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Ensaio por Líquido Penetrante

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA
INSTITUTO DE TECNOLOGIA - ITEC
FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA - FEM
ANDREZA NASCIMENTO VAZ
ARIANA DE FREITAS AZEVEDO
GUEBER ELIAS MENDES SANTOS JÚNIOR
MARIA LUÍSA JOSINO DA COSTA NEMER
ENSAIO POR LÍQUIDO PENETRANTE
Belém - PA
2018
ANDREZA NASCIMENTO VAZ
ARIANA DE FREITAS AZEVEDO
GUEBER ELIAS MENDES SANTOS JÚNIOR
MARIA LUÍSA JOSINO DA COSTA NEMER
ENSAIO POR LÍQUIDO PENETRANTE
Relatório apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Laboratório de Ensaios Mecânicos, no curso de Engenharia Mecânica, na Universidade Federal do Pará.
Prof. Dr. Eduardo de Magalhães Braga
Belém – PA
2018
ANDREZA NASCIMENTO VAZ
ARIANA DE FREITAS AZEVEDO
GUEBER ELIAS MENDES SANTOS JÚNIOR
MARIA LUÍSA JOSINO DA COSTA NEMER
PATRICK ALVES HONORATO
ENSAIO POR LÍQUIDO PENETRANTE
Relatório apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Laboratório de Ensaios Mecânicos, no curso de Engenharia Mecânica, na Universidade Federal do Pará.
Belém, 30 de abril de 2018.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Prof. Dr. Eduardo de Magalhães Braga
RESUMO
O Ensaio por Líquido Penetrante foi desenvolvido para detectar descontinuidades superficiais como trincas, poros, dobras etc. É utilizado em materiais não magnéticos e consiste em fazer penetrar nas descontinuidades um líquido com características específicas e depois torná-lo visível por meio de um revelador. O líquido deve ter certas características para melhor servir ao ensaio e seus objetivos, incluindo a viscosidade, tensão superficial, molhabilidade, volatilidade, ponto de fulgor, facilidade de dissolução, penetrabilidade, capilaridade e sensibilidade. O ensaio realizado em classe teve dois materiais como corpos de prova. Após a aplicação do líquido, esperou-se 10 minutos para tirar o excesso e aplicar o revelador, que nos possibilitou concluir que ambos apresentavam descontinuidade.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. MÉTODO DE ENSAIO POR LÍQUIDO PENETRANTE
2.1. Histórico
2.2. O Método
2.3. Vantagens e Desvantagens
2.4. Propriedades do Penetrante 
2.5. Propriedades do Revelador
3. EXPERIMENTO
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
	O método de ensaios por líquido penetrante foi um dos primeiros métodos de ensaios não-destrutivos, desenvolvido para detectar descontinuidades superficiais como trincas, poros e dobras. Está em terceiro lugar em aplicação na indústria, atrás apenas da radiografia industrial e do método de partículas magnéticas e é aplicado em materiais não-magnéticos como alumínio, aços inoxidáveis austeníticos, cerâmica vitrificada, vidros e plásticos. Tem como principal vantagem sua fácil aplicação e interpretação e nasceu antes da Primeira Guerra Mundial, na indústria ferroviária, tomando impulso em 1942 nos Estados Unidos quando foi desenvolvido o método dos penetrantes fluorescentes. Através de pesquisas e aprimoramentos de novos produtos utilizados no ensaio, o método vem se desenvolvendo até o momento atual estando muito presente em setores industriais como na automação, aviação, mecânica, inspeção de solda em estruturas metálicas, além de áreas de petróleo e petroquímica. A importância do aprendizado e estudo do método de faz clara pelo motivo de que é usado em diversos processos de fabricação mecânica de componentes bem como na manutenção preditiva.
	
2. O MÉTODO DE ENSAIO POR LÍQUIDO PENETRANTE
2.1. Histórico
O método de ensaio por líquido penetrante é o ensaio não-destrutivo mais antigo e surgiu na indústria ferroviária antes mesmo da Primeira Guerra Mundial quando ainda não se tinha conhecimento do comportamento das descontinuidades que surgiam em peças como rodas e eixos, o que as levava a acabarem se rompendo por fadiga devido a esforços de tração, compressão, flexão e principalmente esforços cíclicos. Este antigo método denomidado de Método do Óleo e Giz consistia de 8 passos. Primeiro se realizava a limpeza através de água fervente ou uma solução em soda cáustica, passando logo em seguida pela secagem. Mergulhava-se então as peças num tanque de óleo misturado com querosene por um período que podia variar de algumas horas até um dia inteiro para a mistura poder penetrar nas trincas que a peça possivelmente teria. Uma vez fora do tanque, ocorria a remoção do excesso com solvente e uma segunda etapa de secagem para então serem pintadas com uma mistura de giz moído e álcool, deixando a peça com uma camada de pó branco em sua superfície. Por fim, ocorria o martelamento da peça para provocar uma vibração com o intuito de fazer com que a mistura de óleo e querosene saísse dos locais onde houvesse trincas, manchando a pintura de giz e tornando-as então visíveis.
Esse método podia deixar muito a desejar, mas foi fundamental para a detecção de inúmeras trincas, mesmo que seja totalmente inadequado para a descoberta de trincas finas e rasas, como as resultadas da fadiga. Ele tomou impulso somente em 1942, quando foi aperfeiçoado por Robert C. Switzer com as necessidades da indústria aeronáutica em mente, pois eram utilizadas algumas ligas não ferrosas, as quais não poderiam ser inspecionadas pelo ensaio por partículas magnéticas. Esse método utilizava penetrantes fluorescentes e foi se desenvolvendo e se aprimorando através de pesquisas até atingir seu estado atual.
2.2.O Método
O método moderno tem o mesmo objetivo de detectar descontinuidades superficiais como trincas, poros e dobras e começa com a etapa de preparação da superfície, em que é necessário remover água, óleo, graxa, tinta, carepa solta, ferrugem e todo e qualquer material estranho que possa interferir e mascarar o ensaio, tornando-o não confiável. Para isso, utiliza-se escovas de aço (manuais ou rotativas), solventes, desengraxantes ou outros meios apropriados e adequados. Vale notar que é preciso ter atenção ao escolher o método de limpeza, pois o uso de escovas de aço carbono ou lixadeira que tenha sido utilizada em aço carbono, provoca contaminação em aço inoxidável austenítico e a limpeza por jateamento abrasivo pode obstruir as descontinuidades. Caso for extremamente necessário usar este método, recomenda-se um esmerilhamento antes da aplicação do penetrante. Caso a preparação for mecânica, é recomendado também complementar a limpeza com algum solvente para a remoção de traços de óleo, graxa e até mesmo poeira, deixando o corpo de prova secar depois.Figura 1: Preparação e limpeza inicial da superfície [1]
Em seguida realiza-se a aplicação do penetrante por meio de imersão, pincelamento, derramamento ou por aspersão em toda a superfície de interesse. Esse líquido é geralmente de cor vermelha e deve ser aplicado até que forme um filme e deixado por um tempo para que a capilaridade o faça penetrar em todas as descontinuidades. É recomendado que esse tempo deva ser de acordo com as normas do fabricante e sempre em um intervalo de 10 a 60 minutos. Feito isso, o próximo passo é a remoção do excesso do líquido na superfície utilizando produtos e métodos adequados e de forma cuidadosa até que ela fique isenta de qualquer resíduo na superfície. Pode-se usar um pano ou papel seco ou, em outros casos, umidecido com solvente. Lava-se a peça com água, secando-a posteriormente ou aplica-se agente pós-emulsificável, fazendo-se depois a lavagem com água. A importância desta etapa é justificada pelo fato de que uma operação de limpeza dificiente pode relevar descontinuidades inexistentes. Para realizar a verdadeira revelação, aplica-se um filme uniforme de revelador sobre a superfície que pode ser um pó fino (talco) brancoo qual pode ser aplicado seco ou em suspensão em algum líquido. Ele age absorvendo o penetrante das descontinuidades e revelando-as com sucesso após um certo período de tempo.Figura 3: Remoção do excesso de líquido da superfície[3]
Figura 2: Aplicação do Penetrante [2]
	
Figura 4: Revelação [4]
De acordo com a norma da Petrobrás N-1596, na aplicação do revelador não é permitido o uso de pincéis, escovas ou similares. Quando se usar pulverização por meio de ar comprimido como revelador, deve-se considerar que a pressão máxima permitida é 210 kPa (30 psi). O revelador em geral deve formar uma camada uniforme sobre a superfície e para reveladores úmidos aquosos o tempo de secagem da água pode ser diminuído com o uso de sopro de ar quente, com cuidado para não exceder a temperatura máxima.
Quando as indicações começarem a ser visíveis, começa então o processo de avaliação e inspeção, o qual deve ser feito em boas condições de luminosidade, caso o penetrante seja do tipo visível ou sob luz negra em área escurecida, se ele for fluorescente. Os resultados serão interpretados com base no código de fabricação da peça ou a norma aplicável na especificação técnica do cliente e um relatório deve ser preparado, mostrando as condições do ensaio, tipo e identificação da pesa ensaiada, resultado da inspeção e condição de aprovação ou rejeição da peça. A imagem obtida após a revelação pode fornecer indicações verdadeiras, que podem comprometer com a resistência estrutural da peça e por isso irão demandar uma interpretação mais apronfundada das causas e do destino que será dado à peça. As indicações também podem ser falsas devido normalmente à permanência de resíduos remanescentes do penetrante ou até não relevantes.
O revelador, que atua como um mata-borrão, mostrará indicações sempre maiores que a realidade seguindo o princípio de que, quanto maior a descontinuidade, mais penetrante terá dentro dela e por isso, maior será o tamanho das indicações. No caso das menores, tais indicações serão mais suaves, muitas vezes de coloração rosada quando tiver sido usado um penetrante vermelho. Por último, deve-se fazer uma limpeza final caso o penetrante ou o revelador possam interferir com o processo subsequente ou com as condições de serviço da peça, podendo ser realizada tanto uma lavagem com água ou limpeza com solvente. O registro das descontinuidades pode ser feito por meio de líquidos registradores, fitas adesivas transparentes, fotografias, etc. 
2.3. Vantagens e Desvantagens
	Entre as vantages deste método, se encontra a simplicidade, devido à facilidade de realização e interpretação do ensaio e por isso, o treinamento pelo qual o operador deve passar é igualmente simples, até porque a indicação se assemelha a uma fotografia do defeito. Outra vantagem é que não há limitações em termos de tamanho, formato e material da peça a ser ensaiada, porém deve ser levado em conta que ela deve ser suscetível à limpeza e não pode ser muito rugosa, porosa ou absorvente já que isso impossibilitaria a completa remoção do excesso de penetrante, comprometendo os resultados.
	
	Vale apontar também que esse método detecta trincas extremamente finas, da ordem de 0,001 mm de abertura, mas por outro lado, só está limitado à superfície, a qual não pode estar preenchida com qualquer material estranho. A faixa de temperatura pode apenas variar de 10° a 50°C durante o ensaio e ele pode se tornar inviável em peças de geometria complicada ou que sejam difíceis de realizar a limpeza, principalmente quando ela precisa ser absoluta, como no caso de peças para a indústria alimentícia e farmacêutica. Mesmo assim, o ensaio tem grande vantagem por ter baixo custo e não requerer equipamentos sofisticados.
2.4. Propriedades do Penetrante
	O próprio nome “penetrante” já explicita uma propriedade essencial que esse produto deve ter, para que possa entrar em aberturas extremamente finas, independentemente da ação gravitacional e, da mesma forma que ele penetra, também deve sair, indicando a presença da descontinuidade. Além disso, ele demanda certa rapidez para cumprir seu objetivo; capacidade de permanecer em aberturas relativamente grandes; não evaporar ou secar rapidamente; ser facilmente limpo da superfície em que foi aplicado; ter habilidade em espelhar-se nas superfícies formando finas camadas; ter um forte brilho, seja por meio da cor ou fluorescência (a qual deve permanecer quando exposta ao calor, luz, ou luz negra); não reagir com a embalagem nem com o material a ser ensaiado; não ser facilmente inflamável; ser estável quando estocado ou em uso; não ser demasiadamente tóxico e ter baixo custo.
 Para isso, é necessário que ele apresente certas características como a viscosidade, que dita a velocidade com a qual o penetrante entra e sai de uma descontinuidade. Quanto mais acentuada for esta propriedade, menor será a velocidade, sendo possível nem ocorrer penetração. Por outro lado, se a viscosidade for muito baixa, o penetrante estará sujeito à remoção. Por esses motivos, o líquido precisa ter viscosidade média, resultada da ação de vários ingredientes. Já a característica que dita a capacidade de penetração é a tensão superficial, a qual é o resultado das forças de atração entre as moléculas de um líquido (o que dá às gotas de água seu formato, por exemplo). Um líquido com baixa tensão superficial é melhor penetrante, além dessa característica também contribuir para melhores propriedades de capilaridade. Já em relação à molhabilidade, é recomendado que esta seja maior, pois é a propriedade de um líquido de se espalhar pela superfície e não se juntar em porções ou gotas. 
Em relação à volatibilidade, em regra geral, dizemos que o penetrante não deve ser volátil, mas devemos considerar que quando trabalhamos com derivados do petóleo, quanto maior a volatibilidade, maior também é a viscosidade que por sua vez já foi estabelecido que deve ser mediana, então os penetrantes são mediamente voláteis. A desvantagem seria que quanto maior esta propriedade, menos tempo de penetração pode ser dado. O ponto de fulgor é definido como a temperatura na qual há certa quantidade de vapor na superfície do líquido em que uma chama pode inflamá-lo e no caso do penetrante, o ideal é que ele seja alto (acima de 200°C) devido à considerações de segurança durante o uso do produto. O penetrante também deve ter baixa inércia química e não ser corrosivo com o material a ser ensaiado ou com sua embalagem, por isso é importante atentar à presença de emulsificantes alcalinos que quando entram em contato com a água formam uma mistura alcalina, que se não for propriamente removida, pode causar corrosão em forma de pitting. Além de tudo isso, um bom penetrante deve ter uma boa habilidade de dissolução, pois eles incorporam produtos corantes ou fluorescentes que devem ser mantidos bem dissolvidos. É importante também que ele não seja tóxico, possua odor exagerado ou cause irritação na pele. 
Ademais, ele deve ter boa penetrabilidade, que está intimamente ligada às forças de atração capilar, ou seja, à capilaridade. Uma boa maneira de entender essas forças é notar como elas são as responsáveis por fazer um líquido penetrar espontâneamente num tubo de pequeno diâmetro. É uma propriedade que está em função da tensão superficial e da molhabilidade, além de também ser afetada pela abertura da descontinuidade, pois quanto menor a abertura, maior a força. Na figura ao lado pode-se perceber duas alturas diferentes que dois líquidos diferentes conseguiram penetrar o capilar. A maior altura corresponde à maior capilaridade, o que nos faz chegar à conclusão de que o líquido 1 possui melhores características penetrantes. Figura 5: Comparação entre dois líquidos com capilaridades diferentes. [5]
Por fim, deve-se levar em conta a sensibilidade do penetrante, que diz respeito à sua capacidade de detectar descontinuidades. Podemos dizer que um penetrante é mais sensível que outro quando, para aquelas descontinuidades em particular, o primeiro detecta os defeitosmelhor do que o segundo. Existem alguns fatores que afetam a sensibilidade, como: capacidade de penetrar na descontinuidade, capacidade de ser removido da superfície, mas não do defeito, capacidade de ser absorvido pelo revelador e a capacidade de ser visualizado quando absorvido pelo revelador, mesmo em pequenas quantidades. 
Existem duas formas de se classificar os líquidos penetrantes. Podem ser tanto quanto à visibilidade quanto ao tipo de remoção de excesso. No primeiro caso tem-se os fluorescentes e os visíveis coloridos e no segundo caso tem-se os laváveis com água, os que são removidos por pó emulsificável e os que são removidos por solvente. A tabela abaixo relaciona tipos de penetrante com os processos diferentes a serem adotados por cada um deles.Tabela 1: Tipos de Líquidos Penetrantes [6]
Cada método demanda um procedimento diferente em relação à remoção do penetrante ou sua análise. No caso do líquido penetrante visível, ele geralmente é da cor vermelha e oferece bastante contraste enquanto o fluorescente é visível por meio da luz ultravioleta. A remoção por lavagem a água é autoexplicativa e demanda certo cuidado pois se for demorada ou rigorosa, pode remover o penetrante do interior das descontinuidades. Já o pó emulsificável é usado em remoções em que o penetrante não é solúvel em água, por isso ele reage para auxiliar o processo de lavagem. A remoção por solvente é aplicada quando o penetrante é formulado de modo que o excesso possa ser removido esfregando a superfície com materiais limpos que não soltem fiapos. Os resíduos remanescentes devem ser removidos com materiais de limpeza levemente umidecidos com o solvente removedor. 
Os líquidos penetrantes em geral devem ser analisados quanto aos teores de contaminantes como o enxofre, flúor e cloro quando sua aplicação for efetuada em materiais inoxidáveis austeníticos, titânio e ligas à base de níquel. O procedimento e os limites aceitáveis para estas análises devem estar de acordo com a norma aplicável de inspeção do material ensaiado.
2.5. Propriedades do Revelador
O revelador é um produto utilizado após a remoção do excesso do líquido penetrante e composto por vários componentes devidamente balanceados, sendo geralmente formado por pó, água e um inibidor de corrosão. Um bom revelador deve possuir as seguintes características: deve ter boa asorção para aumentar a ação de mata-borrão; deve ser de granulação fina para servir como uma base onde o penetrante possa se espalhar; deve ser capaz de cobrir a coloração da superfície uniformemente; deve ser facilmente umidecível pelo líquido penetrante; sua remoção deve ser fácil para a limpeza final; não deve conter substâncias danosas ao operador e ao material que esteja sendo inspecionável e devem ter habilidade em aderir à superfície. Eles podem ser classificados em revelador de pó seco, revelador em suspensão aquosa, revelador úmido aquoso solúvel em água, revelador úmido não aquoso e revelador de filme plástico.
O revelador de pó seco foi o primeiro a ser utilizado e continuam até hoje em penetrantes florescentes, em que uma combinação cuidadosa de diferentes pós é usada. São basicamente uma mistura fofa de sílica talco e indicados para sistemas estacionários ou automáticos em que as peças são imersas em um tanque contendo a mistura, podendo ser aplicado através de pistolas eletrostáticas e em alguns casos é necessária uma secagem periódica em fornos. Como a camada formada por este revelador é bastante fina, pode ocorrer uma perda de resolução quando comparada com o revelador aquoso.
A suspensão aquosa de pós é geralmente usada em inspeções pelo método florescente e se constitui em pó seco que pode ou já ser adquirido misturado em água, ou ser possível misturá-lo depois. Em qualquer caso, ele contém tensoativos, inibidor de corrosão, dispersantes para evitar concentrações e também gel que ajuda a manter as partículas em suspensão. Pode ser aplicado por meio de imersão, derramamento ou aspersão e após isso, a peça é seca em estufa, diminuindo o tempo necessário para esta etapa. Ele possui várias vantagens como por exemplo ser possível determinar visualmente e prontamente se toda a área foi coberta, poder ter controle da espessura da camada pela concentração do pó e tal camada proporcionar uma fonte contínua de cavidades para a ação capilar do penetrante. Porém, ele demanda verificação constante, drenagem apropriada e dificuldade de revelação após a secagem, principalmente nos furos e rasgos.
O revelador úmido aquoso solúvel em água normalmente é fornecido na forma de um pó cristalino que proporciona uma solução clara quando misturado com água. Após ser aplicado através de pulverização e a evaporação da água através de um sistema forçado, as substâncias se recristalizam proporcionando a ação capilar entre os grãos dos cristais. No caso do revelador úmido não aquoso, ele é aplicado de forma fina e uniforme sobre a superfície por meio de solventes, que agem com o penetrante retido na descontinuidade por diluição reduzindo a viscosidade e expandido o volume, forçando-o para a camada do revelador. Esse método é bastante efetivo e os solventes podem ser nafta, álcool ou à base de cloro, sendo este último utilizado nos não inflamáveis. 
O revelador de filme plástico é constituído de uma laca clara ou de uma dispersão de resina coloidal na qual são adcionadas partículas de revelador e sua única forma possível de aplicação é por aerossol. Pela ação de um solvente altamente volátil, o penetrante é dissolvido no filme plástico, o qual não proporciona uma ação capilar lateral, limitando-se a essencialmente fixar a indicação na forma de uma linha fina. A vantagem desse revelador é a possibilidade de manutenção de um registro permanente e de ter altíssimas sensibilidade e resolução. Desvantagens incluem a necessidade de muita habilidade por parte do operador e seu alto custo.
3. EXPERIMENTO
O ensaio foi realizado em dois materiais diferentes, um constituído de aço e outro de alumínio, e foram utilizados penetrante e revelador da marca Metal-Chek, além de papel toalha para a limpeza. O processo começou com uma limpeza inicial dos dois corpos de prova com papel toalha e logo após isso a aplicação do penetrante, sendo esperados 10 minutos para sua ação, como especificado pelo fabricante.Figura 6: Papel toalha, Penetrante e Revelador.
Figura 8: Passo 2 - Aplicação do Penetrante no Corpo de Prova 1.
Figura 10: Resultado do Penetrande aplicado no Corpo de Prova 1
Figura 9: Passo 3 - Aplicação do Penetrante no Corpo de Prova 2.
Figura 7: Passo 1 - Limpeza inicial.
 
Figura 11: Resultado da aplicação do Penetrante no Corpo de Prova 2.
	Após o tempo necessário, realizou-se a remoção do excesso de penetrante por meio da lavagem com água:
Figura 13: Passo 5 - Remoção do excesso de penetrante no corpo de prova 2.
Figura 12: Passo 4 - Remoção do excesso de penetrante no corpo de prova 1.
Após esta etapa foi feita a secagem por meio de papel toalha:
Figura 15: Passo 7 - Secagem do Corpo de Prova 2.
Figura 12: Passo 6 - Secagem do Corpo de Prova 1.
Então pôde ser aplicado o revelador e deixado agir por 10 minutos como a norma do fabricante especifica:
Figura 16: Passo 8 - Aplicação do Revelador no Corpo de Prova 1.
Figura 17: Passo 9 - Aplicação do Revelador no Corpo de Prova 2.
Figura 18: Resultado do Ensaio no Corpo de Prova 1.
Como se pode notar pelas imagens, o revelador demonstrou a presença de descontinuidades em ambos os corpos de prova.Figura 19: Resultado do Ensaio no Corpo de Prova 2.
4. CONCLUSÃO
	Podemos concluir então com o ensaio e a pesquisa feita a importância da detecção de descontinuidades já que algumas delas não podem ser vistas a olho nu e as vantagens de se ensaiar por este método de líquidos penetrantes, que não danifica as peças e revela trincas, porosidades, dobramentos, entre outros, mesmo que tenha suas desvantagens.De acordo com o destino dos materiais ensaiados, seria imperativo fazer uma análise das impressões encontradas e escolher seus destinos, seja designar para que sejam retrabalhadas ou condenadas. 
5. REFERÊNCIAS
ANDREUCCI, Ricardo. Líquidos Penetrantes. Andreucci, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda. Edição Única. 2003. 53 p. Disponível em: 
<http://www.mundomecanico.com.br/wp-content/uploads/2012/04/Inspe%C3%A7%C3%A3o-por-liquido-penetrante.pdf> 
FERRARESI, Valtair Antonio. Ensaio por Líquido Penetrante. 25 f. Notas de Aula. Disponível em: 
<ftp://ftp.mecanica.ufu.br/LIVRE/Valtair%20-%20END/L%CDQUIDO%20PENETRANTE.pdf> 
RODRIGUES, Luiz Eduardo Miranda J. Aula 14 - Líquido Penetrante. 52 f. Notas de Aula. Disponível em: < http://www.engbrasil.eng.br/pp/em/aula14.pdf> 
[1]: ANDREUCCI, Ricardo. Líquidos Penetrantes. Andreucci, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda. Edição Única. 2003. 53 p. p5.
[2]: ANDREUCCI, Ricardo. Líquidos Penetrantes. Andreucci, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda. Edição Única. 2003. 53 p. p5.
[3]: ANDREUCCI, Ricardo. Líquidos Penetrantes. Andreucci, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda. Edição Única. 2003. 53 p. p5.
[4]: RODRIGUES, Luiz Eduardo Miranda J. Aula 14 - Líquido Penetrante. 52 f. Notas de Aula. p 13.
[5]: ANDREUCCI, Ricardo. Líquidos Penetrantes. Andreucci, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda. Edição Única. 2003. 53 p. p13.
[6]: ANDREUCCI, Ricardo. Líquidos Penetrantes. Andreucci, Assessoria e Serviços Técnicos Ltda. Edição Única. 2003. 53 p. p5. P14.

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