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115 Economia II – Prof. Tharcisio 6. O SISTEMA MONETÁRIO 6.1. AS FUNÇÕES DA MOEDA Entende-se por moeda o conjunto de ativos disponíveis para comprar bens e serviços. Neste sentido, a moeda tem três finalidades: Meio de troca Unidade de conta Reserva de valor 116 Economia II – Prof. Tharcisio A moeda como meio de troca Em uma economia onde ocorrem transações de compra e venda de mercadorias, a primeira função da moeda é intermediar as trocas. Em um mercado, é praticamente impossível que todas as trocas sejam realizadas de forma direta, sem o intermédio de um objeto de interesse comum. Daí a necessidade da moeda. 117 Economia II – Prof. Tharcisio A moeda como unidade de conta A moeda é utilizada como um padrão de medida para anunciar preços e registrar débitos. Já imaginou tentar medir o PIB de um país, em unidades de sandálias, lâmpadas, pilhas, canetas, etc.? 118 Economia II – Prof. Tharcisio A moeda como reserva de valor A moeda representa um meio de transferir o poder de compra do presente para o futuro. Como poupar, arroz, pão ou frutas por anos, por décadas? O sal foi a primeira moeda, que foi aprimorada ao longo do tempo, visando durabilidade e custos de estocagem. 119 Economia II – Prof. Tharcisio Liquidez Em Economia, o termo liquidez se refere à facilidade com que um determinado ativo pode ser convertido em meio de troca. Como a moeda é o principal meio de troca na economia, é considerada o ativo de maior liquidez na economia. Determinadas aplicações financeiras tem elevada liquidez, contudo imóveis, por exemplo, apresentam certa dificuldade de ser convertida facilmente em um meio de troca. Portanto, um imóvel geralmente é considerado um ativo de baixa liquidez. 120 Economia II – Prof. Tharcisio 6.2. A OFERTA DE MOEDA O conceito de papel-moeda abrange tanto notas quanto moedas metálicas. A moeda escritural, por sua vez, é criada por instituições financeiras autorizadas a receberem depósitos à vista (cheques, cartões de débito, TED’s, DOC’s, etc.). Papel- Moeda Moeda escritural Meios de pagamento Ofertada pelo Banco Central Ofertada pelos bancos comerciais 121 Economia II – Prof. Tharcisio A moeda escritural tem a capacidade de ser multiplicada por bancos comerciais, pois os depósitos à vista podem ser emprestados, gerando futuros novos depósitos, que se tornarão novos empréstimos... 122 Economia II – Prof. Tharcisio Assim, o total de meios de pagamento em uma economia é muito maior do que o total de papel-moeda em circulação. Isso só é possível porque a possibilidade de todos sacarem seus recursos ao mesmo tempo é muito pequena, de forma que os bancos mantêm somente uma pequena parcela desses depósitos como reserva. 123 Economia II – Prof. Tharcisio Nesse sentido, tem-se que o total de meios de pagamento (MP) é igual à soma do papel-moeda em poder do público (PMPP) e do total de moeda escritural (ME). 𝑀𝑃 = 𝑃𝑀𝑃𝑃 + 𝑀𝐸 (𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑐𝑟𝑖𝑡𝑢𝑡𝑎𝑙 𝑜𝑢 𝑑𝑒𝑝ó𝑠𝑖𝑡𝑜𝑠 à 𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎) 𝑃𝑀𝑃𝑃 = 𝑃𝑀𝐸 (𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜) − 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜𝑠 𝑃𝑀𝐶 (𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙 𝑚𝑜𝑒𝑑𝑎 𝑒𝑚 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎çã𝑜) = 𝑃𝑀𝐸 − 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝐵𝐴𝐶𝐸𝑁 𝑃𝑀𝑃𝑃 = 𝑃𝑀𝐶 − 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜𝑠 𝐵𝑀 (𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑚𝑜𝑛𝑒𝑡á𝑟𝑖𝑎) = 𝑃𝑀𝑃𝑃 + 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎𝑠 𝑏𝑎𝑛𝑐á𝑟𝑖𝑎𝑠 124 Economia II – Prof. Tharcisio 6.2.1. BASES MONETÁRIAS M4 M3 M2 M1 • M3 + títulos públicos de alta liquidez • M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações registradas no Selic. • M1 + depósitos especiais + poupança + títulos • PMPP • ME (Depósitos à vista) 125 Economia II – Prof. Tharcisio 6.3. OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL O BACEN cumpre quatro funções na sociedade: i. Emissor de papel-moeda; ii. Banco do Tesouro Nacional; iii. Banco dos bancos comerciais; iv. Depositário de reservas internacionais. O BACEN também realiza operações de mercado aberto de compra e venda de títulos públicos. Tais operações são o principal instrumento de política monetária do governo, visando aumentar ou reduzir o nível de liquidez da economia. 126 Economia II – Prof. Tharcisio Compra títulos públicos, injetando moeda na economia. Vende títulos públicos, retirando moeda da economia. A U M EN TA R A L IQ U ID EZ D A E C O N O M IA R ED U ZIR A LIQ U ID EZ D A EC O N O M IA 127 Economia II – Prof. Tharcisio 6.4. OFERTA DE MOEDA PELOS BANCOS COMERCIAIS Se a quantidade de moeda retida em mãos inclui papel-moeda e também moeda escritural, uma vez que os bancos comerciais podem influenciar a quantidade de depósitos à vista e a quantidade criada de moeda escritural, eles também influenciam a oferta de moeda. 128 Economia II – Prof. Tharcisio Exemplo 01: Reserva bancária de 100% Suponha que um país não possua bancos, e o papel-moeda emitido é a única forma de moeda existente. A quantidade de moeda emitida é de $100 e, neste caso, a oferta total de moeda também seria $100. Suponha agora que foi inaugurado o primeiro banco do país. O Banco A é uma instituição apenas depositária, ou seja, recebe depósitos, mas não concede empréstimos. Em outras palavras, é apenas um local seguro para se guardar recursos. 129 Economia II – Prof. Tharcisio Se todos os recursos desse país estiverem depositados no banco A, tem-se o seguinte Balanço: Banco A Ativo Passivo Reservas 100 Depósitos 100 Neste caso, se todo o papel-moeda está depositado no Banco A, a oferta de moeda passou a ser exclusivamente em moeda escritural. A quantidade total de moeda ofertada, contudo, não se alterou ($100), pois cada depósito no banco reduziu a oferta de papel-moeda e ampliou a oferta de moeda escritural na mesma quantidade. 130 Economia II – Prof. Tharcisio Suponha, agora, que os proprietários do Banco A reconsiderem sua política de não concederem empréstimos. É claro que o banco precisaria manter alguma parte destes recursos retida no banco, caso seus depositantes desejem fazer alguma retirada. Neste caso, o banco adota um sistema de reservas fracionárias, cuja razão de reserva é baseada tanto na regulamentação governamental quanto na política do banco (que pode manter reservas acima das exigidas por precaução). 131 Economia II – Prof. Tharcisio Se o Banco A decide manter uma razão de reserva de 10% do total depositado, significa que emprestou os 90% restantes, de forma que o balanço do Banco A fica da seguinte forma: Banco A Ativo Passivo Reservas 10 Empréstimos a Receber 90 Depósitos 100 Neste caso, ao emprestar o dinheiro, além dos $100 em moeda escritural, ainda existem $90 em papel-moeda circulando, de forma que a oferta total de moeda se tornou $190. 132 Economia II – Prof. Tharcisio Se os $90 são depositados novamente no banco, e posteriormente emprestados, 10% destes $90 ficarão retidos: Banco A Ativo Passivo Reservas10+9=19 Empréstimos 90+81=171 Depósitos 100+90=190 Em um terceiro ciclo, tem-se: Banco A Ativo Passivo Reservas 10+9+8,1=27,1 Empréstimos 90+81+72,9=243,9 Depósitos 100+90+81=271 133 Economia II – Prof. Tharcisio ... e o processo continua, de forma que cada vez que o dinheiro é depositado, mais moeda é criada. Faça em casa: perceba que essa sequência de criação de moeda não é infinita (dado que a cada vez é emprestada uma quantia menor), e a soma de todos os depósitos será de $1.000. Os bancos comerciais tiveram a capacidade de multiplicar em 10 vezes a oferta de moeda. Esse multiplicador (10x) é a recíproca da razão de reserva (10%): 𝑀𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟 = 1 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎⁄ 134 Economia II – Prof. Tharcisio 6.5. INSTRUMENTOS DE CONTROLE MONETÁRIO PELO BC. CONTROLE MONETÁRIO Operações no mercado aberto (compra e venda de títulos) Emprestimo aos bancos (taxa de redesconto - juros cobrados dos bancos) Determinação da reserva obrigatória 135 Economia II – Prof. Tharcisio O BC, portanto, possui instrumentos para determinar qual a taxa de juros vigente na economia. Em geral, a definição da taxa de juros pelo BC no Brasil atende a critérios estabelecidos pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que utiliza tal taxa como instrumento de combate à inflação. 136 Economia II – Prof. Tharcisio 7. CRESCIMENTO DA MOEDA E INFLAÇÃO Em geral, os preços tendem a aumentar quando o governo emite moeda demais. Grande parte das hiperinflações registradas no mundo foram provocadas por excesso de moeda. Hungria (1946): 195% ao dia; Zimbabwe (2008): 98% ao dia; Iugoslávia (1994): 64,6% ao dia; Alemanha (1923): 20,9% ao dia; Grécia (1944): 17% ao dia; China (1949): 13,4% ao dia. 137 Economia II – Prof. Tharcisio 7.1. OFERTA E DEMANDA POR MOEDA O valor de uma moeda é determinado pela oferta e pela demanda desta. Para simplificar a noção de equilíbrio monetário, será pressuposto que o Banco Central pode controlar toda a oferta de moeda. Mas como se comporta a demanda por moeda? 138 Economia II – Prof. Tharcisio 7.1.1. A DEMANDA POR MOEDA A demanda por moeda de uma economia é a soma de todas as demandas por moeda de todos os indivíduos desta economia E o que afeta a demanda por moeda em uma economia? 139 Economia II – Prof. Tharcisio Suponha que um indivíduo poupou durante alguns anos de sua vida, e hoje ele possui R$ 50.000,00. Ele pode alocar estes 50 mil em moeda e/ou títulos. Por moeda entende-se o papel-moeda e a moeda escritural. Os títulos, por sua vez, rendem uma taxa i de juros ao indivíduo. No entanto, não podem ser utilizados para transações. 140 Economia II – Prof. Tharcisio O que determina a quantidade de moeda retida em mãos (e a quantidade aplicada em títulos): Demanda por moeda Taxa de Juros 141 Economia II – Prof. Tharcisio Quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por moeda Quanto maior a renda nominal, maior a demanda por moeda 142 Economia II – Prof. Tharcisio 7.1.2. OFERTA POR MOEDA E EQUILÍBRIO MONETÁRIO Considerando a relação entre a taxa de juros e a quantidade de moeda, é possível perceber que a demanda por moeda é negativamente inclinada em relação à taxa de juros, ao passo que a oferta de moeda é vertical. Isso porque a oferta de moeda depende de políticas governamentais, e não da taxa de juros. 143 Economia II – Prof. Tharcisio Também é possível perceber que o nível de preços se ajusta para o nível de equilíbrio entre oferta e demanda monetária. Nesta relação, a demanda por moeda também é negativamente inclinada porque quanto menor o valor da moeda, menor seu poder aquisitivo e maior quantidade é demandada para transações. Banco Central 144 Economia II – Prof. Tharcisio Se o governo resolve dobrar a oferta monetária, o nível de preços dobrará, também. Por quê? 145 Economia II – Prof. Tharcisio Isto ocorre porque, com mais dólares que o desejado na carteira, as pessoas demandarão uma quantidade maior de bens e serviços. Contudo, a capacidade produtiva do país não foi alterada (ela depende do mercado de trabalho, capital físico, humano, etc.) Maior demanda por bens e serviços, quando não atendida por um aumento na produção, leva à elevação dos preços. 146 Economia II – Prof. Tharcisio Por isso a Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) postula que a quantidade de moeda disponível na economia determina o nível de preços vigente. Maior oferta de moeda Maior demanda por bens e serviços (não atendida) INFLAÇÃO 147 Economia II – Prof. Tharcisio Quatro exemplos de hiperinflação 148 Economia II – Prof. Tharcisio Evidentemente existem outros fatores causadores da inflação, como problemas estruturais que impedem a ampliação da capacidade produtiva. 149 Economia II – Prof. Tharcisio 7.1.3. OFERTA DE MOEDA E VARIÁVEIS REAIS Alterações na oferta de moeda provocam alterações no nível de preços. No entanto, não influenciam variáveis reais (no longo prazo). Variáveis nominais: medidas em unidades monetárias; Variáveis reais: medidas em unidades físicas. Se o BACEN dobra a oferta de moeda, o nível de preços dobra, os salários dobram e todos os valores em R$ dobram. Produção, Emprego, Salários Reais e Taxa de Juros Real não são afetados pela oferta de moeda. Essa capacidade de a oferta monetária não influenciar variáveis reais (no longo prazo) é chamada neutralidade monetária. 150 Economia II – Prof. Tharcisio 7.2. IMPOSTO INFLACIONÁRIO Se o excesso de oferta de moeda é uma das principais causas da inflação, porque alguns países ainda emitem tanta moeda e enfrentam hiperinflações? O governo pode financiar seus gastos por meio de arrecadação tributária, venda de títulos de dívida ou simplesmente emitindo moeda. 151 Economia II – Prof. Tharcisio Isso geralmente ocorre quando o governo apresenta despesas elevadas, arrecadação tributária inadequada e capacidade limitada de obter empréstimos, restando somente a emissão de moeda como fonte de recursos. Essa receita advinda da emissão monetária gera o efeito chamado imposto inflacionário, pois a elevação do nível de preços causada pela emissão de moeda provoca uma redução no poder de compra das pessoas, tal qual um imposto. Porém, atua de forma mais sutil pois a percepção dessa perda no poder de compra não é imediatamente percebida. 152 Economia II – Prof. Tharcisio 7.3. MOEDA E TAXA DE JUROS: O EFEITO FISHER A oferta de moeda não interfere na taxa de juros real (que define a escolha entre consumo presente e poupar para consumo futuro). Contudo, a taxa de juros nominal (a que o banco geralmente divulga) é fortemente influenciada pela oferta de moeda e pela inflação. Quanto maior a taxa de inflação... Menor o rendimento de uma aplicação financeira, a uma determinada taxa nominal i. 153 Economia II – Prof. Tharcisio Com a percepção da perda de rentabilidade provocada pela inflação, as taxas nominais dejuros são renegociadas e elevadas, de forma que a taxa real de juros retorna ao nível anterior. Esse ajuste da taxa nominal de juros em relação à inflação (no longo prazo) é denominado Efeito Fisher. Governo amplia oferta de moeda Nível de preços sobe Rentabilidade real das aplicações se reduz Taxas nominais de juros são renegociadas e se elevam Rentabilidade real retorna ao nível anterior 154 Economia II – Prof. Tharcisio 155 Economia II – Prof. Tharcisio 156 Economia II – Prof. Tharcisio 7.4. OS CUSTOS INFLACIONÁRIOS E A FALHA DA NEUTRALIDADE DA MOEDA Apesar dos argumentos que defendem que a inflação não altera as variáveis reais no longo prazo, alguns aspectos indicam o contrário: Custo de “sola de sapato”: custo ligado ao tempo destinado, pelos indivíduos, para procurar a melhor maneira de não sofrerem perdas inflacionárias (no Brasil dos anos 1980 era comum as corridas aos supermercados no dia do pagamento); Custo de “menu”: custo da redefinição da divulgação dos preços. Distorções tributárias: tributações calculadas sobre lucros nominais acabam penalizando duplamente o indivíduo. 157 Economia II – Prof. Tharcisio 8. ECONOMIAS ABERTAS Uma economia aberta é aquela que interage livremente com outras economias no mundo. Quais as principais variáveis econômicas influenciadas pela abertura econômica? Quais as principais vantagens? 158 Economia II – Prof. Tharcisio Déficit do Governo Renda Mercado dos fatores de produção Famílias Empresas Remuneração dos Fatores Governo Impostos Mercados Financeiros Poupança Privada Mercado de bens e serviços Investimento Consumo Receita das Empresas Despesas do Governo Resto do Mundo Fluxo de Exportações Transferências Enviadas Pagamento de Recursos de Fatores Recebimento de Recursos de Fatores Fluxo de Importações Transferências Recebidas 159 Economia II – Prof. Tharcisio 8.1. FLUXOS INTERNACIONAIS DE BENS E CAPITAL 8.1.1. EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS = valor das exportações – valor das importações EXPORTAÇÕES • Produção interna comercializada no exterior IMPORTAÇÕES • Produção externa comercializada internamente 160 Economia II – Prof. Tharcisio As exportações líquidas também são chamadas de balança comercial: A balança comercial pode ser influenciada por diversos fatores, como: preferências dos consumidores (internos e externos), preços dos bens, taxa de câmbio, renda dos consumidores (internos e externos), custos de transporte, políticas do governo em relação ao comércio internacional, etc. SUPERÁVIT COMERCIAL: Exportações maiores que importações DÉFICIT COMERCIAL: Importações maiores que exportações 161 Economia II – Prof. Tharcisio 8.1.2. INVESTIMENTO EXTERNO LÍQUIDO Um brasileiro com $50.000 pode comprar um Toyota ou compras ações da Toyota. O primeiro caso é caracterizado como um fluxo de bens (importação), mas o segundo caso é caracterizado como fluxo de capitais (investimento externo). A diferença entre a compra de ativos externos por residentes internos e a venda de ativos internos para residentes externos define o fluxo líquido de capitais externos (ou exportação externa líquida). 162 Economia II – Prof. Tharcisio No tópico sobre Poupança e Investimento, vimos as duas principais formas de investimento externo: Investimento direto: investimento de capital operado por uma entidade estrangeira (uma empresa constrói uma fábrica em outro país, por exemplo). Investimento de portfólio: investimento financiado com dinheiro estrangeiro, mas operado por residentes (americanos compram ações da Petrobrás, por exemplo) 163 Economia II – Prof. Tharcisio De maneira geral, é possível afirmar que as principais variáveis que influenciam o investimento externo líquido são as seguintes: INVEST. EXTERNO Juros sobre ativos externos Juros sobre ativos internos Riscos econômicos e políticos dos ativos externos Políticas sobre a compra de ativos internos por estrangeiros 164 Economia II – Prof. Tharcisio 8.1.3. IGUALDADE ENTRE EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS E INVESTIMENTO EXTERNO LÍQUIDO Enquanto as exportações líquidas medem um desequilíbrio entre exportações e importações de um país, o investimento externo líquido mede um desequilíbrio entre ativos externos comprados e ativos internos vendidos (a estrangeiros). Um fator contábil indica a igualdade entre exportações líquidas e investimento interno líquido: 𝐸𝐿 = 𝐼𝐸𝐿 165 Economia II – Prof. Tharcisio Comprovação: Suponha que você tenha desenvolvido um produto e vendido a um residente alemão, que lhe pagou $1.000 dólares (exportação líquida). O que você pode fazer com esses dólares (dado que eles não são utilizados como moeda no Brasil)? U S$ 1 0 .0 0 0 reter os dólares investir em alguma empresa dos EUA adquirir algum produto dos EUA 166 Economia II – Prof. Tharcisio i. Reter os dólares: investimento na economia norte-americana; ii. Investimento em empresa dos EUA: investimento externo em portfólio; iii. Compra de produto norte-americano: importação de bens. Nos casos i e ii, toda a exportação líquida se converteu em investimento externo líquido: 10.000 (𝐸𝐿) = 10.000 (𝐼𝐸𝐿) No caso iii, não houve investimento externo. Contudo, as importações se igualaram às exportações, de forma que as exportações líquidas foram nulas: 0 (𝐸𝐿) = 0 (𝐼𝐸𝐿) 167 Economia II – Prof. Tharcisio Além disso, é possível perceber que: Em caso de superávit comercial, essa moeda internacional só serve para a compra ou investimento fora do país (EL>0 e IEL>0); Em caso de déficit comercial, esse excedente de importação só pode ser adquirido com a venda de ativos no exterior para a captação dessa moeda demandada (EL<0 e IEL<0). 168 Economia II – Prof. Tharcisio 8.2. POUPANÇA, INVESTIMENTO E OS FLUXOS INTERNACIONAIS Como visto anteriormente: 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + 𝐸𝐿 𝑌 − 𝐶 − 𝐺 = 𝐼 + 𝐸𝐿 𝑆 = 𝐼 + 𝐸𝐿 Uma vez que EL = IEL, tem-se que: 𝑆 = 𝐼 + 𝐼𝐸𝐿 Isso evidencia que toda a poupança formada em um país será investida internamente ou externamente. 169 Economia II – Prof. Tharcisio • Exportações < importações • EL < 0; IEL < 0 • Y < C + I + G • Poupança < investimento Déficit comercial • Exportações = importações • EL = IEL = 0 • Y = C + I + G • Poupança = investimento Equilíbrio comercial • Exportações > importações • EL > 0; IEL > 0 • Y > C + I + G • Poupança > investimento Superávit comercial 170 Economia II – Prof. Tharcisio 8.3. TAXAS DE CÂMBIO REAL E NOMINAL As transações internacionais, como quaisquer outras transações, também são significativamente influenciadas pelos preços praticados. Neste caso, os preços internacionais – que coordenam as intenções de consumidores e produtores – são definidos pela taxa de câmbio real e pela taxa de câmbio nominal. 171 Economia II – Prof. Tharcisio Taxa de Câmbio Nominal A taxa nominal de câmbio é a taxa que retrata a troca entre moedas de diferentes países. Em 05/01/2018, a taxa de câmbio nominal entre dólar e real foi, aproximadamente, US$ 1 = R$ 3,23Isso significa que, naquele dia, um indivíduo poderia ir ao banco com R$ 3,23 e comprar um dólar. (na prática, existem sutis diferenças entre o valor de compra e venda de moeda estrangeira, que serão ignoradas aqui). 172 Economia II – Prof. Tharcisio Quando um real se torna capaz de comprar mais dólares, a taxa de câmbio se eleva (relação moeda estrangeira x moeda local) e ocorre uma apreciação (fortalecimento) do Real. Quando um dólar se torna capaz de comprar mais reais, a taxa de câmbio se reduz e ocorre uma depreciação (enfraquecimento) do Real. 173 Economia II – Prof. Tharcisio Taxa de câmbio real A taxa de câmbio real é a taxa pela qual se trocam os bens e serviços de um país por bens e serviços de outro país. Por exemplo, um Big Mac custava (em janeiro de 2018) R$ 16,50 no Brasil, e US$ 5,28 nos EUA. Com base na taxa de câmbio de R$ 3,23 um Big Mac no Brasil vale o equivalente a US$ 5,1. 174 Economia II – Prof. Tharcisio Nesse sentido, a taxa de câmbio real US$/R$ (baseada somente no Big Mac) pode ser calculada da seguinte forma: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ∗ 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑐â𝑚𝑏𝑖𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 3,23 ∗ 5,28 16,50 = 17,0544 16,50 = 1,0336 Isso significa que se gastaria R$ 16,50 para se comer um Big Mac no Brasil, e aprox. R$17,06 para se comer um Big Mac nos EUA. Dessa forma, conclui-se que, nesse exemplo, US$ 1 = R$ 1,0336. 175 Economia II – Prof. Tharcisio Com uma taxa real de 1 / 1,0336, pode-se afirmar que o Real está desvalorizado em 3,25% em relação ao Dólar. Evidentemente, as taxas de câmbio não se resumem ao Big Mac, de forma que, em geral, a taxa de câmbio real é calculada considerando o índice geral de preços dos países envolvidos. 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙𝐸𝑈𝐴−𝐵𝑅 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ∗ 𝐼𝐺𝑃𝐸𝑈𝐴 𝐼𝐺𝑃𝐵𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙 176 Economia II – Prof. Tharcisio DISCUSSÃO EM CLASSE: a) O que acontece com as exportações e importações (ou seja, as exportações líquidas) do Brasil se a taxa de câmbio real se elevar? b) O que acontecerá com as exportações líquidas do brasil se a taxa de câmbio real se reduzir? 177 Economia II – Prof. Tharcisio 8.4. DETERMINAÇÃO DE TAXA DE CÂMBIO E A TEORIA DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA Existem várias teorias que buscam explicar como as taxas de câmbio são determinadas. Uma das teorias mais simples é a chamada Teoria da Paridade do Poder de Compra. Segundo essa teoria, uma unidade de qualquer moeda deveria ser capaz de comprar a mesma quantidade de bens em todos os países, se baseando no princípio do preço único. 178 Economia II – Prof. Tharcisio Suponha que o pacote de café seja R$ 5 mais barato em Rio Pomba do que em Juiz de Fora. Indivíduos começariam a comprar o café em Rio Pomba e revendê-lo em Juiz de Fora, obtendo um lucro de R$ 5 por pacote. Esse processo de obtenção de lucro por meio de diferença de preços (denominado arbitragem) faria com que, com o passar do tempo, os preços se reduzissem em Juiz de Fora (aumento na oferta) e se elevassem em Rio Pomba (redução de oferta) até que os preços se igualassem e a mesma quantidade de Reais fosse utilizada para comprar café nas duas localidades. 179 Economia II – Prof. Tharcisio No comércio internacional, a lógica se repete, de forma que um Real deveria ser capaz de comprar a mesma quantidade de bens e serviços em qualquer lugar do mundo. Em outras palavras, pela Teoria da Paridade do Poder de Compra, uma moeda deve ter o mesmo valor real em qualquer país. 180 Economia II – Prof. Tharcisio Voltando à questão da taxa real, agora à luz da paridade do Poder de Compra: 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙𝐸𝑈𝐴−𝐵𝑅 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ∗ 𝐼𝐺𝑃𝐸𝑈𝐴 𝐼𝐺𝑃𝐵𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙 1 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 ∗ 𝐼𝐺𝑃𝐸𝑈𝐴 𝐼𝐺𝑃𝐵𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑈𝑆$/𝑅$ = 𝐼𝐺𝑃𝐵𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙 𝐼𝐺𝑃𝐸𝑈𝐴 181 Economia II – Prof. Tharcisio 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑈𝑆$/𝑅$ = 𝐼𝐺𝑃𝐵𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙 𝐼𝐺𝑃𝐸𝑈𝐴 DUAS IMPLICAÇÕES: i. A taxa nominal de câmbio reflete a diferença entre os níveis de preços entre dois países; ii. Quando os níveis de preços mudam, a taxa de câmbio nominal muda. Quando um governo aumenta a oferta de moeda, eleva o nível de preços e deprecia o valor de sua moeda. 182 Economia II – Prof. Tharcisio 8.4.1. LIMITAÇÕES DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA LIMITAÇÕES DA PPC Limitações logísticas nas transações internacionais (ex. corte de cabelo) Bens que podem ser transacionados entre países nem sempre são substitutos perfeitos (ex. carros). 183 Economia II – Prof. Tharcisio 8.5. PARIDADE DE PODER DE COMPRA: O ÍNDICE “BIG MAC” Semestralmente, a revista The Economist divulga valores de uma mesma cesta de consumo vendida em diferentes países. Essa cesta de consumo é composta somente pelo hambúrguer “Big Mac”, da rede McDonald’s, e serve como um ilustrativo do comportamento da paridade do poder de compra. 184 Economia II – Prof. Tharcisio Índice Big Mac em alguns países do mundo (janeiro de 2018): País Preço local Taxa de cambio Preço em US$ 1º) Suíça 6,50 0,96 6,76 2º) Noruega 49,00 7,85 6,24 5º) Estados Unidos 5,28 1,00 5,28 9º) Brasil 16,50 3,23 5,11 28º) Argentina 75,00 18,94 3,96 43º) China 20,40 6,43 3,17 47º) Índia 180,00 63,86 2,82 52º) África do Sul 30,00 12,26 2,45 54º) Rússia 130,00 56,75 2,29 Cabe ressaltar que, apesar de buscar identificar a paridade do poder de compra, o ideal seria ajustar esse índice (pelo PIB per capita, por exemplo) para identificar o real poder de compra de cada nação. 185 Economia II – Prof. Tharcisio 186 Economia II – Prof. Tharcisio 8.6. MERCADO DE FUNDOS PARA EMPRÉSTIMOS E MERCADO DE CÂMBIO 8.6.1. MERCADO DE FUNDOS PARA EMPRÉSTIMOS Anteriormente, foi visto que: 𝑆 = 𝐼 + 𝐼𝐸𝐿 Sempre que uma nação poupa recursos monetários, estes podem ser utilizados na aquisição interna de capital ou na compra de um ativo estrangeiro. 𝑂𝑓𝑒𝑟𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 (𝑆) = 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 (𝐼 + 𝐼𝐸𝐿) 187 Economia II – Prof. Tharcisio Nesse sentido, a quantidade ofertada de fundos para empréstimos (bem como a quantidade demandada) dependem da taxa de juros real. A taxa de juros real influencia não somente a poupança e o investimento interno (como já foi visto), mas também o investimento externo líquido. Um aumento na taxa real de um país faz com que seus residentes sejam desestimulados a investir em outros países... ...bem como faz com que outros países se interessem em investir neste país em questão... ... ampliando o investimento interno e reduzindo o investimento externo líquido. 188 Economia II – Prof. Tharcisio Se a taxa de juros real estiver abaixo do nível de equilíbrio, não haverá oferta de fundos para empréstimos suficiente para atender a demanda, provocando uma elevação dos juros reais. Porém, a aquisição de ativos por estrangeiros demanda a troca de moeda estrangeira pela moeda local, o que leva ao segundo mercado a ser analisado: o mercado de câmbio de moeda estrangeira. 189Economia II – Prof. Tharcisio 8.6.2. MERCADO DE CÂMBIO Os participantes desse mercado trocam moeda local por moeda estrangeira. Para entender isso, é preciso retornar à igualdade: 𝐼𝐸𝐿 (𝑖𝑛𝑣. 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜) = 𝐸𝐿 (𝑒𝑥𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎çõ𝑒𝑠 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠) Tal identidade indica que o desequilíbrio entre compra e venda de ativos no exterior (IEL) é igual ao desequilíbrio entre importações e exportações (EL). 190 Economia II – Prof. Tharcisio Dessa forma, o IEL representa a oferta de moeda local no mercado de câmbio) para comprar ativos estrangeiros, e as EL representam a demanda por moeda local para a aquisição de bens locais. Se o país tem superávit comercial (EL>0), ele direciona a moeda estrangeira obtida nas transações para a aquisição de ativos estrangeiros (IEL>0). Se o país apresenta déficit comercial (EL<0), ele demanda moeda estrangeira, que só pode ser obtida com a venda de ativos nacionais para estrangeiros (IEL<0). 191 Economia II – Prof. Tharcisio Quando a taxa de câmbio real aprecia a moeda local, os bens locais ficam mais caros, reduzindo exportações e aumentando importações (reduzindo EL). Com a redução da EL, a quantidade demandada de moeda local também se reduz. A oferta de moeda local é fixa, neste gráfico, porque não depende da taxa de câmbio real. O IEL depende da taxa de juros real, e não da taxa de câmbio real. Oferta de moeda local (vinda do IEL) Demanda por moeda local (para exportações). Quantidade de moeda local trocada por moeda estrangeira. 192 Economia II – Prof. Tharcisio 8.6.3. EQUILÍBRIO NO MERCADO DE FUNDOS E DE CÂMBIO No mercado de fundos para empréstimos, a oferta vem da poupança nacional (S), enquanto a demanda vem do investimento interno (I) e do investimento externo líquido (IEL), sendo que a taxa de juros real determina o equilíbrio. No mercado de câmbio, a oferta vem do investimento externo líquido (IEL) e a demanda vem das exportações líquidas (EL), sendo que a taxa de câmbio real determina o equilíbrio. A chave para o equilíbrio simultâneo desses mercados está no investimento líquido externo (IEL). 193 Economia II – Prof. Tharcisio Quantidade de moeda local 194 Economia II – Prof. Tharcisio 8.7. POLÍTICAS E EVENTOS QUE INFLUENCIAM UMA ECONOMIA ABERTA Déficit orçamentário leva à redução da oferta de moeda local, aumentando a taxa real de câmbio e apreciando a moeda local. Determinação de cota de importação leva a uma elevação da taxa real de câmbio e à apreciação da moeda local. Instabilidade política leva à fuga de capitais, gerando um aumento da oferta de moeda local, depreciando a mesma. 195 Economia II – Prof. Tharcisio Quantidade de moeda local 196 Economia II – Prof. Tharcisio Quantidade de moeda local 197 Economia II – Prof. Tharcisio A instabilidade política inibe o investimento no país, elevando o investimento externo líquido... Quantidade de moeda local da moeda local... da moeda local. 6. O SISTEMA MONETÁRIO 6.1. AS FUNÇÕES DA MOEDA 6.2. A OFERTA DE MOEDA 6.2.1. BASES MONETÁRIAS 6.3. OFERTA DE MOEDA PELO BANCO CENTRAL 6.4. OFERTA DE MOEDA PELOS BANCOS COMERCIAIS 6.5. INSTRUMENTOS DE CONTROLE MONETÁRIO PELO BC. 7. CRESCIMENTO DA MOEDA E INFLAÇÃO 7.1. OFERTA E DEMANDA POR MOEDA 7.1.1. A DEMANDA POR MOEDA 7.1.2. OFERTA POR MOEDA E EQUILÍBRIO MONETÁRIO 7.1.3. OFERTA DE MOEDA E VARIÁVEIS REAIS 7.2. IMPOSTO INFLACIONÁRIO 7.3. MOEDA E TAXA DE JUROS: O EFEITO FISHER 7.4. OS CUSTOS INFLACIONÁRIOS E A FALHA DA NEUTRALIDADE DA MOEDA 8. ECONOMIAS ABERTAS 8.1. FLUXOS INTERNACIONAIS DE BENS E CAPITAL 8.1.1. EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS 8.1.2. INVESTIMENTO EXTERNO LÍQUIDO 8.1.3. IGUALDADE ENTRE EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS E INVESTIMENTO EXTERNO LÍQUIDO 8.2. POUPANÇA, INVESTIMENTO E OS FLUXOS INTERNACIONAIS 8.3. TAXAS DE CÂMBIO REAL E NOMINAL 8.4. DETERMINAÇÃO DE TAXA DE CÂMBIO E A TEORIA DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA 8.4.1. LIMITAÇÕES DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA 8.5. PARIDADE DE PODER DE COMPRA: O ÍNDICE “BIG MAC” 8.6. MERCADO DE FUNDOS PARA EMPRÉSTIMOS E MERCADO DE CÂMBIO 8.6.1. MERCADO DE FUNDOS PARA EMPRÉSTIMOS 8.6.2. MERCADO DE CÂMBIO 8.6.3. EQUILÍBRIO NO MERCADO DE FUNDOS E DE CÂMBIO 8.7. POLÍTICAS E EVENTOS QUE INFLUENCIAM UMA ECONOMIA ABERTA
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