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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação à Distância – AD1 Período - 2017/2º Disciplina: LESGISLAÇÃO COMERCIAL Coordenadora: DEBORA LACS SICHEL ALUNO: Francynne Sepulveda Fernandes MATR: 17115060587 Polo: Itaperuna/RJ 1. Cotegipe, Ribeiro e Camargo, brasileiros, pretendem constituir uma sociedade empresária para atuar na exportação de arroz. Cotegipe, domiciliado em Piratini/RS, será o sócio majoritário, com 75% (setenta e cinco por cento) do capital. Os futuros sócios informam a você que a sociedade será constituída em Santa Vitória do Palmar/RS, local da sede contratual, e terá quatro filiais, todas no mesmo estado. A administração da sociedade funcionará em Minas, cidade da República Oriental do Uruguai, domicílio dos sócios Ribeiro e Camargo, mas as deliberações sociais ocorrerão em Santa Vitória do Palmar/RS. Considerando esses dados, responda aos questionamentos a seguir: A) A Sociedade descrita no enunciado poderá ser considerada uma sociedade brasileira? R: A sociedade citada não pode ser considerada brasileira. Só será considerada nacional, a sociedade que tenha a sede de sua administração no próprio país. Como a administração da sociedade funcionará em território (ou cidade) uruguaio(a), ela não reúne os critérios para ser uma sociedade brasileira, sendo assim, uma sociedade estrangeira, com fundamento no Art. 1.126 do CC. B) Diante do fato de o domicílio do sócio majoritário, bem como o lugar da constituição e as filiais serem no Brasil, a sociedade precisa de autorização do Poder Executivo para funcionar? R: Sim, pois a sociedade estrangeira, qualquer seja seu objetivo, precisa de uma autorização prévia do Poder Executivo para funcionar no País, nos termos do Art. 1.134 do CC. O fato do domicílio do sócio majoritário, como o lugar da constituição e suas filiais serem no Brasil, não desobriga a sociedade de obter autorização prévia, pois como a administração está no exterior, ela não é considerada sociedade brasileira. 2. Os amigos Tobias e Mainard pretendem constituir uma sociedade empresária que adotará a firma Mainard Marcenaria & Cia., designação sugerida por Tobias. Antes da formalização da constituição, os futuros sócios consultam você, como advogado (a) para dirimir as dúvidas a seguir: A) A firma sugerida por Tobias pode ser aceita pela Junta Comercial quando do arquivamento do contrato? R: Não, a sociedade de caráter ilimitada não poderá ter como firma o objeto social da empresa, devendo conter apenas os nomes dos sócios e de uma deles, com a expressão “e Cia”, Art. 1.157 CC. Diz: Art. 1.157. A Sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão “e companhia” ou sua abreviatura. (cc) B) Qual o âmbito geográfico da proteção ao nome empresarial? Há necessidade de registro, como ocorre com as marcas? R: O âmbito de proteção ao nome empresarial será nos limites de todo o estado em que se deu registro do nome, nos termos do artigo 1.166 e parágrafo único, do código civil. Não há a necessidade de registro próprio, tendo em vista que a proteção ao nome se dá no momento do arquivamento dos atos constitutivos no órgão competente, em conformidade ao que determina o artigo 33 da Lei nº 8.934/94 (Lei de Registros Públicos). Nesses termos: Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo território nacional, se registrado na forma da lei especial. Art. 33. A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do arquivamento dos atos constitutivos de firma individual e de sociedades, ou de suas alterações. (Lei nº 8.934/94 Lei de Registros Públicos).
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