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ACP. anulacao de eleicao Conselho Tutelar

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DA COMARCA __________________
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINS, no uso de suas atribuições institucionais e com base nos artigos 148, IV e 209, do ECA, de conformidade com os preceitos gerais da legislação civil e processual civil, especialmente daqueles previstos nas Leis Federais n. 8.069/90 e 7.347/85, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Em face de xxxxxxxx, brasileira, casada, Presidente do Conselho Municipal dos Direito da Criança e do Adolescente de _________, podendo ser encontrada na Prefeitura Municipal de _____________, pelas razões de fato e de direito que passa a expor:
COMPETÊNCIA DO JUÍZO:
01: Estabelece o Estatuto da Criança e do Adolescente que é competente o Juízo da Infância e Juventude para julgar todas as causas relativas à Infância e Juventude e, em especial, a ação civil pública para defesa de interesses difusos e coletivos, conforme se depreende da leitura dos artigos 148 e 209.
02: Com efeito, diz o artigo 148, IV, do ECA:
“A Justiça da Infância e Juventude é competente para conhecer de ações civis fundadas em interesses individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao adolescente, observado o disposto no art. 209.”
03: Diz o artigo 209 da mesma lei:
“As ações previstas neste capítulo serão propostas no foro do local onde ocorreu ou deve ocorrer a ação ou omissão, cujo Juízo terá competência da Justiça Federal e a competência originária dos Tribunais Superiores.”
LEGITIMIDADE:
04: O Ministério Público está legitimado a ajuizar ação civil pública em defesa dos direitos coletivos ou difusos de crianças e adolescentes, conforme o ECA, em seu artigo 201, que diz competir ao Ministério Público:
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos relativos à infância e adolescência...”
 VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
DOS FATOS:
05: Tendo em vista o término do mandato dos atuais Conselheiros que compõe o Conselho Tutelar, o Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente de ________________, convocou eleições para preenchimento dos cargos, realizou a eleição e apuração, marcando para o próximo dia ______________, sua posse, que será realizada no auditório da Secretaria Municipal de Educação de _____________);
06: Na data de _______________, a REQUERIDA, que até então não tinha comunicado ao Ministério Público qualquer providência quanto à referida eleição, compareceu na Promotoria de Justiça de posse do documento que ora anexamos, que denominamos de DOC. 02, convidando para a cerimônia de posse dos Conselheiros Tutelares, fato que causou surpresa, tendo em vista que o processo eleitoral realizado está nulo de pleno direito em razão da não participação e fiscalização do Órgão do Ministério Público dessa Comarca, o que é lamentável;
07: Como é sabido, compete ao Ministério Público a fiscalização de todo processo para escolha dos membros do Conselho Tutelar, conforme estabelece o artigo 139 da Lei n. 8.069/90, que diz:
“O processo para escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público” (O GRIFO É NOSSO). 
08: Portanto, sendo obrigatória a participação e fiscalização pelo Ministério Público, em virtude de lei, caberia à REQUERIDA, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, promover a intimação pessoal do Órgão do Ministério Público, sob pena de nulidade do processo eleitoral, conforme estabelece o artigo 84 do Código de Processo Civil, que por analogia deve ser aplicado ao presente caso. Vejamos:
“Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, a parte promover-lhe-á a intimação sob pena de nulidade do processo”
09: Como acima dito, em nenhuma fase do referido processo eleitoral o Órgão do Ministério Público foi intimado ou notificado para fiscalizá-lo, não tendo conhecimento de publicação do Edital Convocatório, quantos candidatos foram inscritos, pasmem, nem os nomes dos Conselheiros eleitos, sendo lembrado somente para participar da solenidade de posse;
10: Com efeito, estabelece o artigo 213 do ECA que: “Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação, ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento”;
11: Por outro lado, extrai-se do comando do § 1º, do citado dispositivo que “sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do procedimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citando o réu”;
12: Lecionando com muita propriedade acerca da matéria, Wilson Donizeti Liberati, em sua baluarte obra “COMENTÁRIOS AO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE” - ed. Malheiros - São Paulo - 2ª Edição - 1993 - página 188, ensina que “A medida liminar significa“ logo de entrada”, providência anterior que se opõe a uma medida que vem depois. No ensinamento de Adhemar Ferreira Maciel, “o juiz, quando concede a liminar, apenas se preocupa com a relevância do pedido e com o fato de que o direito do impetrante, quando reconhecido, possa cair no vazio” (...). Assim, as causas fundamentais que autorizam a concessão da medida liminar, na ação civil pública, estão baseadas no perigo de dano irreparável que a procrastinação da medida possa causar. Como ensina Pontes de Miranda, “a probabilidade é um elemento necessário; não se pode recear o que não é possível, nem mesmo o que dificilmente aconteceria. O grau do provável é examinado pelo juiz, mas, se ele mesmo tem dúvida, deve deferir o pedido de medida cautelar”.
13: Portanto, estão presentes todos os pressupostos que autorizam o deferimento da medida antecipatória de tutela, conforme estabelece o artigo 273 do Código de Processo Civil;
14: Ante o exposto, requer o Ministério Público:
a) O recebimento e autuação da presente ação;
b) LIMINARMENTE, “inaudita altera parte”, para determinar a SUSPENSÃO da nomeação e posse dos Conselheiros Tutelares eleitos no dia _________________;
c) A citação da REQUERIDA para apresentar, querendo, contestação no prazo legal;
d) A produção de todas as provas admitidas em Direito, incluindo documental e testemunhal, cujo rol será apresentado oportunamente;
e) A procedência da ação, com a confirmação da medida liminar e a ANULAÇÃO DA ELEIÇÃO para que outra seja realizada, desta feita com observância dos procedimentos exigidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
15: A presente demanda tem valor inestimável e não determina o recolhimento de custas ou honorários periciais (art. 219 do ECA).
Pede Deferimento.
________________, ______ de ____________ de 200 .
Promotor de Justiça
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