-e-desenho/2014/02/28/planejamento-situacional-versus-planejamento-tradicional> Albuquerque, Marcos Cintra Cavalcante – O processo de planejamento: uma classificação e sua aplicação nos países desenvolvidos – Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901977000400001> Misoczky, Maria Ceci Araujo e Guedes, Paulo – Planejamento e Programação na Administração Pública – Disponível em: < http://www.moodle.ufop.br/pluginfile.php/168060/mod_resource/content/1/Apostila%20Planejamento%20e%20Programa%C3%A7%C3%A3o%20na%20Administra%C3%A7%C3%A3o%20P%C3%BAblica%20n.pdf>
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