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AULA DIREITO PENAL I
UNIDADE 1
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL 
PROFESSORA: Marina Santana de Lacerda
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - INTRODUÇÃO
O estudo da evolução histórico-penal é de suma importância para uma avaliação correta da mentalidade e dos princípios que nortearam o sistema punitivo contemporâneo.
A história humana não pode ser desvinculada do direito penal, pois desde o princípio o crime vem acontecendo. Era necessário um ordenamento coercitivo que garantisse a paz e a tranqüilidade para a convivência harmoniosa nas sociedades. 
Os estudiosos subdividem a história do direito penal em algumas fases, fases estas que não se sucederam de forma linear ou totalmente rígida (os princípios e características de um período penetravam em outro). São elas:
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - FASES
VINGANÇA PRIVADA
Quando ocorria um crime a reação a ele era imediata por parte da própria vitima, por seus familiares ou por sua tribo. Comumente esta reação era superior à agressão, não havia qualquer idéia de proporcionalidade.
Foi um período marcado por lutas acirradas entre famílias e tribos, acarretando um enfraquecimento e até a extinção das mesmas. Deu-se então o surgimento de regras para evitar o aniquilamento total e assim foi obtida a primeira conquista no âmbito repressivo: a Lei de Talião (jus talionis), significa castigo na mesma medida da culpa. 
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - FASES
Foi a primeira delimitação do castigo: o crime deveria atingir o seu infrator da mesma forma e intensidade do mal causado por ele.
O famoso ditado "olho por olho, dente por dente" foi acolhido como principio de diversos códigos como o de Hamurabi[2] e pela Lei das XII Tábuas (Lex XII Tabularum).
Com o passar do tempo á própria Lei de Talião evoluiu, surgindo a possibilidade do agressor satisfazer a ofensa mediante indenização em moeda ou espécie (gado, vestes e etc). Era a chamada Composição (compositio).
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - FASES
VINGANÇA PÚBLICA:
Período marcado pelas penas cruéis (morte na fogueira, roda, esquartejamento, sepultamento em vida) para se alcançar o objetivo maior que era a segurança do monarca. Com o poder do Estado cada vez mais fortalecido, o caráter religioso foi sendo dissipado e as penas passaram a ter o intuito de intimidar para que os crimes fossem prevenidos e reprimidos.
Os processos eram sigilosos, o réu não sabia qual era a imputação feita contra ele, o entendimento era de que, sendo inocente, o acusado não precisava de defesa; se fosse culpado, a ela não teria direito. Isso favorecia o arbítrio dos governantes.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - FASES
VINGANÇA DIVINA:
É o direito penal imposto pelos sacerdotes, fundamentalmente teocrático; o Direito se confundindo com a religião.
O crime era visto como um pecado e cada pecado atingiam a um certo deus. A pena era um castigo divino para a purificação e salvação da alma do infrator. Era comum neste período o uso de penas cruéis e bastante severas.
Seus princípios podem ser verificados no Código de Manu (Índia)[3] e no Código de Hamurábi, assim como nas regiões do Egito, Assíria, Fenícia, Israel e Grécia."Se alguém furta bens do Deus ou da Corte deverá ser morto; e mais quem recebeu dele a coisa furtada também deverá ser morto".(Código de Hamurábi – art.6º.)
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - PERÍDOS
PERÍODO HUMANITÁRIO:
Transcorre entre 1750 e 1850. Tendo seu início no decorrer do Humanismo, esse período foi marcado pela atuação de pensadores que contestavam os ideais absolutistas. 
Pregava-se a reforma das leis e da administração da justiça penal no fim do século XVIII.
Os povos estavam saturados de tanto barbarismo sob pretexto de aplicação da lei. Por isso, o período humanitário surge como reação à arbitraruiedade da administração da justiça penal e contra o caráter atraz das penas.
O pensamento predominante neste período ia de encontro a qualquer crueldade e se rebelava contra qualquer arcaísmo do tipo: "Homens, resisti à dor, e sereis salvos". (Basileu Garcia).
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - PERÍDOS
PERÍODO CIENTIFICO :
Também conhecida como período criminológico, esta fase caracteriza-se por um notável entusiasmo científico. Começa a partir do século XIX, por volta do ano de 1850 e estende-se até os nossos dias.
Inicia-se, neste período, a preocupação com o homem que delínque e a razão pela qual delínque.
Puig Peña refere-se a esse período, afirmando que "caracteriza-se pela irrupção das ciências penais no âmbito do Direito punitivo, e graças a ele se abandona o velho ponto de vista de considerar o delinqüente como um tipo abstrato imaginando sua personalidade".
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
ESCOLAS PENAIS:
São chamadas "escolas penais" as diversas correntes filosófico-jurídico em matéria penal que surgiram nos Tempos Modernos.
Elas se formaram e se distinguiram umas das outras. Lidam com problemas que abordam o fenômeno do crime e os fundamentos e objetivos do sistema penal.
"O Direito Penal é o produto da civilização dos povos, através da longa evolução histórica“. Antônio Moniz Sodré de Aragão.
"As escolas penais são um sistema de ideias e teorias políticas-jurídicas e filosóficas que, num determinado momento histórico, expressaram o pensamento dos juristas sobre as questões criminais fundamentais". José Leal.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
ESCOLA CLÁSSICA:
Também chamada de Idealista, Filosófico-jurídica, Crítico Forense, nasceu sob os ideais iluministas. 
Para a Escola Clássica a pena é um mal imposto ao indivíduo merecedor de um castigo por motivo de uma falta considerada crime, cometida voluntária e conscientemente. A finalidade da pena é o restabelecimento da ordem externa na sociedade. 
Foi uma escola importantíssima para a evolução do direito penal na medida em que defendeu o individuo contra o arbítrio do Estado.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
Princípios fundamentais:
1) O crime é um ente jurídico, ou seja é a infração do direito;
2) Livre arbítrio no qual o homem nasce livre e pode tomar qualquer caminho, escolhendo pelo caminho do crime, responderá pela sua opção;
3) A pena é uma retribuição ao crime (Pena retributiva);
4) Método dedutivo[12], uma vez que é ciência jurídica.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
ESCOLA POSITIVISTA
 Foi a fase em que as ciências fundamentais adquiriram posição como a biologia e a sociologia. O crime começou a ser examinado sob o ângulo sociológico, e o criminoso passou também a ser estudado, se tornando o centro das investigações biopsicológicas. 
Este movimento foi iniciado pelo médico Cesare Lombroso (1835-1909), na sua concepção exsitia a ideia de um criminoso nato, que seria aquele que já nascia com esta predisposição orgânica. Após anos de pesquisa declarou que os criminosos já nasciam delinquentes e que apresentam deformações e anomalias anatômicas físicas e psicológicas.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
As ideias deste médico não se sustentaram; eram inconsistentes perante qualquer análise científica. Isto nos remete ao nazismo e seus parâmetros que visavam provar a superioridade da raça ariana, como o ângulo do nariz em relação à orelha, a proporcionalidade entre os tamanhos da testa, nariz e queixo etc.
Enrico Ferri (1856-1929 foi o discípulo de Lombroso. Tinha a concepção que o crime era determinado por fatores antropológicos, físicos e sociais. Também classificou os criminosos em: natos; loucos, habitual, ocasional e passional.
Outro expoente foi Rafael Garafalo (1851-1934). Em sua obra Criminologia (1891) insiste que o crime está no indivíduo, pois é um ser temível, um degenerado. O delinquente é um ser anormal portador de anomalia de sentidomoral.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
Princípios Fundamentais:
1) método indutivo;
2) o crime é visto como um fenômeno social e natural oriundo de causas biológicas físicas e sociais;
3) responsabilidade social em decorrência do determinismo e da periculosidade;
4) a pena era vista como um fim a defesa social e a tutela jurídica.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
ESCOLA TÉCNICO-JURÍDICA
Inicia-se em 1905 e é uma reação à corrente positivista. Procura restaurar o critério propriamente jurídico da ciência do Direito Penal.
O seu primeiro expoente é Arturo Rocco, com sua famosa aula magna na Universidade de Sassari. Descrevendo que o maior objetivo é desenvolver a ideia que a ciência penal é autônoma, com objeto e métodos próprios, ou seja ela é única não se misturando com outras ciências (antropologia, sociologia, filosofia, estatística, psicologia e política) numa verdadeira desorganização. 
O Direito penal seria aquele expresso na lei, e o jurista deve-se ater apenas a O seu estudo compõe-se de três partes: exegese, dogmática e crítica.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL – ESCOLAS PENAIS
Princípios Fundamentais:
1) o delito é pura relação jurídica, de conteúdo individual e social;
2) a pena constitui uma reação e uma conseqüência do crime (tutela jurídica), com função preventiva geral e especial, é aplicável aos imputáveis; 
3) a medida de segurança - preventiva -, é aplicável aos inimputáveis;
4) a responsabilidade é moral (vontade livre);
5) o método utilizado é técnico-jurídico;
6) refuta o emprego da filosofia no campo penal.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
ORDENAMENTOS JURÍDICOS PENAIS
Vários foram os ordenamentos jurídicos até nos depararmos com o atual, assim passamos a descreve-los desde sua origem.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
ORDENAÇÕES FILIPINAS (DO REINO)
Quando da época da União Ibérica, o rei da Espanha e Portugal, Filipe II, em 1603, editou as Ordenações Filipinas
As penas eram severas e com requintes de crueldades, como a pena de morte que poderia ser na forca (morte natural), antecedida de torturas (morte natural cruelmente) ou mesmo a denominada morte para sempre, onde o corpo do condenado ficava suspenso, putrefando-se, até que a confraria o recolhesse, além de várias outras.
O elenco dos tipos de infrações são também contrários á ordem racional moderna, pois nestes eram confundidos direito, moral e religião.
De qualquer forma, foi o ordenamento jurídico penal que mais tempo vigorou no Brasil, mais de dois séculos (1603 até 1830).
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
O IMPÉRIO
Em 07.09.1822 o Brasil conquista sua independência em relação à Portugal. Contudo para redigir um novo ordenamento penal seria utilizado um grande tempo, conservadando as Ordenações Filipinas até que surgisse um Código nacional.
 Em 16.12.1830 foi sancionado por D. Pedro I o Código Criminal do Brasil, o qual, sob influência da Escola Clássica, fixava os princípios da responsabilidade moral e do livre arbítrio, segundo o qual não há criminoso sem má-fé, sem o conhecimento do mal e sem intenção de praticá-lo.
As penas eram de: prisão simples e prisão com trabalhos forçados, banimento, degredo, desterro, multa, suspensão de direitos e também, a mais cruel de todas, morte na forca (para os crimes de insurreição de escravos, homicídio agravado e roubo com morte).
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
A REPÚBLICA
 Em 15.11.1889 é proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil. Além da abolição da escravatura (1888) outros fatos incorreram sobre a legislação penal o que veio a implicar na necessidade de um novo Código Penal. 
Todavia, não se sabe se pelo curto tempo de elaboração ou por apresentar ideais da Escola Clássica quando a Positiva estava em seu auge, acolhendo adeptos entre a maioria dos juristas, o Código foi veementemente criticado por apresentar alguns erros.
 Então, para corrigi-los, várias leis extravagantes foram promulgadas. Porém este emaranhado de normas, por ser de difícil manuseio, necessitava que se reunissem num único documento o Código e as leis complementares.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
 Esta tarefa foi dada ao Dês. Vicente Piragibe, resultando na Consolidação das Leis Penais que entrou em vigor através do decreto n. 22.213 de 14.12.1932, sendo, pois, revogada pelo atual Código Penal.
 Em 1940 foi promulgado o novo Código Penal que teve seu início de vigência marcado para 1.01.1942. Código esse que teve origem no projeto de Alcântara Machado, submetido ao trabalho de uma comissão revisora composta por Nélson Hungria, Vieira Braga, Marcélio de Queiroz e Roberto Lyra.
 Em 21.10.1969 veio a lume outro Código Penal elaborado pelo então Ministro Nélson Hungria, contudo esse foi revogado em 11.10.1978.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL
Em 1984 a parte geral – que trata dos princípios básicos do Direito Penal – do Código é integralmente reformada, através da lei 7.209, de 11 de junho, com a introdução de novos e modernos conceitos, e a consolidação do novo sistema de cumprimento de penas – com progressão de regime mais severo – fechado – a mais brando – aberto – e também a regressão, a possibilidade de novas modalidades de penas, chamadas de alternativas, de prestação de serviços à comunidade e restrição de direitos.
A lei 7.210, da mesma data, reformulou ampla e positivamente a execução penal.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Código Criminal de 1830:
Considerado um estatuto repressivo tecnicamente, filiou-se à Escola Clássica e adotou os princípios da responsabilidade moral e da legalidade e afirmou a crença no livre arbítrio.
Como pena, adotou: a morte na forca, galés, prisão com trabalho e prisão simples, banimento, degredo e multa.
Havia três níveis diferenciados de aplicação jurídico-penal: Direito Penal da aristocracia rural, dos pobres e dos negros escravos.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Código Penal de 1890:
 Seguindo a tendência da época, aboliu a pena de morte e adotou as seguintes sanções: prisão celular, reclusão, prisão com trabalho obrigatório, prisão disciplinar para menores de 21 anos, banimento, interdição, suspensão e perda da função pública e multa.
Embora as influências da Escola Positivista já estivessem presentes, o código filiou-se sem restrições à Escola Clássica, o que gerou descontentamentos e profundas críticas ao mesmo.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Consolidação das Leis Penais:
Por ter nascido velho, o Código Penal de 1890 foi sendo complementado e alterado por uma série de leis especiais.
Diante desta realidade, o desembargador Vicente Piragibe, procurando ordenar adequadamente o sistema positivo repressivo, compilou e organizou as diversas leis, inclusive o Código Penal, unificando-as no que chamou de Consolidação das Leis Penais de 1932.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Código Penal de 1940:
Com o surgimento do Estado Novo, foi simplificado o processo legislativo que permitia o recurso ao Decreto-lei. Em decorrência, Alcâtara Machado, professor da Faculdade de Direito de São Paulo, elaborou, por solicitação do Ministro da Justiça, um projeto de Código Penal que após ser exaustivamente revisado e alterado por uma comissão composta por Lira Filho, Nelso Hungria e outros, foi transformado no terceiro Código Penal Brasileiro pelo Decreto-lei nº 2.848, de 7-12-1940.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Código Penal de 1969 :
Projeto de autoria de Nelso Hungria foi outorgado, durante o regime militar, através do Decreto-lei nº 1.004, de 21-10-1969 e teve sua vigência adiada por diversas vezes, até que, sem entrar em vigor, acabou sendo ab-rogado pela Lei n° 6.578, de 11-10-1978. 
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Lei nº 7.209/84:
A ab-rogaçãodo Código de 1969 não evitou que as tentativas de reforma do Código Penal de 1940 continuassem. A Lei nº 6.416, de 24-5-77 introduziu modificações significativas na Parte Geral do Código (sursis, reincidência deixou de existir após 5 anos sem nova condenação e os valores de multa foram reajustados.), não passando todavia de um simples remendo ao Código Penal. A Lei nº 7.209, de 11-7-84 alterou toda a Parte Geral do Código Penal de 1940, deixando a Parte Especial para ser modificada através de outra lei, cujo projeto ainda se encontra no Congresso Nacional. A Lei nº 9.714, de 25-11-1998 introduziu as Penas Restritivas de Direito.
 
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Código Penal de 1984 :
Após o fracasso de uma grande revisão no sistema penal, em 27 de novembro de 1980 foi instituída uma comissão para a elaboração de um anteprojeto de lei de reforma da Parte Geral do Código Penal de 1940. Esta comissão foi presidida por Francisco de Assis Toledo e tinha como integrantes: Miguel Reale Júnior, Francisco Serrano Neves, Renê Ariel Dotti, Ricardo Antunes Andreucci, Rogério Lauria Tucci e Helio Fonseca.
Dos debates da comissão e alterações legislativas a Lei n° 7.209, de 11 de julho de 1984, fez as alterações da Parte Geral, passando a vigir seis meses após a data da publicação.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO PENAL - CÓDIGOS
Embora seja um diploma relativamente extenso, o Código Penal (Direito Penal fundamental) não esgota toda a matéria penal prevista na lei brasileira. Há uma quantidade extraordinária de leis penais especiais (Direito Penal complementar).
Código Penal de 1984, revogou tão somente a parte geral do Código de 1940. Assim, o nosso atual Código possui uma parte geral (arts. 1o a 120), que reporta a1984, e uma parte especial (arts. 121 a 361), que reporta a 1940 com alterações.
Insta frizar a última alteração realizada no Código Penal, qual seja a edição da Lei 12.015/2009, que trata sobre os "crimes sexuais". O tema foi, em sua grande maioria, modificado, sendo alguns crimes extintos do C.P., como exemplo o art. 214 (atentado violento ao pudor).
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Bibliografia
NUCCI. Guilherme de Souza, Manual de Direito Penal- parte geral e especial. 6ª Edição, Editora Revista dos Tribunais. São Paulo, 2009;
GRECO. Rogério, Curso de Direito Penal parte geral. Volume I. 11ª Edição. Editora Impetus. Rio de Janeiro, 2009. JORGE, Willian Wanderley. Curso de Direto Penal. Editora Saraiva. 
NORONHA, E. Magalhoões. Direito Penal – Volume 1 (Introdução e Parte Geral). Editora Saraiva. 
MIRABETE, Júlio Fabrini. Manual de Direito Penal. Volume 1. 
COSTA JÚNIOR, Paulo José da. Curso de Direito Penal. Volume 1. Parte Geral. Editora Saraiva. 
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo do Direito. Editora Forense.

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