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6 TERRITORIO_SOCIEDADE_ESTADO_BAHIA

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185 
6 CARACTERÍSTICAS DO TERRITÓRIO E DA SOCIEDADE NO ESTADO DA 
BAHIA 
Este capítulo tem por objetivo apresentar informações sobre a localização do Estado da Bahia no 
Brasil, a formação de seu território ao longo de sua história, o quadro de seus recursos naturais, 
além de dados sobre sua população, suas atividades econômicas e a organização do seu espaço. 
6.1 LOCALIZAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA 
O Estado da Bahia está localizado na região Nordeste (Mapa 19), onde ocupa uma área de 
567.295 km2 e se abre para o oceano Atlântico numa extensão de 932 km. Limita-se a 
nordeste por Sergipe e Alagoas, ao norte por Pernambuco e Piauí, a oeste por Goiás e 
Tocantins e ao sul por Minas Gerais e Espírito Santo (Mapa 16 no capítulo anterior). 
MAPA 19 
A BAHIA NO BRASIL 
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Fonte: IBGE, 2000. 
6.2 A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DO ESTADO DA BAHIA18 
A Bahia foi o berço da nação brasileira, pois em Porto Seguro aportaram os portugueses da 
frota de Pedro Álvares Cabral, em 22 de abril de 1500. É possível que a nau mensageira 
enviada por Pedro Álvares Cabral para dar conta ao rei D. Manuel I das novas terras 
 
18
 Dados extraídos de SILVA et al.., 2000: ALMANAQUE, 2002. 
 
 
186 
descobertas tenha percorrido a costa da Bahia para o norte, a partir de Porto Seguro, antes de 
se lançar à travessia do Atlântico. 
Os primeiros registros da região de Salvador foram feitos pela expedição de 1501, enviada por 
D. Manuel para explorar a então chamada ilha de Santa Cruz. Américo Vespúcio, que 
participava da expedição, foi o primeiro a falar da baía a que chamaram "de Todos os Santos", 
por ter sido encontrada em 1o de novembro, dia de Todos os Santos. O nome "Bahia" iria 
estender-se ao território que se constituiu com as terras das capitanias doadas a Francisco 
Pereira Coutinho, Pero de Campos Tourinho, Jorge de Figueiredo Correia, D. Antônio de 
Ataíde e D. Álvaro da Costa. O Mapa 20 mostra como o Brasil foi dividido em grandes lotes 
chamados Capitanias Hereditárias e a localização da Capitania da Bahia de Todos os Santos. 
MAPA 20 
BRASIL – CAPITANIAS HEREDITÁRIAS 
0 1 50 3 00 4 50 k m
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Fonte: Silva et al., 2000 
O Brasil, até então praticamente improdutivo, reclamava uma forma eficiente de governo, o 
que Portugal tentou fazer através da implantação do sistema de capitanias, cedo malogrado. 
Para substituí-lo, deliberou D. João III instalar um governo-geral, com sede na Bahia, que, 
embora situada a distâncias desiguais dos extremos da costa ocupada pelos portugueses, 
oferecia boas condições para apoiar as outras capitanias, ministrar justiça e prover os 
 
 
187 
interesses da coroa portuguesa. 
Para cumprir essa política, foi nomeado Tomé de Sousa, que, de acordo com o regimento de 
17 de dezembro de 1548, deveria edificar uma fortaleza e povoação grande e forte num lugar 
conveniente. A Bahia é a primeira das capitanias hereditárias a se transformar em capitania 
real. Em 1549, o primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, construiu a cidade de 
São Salvador, na Baía de Todos os Santos, para ser a capital da colônia. Além de sede política 
e administrativa, funcionou como pólo de desenvolvimento econômico de toda a região, com 
açúcar, tabaco e algodão no século XVIII e tráfico de escravos até meados do século XIX. 
Com a colonização, a capitania da Bahia incorporou os territórios das capitanias de Ilhéus, 
Itamaracá e Porto Seguro. 
A partir da ocupação de Salvador e arredores, nos dois primeiros governos-gerais do Brasil, 
existiram distinções muito nítidas entre Salvador — e seu recôncavo — e o interior mais 
distante. Apesar das excelências do fundeadouro descoberto em 1501, os portugueses 
abandonaram-no nas duas primeiras décadas de existência da colônia, dando margem a que 
franceses ali negociassem com os indígenas. Em face desse abandono, explica-se a surpresa 
de Pero Lopes de Sousa, cuja viagem é de 1530, ao encontrar na Bahia o lendário Caramuru, 
que desde 1510 ou 1511, quando naufragara, vivia entre os selvagens. 
Não foi somente com boiadas e currais que se completou a incorporação dos sertões à Bahia, 
mas também com as guerras contra os índios amoipiras, acroás e paiaias. Após a primeira e 
segunda guerras contra os índios de Jaguaripe e Paraguaçu (1558 e 1559), concluiu-se a posse 
de Matuim e Passé. Além disso, as missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e 
dos frades de São Francisco e do Monte Carmelo muito contribuíram para as atividades 
civilizadoras, produtivas e constantes. Outro estímulo para o povoamento consistiu no 
descobrimento de ouro na serra de Jacobina. 
No século XVIII, quando da divisão da Bahia em quatro comarcas, as duas do sertão já 
possuíam 77.000 habitantes. Acompanhando, por um aspecto, a conquista do território, e 
correspondendo, por outro, à orientação de Portugal, ficaram caracterizadas quatro zonas de 
produção: 1) o Recôncavo, para a cana-de-açúcar; 2) Jaguaripe e Camamu, para a farinha de 
mandioca; 3) tabuleiros ou areais, para fumo e mandioca; 4) o sertão, para o gado. A principal 
característica da economia foi estar voltada para o mercado externo, com as terras da Bahia 
fornecendo matérias-primas e artigos da lavoura tropical, que interessavam à Europa. 
 
 
188 
Implantada sob os condicionamentos da economia mercantil, a economia de exportação teve 
como base o trabalho escravo. Desenvolveu-se, porém, de forma variada e complexa, com um 
elenco mais extenso e mais expressivo de artigos e produtos, como pau-brasil e outras 
madeiras, açúcar, algodão, fumo, ouro, couro cru, cachaça e farinha. 
O Mapa 21 mostra como evoluiu a ocupação do território da Bahia do Século XVI ao Século 
XIX. 
MAPA 21 
ESTADO DA BAHIA – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO 
Fonte: A tlas escolar, Bahia: espaço geo-histórico 
e cultural. João Pessoa: Grafset, 2000.
V E G E TA Ç Ã O N AT U R AL T IP O S D E U S O S P R E D O M INA N T E S
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4 6’ 4 4’ 4 2’ 4 0’ 3 8’
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4 6’ 4 4’ 4 2’ 4 0’ 3 8’
4 6’ 4 4’ 4 2’ 4 0’ 3 8’
4 6’ 4 4’ 4 2’ 4 0’ 3 8’
4 6’ 4 4’ 4 2’ 4 0’ 3 8’
 
Fonte: Silva et al., 2000 
 
 
189 
6.3 GEOGRAFIA FÍSICA DO ESTADO DA BAHIA 19 
6.3.1 Relevo, geologia e tipos de solos 
Aproximadamente 70% do território estadual se encontra entre 300 e 900m e 23% abaixo de 
300m de altitude. O quadro morfológico compreende três unidades: a baixada litorânea, o 
rebordo do planalto e o planalto. Constitui a baixada litorânea o conjunto de terras situadas 
abaixo de 200m de altitude. Erguem-se aí, dominando as praias e os areais da fímbria 
litorânea, terrenos de feição tabular, os chamados tabuleiros areníticos (Mapa 22). 
Para o interior, esses terrenos cedem lugar a uma faixa de colinas e morros argilosos, de solo 
espesso, relativamente fértil, sobretudo no Recôncavo, onde se encontra o famoso massapê 
baiano. Tanto a faixa das colinas e morros como a dos tabuleiros são cortadas 
transversalmente pelos rios que descem do planalto; ao longo deles estendem-se amplas 
planícies aluviais (várzeas) sujeitas a inundações que lhes renovam periodicamente os solos 
com a deposição de novos aluviões. 
O rebordo do planalto ergue-se imediatamente a oeste dos morros e colinas, formando uma 
faixa de terrenos muito acidentados, por meio da qual se ascende da baixada ao planalto. Ao 
norte de Salvador, o rebordo do planalto desaparece, pois a transição entre planalto e baixada 
se faz suavemente. O planalto ocupa a maior parte do estado e está dividido em cinco 
compartimentos bem individualizados: planalto sul-baiano, Espinhaço, depressão são-
franciscana, planalto ocidental e pediplano. 
O planalto sul-baiano, talhado em rochas cristalinas antigas, situa-se no sudeste do Estado. 
Sua superfície, com 800 a 900m de altitude média, apresenta-se suavemente ondulada, com 
amplos vales de fundo chato. Entretanto, o rio de Contas e o Paraguaçu abriram em seu seio 
profundos vales, dividindo-o em três seções: o planalto de Conquista, no sul; o de Itiruçu, no 
centro; o de Cruz das Almas, no norte. 
O Espinhaço consiste em uma faixa de terrenos elevados (1.300m de média e 1.850m no pico 
das Almas, seu ponto culminante) que corta o Estado da Bahia de norte a sul pelo centro. Sua 
superfície ora se apresenta como alinhamentos montanhosos (cristas quartzíferas), ora como 
elevações tabulares ou cuestas. Essas últimas predominam na porção oriental e setentrional, 
formando um amplo conjunto de formas suaves denominado Chapada Diamantina. 
 
19
 Dados extraídos de SILVA et al., 2000; ALMANAQUE, 2002; SEI. 
 
 
190 
MAPA 22 
ESTADO DA BAHIA – RELEVO 
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11’ 11’
9 ’ 9 ’
46’ 44’ 42’ 40’ 38’
 
Fonte: Silva et al., 2000 
A depressão são-franciscana estende-se a oeste do Espinhaço, com disposição semelhante, isto é, 
formando faixa de sentido norte-sul. Constituem-na terras de reduzida altitude (400m em média) e 
relativamente planas que, com suave inclinação, caem para o rio São Francisco. Ao longo dos 
vales de alguns afluentes do curso médio desse rio, especialmente dos rios Corrente e Grande, a 
depressão lança para oeste prolongamentos em forma de dedos. No fundo da depressão fica a 
planície aluvial do São Francisco, periodicamente inundada por suas cheias. 
O planalto ocidental, constituído de rochas sedimentares, ergue-se a oeste da depressão são-
franciscana, com uma altura aproximada de 850m. Seu topo regular imprime-lhe feição 
tabular e o caráter de extenso chapadão, a que se aplica o nome genérico de Espigão Mestre. 
 
 
191 
O pediplano compreende toda a porção nordeste do planalto baiano. Aí se desenvolvem 
amplas superfícies que se inclinam suavemente para o litoral, a leste, e para a calha do São 
Francisco, ao norte, com altitudes entre 200 e 500m. Esses terrenos exibem o modelado típico 
de clima semi-árido, observado em todo o sertão da região Nordeste: grandes planuras nas 
quais despontam, aqui e ali, picos e maciços isolados (inselbergs). Formam o subsolo dessa 
região rochas cristalinas antigas, com exceção de uma faixa de formações sedimentares, que 
do Recôncavo se projeta para o norte, dando lugar a uma série de chapadas areníticas também 
denominadas tabuleiros (Mapa 23). 
MAPA 23 
ESTADO DA BAHIA – GEOLOGIA 
FO NTE: SG M , 1994
GEOLOGIA SIM PLIFICADA
COBERTURA DETRÕTICA
TERC IO- QUATERN ¡ RIA
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SUPERGRUPO S O FRANCIS CO
BAC IAS SED IM ENTARES
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PROTEROZ” ICO M …DIO
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ROCH AS S IL ICICL¡ STIC AS
PREDOM INAN TES / VULC¬ NICA S F…LS ICA S
PROTEROZ” ICO IN FERIOR / ARQUEAN O
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TERRENOS GRA N ULÕTICOS
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60 0 6 0 1 20 1 80km
 
Fonte: SEI 
O Mapa 24 apresenta dados sobre os tipos de solos existentes no Estado da Bahia. 
 
 
192 
MAPA 24 
ESTADO DA BAHIA – SOLOS 
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SOLOS COM H ORIZO NTE B LATOS S” L ICO
SOLOS COM H ORIZO NTE B TEXTU RAL 
SOLOS COM H ORIZO NTE B ES P” DICO
SOLOS COM H ORIZO NTE B IN CIPIENTE OU C¬ M BICO
SOLOS COM H ORIZO NTE B N¡ TRICO
SOLOS POUCO D ESENVOLVIDOS
SOLOS DE M ANGUE
E SCALA 1 :6 .000 .000
60 0 60 120 180km
FONTE : EM BRA PA, SU DE NE, 1976 e 1977
46 44 42 
42 
40 
40 38 
38 
9 9 
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17 
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SALVADOR
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Guanam bi Brumado
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Paulo Afonso
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Barra
IrecÍ
Jacobina
Juazeiro
Ribeira do 
Pom bal
Teixeira de Frei tas
B R AS IL
 
Fonte: SEI. 
6.3.2 Recursos minerais 
Ao analisar o Mapa 25, pode-se constatar que os recursos minerais da Bahia são bastante 
variados, embora apenas alguns ofereçam possibilidades efetivas de exploração comercial, 
como o petróleo e o gás natural, recursos de que a Bahia é, respectivamente, o terceiro e 
segundo produtor nacional. A área de exploração é o Recôncavo baiano, onde se perfuram 
poços tanto na terra como no mar. Parte da produção é processada localmente, na refinaria 
 
 
193 
Landulfo Alves. Outras riquezas do subsolo são objeto de pesquisa e exploração: amianto, 
barita, berilo, columbita, cristal de rocha, magnesita, mica, chumbo, mármore, cromo, 
manganês, talco, diamante, titânio, urânio, vanádio e cobre. A mina de ouro de Morro do 
Vento, em Jacobina, começou a operar em 1983. 
MAPA 25 
ESTADO DA BAHIA – RECURSOS MINERAIS 
FO NTE: SG M , 1995
S N I T N A C 
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PEDRAS PRECIOSAS
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17 
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Bom Jesus da 
Lapa
Teixei ra de 
Frei tas
 
Fonte: SEI. 
 
 
194 
6.3.3 Clima, temperatura e precipitação média anual 
O mapas 26, 27 e 28 apresentam respectivamente os principais tipos de clima, a temperatura 
média anual e a precipitação média anual existente no Estado da Bahia. 
MAPA 26 
ESTADO DA BAHIA – PRINCIPAIS TIPOS DE CLIMA 
 
Fonte: Silva et al., 2000 
Três tipos climáticos se observam na Bahia: o clima quente e úmido sem estação seca, o clima 
quente e úmido com estação seca de inverno e o clima semi-árido quente, identificados no 
sistema de Köppen pelos símbolos Af, Aw e BSh, respectivamente. O primeiro domina ao 
longo do litoral, com temperaturas médias anuais de cerca de 23oC e totais pluviométricos 
superiores a 1.500mm. O segundo caracteriza todo o interior, com exceção da parte 
 
 
195 
setentrional e do vale do São Francisco. Apresenta temperaturas médias anuais que variam 
entre 18o C nas áreas mais elevadas e 22oC nas áreas mais baixas, e totais pluviométricos 
equivalentes a mil milímetros. O terceiro tipo climático é encontrado no norte do estado e no 
vale do São Francisco. As temperaturas médias anuais superam 24o C e mesmo 26o C, mas a 
pluviosidade é inferior a 700mm. 
MAPA 27 
ESTADO DA BAHIA – TEMPERATURA MÉDIA ANUAL 
 
Fonte: Silva et al., 2000 
O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (região semi-árida) 
e a baixa precipitação pluviométrica nela existente explicam porque essa região apresenta um 
menor nível de desenvolvimento do que as demais (Litoral e Oeste da Bahia). A barreira 
representada pelo clima adverso e pela escassez de chuvas na região semi-árida ao processo 
 
 
196 
de desenvolvimento econômico e social poderia ser superada com a adoção de políticas 
públicas apropriadas de combate à seca, fato esse que não ocorreu até o presente momento. 
MAPA 28 
ESTADO DA BAHIA – PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL 
 
Fonte: Silva et al., 2000 
6.3.4 Vegetação 
Perto de 64% do território baiano é revestido por caatingas, 16% por cerrados, 18% por 
florestas e 2% por campos. As florestas ocorrem na área litorânea e ocupam uma faixa de 
terra cuja largura varia entre 100km (no Recôncavo) e 250km (no vale do rio Pardo). No lado 
oriental apresentam-se como matas perenes, no centro como semidecíduas e no lado ocidental 
como decíduas agrestes (Mapa 29). 
 
 
197 
MAPA 29 
ESTADO DA BAHIA – VEGETAÇÃO 
REGI O DA SAVANA (CERRADO)
REGI O DA SAVANA EST…PICA (CAATINGA DO SERT O ¡ RIDO)
REF/ GIO ECOL” GICO
REGI O DA FLORESTA ESTACIONAL SEM IDECIDUAL (FLORESTA
TROPICAL SUBCADUCIF” LIA)
REGI O DA FLORESTA OM BR” FILA DENSA (FLORESTA TROPICAL
PLUVIAL)
REGI O DA FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL (FLORESTA
TROPICAL CADUCIF” LIA)
¡ REAS DAS FORM A« ’ ES PIONEIRAS COM INFLU NCIA M ARINHA
E FLUVIOM ARINHA (VEGETA« O DE RESTINGA E M ANGUEZAL)
¡ REAS DE TENS O ECOL” GICA (CONTATOS ENTRE TIPOS DE
VEGETA« O)
F O N T E : IB G E , 1 994
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13 13 
15 15 
17 
19 
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Bonfim
Barra
IrecÍ
Jacobina
Juazeiro
Ribeira do 
Pombal
Tei xeira de
 Frei tasBR A S IL
 
Fonte: SEI. 
A principal área de ocorrência de cerrados é o planalto ocidental. Outras manchas, pequenas, 
surgem em meio às áreas de caatinga. Os campos aparecem também no planalto ocidental, 
formando uma estreita mancha disposta no sentido norte-sul. As caatingas revestem todo o 
resto do estado, isto é, a maior parte de seu interior. Todos esses tipos de vegetação 
encontram-se hoje bastante modificados por interferência do homem. 
O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (região semi-árida), 
baixa precipitação pluviométrica nela existente e vegetação caracterizada pela caatinga 
explicam também porque essa região apresenta um menor nível de desenvolvimento do que as 
demais (Litoral e Oeste da Bahia). A barreira representada pelo clima adverso, pela escassez 
 
 
198 
de chuvas e pelas características da vegetação na região semi-árida ao processo de 
desenvolvimento econômico e social poderia ser superada com a adoção de políticas públicas 
apropriadas de combate à seca, fato esse que não ocorreu até o presente momento. 
6.3.5 Recursos hidrográficos 
Os rios da Bahia pertencem a dois grupos: o primeiro é integrado pelo São Francisco e seus 
afluentes. Entre esses últimos destacam-se os afluentes da margem esquerda, que nascem no 
planalto ocidental (Carinhanha, Correntes, Grande e seu afluente, o Preto). O segundo grupo 
compreende os rios que correm diretamente para o Atlântico (Mucuri, Jequitinhonha, Pardo, 
Contas, Paraguaçu, Itapicuru e Vaza Barris). Os dois grupos incluem, na região semi-árida, 
rios de regime intermitente (Mapa 30). 
MAPA 30 
ESTADO DA BAHIA – BACIAS HIDROGRÁFICAS E PRINCIPAIS RIOS 
4 2 40 3 8 
9 
11
3
1 5 
1
7
19
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4 2 4 0 38 
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Fonte: SEI. 
O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado da Bahia (região semi-árida) 
 
 
199 
e a baixa precipitação pluviométrica nela existente que contribuem para seu menor nível de 
desenvolvimento em comparação com as demais (Litoral e Oeste da Bahia) poderiam ser 
enfrentados pelo governo do Estado da Bahia com a adoção de políticas públicas apropriadas 
visando o aproveitamento racional dos recursos hídricos nela existentes. 
6.4 REGIÕES ECONÔMICAS DO ESTADO DA BAHIA 
O Estado da Bahia possui 15 regiões econômicas (Mapa 47 do capítulo 8) e 415 municípios20 
discriminados no Anexo A que apresenta dados sobre a população estimada, área e densidade 
demográfica, segundo as regiões econômicas e municípios do Estado da Bahia referentes a 
1999. O Mapa 31 apresenta a divisão político-administrativa do Estado da Bahia com a 
indicação dos limites geográficos de seus municípios. 
MAPA 31 
ESTADO DA BAHIA – DIVISÃO POLITICO-ADMINISTRATIVA 
4 2 4 0 38 
9 
11
3
1 5 
1
7
19
1
4 2 4 0 3 8 
9 
11 
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46 4 4 
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Fonte: SEI. 
 
20
 Incluindo-se dois municípios recentemente criados, totaliza 417. 
 
 
200 
6.5 POPULAÇÃO21 
No ano 2000, a população do Estado da Bahia correspondia a 13.066.910, a densidade 
demográfica era de 23,2 habitantes/km² e a taxa de urbanização foi de 67,1%. O crescimento 
demográfico entre 1991 e 2000 foi de 1,1% ao ano. A população da Bahia apresenta forte 
contingente de negros e mulatos, concentrados no Recôncavo, além de numerosos caboclos, 
que predominam no planalto. A distribuição populacional apresenta grandes contrastes 
regionais (Mapa 32). 
MAPA 32 
ESTADO DA BAHIA – POPULAÇÃO 1996 
0 a 5 .00 0
5 .00 1 - 1 0 .0 0 0
1 0 .0 0 1 - 20 .0 00
2 0 .0 0 1 - 50 .0 00
A c im a d e 50 .0 01
População de 1996, habitantes
Fonte: IBGE . Con tagem de População de 2000 
 
Fonte: IBGE, 1999. 
 
21
 Dados extraídos de SILVA et al., 2002; ALMANAQUE, 2002; SEI. 
 
 
201 
No Recôncavo e na região cacaueira registram-se densidades superiores a 100 habitantes por 
quilômetro quadrado. Já em amplas áreas do interior, o povoamento se torna escasso, caindo 
esses índices para cerca de 15 hab./km2 nos chapadões, na Chapada Diamantina e no sertão 
semi-árido (Mapa 33). 
MAPA 33 
ESTADO DA BAHIA – DENSIDADE DEMOGRÁFICA, 2000 
MAR AN HÃO
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1 .0 94,2 a 1 .892 ,4
10 2 ,2 a 18 2 ,6
51 ,0 a 97 ,8
20 ,0 a 49,3
10 ,0 a 19,9
1 ,0 a 9 ,9 71
10 8
15 0
50
23
10
2
17 .5 17,3
D e ns id ade D em o gráf ica (h ab /km )2 Q de d e M u nic íp io s
 
Fonte: SEI, 2000. 
Elaboração própria. 
 
 
202 
No Mapa 34 tem-se o tamanho da população das cidades do Estado da Bahia, destacando-se 
entre elas, Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana, Camaçari, Ilhéus, Itabuna, Vitória da 
Conquista, Jequié e Juazeiro. 
MAPA 34 
ESTADO DA BAHIA – POPULAÇÃO DAS CIDADES, 2000 
4 2 4 0 3 8 
9 
11
3
1 5 
1
71
4 2 4 0 3 8 
9 
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60 0 60 120 180km
 
Fonte: SEI, 2000. 
A análise do Mapa 34 permite constatar que alguns municípios (Salvador, Lauro de Freitas, 
Camaçari, Feira de Santana, Juazeiro, Jequié, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista e 
Barreiras) que possuem população acima de 120.001 habitantes concentram a maior parte da 
 
 
203 
população do Estado da Bahia o que se explica pelo fato de serem os municípios de maior 
dinamismo econômico. 
O Mapa 35 mostra que há predominância de população rural na maioria dos municípios do 
Estado da Bahia e o Mapa 36, que a maioria de seus municípios tem grau de urbanização 
inferior a 50%. Essa situação configura o atraso econômico e social em que se encontra o 
Estado da Bahia na maior parte de suas regiões. 
MAPA 35 
ESTADO DA BAHIA – PREDOMINÂNCIA DE POPULAÇÃO URBANA OU RURAL, 2000 
4 2 4 0 38 
9 
11
3
1 5 
1
7
19
1
4 2 4 0 3 8 
9 
11 
13 
15 
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Predominância de população urbana
Predominância de população rural
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O
 
Fonte: IBGE. 
 
 
204 
MAPA 36 
ESTADO DA BAHIA – GRAU DE URBANIZAÇÃO, 2000 
4 2 4 0 38 
9 
11
3
1 5 
1
7
19
1
4 2 4 0 3 8 
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ESCALA 1:6.000.000
60 0 60 120 180km
A cim a de 75%
51 a 75%
26 - 50%
A té 25%
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Fonte: SEI. 
6.6 ATIVIDADES ECONÔMICAS DO ESTADO DA BAHIA 22 
6.6.1 Agricultura e pecuária 
O principal produto agrícola da Bahia é o cacau, cultivado sobretudo para exportação. Sua 
área de cultura por excelência são as colinas e morros da região litorânea ao sul do 
Recôncavo, principalmente nos municípios de Ilhéus e Itabuna. A soja vem em seguida 
 
22
 Dados extraídos de SILVA et al., 2002; ALMANAQUE, 2002; portalbrasil@portalbrasil.eti.br 
 
 
205 
concentrando sua produção no oeste do Estado da Bahia. 
A produção de mandioca apresenta uma distribuição geográfica dispersa, que, de certa forma, 
reproduz a distribuição da população do Estado da Bahia. Produto básico da alimentação 
baiana e cultura pouco exigente quanto às condições ecológicas, é natural que acompanhe o 
homem onde quer que ele se instale. A área de maior concentração da produção é o 
Recôncavo, onde a mandioca, cultivada nos solos pobres sobre as formações areníticas, 
assume o caráter de lavoura comercial. No interior aparece geralmente como cultura de 
subsistência. 
O terceiro produto agrícola do Estado, o feijão, é cultura geograficamente dispersa, com 
características de pequena lavoura comercial e, também, de subsistência. O café se situa 
em quarto lugar, sendo sua produção localizada principalmente em Vitória da Conquista. 
A cana-de-açúcar vem em quinto lugar quanto ao valor de produção. Grande lavoura 
comercial ligada à agroindústria (usinas de açúcar), domina os ricos solos de massapê do 
Recôncavo. Surge também no interior do Estado integrada na pequena lavoura comercial, 
para a produção de aguardente e rapadura ou como simples cultura de subsistência. 
Seguem-se em ordem decrescente, por valor de produção, mamão, banana, mamona, 
algodão e laranja. 
A criação de gado de corte se faz em todas as regiões do Estado, mas observa-se um certo 
grau de especialização regional: de um lado, áreas de caatinga, voltadas para a reprodução 
dos rebanhos, e de outro, áreas de florestas do rebordo oriental do planalto, reservadas 
para a engorda dos animais provenientes das primeiras. A pecuária leiteira assume grande 
vulto na região de Itapetinga, e a produção estadual de leite é considerável. Áreas antes 
áridas, como Iaçu e Itaberaba, foram convertidas à pecuária graças à introdução de capins 
africanos. 
O Mapa 37 mostra as áreas de aptidão agrícola das terras e de pastagem do Estado da 
Bahia. Sua análise permite constatar que as áreas classificadas como boas para lavoura e 
pastagem são em menor número. Observando o semi-árido, percebe-se que existe grande 
número de áreas regulares para lavoura que poderiam ser mais bem aproveitadas se 
existissem políticas públicas eficazes de combate à seca e se se utilizasse a irrigação em 
larga escala. 
 
 
206 
MAPA 37 
ESTADO DA BAHIA – APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS 
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A L A G O A S
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42 
40 
40 38 
38 
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1 1 1 1 
13 13 
15 1 5 
17 
19 
APTID O BOA PARA LAVOURAS
APTID O REGULAR PARA LAVOURAS
APTID O BOA, REGULAR OU RESTRITA PARA PASTAGEM PLANTADA
APTID O RESTRITA PARA LAVOURAS
APTID O BOA, REGULAR OU RESTRITA OU SEM APTID O PARA
SILVICULTURA E/OU PASTAGEM NATURAL
SEM APTID O PARA USO AGRÕCOLA. INDICADO PARA PRESERVA« O DA
FLORA, FAUNA OU RECREA« O
B R A S IL
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60 0 60 120 180km
F O N TE : S U P L A N , 19 78
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 Frei tas
 
Fonte: SEI 
O Mapa 38 mostra os municípios onde predominam as lavouras permanentes e temporárias. 
Sua análise permite constatar que, próximo ao litoral, prevalecem as lavouras permanentes 
favorecidas provavelmente pelo regime pluviométrico e pela disponibilidade de recursos 
hídricos. 
 
 
207 
MAPA 38 
ESTADO DA BAHIA – PREDOMINÂNCIA DE LAVOURAS PERMANENTES E
 
TEMPORÁRIAS, 1995–1996 
 
Fonte: Silva et al., 2000 
6.6.2 Indústria de transformação 
As atividades industriais da Bahia, de pouca expressão no passado, desenvolveram-se bastante 
a partir da década de 1950 com a implantação da refinaria de Mataripe. Estado de tradicional 
estrutura agrária, a Bahia ocupa hoje no setor secundário considerável parcelade sua 
população economicamente ativa. Persistem, no entanto, numerosas indústrias de pequeno 
porte, de caráter artesanal, como as que produzem artigos de consumo sertanejo (rapadura, 
aguardente, farinha de mandioca). Entre as de maior porte, destacam-se a indústria química 
(inclusive refino de petróleo), petroquímica, metalúrgica, de produtos alimentares 
(especialmente usinas de açúcar), têxtil e de fumo. 
 
 
208 
Na década de 1960, o crescimento econômico baiano se acelerou com a criação do Centro 
Industrial de Aratu (cimento, metalúrgicas) e com a promoção da agricultura na bacia do São 
Francisco que, na década seguinte, passou a ser fomentada pela Companhia de 
Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). O posterior desenvolvimento 
industrial da Bahia centrou-se no Pólo Petroquímico de Camaçari, inaugurado em 1978. Na 
mesma época, o turismo também ganhava força como fonte de riqueza. Na década de 1990, a 
lavoura cacaueira do sul baiano, outro esteio econômico do Estado, foi prejudicada pela crise 
provocada pela disseminação da vassoura-de-bruxa, praga que provocou queda substancial na 
produção e muito desemprego, e pela queda dos preços do cacau no mercado internacional. 
MAPA 39 
ESTADO DA BAHIA – DISTRIBUIÇÃO DAS INDÚSTRIAS 
P I A U Í
P E R N A M B U C O
A LA G O A S
S 
E 
R 
G
 I 
P 
E
M
 A
 R
 A
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 H
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 O
T O
C
AN
TI
NS
G
 O
 I 
Á 
S
E S P ÍR IT O
S A N TO
M I N A S G E R A I S 
46’ 44’ 42’ 40’ 38’
17’ 17’
13’ 13’
15’ 15’
11 ’ 11 ’
9 ’ 9 ’
46’ 44’ 42’ 40’ 38’
O
C
E
A
N
O
 
 A
T
L
Â
N
T
I
C
O
S em indú s trias
1 - 50 in dús tr ia s
51 - 2 00 ind ús trias
20 1 - 800 in dús tr ias
1 .01 3 in dús tr ia s
4 .27 8 in dús tr ia s
0 30 60 90 km
 
Fonte: Silva et al., 2000 
 
 
209 
Concentra-se em torno de Salvador o grosso da produção industrial, sobretudo no Centro 
Industrial de Aratu, localizado na própria Região Metropolitana de Salvador, e no Pólo 
Petroquímico de Camaçari, um dos mais modernos do mundo. Além de Aratu e Camaçari, a 
Bahia conta ainda com o Centro Industrial do Subaé em Feira de Santana e o Centro Industrial 
de Ilhéus, dentre outros. Maiores detalhes sobre o processo de industrialização do Estado da 
Bahia serão apresentados no capítulo 7. 
Como pode ser visto no Mapa 39, a maior parte das indústrias do Estado da Bahia está 
concentrada sobretudo em Salvador, Camaçari e Feira de Santana. Por sua vez, o Mapa 40 
mostra que há uma concentração dos pólos e centros industriais do Estado da Bahia na RMS 
— Região Metropolitana de Salvador. 
MAPA 40 
ESTADO DA BAHIA – PÓLOS E CENTROS INDUSTRIAIS 
38 º 
9º 
11º
3
15 º5 
13 º
7º
19 º
1
4 2º44 º46 º
19 º
17 º
 4 0º 3º8º 
9º 
11º 
13º 
15º 
46º 44 º 42 º 
M é d io s c en t ro s in d u stria is 
D istr ito s in d u stria is 
N ú cle o s in d u str ia is S E I, 
Pó lo s in d u s tr ia is
Juazeiro
S ALVAD O R
COPEC
CIS
CIA
Ba rreiras
Ilhéus
 Itabuna
 Itapetinga
Eu nápolis
Mucuri
Jequié
Vitória da
C onquista
Alagoinha s
Po juca
Sã o Francisco do C onde
Brum ado
Valença
C ampo Form oso
Jaguarar i 
M A R A N H ÃO
P 
 
 
 
 
 
I 
 
 
A 
 
 
U Í
M I N
 
 
 
 
 A
 
 
 
 
 S
G
 
 
 
 
 E
 
 
 
 
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 A
 
 
 
 
 I
 
 
 
 
 S
A L A G O A S
ESPÍR ITO SAN TO
P
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N A M B U C O
G
 
 
 
 
 
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I 
 
 
 
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S
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I
N
S
S 
 
 
E 
 
 
R
 
 
 
G 
 
 
I 
 
P 
 
 
E
 
40 º
 
A tlas e scola r, Ba hia; espa ço geo-h istó rico e cu ltura l. 
João Pesso a: G rafset, 2 000 .
Fonte: S EI, 2 000. 
 
60 0 60 120 180km
O
C
E
A
N
O
 
 
 A
T
L
A
N
T
I
C
O
 
Fonte: Silva et al., 2000 
 
 
210 
6.6.3 Turismo 
Dentre as zonas e centros turísticos do Estado da Bahia, destaca-se todo o litoral como a área 
preferencial desse empreendimento (Mapa 41). 
MAPA 41 
ESTADO DA BAHIA – ZONAS E CENTROS TURÍSTICOS 
P I A U Í
P E R N A M B U C O
A L A G O A S
S 
E 
R 
G
 I 
P 
E
M
 A
 R
 A
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 H
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 O
T O
C
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G
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 I 
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S
E S P ÍR IT O
S A N T O
M I N A S G E R A I S 
C
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A
P
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D
A 
 D
I A
M
A N
T I
N A
CO ST A DO S
CO Q UEIR O S
CIRCU ITO
DO D IAM ANTE
CO ST A DO
DENDÊ
CO ST A DO
CACAU
CO ST A DO
DESC OB RIME NTO
CO ST A DA S
BALE IAS
B AÍA DE
TO D OS OS S AN TO S
BAÍA DE T O DO S O S SANT O S
CIRCU ITO
DO O URO
46’ 44’ 42’ 40’ 38’
17’ 17’
13’ 13’
15’ 15’
11’ 11’
9’ 9’
46’ 44’ 42’ 40’ 38’
O
C
E
A
N
O 
 
 A
T
L
Â
N
T
I
C
O
S AN TO A M A R O
C A C H O EIR A
S ÃO FÉL IX
S AL IN A S DA M AR GA R ID A
JA G UA RIP E
V ER A C R U Z
ITA PA RIC A
S ALVAD O R
S AU B AR A
S ÃO FR A N C ISC O 
D O C O N D E
M A DR E D E
D E U S
M A RA G O GIP E
U N A
C A N AVIE IR A S
B EL M O N TE
S AN TA C R U Z
C A B R Á L IA
P O RT O S EG UR O
P R A D O
A L C O BA Ç A
C A R AVE L A S
N O VA V IÇ O S A
M U C U R I
VA L EN Ç A
TA P E R OÁ
ITU B E R Á
IGR A P IÚ N A
C A M A M U
M A RA Ú
ITA C A R É
U R U ÇU C A
ILH ÉU SV ITÓ R IA D AC O NQ U IS TA
JA N D A ÍRA
E SP L A N A D A
E N TR E R IO S
M A TA D E S ÃO JO Ã O
C A M A Ç AR I
L A U RO D E F R EITAS
C A IR U
N ILO P EÇ AN HA
C O ND E
JU AZE IR O PA U L O AFO N S O
M O R R O D O C H AP É U
B AR R E IR AS IR A Q U A R A
S EA B R A
PA L M E IR A S
L E N ÇÓ IS
A N D AR A Í
ITA E T Ê
M U C U G Ê
P IATÃ
É R IC O C AR D O SO
R IO D O P IR E S
A BA ÍR A
R IO D E CO N TAS
L IV RA M E N TO D E
N O SS A S EN HO R A 
0 3 0 6 0 9 0 km
 
Fonte: Silva et al., 2000 
A Tabela 19 mostra a evolução do turismo em Salvador de 1980 a 1997. 
 
 
211 
Tabela 19 – Fluxo de Turistas – Número de estabelecimentos, vagas, hóspedes e alguns indicadores da 
rede hoteleira – Salvador – 1980–1997 
Hotéis 
classificados
Pensões, casas 
de hospedagem 
e hotéis não 
classificados
Brasileiros Estrangeiros Total Permanência 
média
Taxa de 
ocupação por 
leito
Taxa de 
ocupação por 
U.H.
1980 37 109 52.945 11.017 63.962 4,3 45,8 57,4
1981 38 120 189.318 19.707 209.025 3,9 43,7 55,0
1982 36 113 196.990 24.911 221.901 4,0 44,7 53,5
1983 36 105 215.834 35.226 250.660 3,6 44,5 53,2
1984 36 130 231.225 56.510 287.735 3,6 46,4 53,7
1985 41 148 240.084 65.651 305.735 3,7 47,4 53,0
1986 42 167 301.624 80.136 381.760 3,6 54,7 63,8
1987 44 168 269.875 73.557 343.432 3,6 48,9 56,4
1988 46 141 232.521 73.487 306.008 3,5 40,2 48,0
1989 47 141 256.870 69.217 326.087 3,4 41,4 50,2
1990 47 141 204.876 54.084 258.960 3,4 34,5 42,7
1991 46 141 226.967 69.695 296.662 3,5 35,5 44,0
1992 43 141 200.675 89.778 290.453 3,6 38,7 47,3
1993 42 165 211.995 105.089 317.084 3,8 45,8 53,4
1994 44 177 229.342 107.955 337.297 3,7 46,6 54,3
1995 42 189 255.932 86.931 342.863 3,6 43,1 54,1
1996 42 194 258.857 71.553 330.410 3,5 40,0 49,7
1997 41 201 277.587 61.497 339.084 3,3 39,0 50,2
Estabelecimentos Hóspedes Indicadores
Ano
 
Fonte: Bahiatursa, 1998. 
6.6.4 Energia Elétrica 
A energia elétricadistribuída na Bahia é predominantemente de origem hidráulica, oriunda do 
Sistema Interligado CHESF — Companhia Hidroelétrica do São Francisco, que cobre 8 
estados da Região Nordeste, exceto o Maranhão. Assim, a CHESF é o fator dominante na 
geração de energia elétrica para a Bahia, suprindo a COELBA — Companhia de Eletricidade 
da Bahia e a COPENE — Companhia Petroquímica do Nordeste, além de fornecer energia 
diretamente aos maiores consumidores industriais do Estado da Bahia. Com efeito, o sistema 
de geração da CHESF (composto por 14 usinas hidrelétricas e 2 termelétricas) tem potência 
nominal instalada da ordem de 10.705 MW. Nesse contexto, a geração hidrelétrica representa 
96% da potência total instalada da CHESF. 
De acordo com o Sistema de Informações Empresariais do Setor de Energia — SIESE, da 
Eletrobrás, a capacidade nominal instalada de geração de energia elétrica no Brasil e na região 
Nordeste é apresentada na Tabela 20. 
 
 
212 
Tabela 20 – Usinas hidráulicas e térmicas – Capacidade nominal instalada – MW -– Brasil, Nordeste e 
estado da Região – 1999–2000 
MW
Participação 
na Região NE 
%
MW
Participação na 
Região NE 
%
Bahia 5.397 50,2 5.397 50,2 -
Sergipe 3.000 27,9 3.000 27,9 -
Pernambuco 1.644 15,3 1.644 15,3 -
Alagoas 440 4,1 440 4,1 -
Piauí 235 2,2 235 2,2 -
Ceará 22 0,2 22 0,2 -
Maranhão 6 0,1 6 0,1 -
Paraíba 4 0,0 4 0,0 -
Rio Grande do Norte - - - - -
Região Nordeste em 
relação ao Brasil 10.748 16,8 10.748 15,9 -
Total – Brasil 63.816 100,0 67.713 100,0 6,1
Estados / Nordeste / Brasil
1999 2000
Variação % 
2000/1999 
 
Fonte: Eletrobrás, 2000. 
Nota – Exclusive estatísticas de auto-produtores. 
Vê-se que, em 2000, a Bahia foi responsável por 31,1% do consumo total de energia da 
Região Nordeste, equivalentes a 5% do consumo total nacional. A taxa de crescimento do 
consumo total na Bahia alcançou 6,9%, no período analisado, situando-se acima das médias 
brasileira e da Região Nordeste (Tabela 21). 
Tabela 21 – Consumo total de energia elétrica – Brasil, Nordeste e estados da Região – 1999–2000 
MW
Participação 
na Região NE 
%
MW
Participação na 
Região NE 
%
Bahia 14.376 30,4 15.361 31,1 6,9
Maranhão 8.041 17,0 8.265 16,7 2,8
Pernambuco 7.197 15,2 7.637 15,4 6,1
Ceará 5.792 12,2 5.916 12,0 2,1
Alagoas 3.342 7,1 3.387 6,8 1,3
Rio Grande do Norte 2.663 5,6 2.737 5,5 2,8
Paraíba 2.507 5,3 2.588 5,2 3,2
Sergipe 2.101 4,4 2.176 4,4 3,6
Piauí 1.315 2,8 1.390 2,8 5,7
Região Nordeste em 
relação ao Brasil 47.334 16,2 49.457 16,2 4,5
Total – Brasil 292.677 100,0 305.603 100,0 4,4
20001999
Variação 
2000/1999% Estados / Nordeste / Brasil
 
Fonte: Eletrobrás, 2000. 
Nota – Exclusive estatísticas de autoprodutores. 
 
 
213 
Tabela 22 – Consumo industrial de energia elétrica– Brasil, Nordeste e estado da Região – 1999–2000 
MW
Participação 
na Região NE 
%
MW
Participação na 
Região NE 
%
Bahia 7.236 33,3 7.906 34,7 9,3
Maranhão 6.174 28,4 6.312 27,7 2,2
Pernambuco 1.954 9,0 2.016 8,9 3,2
Alagoas 1.878 8,6 1.885 8,3 0,4
Ceará 1.718 7,9 1.796 7,9 4,5
Sergipe 959 4,4 1.023 4,5 6,7
Paraíba 854 3,9 892 3,9 4,4
Rio Grande do Norte 837 3,9 828 3,6 -1,1
Piauí 113 0,5 112 0,5 -0,9
Região Nordeste em 
relação ao Brasil 21.723 17,5 22.770 17,4 4,8
Total – Brasil 124.380 100,0 131.182 100,0 5,5
20001999
Variação 
2000/1999% Estados / Nordeste / Brasil
 
Fonte: Eletrobrás, 2000. 
Nota – Exclusive estatísticas de autoprodutores. 
Em 2000, a participação relativa da Bahia no consumo industrial de energia elétrica da 
Região Nordeste alcançou 34,7%, equivalentes a 6% do consumo industrial nacional 
(Tabela 22). 
Cabe observar que o Brasil e o próprio Estado da Bahia enfrentaram em 2002 problemas de 
racionamento de energia elétrica devido à insuficiência de investimentos para a expansão do 
sistema elétrico nacional. A falta de investimentos na expansão da capacidade geradora do 
sistema elétrico e do sistema de transmissão, associada à queda no nível de água dos 
reservatórios das usinas hidroelétricas devido à escassez de chuvas, contribuiu para que se 
materializasse o racionamento de eletricidade em todo o país. A falta de investimentos na 
expansão da capacidade geradora do sistema elétrico foi o resultado da equivocada política de 
privatizações das empresas estatais no contexto da política do governo federal de abertura da 
economia brasileira, conforme exposto no capítulo 4. 
O Mapa 42 e o diagrama de blocos (Figura 25) mostram respectivamente o sistema elétrico 
interligado do Brasil nas regiões Norte e Nordeste e o caminho que a energia elétrica percorre 
até as diferentes classes de consumidores no Estado da Bahia. 
 
 
214 
MAPA 42 
SISTEMA ELÉTRICO INTERLIGADO NO NORDESTE DO BRASIL 
 
Fonte: Brasil. Ministério das Minas e Energia. 
Estim ativa de Consum o Indus tria em 2000 : 9.000 GW h
62 2
1.37 5
R e sidê nc ia s
1 .9 76
503
Ind ús trias (n o re g istro da C O E LB A )
C o m ércio
Ilu m inaç ão pú b lica
Á gua , esgo to e s anea m en to
D e m a is
C O P E N E , c onsum o c a tivo
C o ns um o P ó lo
(G e rda u ,S ib ra , A lc an , C a ra íb a , C Q R
D o w, M ine ração C ara íba , S ch inca r io l)
577
1 .0 83
914
11 .044
4.67 3
2.30 3
3 .3 40
1 .0 40
C O P E N E
1.0 83
A UT O G ER A Ç ÃO
C O P E N E
C O E L B A
(P erda s e d ife renças :
127 8)
G ra ndes
C o ns um ido re s
Ind us tria is
C H E S F
16 .631
 
Elaboração própria.. 
Figura 25 – Estrutura da distribuição de energia elétrica na Bahia, 2000 
 
 
215 
6.6.5 Transporte 
O Mapa 43 mostra a distribuição espacial dos principais meios de transporte do Estado da 
Bahia, e as tabelas 23 e 24 apresentam respectivamente a extensão da rede rodoviária 
existente no Estado da Bahia de 1983 a 1998 e o declínio do movimento de passageiros e de 
cargas na rede ferroviária no Estado, de 1984 a 1997. 
MAPA 43 
ESTADO DA BAHIA – PRINCIPAIS MEIOS DE TRANSPORTE 
B
99
A -0
BR - 324
BR
-1
1 0
BR
-1
16
B R - 407
B A -0 52
B R -242
B A - 156
B A-14 2
B A
-1
6 0
BA
- 1
61
BA
-1
61
BR -13 5
B R -3 49
B R
-0
20
BA-
026
BR
-11
6
B R -
4 1
5
B R
-1
01
B R -03 0
P I A U Í
P E R N A M B U C O
A L A G O A S
S 
E 
R 
G
 I 
P 
E
M
 A
 R
 A
 N
 H
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 O
T O
C
AN
TI
NS
G
 O
 I 
Á 
S
M I N A S G E R A I S 
E S P ÍR IT O
S A N T O
P a u lo
A fo n s o
C u ra ç á
J u a z e iro
T u c a n o
C o n d e
A la g o in ha s
C a m a ç ar i
S a lv a do r
Va len ç a
F e ira de
S a n ta n a
J a c o b in a
S e n h or d o B o n f im
S e n to S éP ilã o A rc ad o
B a rraF o rm os a d o
R io P re to
X iq u e -X iq ue
Ire c ê
O u ro lâ nd ia
L e n ç ó is
B ru m ad o
C a e titéG u a n a m b i
B a rre i ras
S a n ta n a
C a r in ha nh a
M a lh a da
B o m J e s us
d a L a p a
S a n ta M ar ia
d a V i tó r ia
V itó r ia d a C o nq u is ta
J e q u ié
Ita c a ré
I lh é u s
U n a
C a n a v ie ira s
B e lm o n te
P o rto S eg u ro
E u n á po l is
P ra d o
C a ra v e la s
M u c ur i
Ib ira p oã
Ita n h é m
Te ix e ira
d e F re ita s
Ita b u n a
Ri
o 
 S
ão
 F
ra
n c
isc
o
R io
 S ã
o F
ran
cisco
O
C
E
A
N
O
 
 A
T
L
Â
N
T
I
C
O
BARRAGEM D E 
SO BRADINH O
BARRAGEM 
DE ITAPARIC A
0 3 0 6 0 9 0 km
A e ro p o rto
P o rto
R o d o v ia
F e rro v ia
O le o d u to
E te n o d u to
C id a de
46’ 44’ 42’ 40’ 38’
17’ 17’
13’ 13’
15’ 15’
11’ 11’
9’ 9’
46’ 44’ 42’ 40’ 38’
 
Fonte: Silva et al., 2000 
 
 
216 
Tabela 23 – Extensão da rede rodoviária por dependência administrativa da Bahia – 1983–1998 
Federal Estadual Transitória Estadual Municipal Federal
Estadual 
Transitória Estadual Municipal Total
1983 1.138 2.182 5.721 99.378 3.710 845 4.654 228 9.437
1984 1.102 2.156 5.569 99.378 3.710 924 4.696 228 9.558
1985 932 2.156 5.512 99.378 3.805 924 4.891 228 9.848
1986 1.043 2.114 5.518 99.378 3.717 966 5.034 228 9.945
1987 979 2.061 5.910 99.378 3.891 1.019 4.827 228 9.965
1988 810 1.964 5.853 99.378 4.127 1.023 4.927 228 10.305
1989 804 1.899 6.020 99.378 4.127 1.048 4.922 228 10.325
1990 804 1.899 6.020 99.378 4.127 1.048 4.922 228 10.325
1991 804 1.899 6.020 99.378 4.127 1.048 4.922 228 10.325
1992 802 1.812 5.510 99.378 4.121 1.128 5.854 228 11.331
1993 717 1.849 5.506 99.378 4.175 1.188 5.960 228 11.551
1994 ... ... ... ... ... ... ... ... ...
1995 692 1.849 5.506 99.378 4.243 1.188 5.960 228 11.619
1996 ... ... ... ... ... ... ... ... ...
1997 ... ... ... ... ... ... ... ... ...
1998 731 1.849 7.884 101.381 4.427 1.225 6.479 240 12.371
Não Pavimentada Pavimentadas
Ano
 
Fonte: SEI. 
Tabela 24 – Movimento de passageiros e carga transportada na rede ferroviária – Bahia, 1984–1997 
Suburbano Interior Total Combustível Outros Total
1984 6.274.921 41.792 6.316.713 315.817 1.315.960 1.631.777
1985 7.730.030 60.893 7.790.923 321.978 1.332.990 1.654.968
1986 6.800.478 67.512 6.867.990 340.770 1.608.960 1.949.730
1987 6.657.273 73.008 6.730.281 352.167 1.596.827 1.948.994
1988 4.987.884 68.782 5.056.666 323.056 1.429.908 1.752.964
1989 5.601.604 13.901 5.615.505 239.491 1.003.482 1.242.973
1990 4.902.511 - 4.902.511 322.178 1.160.481 1.482.659
1991 4.759.060 - 4.759.060 424.786 1.276.079 1.700.865
1992 1.779.668 - 1.779.668 349.019 821.907 1.170.926
1993 2.358.744 - 2.358.744 352.545 657.825 1.010.370
1994 1.882.397 - 1.882.397 365.676 717.897 1.083.573
1995 1.514.464 - 1.514.464 355.573 735.402 1.090.975
1996 1.211.078 - 1.211.078 359.615 668.604 1.028.219
1997 1.080.887 - 1.080.887 ... ... ...
Carga Transportada ( t ) Passageiros
Ano
 
Fonte: SEI. 
A principal rodovia pavimentada do Estado é a Rio-Bahia (BR-116), que corta o interior de 
sul para norte, passando por Vitória da Conquista, Jequié e Feira de Santana. Nessa cidade, a 
Rio-Bahia é interceptada por outra importante estrada pavimentada, que parte de Salvador em 
direção a Juazeiro-Petrolina. De Salvador para nordeste estende-se a BR-101, também 
pavimentada, que alcança Natal, no Estado do Rio Grande do Norte, em sua extremidade 
setentrional, depois de passar por Aracaju em Sergipe, Maceió em Alagoas e João Pessoa na 
Paraíba. Todas essas rodovias foram construídas pelo governo federal. 
 
 
217 
A rede ferroviária é constituída por três grandes ramos que partem de Salvador para nordeste, 
na direção de Sergipe; para noroeste, na direção do Piauí; para sudoeste, na direção de Minas 
Gerais. Com exceção dos trechos que cortam o Recôncavo e a zona da Mata sergipana, as 
linhas servem a áreas de baixa densidade demográfica e fraca atividade econômica. 
É importante destacar a precariedade em que se encontram as rodovias do Estado da Bahia, 
sobretudo as federais, devido à falta de manutenção, a queda vertiginosa na disponibilidade de 
linhas da rede ferroviária em operação, sobretudo após a privatização da Rede Ferroviária 
Federal, e o declínio no movimento dos portos existentes no Estado da Bahia. A precariedade 
da infra-estrutura de transporte vem comprometendo sobremaneira o desenvolvimento 
econômico do Estado da Bahia 
O Estado da Bahia possui dois grandes aeroportos, o de Salvador e o de Porto Seguro. O 
movimento de aeronaves, passageiros, cargas e correio no aeroporto de Salvador foi crescente 
nas décadas de 80 e 90 (Tabela 25). Possui também quatro portos: Aratu, Camamu, Ilhéus e 
Salvador. Em Madre de Deus, município de Salvador, funciona o terminal marítimo 
Almirante Alves Câmara, da Petrobrás, por onde se exportam petróleo bruto e produtos da 
refinaria Landulfo Alves. A Tabela 26 mostra o declínio nas décadas de 80 e 90 no 
movimento de navios e mercadorias pelos principais portos existentes no Estado da Bahia. 
Tabela 25 – Movimento de aeronaves, passageiros, cargas e correio no aeroporto de Salvador – 1984–1997 
Pouso Decolagem Embarcado Desembarcado Embarcada Desembarcada Embarcado Desembarcado
1984 20.260 20.261 577.609 498.762 3.921.816 7.467.963 2.403.479 96.118
1985 20.335 20.335 620.152 532.750 3.659.357 6.030.465 218.403 107.619
1986 22.908 22.908 805.875 666.843 5.842.732 8.620.584 291.979 120.843
1987 22.362 22.362 793.460 682.208 7.850.836 10.368.362 725.001 1.223.295
1988 23.322 23.322 781.848 699.018 5.793.200 10.893.136 3.842.559 7.210.391
1989 24.012 24.012 866.015 787.846 9.506.542 13.547.584 3.998.206 5.134.039
1990 24.772 24.772 828.601 745.166 9.114.567 11.349.397 2.439.211 6.086.009
1991 26.211 26.211 830.128 760.145 5.763.030 8.332.991 5.771.664 4.596.271
1992 22.937 22.937 720.248 627.104 4.609.247 7.192.785 6.246.527 4.567.946
1993 21.060 24.060 684.809 671.287 3.374.200 6.123.210 8.115.692 7.740.477
1994 26.426 26.426 697.842 769.960 4.369.523 9.345.025 8.470.925 6.998.724
1995 27.231 27.135 833.944 855.995 7.245.493 13.684.516 7.629.214 7.169.221
1996 27.847 27.593 760.561 801.341 6.845.693 12.139.414 7.503.918 6.016.730
1997 30.982 30.568 802.668 945.633 9.402.156 16.670.876 8.237.874 7.351.463
Correio (kg)
Ano
Aeronave Passageiros Carga (kg)
 
Fonte: SEI. 
 
 
218 
Tabela 26 – Movimento de navios e mercadorias por portos organizados – Bahia – 1984–1997 
Navios Exportação ( t )
Importação 
( t ) Navios
Exportação 
( t )
Importação 
( t )
1984 1.413 6.135.941 4.207.255 458 192.009 373.422
1985 1.332 5.285.221 5.458.425 495 280.024 417.838
1986 1.495 5.726.239 7.170.765 323 213.516 485.916
1987 1.556 5.724.734 7.126.358 289 246.784 448.403
1988 1.603 5.853.164 7.812.687 288 199.313 452.125
1989 1.522 5.858.448 7.961.770 212 214.916 455.553
1990 1.280 5.915.958 7.510.967 237 210.986 454.153
1991 1.189 4.577.215 6.942.515 199 179.133 378385
1992 1.167 5.411.660 8.076.107 175 170.635 312.033
1993 1.383 5.601.620 8.406.792 143 288.807 356.609
1994 1.288 5.193.546 8.444.111 161 562.609 394.055
1995 1.294 4.948.954 8.577.922 90 372.882 441.341
1996 1.309 4.989.310 9.883.553 72 151.511 270.912
1997 1.392 5.168.331 10.726.242 56 339.285 92.302
Navios Exportação ( t )
Importação 
( t ) Navios
Exportação 
( t )
Importação 
( t )
1984 1.164 946.266 485.459 3.035 7.274.216 5.066.136
1985 1.100 916.470 427.850 2.927 6.481.715 6.304.113
1986 925 677.386 592.700 2.743 6.617.141 8.249.381
1987 879 635.547 666.193 2.724 6.607.065 8.240.954
1988 990 775.160 465.602 2.881 6.827.637 8.730.414
1989 796 887.664 382.935 2.530 6.961.028 8.800.258
1990 844 959.717 479.157 2.361 7.086.661 8.444.277
1991 815 920.198 419.291 2.203 5.676.546 7.740.191
1992 991 1.348.716 408.764 2.333 6.931.011 8.796.904
1993 722 1.248.195 418.029 2.248 7.138.622 9.181.430
1994 652 1.520.207 451.270 2.101 7.006.362 9.289.436
1995 583 1.083.790 519.656 1.967 6.405.626 9.538.919
1996 534 1.087.469 547.043 1.915 6.228.290 10.701.508
1997 439 981.732 590.777 1.8876.489.348 11.412.321
Aratu Malhado
Ano
Ano
Salvador Total
 
Fonte: SEI. 
6.6.6 Telecomunicações 
Os principais aspectos a serem destacados na área de telecomunicações são, de um lado, o 
grande crescimento dos terminais em serviço com celulares e, de outro, a estagnação dos 
telefones em serviço fixo no período analisado. É possível que o uso de celulares tenha 
contribuído para a queda no uso de telefones em serviço fixo (Tabela 27). 
 
 
219 
Tabela 27 – Terminais e telefones em serviço, fixo e móvel celular – Bahia – 1983–1997 
Convencional Celular
1983 223.850 - 354.374
1984 242.732 - 389.731
1985 256.295 - 412.768
1986 270.408 - 450.744
1987 290.282 - 485.310
1988 308.899 - 519.399
1989 344.617 - 565.142
1990 392.682 - 610.553
1991 409.041 - 619.918
1992 430.985 - 598.299
1993 451.694 4.670 598.051
1994 476.554 29.322 609.201
1995 540.540 96.256 618.110
1996 636.544 157.900 610.802
1997 769.522 174.829 595.307
Terminais em serviço
Telefones em serviço fixoAno
 
Fonte: SEI. 
6.6.7 Mudanças na economia 
De perfil predominantemente agrícola no passado, a Bahia é atualmente um estado com uma 
importante indústria química e petroquímica. O Pólo Petroquímico de Camaçari é o grande 
responsável pela atual performance do Estado da Bahia no setor industrial. A indústria 
petroquímica baiana, responsável por grande parcela do PIB industrial, foi decisiva para que o 
Estado da Bahia apresentasse as empresas de mais elevada média de crescimento no Brasil em 
1999: 27,4%. Na lista das dez maiores empresas do Estado da Bahia, o Pólo Petroquímico de 
Camaçari incluiu quatro. Outro segmento que vem crescendo no Estado da Bahia é o turismo. 
Em Ilhéus, cresce o pólo de informática, e a montadora Ford já construiu sua planta em 
Camaçari que deverá atrair fornecedores de autopeças. A montadora Ford deixa de se instalar 
no Rio Grande do Sul e se instala na Bahia, atraída pelos incentivos fiscais oferecidos pelo 
governo do Estado da Bahia. Beneficiada também por incentivos fiscais, a empresa Monsanto, 
que produz transgênicos, implantou em Camaçari uma fábrica de herbicidas, com 
investimentos de 550 milhões de dólares. A unidade de Camaçari é a maior fábrica da 
multinacional fora dos Estados Unidos, mas a concessão de incentivos aos norte-americanos 
acirra a guerra fiscal entre os estados. 
 
 
220 
Com os investimentos realizados nos últimos 15 anos no Estado da Bahia surgiram pelo 
menos três novas áreas prósperas que se destacam das demais, as regiões do Baixo Médio 
São Francisco, Oeste e Sul do Estado da Bahia, que concentram grandes 
empreendimentos. As duas primeiras revelam potencial para atividades ligadas ao agro-
negócio, baseadas principalmente na agricultura irrigada, expondo os contrastes de um 
estado com dois terços de seu território no semi-árido. A terceira região, que dependeu 
durante anos do cacau, volta-se para o turismo e a produção de celulose. De 2000 para 
2001, a safra de cacau caiu de 159 mil toneladas para 139 mil. E o produto responde por 
apenas 5% das exportações baianas. 
Surgem também com força o algodão e o café, além da mamona, melancia, feijão e a 
pecuária. Entre os principais produtos agrícolas estão a cana-de-açúcar, a soja, a mandioca e o 
milho. A soja, principal produto agrícola do Oeste, apesar de safra recorde — fechada para o 
ano 2000 em 1,5 milhões de toneladas — , deixa de ser o centro das atenções dos agricultores, 
que apostam no milho. Surgem também com força o algodão e o café, além de mamona, 
melancia, feijão e a pecuária. 
Na pecuária, a criação de caprinos adapta-se às condições do semi-árido e traz bom retorno 
econômico. O Estado da Bahia tem o maior rebanho de cabras do país, com 3,4 milhões de 
animais em 1999. Na região semi-árida ainda são criados quase 3 milhões de carneiros e 
ovelhas, o segundo maior rebanho brasileiro. A criação de bovinos é a oitava do país e atinge 
10 milhões de cabeças. 
A análise detalhada de cada região e, sobretudo, dos focos dinâmicos e dos problemas 
mais críticos de desenvolvimento do Estado da Bahia e de suas regiões se encontra no 
capítulo 8. 
6.7 O ESTADO DA BAHIA E A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO 
As cidades principais (Mapa 44) do Estado da Bahia agem como verdadeiros pólos 
econômicos, sobretudo no sertão. São elas: Feira de Santana, na periferia do Recôncavo; 
Itabuna e Ilhéus, na região cacaueira; Jequié e Vitória da Conquista, no planalto; Porto Seguro 
no Extremo Sul; Barreiras no Oeste e Juazeiro à margem direita do São Francisco. 
 
 
221 
MAPA 44 
ESTADO DA BAHIA – HIERARQUIA URBANA 
42º 4 0º 38 º 
9º 
11 º
1 
1
19 º
1
17 º
4 2º40 º 4 0º 3 8 º 
9º
4 6º 4 4º
 
11º1 
 
1 5º 
 
MA RA NHÃ O
P 
 
 
 
 
 
I 
 
A 
 
 
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G
 
 
 
I 
 
P 
 
 
E
HIE RARA QU IA UR BAN A
Atla s esco la r, Bah ia ; espaço geo-h is tóri co e cu ltura l.
Jo ão P essoa: G ra fse t, 2000.
Fonte: S EI, 2000 ESCALA 1:6 .000 .000
60 0 60 120 180k m
O
C
E
A
N
O
 
 
 A
T
L
A
N
T
I
C
O
 
Fonte: Silva et al. 2000 
Além das funções de capital político-administrativa, de porto e de centro industrial, a cidade 
de Salvador desempenha o papel de metrópole regional para uma vasta área, que compreende 
quase todo o território baiano e ainda todo o estado de Sergipe e o extremo sul do Piauí. Do 
território estadual escapam à influência econômica de Salvador apenas pequenas áreas 
situadas nos extremos norte e sul, que são vinculadas a Recife, Rio de Janeiro e Belo 
Horizonte. Entretanto, sob sua ação direta se encontra apenas o Recôncavo (Mapa 45). 
 
 
222 
MAPA 45 
ESTADO DA BAHIA – RECÔNCAVO 
 3 8 °
3 8 °
1 3 °1 3 °
Lauro de Freitas
C am açari
S im ões F ilho
M ata de S .João
D ias D 'Á vila
C atu
P ojuca
A m élia
R odrigues
S .Am aro
S .Félix
Terra 
N ova
M aragog ipe
Itaparica
S ALVAD O R
Jaguaripe
Vera C ruz
C andeias
S aubara
S .Sebastião 
do PasséC achoe ira
S alinas da
M argarida
N azaré
A ra tuípe
M adre de
D eus
S .Francisco
do C onde
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AT
LA
N T
IC O
 
Elaboração própria 
6.8 SÍNTESE DOS DADOS REFERENTES AO ESTADO DA BAHIA 
Quadro 6 – Aspectos geográficos 
Área 564.273 km²
Relevo Planície no litoral, depressão a Norte e Oeste e planície no Centro
Ponto mais elevado Serra do Barbado (2.033,30 m
Rios principais São Francisco, Paraguaçu, Jequitinhonha, Itapicuru, Capivari, de Contas
Vegetação Floresta tropical, mangues litorâneos, caatinga e cerrado
Clima Tropical
Unidades de conservação 3.531 km² (junho./2001)
N.º de municípios 417
Municípios mais populosos
Salvador (2.440.828), Feira de Santana (481.137), Vitória da Conquista (262.585), Ilhéus 
(221.883), Itabuna (196.456), Juazeiro, (174.101), Camaçari (161.151), Jequié (147.115), 
Barreiras (131.335), Alagoinhas (129.617)
 
Fonte: Almanaque, 2002 e IBGE. 
Quadro 7 – Dados demográficos 
Total 13.070.250 (2000)
Densidade 23,2 habitantes/km² (2000). 
Crescimento demográfico 1,1% ao ano (1991-2000)
População urbana 67,1% (2000)
Domicílios 3.170.403 (2000)
Carência habitacional 503.468 (1998). 
Padrão de vida IDH de 0,6548 – 20ª posição no Brasil.
Acesso à água 68% (1999).
Acesso à rede de esgoto 37,2% (1999). 
 
Fonte: Almanaque, 2002 e IBGE. 
 
 
223 
Quadro 8 – Dados de saúde 
Mortalidade infantil 44,7‰ (2000).
Médicos 8,3 por 10 milhabitantes (ago./2001). 
Leitos hospitalares 2,3 por mil habitantes (1999). 
 
Fonte: ALMANAQUE, 2002. 
Quadro 9 – Dados de educação 
Matrícula na educação infantil 295.520 (74,2% na rede pública). 
Matrícula no ensino fundamental 3.726.074 (95% na rede pública) 
Matrícula no ensino médio 648.757 (92,1% na rede pública) (2001). 
Matrícula no ensino superior 73.785 (59,4% na rede pública) (1999). 
População com oito anos ou 
mais de estudo 24,9% (1999)
Analfabetismo 24,70%
Analfabetismo funcional 48,3% (1999) 
 
Fonte: Almanaque, 2002. 
Quadro 10 – Dados econômicos 
Composição do PIB Agropecuária: 15,4%; indústria: 36,7%; serviços: 52% (1999)
Participação no PIB nacional 4,40%
Renda per capita US$: 1.590 (1999)
Agricultura
Cana-de-açúcar (4.711.788 t), mandioca (4.247.881 t), soja (1.407.600 t), milho (1.121.716 t), 
feijão (348.027 t), sisal (158.474 t), guaraná (3.475 t), cacau (139.251 t), mamona (79.334 t), 
laranja (3.373.493.000 frutos), coco-da-baía (423.283.000 frutos) (preliminar junho./2001)
Pecuária Aves (25.895.149), bovinos (9.170.680), caprinos (3.464.308), ovinos (2.808.846), suínos (1.970.778) (1999)
Mineração
Pedra britada (2.335.109 m3), magnesita (241.991 t), talco (42.182 t), gás natural (1.860 
milhões m3), petróleo (2.728.882 m3), ouro (5.017.818 t), prata (320.193 t), cromo-cromita 
(121.187 t), cobre (85.792 t) (1999)
Indústria
Alimentícia, química e metalúrgica. Extrativa.: castanha-de-caju (2.568 t), umbu (8.955 t), 
fibras (88.568 t), piaçava (88.514 t), carvão vegetal (20.022 t), lenha (14.910.724 m3), 
madeira (1.939.735 m3), oleaginosos (6.003 t) (preliminar 2001)
Exportações Petroquímicos (28%), celulose e papel (15%), mineral metálico (12%), combustível (11%), 
soja (5%), cacau (5%), outros vegetais (8%)
Importações Nafta (25%), veículo automotivo (17%), sulfeto de cobre (12%), combustível (7%), petroquímicos (6%) (2000)
 
Fonte: Almanaque, 2002. 
Quadro 11 – Energia elétrica 
Geração 19.424 GWh
Consumo 15.361 GWh (2000)
 
Fonte: Almanaque, 2002. 
Quadro 12 – Telecomunicações 
Telefonia fixa 1.858,8 mil linhas
Celulares 1.460,6 mil (estimativa 2001)
 
Fonte: Almanaque, 2002. 
 
 
224 
Quadro 13 – Dados da capital – Salvador 
População 2.440.828 hab. (2000)
Malha pavimentada 70% (1999)
Vias urbanas iluminadas 80% (1999)
Automóveis 312.831 (1999)
Jornais diários 4 (2001)
Cultura e lazer Bibliotecas públicas (5), museus (8), teatros e casas de espetáculo (10), cinemas (25) (1999)
Data de fundação 29/3/1549
 
Fonte: IBGE, Almanaque, 2002. 
6.9 PRINCIPAIS CONCLUSÕES SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DO TERRITÓRIO E 
DA SOCIEDADE NO ESTADO DA BAHIA 
Pelo exposto neste capítulo, pode-se concluir que os recursos minerais do Estado da Bahia são 
bastante variados embora apenas alguns ofereçam possibilidades efetivas de exploração 
comercial, como o petróleo e o gás natural, recursos de que a Bahia é, respectivamente, o 
terceiro e segundo produtor nacional. A área de exploração de petróleo e gás natural é o 
Recôncavo baiano, onde se perfuram poços tanto na terra como no mar. Parte da produção é 
processada localmente, na refinaria Landulfo Alves. Outras riquezas do subsolo são objeto de 
pesquisa e exploração: amianto, barita, berilo, columbita, cristal de rocha, magnesita, mica, 
chumbo, mármore, cromo, manganês, talco, diamante, titânio, urânio, vanádio e cobre. 
O clima seco predominante na maior parte do interior do Estado (região semi-árida) e a baixa 
precipitação pluviométrica nela existente representa uma das explicações para o fato de a 
região semi-árida apresentar um menor nível de desenvolvimento do que as demais (litoral e 
oeste). A barreira ao processo de desenvolvimento econômico e social representada pelo 
clima adverso e pela escassez de chuvas na região semi-árida poderia ser superada, entretanto, 
com a adoção de políticas públicas apropriadas de combate à seca e o aproveitamento racional 
dos recursos hídricos nela existentes, o que não ocorreu até o presente momento. 
É no Recôncavo e na região cacaueira, onde são registradas as maiores densidades 
populacionais, que superam 100 hab./km2. Já em amplas áreas do interior, o povoamento se 
torna escasso, caindo esses índices para cerca de 15 hab./km2 nos chapadões, na Chapada 
Diamantina e no sertão semi-árido. Há predominância de população rural na maioria dos 
municípios do Estado da Bahia os quais têm grau de urbanização inferior a 50%. Essa 
situação configura o atraso econômico e social em que se encontra o Estado da Bahia na 
maior parte de suas regiões. 
 
 
225 
As maiores cidades do Estado da Bahia em tamanho da população são Salvador, Lauro de 
Freitas, Feira de Santana, Camaçari, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Jequié e Juazeiro. 
As cidades principais agem como verdadeiros pólos econômicos. São elas: Salvador no 
Recôncavo, Feira de Santana, na periferia do Recôncavo; Itabuna e Ilhéus, na região 
cacaueira; Jequié e Vitória da Conquista, no planalto; Porto Seguro no Extremo Sul; Barreiras 
no Oeste e Juazeiro à margem direita do São Francisco. 
A maior parte das indústrias do Estado está concentrada, sobretudo em Salvador, Camaçari e 
Feira de Santana e as áreas preferenciais de empreendimentos turísticos do Estado da Bahia 
estão situadas em toda extensão do litoral, sobretudo em Salvador e Porto Seguro. As áreas do 
Estado classificadas como boas para lavoura e pastagem são em menor número. Observando o 
semi-árido, percebe-se que existe grande número de áreas regulares para lavoura que 
poderiam ser mais bem aproveitadas se existissem políticas públicas eficazes de combate à 
seca e se se utilizassem água subterrânea e a irrigação em larga escala. 
O Brasil e a Bahia enfrentaram em 2002 problemas de racionamento de energia elétrica 
devido à insuficiência de investimentos para a expansão do sistema elétrico nacional. A falta 
de investimentos na expansão da capacidade geradora do sistema elétrico e do sistema de 
transmissão, associada à queda no nível da água dos reservatórios das usinas hidroelétricas 
devido à escassez de chuvas, contribuiu para que se materializasse o racionamento de 
eletricidade em todo o país, sobretudo no Nordeste. A falta de investimentos na expansão da 
capacidade geradora do sistema elétrico foi o resultado da equivocada política de 
privatizações das empresas estatais no contexto da política do governo federal de abertura da 
economia brasileira. 
É importante destacar a precariedade em que se encontram as rodovias do Estado da Bahia, 
sobretudo as federais, devido à falta de manutenção, a queda vertiginosa nas linhas da rede 
ferroviária em operação, principalmente após a privatização da Rede Ferroviária Federal, e o 
declínio no movimento dos portos existentes no Estado. A precariedade da infra-estrutura de 
transporte vem comprometendo sobremaneira o desenvolvimento econômico do Estado da Bahia.

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