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Resumo de Fisiologia AVP2 Sistema Nervoso

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● Introdução ao Sistema Nervoso (Aula 04) 
 
1. Sistema Nervoso Central (SNC) 
O sistema nervoso é um dos principais sistemas de coordenação do corpo. O neurônio é a principal unidade 
funcional do sistema nervoso. O sistema nervoso dos mamíferos tem duas subdivisões principais: o sistema 
nervoso central e o sistema nervoso periférico. O sistema nervoso reúne e integra informações sensoriais, 
formula um plano de resposta e produz um resultado motor. 
 
 
 
2. O Neurônio 
O neurônio é a principal unidade funcional do sistema nervoso, um tipo celular cuja forma varia 
consideravelmente de acordo com sua localização. As quatro unidades anatômicas distintas do neurônio são: 
2.1. Dendritos: área de recepção de informações; 
2.2. Corpo celular: contém as organelas para a maior parte das atividades metabólicas da célula; 
2.3. Axônio: prolongamento da membrana celular que transmite informações, na extremidade do axônio 
há e uma terminação pré-sináptica, para transmitir informações para outras células. 
2.4. Bainha de mielina: cobertura gordurosa que geralmente reveste o axônio, que aumenta a 
velocidade de transferência de informações ao longo de seu comprimento; 
Os neurônios não estão isolados; normalmente são interconectados dentro de circuitos ou tratos nervosos que 
servem uma função específica. 
3. Células gliais 
As células da glia são células do sistema nervoso central que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios. 
Tais células desempenham um papel importante na produção da bainha de mielina dos axônios, na 
modulação crescimento de neurônios lesados ou em desenvolvimento e no tamponamento das concentrações 
extracelulares de potássio e neurotransmissores, na formação de contatos entre os neurônios (sinapses), 
participando ainda de determinadas respostas imunes do sistema nervoso. 
4. Principais subdivisões do Sistema Nervoso 
O Sistema Nervoso se divide em Sistema Nervoso Central(SNC) e Sistema Nervoso Periférico(SNP). 
4.1. O sistema nervoso central (SNC) é dividido em cérebro e medula espinhal. Uma série de ossos 
protetores circunda completamente o SNC. O cérebro é cercado pelo crânio e a medula espinhal 
por uma série de vértebras e ligamentos cervicais, torácicos e lombares. 
COMPONENTES 
SENSORIAIS 
• DETECÇÃO DE 
ESTÍMULOS 
COMPONENTES 
INTEGRADORES 
• PROCESSAMENTO E 
ARMAZENAMENTO 
COMPONENTES 
MOTORES 
• MÚSCULOS, 
GLÂNDULAS 
SISTEMA NERVOSO 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
CÉREBRO MEDULA ESPINHAL EFERENTE (MOTOR) AFERENTE 
(SENSORIAL) 
 SOMÁTICO VISCERAL SOMÁTICO VISCERAL 
 
 
4.1.1. O SNC recebe informações sensoriais do tronco e dos membros e lhes fornece um resultado 
motor. 
4.1.2. As informações que entram no tronco cerebral 
4.2. O sistema nervoso periférico (SNP) é composto de nervos(feixes de axônios do SNP) espinhais e 
cranianos, que conduzem sinais elétricos, chamados potenciais de ação, para o SNC ou a partir 
deste. 
4.2.1. Axônios Aferentes: são os que conduzem potenciais de ação em direção ao SNC; 
4.2.2. Axônios Eferente: são os que conduzem potenciais de ação a partir do SNC. 
4.3. Uma forma de agrupar funcionalmente os elementos do SNP é em subsistemas sensorial e motor: 
4.3.1 Função Motora: Os elementos dos nervos espinhais e cranianos que desempenham uma 
função motora são os axônios dos neurônios eferentes somáticos, que levam comandos de 
potencial de ação do SNC para junções, chamadas sinapses, na musculatura esquelética; e 
os axônios de neurônios eferentes viscerais, que conduzem potenciais de ação em direção 
a sinapses com neurônios periféricos, que controlam a musculatura lisa e cardíaca e 
algumas glândulas. 
4.3.2 Os componentes do SNP que desempenham função sensorial são os axônios dos 
neurônios aferentes, que trazem mensagens de potencial de ação para o SNC a partir de 
receptores sensoriais periféricos. Estes são direta ou indiretamente responsáveis pela 
transdução da energia do ambiente interno ou externo do corpo em potenciais de ação que 
se deslocam para o SNC. A intensidade dessa estimulação de energia do receptor é 
codificada pela alteração da frequência dos potenciais de ação à medida que se modifica a 
intensidade do estímulo. 
4.3.3 Os componentes sensoriais dos nervos cranianos e espinhais são os axônios de neurônios 
aferentes somáticos e viscerais. Axônios aferentes somáticos conduzem potenciais de ação 
resultantes do estímulo de receptores. Os axônios viscerais eferentes e aferentes fazem 
parte do sistema nervoso autônomo; as porções do SNP e SNC responsáveis pelo controle 
involuntário da musculatura lisa, do músculo cardíaco, de algumas glândulas endócrinas^£e 
de muitas funções fisiológicas de suporte à vida. Axônios de nervos periféricos convergem 
para formar um único nervo espinhal em cada um dos forames intervertebrais. Dentro do 
canal espinhal, axônios sensoriais aferentes e motores eferentes se separam; os primeiros 
penetram na medula espinhal através das raízes dorsais, enquanto os segundos deixam a 
medula espinhal através das raízes ventrais. 
O SNP e o SNC diferem na capacidade regenerativa de seus axônios neurais após uma lesão física. Axônios 
de nervos periféricos podem voltar a crescer lentamente, conectando-se novamente com seus alvos 
periféricos. Já os do SNC, quando lesados, não se regeneram de maneira eficiente, em grande parte devido a 
características inibitórias de seu ambiente local. Manipulações experimentais deste mostraram haver melhora 
no novo crescimento de axônios do SNC. 
5. A seis regiões anatômicos do SNC: 
Tronco Cerebral: Medula, ponte e mesencéfalo; 
Cérebro Anterior: o diencéfalo e o telencéfalo. 
Cada uma das seis regiões do SNC tem características anatômicas e funcionais distintas. Algumas delas 
incluem as seguintes: 
5.1. Medula espinhal: Os axônios sensoriais da raiz dorsal conduzem potenciais de ação para o cordão 
gerado pela estimulação de receptores sensoriais na pele, músculos, tendões, articulações e 
órgãos viscerais. Nesta estão os corpos celulares e dendritos de neurônios motores cujos axônios 
saem através das raízes ventrais para alcançarem a musculatura esquelética ou seguirem em 
direção à lisa. Também contém tratos de axônios, que conduzem informações sensoriais para o 
cérebro, e comandos motores do cérebro para os neurônios motores. A medula espinhal 
 
 
isoladamente pode controlar reflexos simples, como os de estiramento muscular e de retirada de 
membro em resposta a estímulos dolorosos. 
5.2. Medula oblonga: Através dos nervos cranianos, essa também recebe informações a partir dos 
receptores sensoriais internos e externos do organismo e envia comandos motores para a 
musculatura lisa e esquelética. Grandes populações desses receptores e músculos situam-se na 
região da cabeça e do pescoço. Os corpos celulares de neurônios medulares que recebem a 
informação sensorial de nervos cranianos ou que enviam o resultado motor estão reunidos em 
agregados, denominados, respectivamente, núcleos de nervos cranianos sensoriais ou motores. 
Os núcleos de nervos cranianos desempenham um papel importante nas funções de suporte à 
vida dos sistemas respiratório e cardiovascular e em aspectos da alimentação e vocalização. 
5.3. Ponte: contém os corpos celulares de uma grande quantidade de neurônios em uma cadeia de 
dois neurônios que retransmite informações do córtex cerebral ao cerebelo. Ele é importante para 
o movimento coordenado, preciso e uniforme, e para o aprendizado motor. Os núcleos de nervos 
cranianos da ponte desempenham papéis importantes no recebimento de informações sensoriais 
de toque facial e no controle motor da mastigação. 
5.4. Mesencéfalo: contém os colículos superior e inferior, que são importantes no processamento e na 
retransmissão de informações visuais e auditivas que entraram no cérebro em outros níveis. O 
mesencéfalo também contém núcleos de nervos cranianos que controlam diretamente o 
movimentoocular, induzem a constrição da pupila e, algumas regiões, coordenam movimentos 
reflexos oculares específicos. Cada região do tronco cerebral contém tratos de axônios que 
conduzem potenciais de ação para o cérebro anterior ou a partir deste, bem como outros que 
transportam potenciais de ação para a medula espinhal ou a partir desta. Cada uma das regiões 
também possui uma porção da formação reticular, um complexo de vários agrupamentos 
pequenos de corpos celulares (núcleos) e projeções axonais frouxamente organizadas, 
como uma rede, localizado junto à linha média. A formação reticular desempenha um 
papel importante na modulação da consciência, do despertar, da percepção da dor, dos 
reflexos espinhais, assim como no movimento. 
5.5. Diencéfalo: contém o tálamo e o hipotálamo, que são estruturas grandes compostas de vários 
subnúcleos. O tálamo é uma estação de retransmissão para o córtex cerebral e um modulador das 
informações que estão sendo passadas para o córtex a partir de sistemas sensoriais e de outras 
regiões do cérebro. O hipotálamo regula o sistema nervoso autônomo, controla a secreção 
hormonal da glândula hipófise e desempenha um papel importante em aspectos fisiológicos e 
comportamentais da homeostasia. 
5.6. Telencéfalo: é composto pelo córtex cerebral e uma pequena quantidade de estruturas subcorticais 
salientes, como os gânglios basais e o hipocampo. O córtex cerebral medeia as formas mais 
complexas de integração sensorial e a percepção sensorial consciente, como também formula e 
executa sequências de movimento voluntário. Os gânglios basais são uma coleção de núcleos que 
modulam as funções motoras do córtex cerebral e o hipocampo desempenha um papel importante 
na memória e no aprendizado espacial. Considerando a função deste, é fascinante que seja uma 
das poucas regiões do cérebro mamífero adulto onde nascem novos neurônios. 
6. Meninges e pelo Líquido Cefalorraquidiano (LCR) 
6.1. Todo o SNC é envolvido por três camadas protetoras denominadas meninges: a pia-máter, 
a aracnoide e a dura-máter. 
6.1.1. Pia-máter: a mais interna, situada junto ao SNC, uma camada única de células fibroblásticas 
unida à superfície externa do cérebro e da medula espinhal. 
6.1.2. Aracnóide: a camada média tem aspecto de teia de aranha, é uma fina camada de células 
fibroblásticas que aprisiona líquido cefalorraquidiano (LCR) entre ela e a pia-máter (no espaço 
subaracnóideo). 
 
 
6.1.3. Dura-máter: a camada mais externa das meninges, é uma camada mais espessa de células 
fibroblásticas, que protege o SNC. Na cavidade cerebral do crânio, a dura-máter geralmente é 
fundida com a superfície interna do osso. 
6.2. O líquido cefalorraquidiano (LCR): é transparente, incolor, encontrado no espaço subaracnóideo, 
no canal central da medula espinhal e no sistema ventricular do cérebro. O LCR é produzido 
principalmente nos ventrículos do cérebro; por gradiente de pressão, ele flui destes para o espaço 
subaracnóideo, onde embebe a superfície do SNC, e finalmente passa para o sistema venoso. É 
um líquido dinâmico, sendo substituído várias vezes ao dia. Como ele pode realizar trocas 
livremente com o líquido extracelular do SNC, é um importante controlador do microambiente 
neuronal, que remove resíduos metabólicos e fornece determinados nutrientes. Também pode 
servir como uma importante ferramenta diagnóstica para indicar infecção, inflamação ou atividade 
tumoral no SNC. O LCR também funciona como um absorvedor de choques para o SNC durante 
movimentos corporais abruptos. 
 
SIMPLICANDO: O sistema nervoso reúne informações sensoriais a partir de seu ambiente externo e interno; 
integram consciente ou inconscientemente essas diferentes informações para formular um plano de resposta; 
e produz um resultado final motor, que pode modificar o ambiente (externo ou interno) ou mantê-lo constante. 
As principais responsabilidades do SNP são reunir informações sensoriais e executar o resultado final motor, 
enquanto a atividade de integração é desempenhada principalmente pelo SNC. Essas mesmas funções 
ocorrem ao nível de cada neurônio, o principal elemento de construção do sistema nervoso. 
 
● Neurônio (Aula 05) 
Existem duas classes principais de células no sistema nervoso: o neurônio e a célula glial. O primeiro é a 
unidade básica funcional do sistema nervoso. Sua grande quantidade e interconexões explicam a 
complexidade do sistema nervoso. O suporte estrutural e funcional fornecido aos neurônios pelas células 
gliais e seu potencial para modular a comunicação neural constituem uma importante contribuição para a 
integridade operacional do sistema nervoso. 
1. Quatro Regiões Anatômicas Distintas dos Neurônios 
Um neurônio típico possui quatro regiões definidas morfologicamente: os dendritos, o corpo celular, o axônio e 
as terminações pré-sinápticas deste. Essas quatro regiões anatômicas são importantes para as principais 
atribuições elétricas e químicas dos neurônios: receber sinalizações de terminações pré-sinápticas de outros 
neurônios (nos dendritos); integrar essas sinalizações, geralmente contrárias (no segmento inicial do axônio); 
transmitir impulsos de potencial de ação ao longo do axônio e sinalizar uma célula adjacente a partir da 
terminação pré-sináptica. Essas funções são coletivamente análogas ao papel geral do sistema nervoso: 
reunir informações do ambiente, integrar tais informações e produzir um resultado que possa alterar o 
ambiente. 
1.1. Corpo celular: desempenha um papel importante na produção de proteínas essenciais para a 
função das células nervosas. O corpo celular normalmente dá origem a vários prolongamentos 
semelhantes a ramos, denominados dendritos, cuja área de superfície e extensão excede em 
muito a sua própria. 
1.2. Dendritos: funcionam como o principal aparelho receptor do neurônio, recebendo sinalizações de 
outros. Essas, normalmente de natureza química, interagem com proteínas especializadas 
(receptores) que se encontram nos dendritos. 
1.3. Axônio,: também de origem do corpo celular, é um processo tubular geralmente longo. Este é a 
unidade condutora do neurônio, transmitindo rapidamente um impulso elétrico (o 
potencial de ação) de seu segmento inicial, no corpo celular, até sua extremidade muitas 
vezes distante, na terminação pré-sináptica. 
 
 
1.3.1. Grandes axônios são envolvidos por um envoltório isolante, lipídico, chamado mielina. No 
sistema nervoso periférico, a mielina é formada pelas células de Schwann: células gliais 
especializadas, que envolvem o axônio de forma muito semelhante a papel higiênico em volta 
de um cabo de vassoura. Uma função similar é desempenhada no sistema nervoso central 
(SNC) por células gliais, denominadas oligodendrócitos. A bainha de mielina é interrompida, a 
intervalos regulares, por espaços chamados de nodos de Ranvier. Ela aumenta 
significativamente a velocidade de condução do potencial de ação ao longo do axônio. 
1.4. Terminações pré-sinápticas: são terminações especializadas ramificadas dos axônios próximos as 
suas extremidades. Quando o potencial chega rapidamente, essas terminações pré-sinápticas 
transmitem uma sinalização química para uma célula adjacente. O local de contato entre elas é 
denominado sinapse. Terminações pré-sinápticas contêm vesículas sinápticas cheias de 
transmissor químico, que podem liberar seu conteúdo na fenda sináptica. Asuperfície receptora 
das células pós-sinápticas contém receptores especializados para o transmissor químico liberado 
da terminação pré-sináptica. 
 
2. Potencial elétrico de repouso da membrana dos neurônios 
Os neurônios, assim como outras células do corpo, possuem um potencial elétrico, ou voltagem, que pode ser 
mensurado através de sua membrana celular (potencial de repouso da membrana). Entretanto, o potencial 
elétrico da membrana dos neurônios e das células musculares é excepcional, pois sua magnitude e sinal 
podem ser alterados comoresultado da sinalização sináptica de outras células ou podem ser modificados no 
interior de um órgão sensorial receptor, como uma resposta à transdução de alguma energia do ambiente. 
Quando a alteração no potencial da membrana de um neurônio ou uma célula muscular atinge o valor limiar, 
ocorre nesse potencial uma alteração adicional e drástica, denominada potencial de ação, que se move ao 
longo de todo o comprimento do axônio neuronal (ver discussão adiante). O potencial de repouso da 
membrana é o resultado da separação diferencial de íons carregados, especialmente sódio (Na+) e potássio 
(K+), através da membrana e da permeabilidade diferencial da membrana em repouso a esses íons, conforme 
eles tentam difundir-se de acordo com suas concentrações e seus gradientes elétricos. Embora a 
concentração líquida de cargas positivas e negativas seja semelhante nos líquidos intra e extracelular, um 
excesso de positivas acumula-se junto à face externa da membrana celular e um excesso de negativas junto à 
interna. Isso torna o interior da célula carregado negativamente em relação ao exterior. 
2.1. O potencial de repouso da membrana é resultado de três determinantes principais: 
2.1.1. A bomba Na+ e K+: As membranas celulares possuem uma bomba dependente de energia, 
que bombeia íons Na+ para fora da célula e traz íons K+ para dentro dela contra os seus 
gradientes de concentração. Isso mantém a distribuição diferencial de cada uma dessas 
espécies de íons carregados de um lado a outro da membrana, o que fundamenta sua 
capacidade de produzir uma voltagem através da membrana. A própria bomba faz uma 
pequena e direta contribuição para o potencial de membrana porque lança para fora da célula 
três moléculas de Na + a cada duas moléculas de K+ trazidas para dentro, concentrando assim 
cargas positivas do lado de fora. 
2.1.2. Uma espécie de íon irá deslocar-se em direção a um equilíbrio dinâmico se puder difundir-se 
através da membrana: Usando K+ como exemplo, a diferença de concentração através da 
membrana ativamente mantida pela bomba de Na+, K+ produz um gradiente de concentração, 
ou “força de direcionamento químico”, que tenta impelir passivamente o íon através da 
membrana, da alta concentração do lado de dentro da célula para a baixa, do lado de fora. Se 
o K+ pode difundir-se através de canais iônicos da membrana, o íon que sai deixará para trás 
uma carga negativa sem oposição (geralmente de macromoléculas de proteína carregadas 
negativamente, aprisionadas no interior da célula), estabelecendo assim um gradiente elétrico, 
ou “força de direcionamento elétrico”, que empurra o K+ de volta para dentro. Esses gradientes 
 
 
opostos finalmente produzem um equilíbrio dinâmico, embora ainda possa haver mais K+ no 
interior do que no exterior, bem como um desequilíbrio de carga de um lado a outro da 
membrana. Essa distribuição irregular de cargas em equilíbrio dinâmico produz uma voltagem, 
chamada de potencial de equilíbrio para aquele íon. Quando uma espécie de íon pode 
atravessar um canal na membrana, ele segue em direção a seu estado de equilíbrio e 
leva a voltagem através da membrana na direção de seu potencial de equilíbrio. 
2.1.3. Permeabilidade diferencial da membrana para difusão de íons: A membrana em repouso é 
muito mais permeável aos íons K+ do que aos Na+, porque nela existem mais canais de 
escape de K+ do que de Na+. Essa maior permeabilidade aos íons K+ significa que eles 
podem estar mais próximos do seu estado de equilíbrio dinâmico e do potencial de equilíbrio, 
em comparação com os Na+, que têm dificuldade para atravessar a membrana. Portanto, o 
potencial de equilíbrio para os íons K+, mais permeáveis, terá influência predominante sobre o 
valor do potencial de repouso da membrana, em comparação com o potencial de equilíbrio dos 
íons Na+, muito menos permeáveis. Portanto, o potencial de repouso da membrana de muitos 
neurônios de mamíferos é próximo do potencial de equilíbrio para os íons K+. 
EM RESUMO: Potencial de repouso da membrana é força que exerce nas membranas do corpo contrária ao 
movimento dos íons a favor do seu gradiente de concentração. 
 Composição iônica do corpo é diferente: Íons de Potássio(alta concentração dentro da célula); íons de 
Sódio e os íons cloro (alta concentração fora da célula). 
 Sobre esses íons é exercido duas forças: difusão(do local mais para menos concentrado) e potencial 
elétrico(força contrária ao gradiente de concentração). Os íons se concentram de forma diferente, com 
o passar do tempo essas forças vão gerar uma diferença de potencial elétrico e isso é o que determina 
o potencial de membrana em repouso. 
 O potássio é 100 vezes mais permeável que o Cloro e o Sódio. 
 Os íons não se equilibram com o passar do tempo por conta principalmente da bomba de sódio e 
potássio, na qual a bomba joga esses íons de forma contrária ao gradiente de concentração (para 
cada três sódios que sai, dois potássios entra). 
2.2. Sinalizações sinápticas de uma célula pré-sináptica que alteram o potencial de repouso da 
membrana 
Embora a maior parte das células do corpo tenha um potencial de repouso da membrana, os neurônios e as 
células musculares são excepcionais, pois seus potenciais podem ser alterados por uma sinalização sináptica 
a partir de outra célula. Um neurotransmissor liberado de uma terminação pré-sináptica de um axônio liga-se 
aos receptores na membrana pós-sináptica, resultando na abertura ou fechamento de canais iônicos seletivos 
e na alteração do potencial de membrana da célula pós-sináptica. Embora haja trilhões de sinapses no 
sistema nervoso, um sinal pré-sináptico pode alterar o potencial da membrana pós-sináptica de, basicamente, 
apenas duas maneiras: tornando-o mais negativo ou mais positivo (menos negativo). O tipo de alteração 
depende da natureza do receptor ativado pelo transmissor químico liberado pelas vesículas sinápticas da 
terminação do axônio pós-sináptico. A alteração no potencial de membrana pós-sináptico é chamada de 
potencial pós-sináptico. 
Quando uma transmissão química ao nível da sinapse leva a um potencial pós-sináptico mais positivo, em 
comparação com o nível em repouso (p. ex., de –75 para –65mV), diz-se que se trata de um potencial 
excitatório pós-sináptico (PEPS) (Figura 4-5, A). É chamado de “excitatório” porque aumenta as chances de 
que o limiar para o desencadeamento de um potencial de ação seja atingido no segmento inicial do axônio da 
célula pós-sináptica. Quando um PEPS modifica o potencial de membrana pós-sináptica para um valor mais 
positivo, diz-se que esta está despolarizada. Se a interação do transmissor químico com seu receptor 
apropriado na membrana pós-sináptica provocar a abertura de canais de Na+ (dependente de ligante), o 
resultado poderá ser a despolarização da mesma. A abertura permite que os íons Na+ se difundam pelo 
neurônio, à medida que começam a passar através da membrana em direção ao equilíbrio, movendo o 
 
 
potencial de membrana na direção do potencial de equilíbrio do sódio, mais positivo. Os canais iônicos que 
normalmente alteram sua condutividade em consequência da ligação de um neurotransmissor com um 
receptor são os dependentes de ligante ou quimicamente dependentes (Capítulo 1). 
Como o transmissor químico é rapidamente removido da sinapse, a alteração pós-sináptica é transitória, 
durando apenas alguns milésimos de segundo. Além disso, como a modificação no fluxo iônico resultante da 
ativação do receptor é limitada, a magnitude do potencial pós-sináptico geralmente é bem pequena (p. ex., 2 a 
3 mV). Entretanto, é maior na sinapse. Embora a despolarização se difunda pela membrana pós-sináptica, ela 
diminui com a distância a partir da sinapse onde se originou, assim como as ondas criadas por uma pedra 
atirada em um lago diminuem de tamanho a partir de onde a pedra caiu. 
Se, em vez disso, a interação entre o neurotransmissor pré- sináptico e o receptorpós-sináptico resultar na 
abertura dos canais de K+ quimicamente dependentes, os íons K+ se difundem, levando o potencial de 
membrana ainda mais para perto do potencial de equilíbrio destes (–90 mV). Essa alteração do potencial de 
repouso para um potencial de membrana mais negativo é chamada de hiperpolarização. A hiperpolarização 
da membrana pós-sináptica tem o nome de potencial inibitório pós-sináptico (PIPS) (Figura 4-5, B) porque 
cada uma dessas transmissões torna menos provável que um potencial de ação resulte no segmento inicial 
do axônio. A exemplo dos PEPSs, os PIPSs se difundem pela membrana do neurônio e a hiperpolarização 
diminui com a distância a partir da sinapse em que se originou. Deve-se notar que apenas dois dos efeitos 
mediados pelo receptor mediante canais de íon quimicamente dependentes, responsáveis por gerar PEPSs 
ou PIPSs, foram discutidos anteriormente. 
EM RESUMO: Para que um potencial de ação transmita sinais neurais é necessário que haja uma alteração 
abrupta na diferença de potencial(DDP). No momento em que chega um potencial de ação podemos ter duas 
situações distintas: 
 Potencial Excitatório pós-sináptico (PEPS): Neste caso ocorre a diminuição do potencial de 
membrana, fazendo com que esta fique extremamente permeável ao íon sódio. Com a entrada desse 
íon, o interior da célula passa a ter uma grande quantidade de cargas positivas fazendo com que a 
DDP desapareça e caminhe em direção á positividade. Quando se atinge o valor de -55mv diz-se que 
a membrana está despolarizada ou hipopolarizada. Essa despolarização resulta na interação do 
neurotransmissor químico liberado pelas vesículas pré-sinápticas com seus receptores no neurônio 
pós-sináptico. Os neurotransmissores liberados são inativados em milissegundos, Esta interação faz 
com que comportas de sódio fechadas se abram provocando um rápido influxo de sódio na célula 
subjacente deixando seu interior mais positivo desencadeando o potencial de ação. 
 Potencial inibitório pós-sináptico (PIPS): Se ao invés da abertura de canais de Sódio como no PEPS 
houver a abertura de canais de potássio, esse íon vai se difundir do interior da célula para o exterior. 
Dessa forma, vai provocar um aumento da DDP fazendo com que as possibilidades de desencadear 
um potencial de ação diminuam. 
3. Potenciais Graduados e Potenciais de Ação: 
3.1. Potenciais Graduados: são alterações de curta duração que acontecem em um determinado ponto 
da membrana do neurônio, não tendo na maioria das vezes intensidade (força) suficiente para 
despolarizar toda a membrana do neurônio e consequentemente para transferir este impulso para 
um neurônio adjacente. Quando isto ocorre, ou seja, este impulso percorre toda a extensão da 
membrana, há a geração de um potencial de ação. 
3.1.1. Excitatório: Pode ocorrer ou não Potencial de Ação. 
3.1.2. Inibitório: Não ocorre Potencial de Ação. 
3.2. Potencial de ação: é a maneira que determina células do corpo desenvolveram para mandar um 
estímulo. Tais células são chamadas de células excitáveis, que tem capacidade de sair de um 
potencial de repouso para um potencial de ação. Ex: células do tecido nervoso(nervos), células dos 
músculos, glândulas. O potencial é dividido em 3 fases depois do repouso: 
 
 
3.2.1. Despolarização: que é a fase ascendente dos gráficos no qual ocorre a abertura dos canais de 
sódio, o sódio é positivo e acaba deixando a célula mais positiva. Ou seja, inverteu o potencial 
de membrana em repouso. 
3.2.2. Repolarização: fase descendente dos gráficos na qual ocorre o fechamento dos canais de 
Sódio e abertura dos canais de potássio(a célula joga o potássio que tem carga positiva pra 
fora da célula, assim tendo um acúmulo de íons negativos dentro da célula), então ocorre a 
ativação das bombas de sódio e potássio para tirar o sódio que tá dentro da célula e colocar 
para dentro os potássios. 
3.2.3. Hiperpolarização: como o potássio é mais permeável, ele acaba saindo um pouco mais do que 
devia da célula, durante esse pequeno tempo acaba levando as cargas positivas para fora, 
deixando os seus pares negativos dentro da célula tornando o potencial mais eletronegativo. 
OBS: Limiar: estimulo mínimo que a célula precisa receber para que ela seja estimulada ao potencial de ação. 
 
● Sinapse (Aula 06) 
Os neurônios comunicam-se uns com os outros e com outras células do corpo, como as musculares ou 
secretoras. Usando os processos de geração do potencial de ação e de sua rápida condução pelo axônio até 
a terminação pré-sináptica, o neurônio pode notificar rapidamente suas terminações pré-sinápticas, 
geralmente localizadas distante do seu corpo celular, para iniciar a transferência de informações para outras 
células. Tal comunicação ocorre velozmente entre as células, com frequência de modo focal, em junções 
especializadas chamadas sinapses.A transmissão sináptica pode ser elétrica ou química. Nas sinapses 
elétricas, a corrente iônica flui diretamente entre as células pré e pós-sinápticas como o mediador para a 
emissão da sinalização. Embora essas, no sistema nervoso mamífero, pareçam mais amplamente distribuídas 
do que originalmente se acreditava, é mais frequente a transmissão sináptica ser mediada por um mensageiro 
químico. Este, liberado pelas terminações pré-sinápticas na chegada do potencial de ação, difunde-se 
rapidamente para a membrana celular pós-sináptica, onde se liga a receptores. Esta ligação inicia uma 
alteração na função pós-sináptica, normalmente gerando um potencial pós-sináptico. A sinapse química 
melhor entendida é a que ocorre entre o neurônio motor e uma célula musculoesquelética (fibra): a sinapse 
neuromuscular, também conhecida como junção neuromuscular. A comunicação sináptica na junção 
neuromuscular é basicamente similar à que ocorre entre neurônios, embora exista uma variedade maior nas 
características da transmissão sináptica de neurônio a neurônio. 
EM RESUMO: Sinapse é o tipo de comunicação pela qual as células do nosso corpo conseguem enviar sinais 
umas as outras. Essa comunicação acontece entre duas células nervosas e entre células nervosas e células 
efetoras( são células de resposta). São células não nervosas que respondem a estímulos. 
 Sinapse elétrica: É menos comum, mas de grande importância para o nosso funcionamento. Na 
sinapse elétrica a passagem do sinal acontece devido à abertura de canais de ligação entre as duas 
células, chamados de junções comunicantes ou simplesmente de junções do tipo GAP. Através 
desses canais que são proteínas transmembranares a informação se propaga na forma de um sinal 
elétrico, quer seja ele estimulatório ou inibitório, determinado pela abertura das proteínas e passagem 
do sinal (estimulatório) ou seu fechamento e não passagem do sinal (inibitório). A sinapse elétrica 
apresenta algumas características, tais como: propagação bidirecional, ou seja, o sinal vai nos dois 
sentidos, não presença de retardo sináptico o que torna a sua velocidade maior. Encontramos 
sinapses elétricas em várias regiões do sistema nervoso central e periférico. Tecidos como os 
músculos cardíacos e a musculatura lisa visceral usam essa sinapse para controle de suas ações. 
 Sinapse química: Na sinapse química temos a participação de uma substância chave nesse processo, 
chamada de neurotransmissor. Um neurotransmissor é uma substância química que ao se ligar ao seu 
receptor, numa ligação chamada “chave fechadura” específica, semelhante àquela encontrada nas 
enzimas promove a comunicação celular através de efeitos estimulatórios ou inibitórios. A liberação de 
um neurotransmissor acontece nas seguintes etapas: 
 
 
o O sinal ao se propagar pela membrana pré-sináptica induz a abertura de canais de cálcio 
(Ca2+) que tem alta concentração no meio extracelular. 
o O cálcio é um importante mensageiro químico intracelular e sua elevação no citoplasma das 
células promove a fusão da vesícula sináptica (quearmazena os neurotransmissores) com a 
membrana pré-sináptica. 
o A fusão vesícula e membrana provocam a exocitose da vesícula. Lembrem que exocitose é 
liberação de substância para fora da célula. Essa substância é o neurotransmissor. 
Uma vez o neurotransmissor na fenda sináptica, este se liga a seu receptor específico que por sua vez 
encontra-se na membrana pós-sináptica. Essa ligação irá alterar a permeabilidade dessa membrana a 
determinados íons e isso determinará se a sinapse será excitatória ou inibitória. Na sinapse química a 
entrada ou saída de determinados íons pode determinar sua excitação ou não. Após a liberação dos 
neurotransmissores na fenda e sua consequente ação, essas substâncias precisam voltar para a 
vesícula pré-sináptica através de um mecanismo chamado recaptação que nada mais é que o retorno 
do neurotransmissor a vesícula contida na membrana pré-sináptica ou algumas vezes serem 
destruídos através de ação enzimática. Uma dessas enzimas que destroem determinados 
neurotransmissores é a acetilcolinesterase que atua sobre a acetilcolina liberada em tecidos como o 
músculo esquelético. Outras enzimas importantes de destruição de neurotransmissores são feitas 
pelas enzimas COMT – catecol–o-metil transferase e MAO – monoamina oxidase que atuam sobre 
neurotransmissores adrenérgicos. 
 Determinados íons podem induzir estímulo ou inibição em uma célula. A entrada de íons na célula 
carregados positivamente (cátions) induz despolarização na membrana plasmática e isso é um evento 
inibitório. Geralmente a entrada de sódio (Na+) na célula induz seu estímulo. Outro íon que pode 
estimular as células é o cálcio (Ca2+) que também tem alta concentração extracelularmente. Os 
eventos inibitórios acontecem devido a hiperpolarização da membrana pós-sináptica que pode ser 
induzida pela entrada do cloro (Cl-) na célula ou pela saída do potássio (K+) do meio intracelular. 
Podemos pensar em excitação ou inibição através do fechamento de canais iônicos específicos 
também. Como a entrada de sódio e cálcio induz despolarização e consequente estimulação, o 
bloqueio ou fechamento desses canais podem levar uma célula a um estágio de inibição. Por outro 
lado, os bloqueios dos canais que induzem hiperpolarização como o cloro e o potássio podem tornar 
uma célula mais propícia à estimulação. 
 As sinapses entre neurônios podem ser de 4 tipos: 
o Axo Dendrítica: entre o axônio do primeiro neurônio com o dendrito do segundo neurônio. 
o Axo Axônica: entre os axônios do primeiro e segundo neurônio. 
o Axo Somática: entre o axônio do primeiro neurônio e o corpo celular do segundo neurônio. 
o Dendro Dendrítica: ntre os dendritos do primeiro e segundo neurônio. 
 Sinapse neuromuscular: o impulso nervoso (potencial de ação) sai do sistema nervoso central (Medula 
espinal) para disparar a contração nos músculos esqueléticos. A partir daí os potenciais de ação, 
percorrem o neurônio motor pós-sináptico até a fibra do músculo esquelético. O local onde o neurônio 
motor estimula a fibra muscular é chamado de junção neuromuscular, esse estímulo ocorre por uma 
sinapse química entre os terminais axonais do neurônio motor e a placa motora da fibra muscular. Os 
eventos da junção neuromuscular ocorre da seguinte forma: o potencial de ação percorre o neurônio 
motor até o seu terminal axonal, canais de cálcio voltagem dependente se abrem e o cálcio se difunde 
para dentro do terminal axonal, a entrada de cálcio estimula as vesículas sinápticas a liberarem a acetil 
colina através de exocitose, a acetilcolina se difunde para a fenda sináptica e se liga a receptores de 
acetilcolina que contém canais de cátions ativados por ligante, esses canais se abrem, íons de sódio 
entram na fibra muscular enquanto íons de potássio saem da fibra muscular (o maior maior fluxo de 
entrada de íons de sódio e o menor fluxo de saída de íons de potássio faz com que o potencial de 
membrana se torne menos negativo), quando o potencial de membrana atinge um limiar o potencial de 
 
 
ação é propagado pelo sarcolema, a neurotransmissão para a fibra muscular para quando a 
acetilcolina é removido da fenda sináptica, essa remoção ocorre da seguinte forma: a acetilcolina se 
afasta da placa motora, depois ele é quebrada pela enzima acetilcolinesterase em ácido acético e 
colina, a colina é então transportada para dentro do terminal axonal para novamente fazer a síntese de 
acetilcolina. 
3. Contração Muscular 
A contração muscular é o deslizamento da actina sobre a miosina nas células musculares, permitindo os 
movimentos do corpo. As fibras musculares contêm os filamentos de proteínas contráteis de actina e miosina, 
dispostas lado a lado. Esses filamentos se repetem ao longo da fibra muscular, formando o sarcômero 
(unidade funcional da contração muscular). A contração muscular ocorre da seguinte forma: 
 O cérebro envia sinais, através do sistema nervoso, para o neurônio motor que está em contato com 
as fibras musculares; 
 Quando próximo da superfície da fibra muscular, o axônio perde bainha de mielina e dilata-se, 
formando a placa motora. Os nervos motores se conectam aos músculos através das placas motoras; 
 Com a chegada do impulso nervoso, as terminações axônicas do nervo motor lançam sobre suas 
fibras musculares a acetilcolina(neurotransmissor); 
 A acetilcolina liga-se aos receptores da membrana da fibra muscular, desencadeando um potencial de 
ação; 
 Nesse momento, os filamentos de actina e miosina se contraem, levando à diminuição do sarcômero e 
consequentemente provocando a contração muscular. 
OBS: A contração muscular segue a "lei do tudo ou nada". Ou seja: a fibra muscular se contrai totalmente ou 
não se contrai. Se o estímulo não for suficiente, nada acontece. 
 
 Sistema Nervoso Autônomo (Aula 07) 
O sistema nervoso autônomo divide-se em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. De 
modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas). Um corrige os excessos do outro. Por 
exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático 
entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos 
intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos. 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO 
 
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO 
PARASSIMPÁTICO 
LUTA OU FUGA: ESTRESSE RESTAURAÇÃO OU MANUTENÇÃO: ESTADO 
DE REPOUSO. 
ORIGEM ANATÔMICA 
DAS FIBRAS: 
TRONCOLOMBAR ORIGEM 
ANATÔMICA DAS 
FIBRAS: 
CRANIOSSACRAL 
FIBRAS PRÉ- 
GANGLIONARES: 
CURTA FIBRAS PRÉ-
GANGLIONARES: 
LONGA 
FIBRAS PÓS- 
GANGLIONARES: 
LONGA FIBRAS PÓS-
GANGLIONARES: 
CURTA 
GÂNGLIOS (LOCAL): PRÓXIMO A MEDULA 
ESPIINHAL 
GÂNGLIOS (LOCAL): PRÓXIMO AO ÓRGÃO 
EFETOR 
 
1. Características/alterações Funcionais do SNAS: Aumento da frequência cardíaca; Aumento da pressão 
arterial; Relaxamento da bexiga; Desvio do fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos; 
Broncodilatação; Midríase (aumento da pupila); Aumento da glicemia; Ejaculação. 
 
 
2. Características funcionais do SNAP: Diminuição da frequência cardíaca; Diminuição da pressão arterial; 
Contração da bexiga; Relaxamento dos esfíncteres; Miose(diminuição da pupila); Broncoconstrição; 
Ereção (vasodilatação); Aumento das secreções. 
 
OBS: Sinapse Intermediária(SEMPRE): Neurotransmissor: Acetilcolina | Receptor: Nicotínico. 
Sinapse Final(SNAS): Neurotransmissor: noradrenalina | Receptor: alfa 1;alfa 2; beta 1; beta 2. 
Sinapse Final(SNAP): Neurotransmissor: Acetilcolina | Receptor: Muscarínico

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