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Capitulo 12

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Capitulo 12: Tecido Nervoso 
Responsável pelo ajuntamento do organismo, ao ambiente, medindo suas relações com o meio 
externo e regulando o meio interno (homeostase). Sendo assim, sua função é perceber e identificar 
as condições dos dois ambientes e elaborar respostas adaptativas à essas condições 
 
• Estrutura do sistema nervoso: 
 Envolve um sistema relativamente pequeno porém muito complexo, constituído pela cavidade 
craniana, com o crânio envolvendo o encéfalo com seus nervos cranianos, axônios e vasos; e a 
medula espinhal, envolta pela coluna vertebral, com seus nervos espinais, conectado ao crânio por 
meio do forame magno. Além destes, temos os gânglios , sitiados fora do encéfalo e da medula, que 1
são intimamente ligados aos nervos cranianos e espinais; sem esquecer dos plexos entéricos, 
localizado nas paredes gastrointestinais. ~ O termo receptor sensorial, pode ser referencia aos 
dentritos dos neurônios sensitivos 
- Funções do sistema nervoso: podemos dividir as funções do sistema nervoso em 3. 
1. Função sensorial: onde receptores sensoriais detectam estímulos internos e externos, que são 
encaminhados até o encéfalo e medula espinhal por meio dos nervos cranianos e espinais. 
2. Função integrativa: o sistema nervoso integra (processa) a informação sensorial, analisando e 
armazenando uma parte e decidindo as respostas apropriadas, ocorrendo no encéfalo. 
3. Função motora: uma vez que a informação é integrada, o sistema nervoso provoca uma 
resposta motora apropriada, ativando os efetores (músculos e glândulas) por meio dos nervos 
espinais e cranianos. O estímulo leva à contração muscular ou secreção glandular. 
- Subdivisões: o sistema nervoso é comporto por duas subdivisões, a parte central do SNC 
(encéfalo e medula) e a parte periférica do SNP (tecido nervoso não inclusa no SNC) ~ O 
sistema nervoso entério faz, de certa forma, parte de certa forma do periférico, porém ele possui 
certa autonomia. 
 refere-se a um agrupamento de corpos celulares neuronais localizadas no sistema nervoso 1
periférico, intimamente associados a nervos espinais e nervos cranianos sendo contraposto ao 
núcleo que também é um agrupamento porém do SNC.
Detecta informações Integra as diferentes informações 
Coordena respostas 
comportamentais e de 
manutenção da 
homeostase
• Histologia do tecido nervoso: 
 Temos dois tipos de célula que compõem o sistema nervoso: neurônios e neuróglias. Os 
neurônios produzem a maioria das funções exclusivas do sistema nervoso, tais como sensibilidade, 
pensamentos, lembranças, controle da atividade muscular e regulação das secreções glandulares. 
A neuróglia sustenta, alimenta e protege os neurônios, além de manter a homeostasia no líquido 
intersticial que banha os neurônios. 
- Neurônios: são células que possuem excitabilidade elétrica, capacidade de responder a estímulos 
(qualquer alteração do ambiente capaz de promover uma ação) e convertê-los em um potencial 
de ação (impulso nervoso - sinal elétrico que se propaga através da membrana de um neurônio 
em decorrência do movimento de Na e K, localizado na parte externa e interna do neurônio). 
 A maioria dos neurônios possui 3 partes: corpo celular, dentritos (parte receptiva - com 
estrutura arboriforme) e um axônio (conduz o impulso nervoso). 
 O local de comunicação entre os neurônios ou entre um neurônio é uma célula efetora é 
chamado de sinapse. No final dos axônios 
encontramos sacos envolvidos por membrana 
chamados vesículas sinapticas, onde é 
armazenado o neurotransmissor químico, que 
são liberados afim de inibir ou estimular outros 
neurôn ios, fibras muscu la res ou cels 
glandulares. 
Diversidade estrutural dos neurônios: de acordo com as variações estruturais que encontramos 
podemos c lass ifica r os 
diversos neurônios no corpo. 
Sendo assim, estruturalmente, 
os classificamos quanto ao 
número de processos que se 
estendem a partir do corpo 
celular. 

Já funciona lmente, são 
classificados de acordo com 
a direção na qual o impulso nervoso é transportado de acordo com o SNC. Sendo assim temos, os 
neurônios aferentes ou sensoriais, que têm seus receptores nas extremidades distais (maioria 
unipolar) e transportam o impulso pelos axônios até o SNC; os neurônios eferentes (maioria 
multipolar), ou motores, que transporta, potencial de ação para longe do SNC para os efetores na 
periferia; e além desses dois, temos os interneuronios (maioria multipolar) , localizado 
principalmente dentro do SNC, entre os motores e os sensoriais, eles integram informação 
sensorial aferente e provocam uma resposta uma resposta motora. 
- Neuróglias: também chamada de glia, não geram nem propagam potenciais de ação e têm 
capacidade de se multiplicar e se dividir no sistema nervoso maduro, como ocorre no caso de 
lesões ou doenças, afim de ocupar locais onde antes ocupavam os neurônios. Há 6 tipos de 
neuróglias: astrócitos, oligodentrócitos, micróglia e células ependimárias (localizadas no SNC), e 
as células de Schwann e as células-satélite (presentes no SNP) 
A. Astrócitos: existem dois tipos de astrócitos, os protoplasmáticos (localizadas principalmente na 
subs. Cinzenta) e os fibrosos (localizadas na subs. Branca). Os dentritos dessas células fazem 
contado com os capilares sanguíneos, neurônios e pia mater. Suas funções incluem: suporte, 
protegem os neurônios de substâncias prejudiciais (cria-se uma barreira hematoencefálica), em 
embriões regulam o crescimento, migração e interconexão entre neurônios e encéfalo, mantêm 
o equilíbrio químico (K/Na, neurotransmissores em excesso, nutrientes...) e por fim podem 
influenciar a formação de sinapses. 
B. Micróglia: funcionam como fagócitos, removendo fragmentos celulares formados durante o 
desenvolvimento normal do SN e realizam fagocitose de micróbios e do tecido nervoso 
danificado. 
C. Cels. Ependimárias: revestem os ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinhal 
( preenchido com liquor), monitorando e auxiliando na circulação do líquido cefaloraquidiano, 
além de formar a barreira hematoencefálica. 
D. Cels. De Schwann: envolvem os axônios, tomando as bainhas de mielina, como os 
oligodentrócitos. Participam da regeneração do axônio, realizando no SNP. 
E. Cels. Satélite: envolvem os corpos celulares dos neurônios dos gânglios do SNP além de 
oferecer suporte estrutural, regulam as trocas substanciais. 
- Mielinização: conjunto de multicamadas de proteínas e lipídeos, que isola eletricamente o axônio 
do neurônio. Diminui a influência elétrica dos íons extracelulares e aumenta a velocidade de 
propagação do impulso nervoso. As bainhas de mielina não são continuas, sendo mediadas por 
nódulos de Ranvier, que provocam os movimentos em saltos. De acordo com a mielinização 
podemos determinar as substâncias brancas como a com alta densidade de mielina e a 
substância cinzenta como a de grande densidade de organelas celulares e pouca ou nenhuma 
mielina. Um oligodentrócitos mieliniza partes de diversos axônios. 
• Organização do sistema nervoso: 
• Sinais elétricos nos neurônios: 
 São células excitáveis, capazes de responder a estímulos e de comunicar-se com outros 
através de sinais elétricos (potenciais graduados em curtas distâncias e potenciais de ação 
a longas por serem propagados). Dependemos então de duas características das membranas 
dos neurônios para se obter a produção de potenciais graduados e de ação: a existência de um 
potencial de membrana em repouso e a presença de canais iônicos específicos. Potenciais 
graduados e potencial de ação ocorrem porque a membrana plasmática dos neurônios contem 
muitos canais iônicos que abrem e fecham em resposta ao estímulo. 
- Canais iônicos: quando abertos, permitem que íons específicos se movimentem pela membrana 
ao longo de seus gradientes químicos (diferença na concentração química é uma elétrica); temosa movimentação de cátions carregados positivamente indo em direção a áreas carregadas 
negativamente e vice versa. À medida que os íons se movem, é criado uma corrente elétrica 
capaz de alterar o pontencial de membrana. 
- Potencial de membrana em Repouso: existe em razão de um pequeno acúmulo de íons negativos 
no citosol e de íons positivos no meio extracelular ao longo de suas superfícies. Quanto maior a 
diferença entre as cargas pela membrana, maior o potencial de membrana, porém o citosol e o 
líquido extracelular possuem o mesmo número de cargas, sendo neutro e mantemos isso através 
de : distribuição desigual de íons (líquido extracelular, rico em Na" e Cl-/citosol, rico em K", os 
fosfatos - ATP- e aminoácidos nas proteínas; além de termos mais canais de K+ do que de Na" 
, a propagação de potássio é maior); incapacidade da maioria dos ânions em deixar a célula; e a 
natureza eletromagnética das ATPases Na*/K* (essas bombas mantém o potencial, bombeando 
o Na para fora e o K para dentro). A manutenção deste potencial que gasta ATP num neurônio. 
- Potenciais Graduados: pequenos desvio de potencial de membrana que torna a membrana mais 
polarizada (interior mais negativo) ou menos polarizada (interior menos negativo). Ele ocorre 
quando um estímulo faz com que canais controlados por ligantes se abram ou fechem, que 
normalmente se localizam nos dentritos. 
- Geração de potencial de ação: também chamado de impulso, é um conjunto de eventos que 
ocorrem rapidamente afim de diminuir e inverter o potencial de membrana que em seguida 
retornam ao seu estado de repouso. Pode ser divididos em duas fases, uma de despolarização, 
tornando o interior mais positiva, e uma de repolarização. 
- Propagação dos potenciais de ação: a sinapse é ativada através de neurotransmissores abrindo 
canais de sódio depois canais de potássio. São conduções continuas e saltatórias, onde a 
contínua consiste em despolarização e repolarização gradativas de cada segmentos adjacente 
da membrana plasmática, com íons fluindo pelos canais controlados e ocorrem em axônios 
amielínicos e nas fibras musculares. Já as conduções saltatórias, se propagando mais 
rapidamente, ocorre em axônios mielinizados e ocorre em relação a distribuição desigual de 
canais controlados, já que poucos canais se encontroam nas regiões do axolema é coberto por 
mielina e nos nós de Ranvier possui muitos. Sendo assim nesse caso o potencial de ação 
parece saltar de um no para o outro, fazendo o 
impulso ir mais rápido, e por abrir menos canais, 
temos uma eficiência maior. 
A.Fatores que afetam a ve locidade de 
propagação: (1) quantidade de mielinização; (2) 
diâmetro do axônio; (3) temperatura. 
-Codificação da intensidade do estímulo: a 
frequência dos potenciais de ação gerados na 
zona de gatilho além do numero de neurônios 
sensoriais recrutados (ativados) pelo estímulo. 
• Transmissão dos sinais pelas sinapses: 

 As sinapses são essenciais para homeostasia, são responsáveis pela transmissão de 
informações entre os neurônios e são divididas em dois tipos: sinapses elétricas (permitindo a 
propagação de sódio e potássio de um neurônio para o outro e é também bidirecional) e a 
sinapse química (sempre unidirecional com terminações pre sinapticas e pós sináptica 
intermediada pela fenda sináptica, onde tem-se canais de sódio nas terminações pôs 
sinapticas). 
- Sinapses inibitórias: torna a carga ais negativa afastando mais do limiar, dificultando o estímulo. 
• Neurotransmissores: 
 Alguns deles, se ligam a seus receptores e agem rapidamente para abrir ou fechar os canais 
iônicos de membrana. Outros atuam mais lentamente, via sistemas de segundo mensageiro, para 
influenciar reações enzimáticas dentro da célula. Seja qual for a forma, o resultado é a excitação ou 
inibição dos neurônios pós sinapticos. Alguns deles são hormônios soltos na corrente sanguínea. 
Para cada um deles você tem um receptor específico (proteína) e seletivo. 
 Temos dois tipos: neurotransmissores de moléculas pequenas (incluindo acetilcolina, 
aminoácidos, aminas biogenicas, ATP e outras purinas e óxido nítrico) e neuropeptídios ( 3-40 
aminoácidos interligações que se ligam a receptores metabotrópicos e tem ação tanto excitadora 
quanto inibitórias) 
• Circuitos neurais: 
 O SNC tem uma organização complexa de redes de neurônios que processam específicos 
tipos de informação. 

• Regeneração e Reparo do tecido nervoso: 
 O sistema nervoso tem plasticidade (capacidade de alteração, com base na experiência), 
mas possui limitações na regeneração (replicando ou reparando neurônios). Por isso a neurogenese 
é normalmente muito limitada, já que o nascimento de novos neurônios é a partir de células-tronco 
não indiferenciadas e o reparo dos axônios não pode ser feito na maioria das regiões do SNC. Já 
no SNP os axônios e dentritos, podem, associados com um neurolema, passar por um reparo se o 
corpo celular estiver intacto, as células de Schwann estiverem funcionais e a formação do tecido 
cicatricial não ocorrer muito rapidamente.

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