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Porifera 2014

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Origem dos metazoários 
 Metazoa (multicelular) 
- Parazoa (Porifera) 
- Mesozoa (Placozoa, Monoblastozooa, Rhombozoa e Orthonectida) 
- Eumetazoa (restante multicelular) 
 
 Hipóteses principais 
Hipótese ciliada sincicial: ancestral compartilhado com os ciliados 
unicelulares. Problemas: Primeiros metazoários bilaterais, 
semelhantes a turbelários atuais; ignora a embriologia dos 
turbelários; (?) SPTZ flagelados; simetria radial derivada! 
 
Hipótese flagelada colonial: ancestrais caracterizados por uma 
colônia esférica de células flageladas ocas. Base: diferenciação 
de células individuais dentro da colônia. Simetria bilateral 
derivada (a partir de hábitos rastejantes: diferenciação das 
superfícies dorsal e ventral; boca ventral; início de cefalização) 
 
Hipótese de origem polifilética: grupos (poríferos, cnidários, 
ctenóforos e os demais) evoluindo independentemente. 
 
 Dados bioquímicos corroboram a hipótese flagelada 
Filo Porifera (l. porus: poro + fera: portador de) 
Sistema de filtragem (alimentação) 
 
Sésseis (dependentes da corrente de água) 
 
Corpo: tecido conjuntivo bem desenvolvido (massa gelatinosa; 
esqueleto de espículas: cálcio, sílica e colágeno) 
 
Ausência de órgãos: certa independência celular como 
colônias de protozoários 
 
150 spp de água doce e + 5000 spp marinhas 
 
 Formas: eretas, ramificadas, lobadas, incrustantes, 
perfuradoras de conchas ou rochas 
Hábitos de crescimento e formas de esponjas: esponja perfurante 
vermelha; incrustante; digitiforme; de forma variável; tubular 
Padrão de crescimento: dependem da forma do substrato, 
direção e velocidade das correntes de água, da disponibilidade 
de espaço. 
 
Relações ecológicas: animais que vivem em comensalismo 
(e/ou camuflagem) ou parasitam esponjas 
 
 Classes 
• Calcarea (espículas calcárias) 
• Hexactinellida (espículas silicosas com 6 raios) 
• Desmopongiae (espículas silicosas e/ou espongina: colágeno 
especializado) 
• “Sclerospongiae (esqueleto calcário volumoso e espículas 
silicosas)?” 
 
 Poros: óstios (menores, muitos) e ósculos (maiores, poucos) 
Coanócitos: células flageladas com colarinho (corrente d’água, 
captura e fagocitose) 
Tipos de sistema de canais: asconoide, siconoide e leuconoide 
 
 Asconoide 
• Organização mais simples 
• Pequenas e tubulares 
• Grande cavidade: espongiocele (forrada de coanócitos)  
flagelada 
• Ósculo único 
• Leucosolenia e Clathrina 
• Todas Calcarea 
Grau de complexidade: envolve principalmente sistemas esqueléticos e de 
canais de água, acompanhados por um dobramento e ramificações da 
camada de coanócitos 
 Siconoides 
• Tubular; ósculo único 
• Parede do corpo espessa  canais radiais forrados por 
coanócitos  flagelados 
• Espongiocele forrada por células epiteliais 
• Água: canais inalantes (ou incorrentes)  canais radiais 
(pelas prosópilas)  dentro da espongiocele (pelas apópilas) 
• Não formam colônias muito ramificadas como as asconóides 
• Apresentam fase ascon durante seu desenvolvimento: sicon 
derivado 
• Calcarea e Hexactinellida 
Corte transversal através da parede da esponja 
Sycon, mostrando o sistema de canais 
 Leuconoides 
• Complexidade  aumento no tamanho 
• Grandes massas com ósculos numerosos 
• Água: câmaras flageladas recebem dos canais 
inalantes e descartam nos exalantes que conduzem ao 
ósculo 
• Calcarea, Hexactinellida, Desmopongiae, 
Sclerospongiae 
 Tipos de sistemas de canais não implicam em uma 
sequência evolutiva 
 Tipos de células 
• Meso-hilo ou mesogleia ou mesênquima: conjuntivo 
• Pinacócitos  pinacoderme (epitelial)  área 
superficial – protetores e contráteis 
• Pinacócitos  miócitos (contráteis; ao redor dos 
poros) 
• Coanócitos  formam os canais e câmaras 
flageladas – criam correntes d’água e apreendem 
partículas alimentares 
* flagelo e colarinho com microvilosidades 
* colarinho capaz de fagocitar em sua base (partículas 
grandes) 
• Arqueócitos: células ameboides capazes de se 
deslocar 
* muitas funções: capacidade de diferenciação nos 
demais tipos (totipotência) 
*podem ser chamados de esclerócitos (secretam 
espículas), espongiócitos (fibras da espongiocele), 
colêncitos (colágeno) 
 Esqueleto: sustentação, evitar o colapso das câmaras 
e canais 
 Colágeno 
 Tipos de esqueleto: espículas silicosas, calcárias, 
espongina 
Fisiologia: digestão intracelular; ausência de órgãos (difusão) 
 
 Reprodução assexuada 
• Brotamento: externo (com ou sem destacamento: colônias) e 
interno (gêmulas: condição resistente) 
Sexuada (espermatozoides (SPTZ) e oócitos) 
 
• Monoica 
• SPTZ a partir de coanócitos 
• Maioria vivípara (algumas ovíparas) 
• Zigoto retido até formação de larva ciliada (livre natante) 
• Processo de inversão: anfiblástula 
Os arqueócitos da gêmula 
saem através da micrópila e 
dão origem a todos os tipos de 
células da estrutura da nova 
esponja. 
Desenvolvimento da 
esponja siconoide Sycon. 
Regeneração 
 
 Classe Calcarae (Ex. Leucosolenia e Sycon) 
• Tamanho: 10 cm; espículas de carbonato de cálcio 
 
 Classe Hexactinellida (esponjas-de-vidro) 
• Grandes profundidades (coleta por dragas) 
• Tamanho: 7,5 cm a 1,3 m; espículas de 6 raios e silicosas 
 
 Classe Demospongiae 
• 95% das espécies; leuconoides; espículas silicosas 
• Spongillidae (água doce: gêmulas) 
• Esponjas de banho: marinhas; ausência completa de espículas 
 
 Filogenia 
• Protozoários com colarinho (coanoflagelados) 
• Grupo-irmão dos eumetazoários 
Clathrina canariensis (classe Calcarea) é comum nas 
cavernas e sob substratos nos recifes caribenhos 
Mycale laevis, cresce sobre colônias discoides de coral pétreo 
Montastrea annularis. Os grandes ósculos são vistos na borda dos 
discos. Não se enterra no esqueleto do coral (como fazem outras 
esponjas) e, na realidade, pode proteger o coral contra a invasão de 
espécies mais destrutivas. A foto também mostra uma esponja 
avermelhada não identificada à direita do poliqueto. 
Desmospongiae marinhas nos recifes de corais do 
Caribe. A. Pseudoceratina crassa (esponja 
colorida que cresce em profundidades moderadas). 
B. Ectyoplasia ferox (forma irregular e seu ósculo 
forma pequenos cones semelhantes a pequenos 
vulcões; tóxica e pode causar irritações se tocada). 
C. Monanchora unguifera com o ofiuróide 
comensal, Ophiothrix suensoni. 
Euryspongia, 
uma 
demosponja 
Três espécies de 
esponjas de vidro 
“pedunculadas” 
(Hexactinellida) 
A esponja incrustante 
comum Haliclona. 
Esponja coralina 
dos recifes de coral 
tropicais 
Esponja 
calcária simples 
Leucosolenia 
FIM

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