Buscar

Conceitos de Alfabetização e letramento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sumário 
Introdução ------------------------------------------------------------------------------------------------2
Conceitos de Alfabetização e Letramento--------------------------------------------------------3
O que vem a ser uma boa prática de alfabetização--------------------------------------------4
Alfabetizar Letrando------------------------------------------------------------------------------------5
O Multiletramento no processo de alfabetização-----------------------------------------------6
O papel do professor alfabetizador no processo de transformação social---------------7
O ambiente alfabetizador------------------------------------------------------------------------------8
Compreendendo os Níveis de Alfabetização (Escrita) ----------------------------------------9
Propostas de trabalho com os níveis de escrita-----------------------------------------------13
Literatura Infantil---------------------------------------------------------------------------------------15
Gêneros textuais---------------------------------------------------------------------------------------15
Jogos Lúdicos------------------------------------------------------------------------------------------16
A música no processo de alfabetização da criança-------------------------------------------18
Conclusão -----------------------------------------------------------------------------------------------20
Bibliografia ----------------------------------------------------------------------------------------------21
 Introdução 
Alfabetização e letramento, são processos indissociáveis que devem caminhar juntos, sendo que alfabetizado é aquele aluno que conhece o código escrito, sabe ler e escrever.
Desse modo, letramento, designa a ação educativa de desenvolver o uso de práticas sociais de leitura e escrita em contextos reais de uso, inicia-se um processo amplo que torna o indivíduo capaz de utilizar a escrita de forma deliberada em diversas situações sociais.
Atualmente, estamos vivendo em uma sociedade, em que as crianças chegam à escola com diversos tipos de conhecimentos em relação à cultura letrada. É importante que o educador faça o uso da leitura e da escrita, utilizando diversos portadores de textos, que contenham diferentes gêneros textuais, como leitura de anúncios, revistas, jornais, realizações de bilhetes, cartas, para que assim a criança possa se interagir ao mundo letrado, logo no início de sua trajetória escolar.
O objetivo desse trabalho é compreender a importância do alfabetizar letrando e a necessidade em desenvolvê-las nas séries iniciais, além de identificar o papel que as práticas de letramento desempenham em relação aos indivíduos que iniciam a trajetória escolar.
Conceitos de Alfabetização e Letramento
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações, sendo chamada de alfabetismo a capacidade de ler, compreender, e escrever textos, e operar números. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, ressignificar e produzir conhecimento, todas essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral.
O processo de alfabetização pode acontecer a partir de outros suportes, como jornais e revistas, não ficando restrito apenas ao livro didático, para que as habilidades de leitura e escrita aconteçam dentro de situações reais de comunicação, sem falar na riqueza de imagens e diversidade de gêneros textuais que esses suportes apresentam, o que poderia contribuir com a visão crítica e cidadã dos envolvidos no processo de aprendizagem.
Letramento apresenta-se como um processo em que o ensino da leitura e da escrita acontece dentro de um contexto social e que essa aprendizagem faça parte da vida dos alunos efetivamente. As habilidades adquiridas na escola devem fazer parte das relações comunicativas dos indivíduos.
Letramento não significa necessariamente o resultado de ler e escrever. “É o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado da escrita” (SOARES, 2003). Como exemplo desse processo, podemos mencionar a leitura de uma história, feita pela mãe, para uma criança dormir; ou pela professora nas séries iniciais para os alunos. Essas crianças estão num processo de letramento, ou seja, estão convivendo com as práticas de leitura e escrita.
Enquanto a alfabetização ocupa-se da aquisição da escrita, o letramento concentra-se nos aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade (TFOUNI, 2006).
O que vem a ser uma boa prática de alfabetização
Para Caldeira e Zaidan, “a prática pedagógica é entendida como uma prática social complexa acontece em diferentes espaços/tempos da escola, no cotidiano de professores e alunos nela envolvidos e, de modo especial, na sala de aula, mediada pela interação professor-aluno-conhecimento” (CALDEIRA; ZAIDAN, 2010, p. 2).
Os educadores devem buscar práticas pedagógicas que oportunizem a construção do conhecimento.
No processo de alfabetização é necessário considerar o uso e as funções da escrita com base no desenvolvimento de atividades significativas de leitura e de escrita. É importante que a escola vá além dos textos escolares e apresente ao aluno textos de diferentes gêneros e usos sociais que damos a eles.
O professor deve propiciar alternativas favoráveis para que alunos possam superar eventuais dificuldades que apresentam. Diante disso, muitos professores questionam-se quanto ao que fazer. É necessário que haja um olhar voltado ao próprio processo de ensino aprendizagem na alfabetização e no letramento.
Emília Ferreiro no livro “Reflexões sobre alfabetização” afirma:
Os indicadores mais claros das explorações que as crianças realizam para compreender a natureza da escrita são suas produções espontâneas, entendendo como tal as que não são o resultado de uma cópia (imediata ou posterior). Quando uma criança escreve tal como acredita que poderia escrever certo conjunto de palavras, está nos oferecendo um valiosíssimo documento que necessita ser interpretado para poder ser avaliado. (2001, p.16).
A criança no processo de alfabetização/letramento tem sua maneira específica de conceber a leitura e a escrita, de acordo como ela interpreta a realidade. Segundo Emília Ferreiro o educador tem a oportunidade de utilizar-se de meios comuns e simples a fim de alfabetizar como por exemplo: explorar a leitura e a escrita naturalmente deixando o discente expressar o que conhece a respeito desse sistema gráfico. O docente, por sua vez, deve entender que o aluno aprende mesmo sem receber orientações da escola e que essa habilidade precisa ser interpretada corretamente por quem faz a educação. Enxergar as possibilidades e alternativas de aprendizagem pode ser a melhor forma de iniciarmos o extenso processo de alfabetização.
Alfabetizar Letrando
Soares (1998) argumenta que é possível alfabetizar letrando por meio de práticas de leitura e escrita, com materiais de qualidade como textos de jornais, revistas, literatura infantil, que substituam as velhas cartilhas que ensinam que ‘Vovô viu a uva’ em situações que as crianças, muitas vezes, nunca viram e ao menos comeram uma uva. A autora ressalta ainda “a importância do aluno ser alfabetizado em um contexto onde leitura e escrita tenham sentido. ”
O professor deve buscar um vocabulário que tenha realmente significado para a classe, isto é, que seja retirado das suas experiências. Atualmente, a cartilhanão é o recurso mais favorável à aprendizagem da leitura e da escrita, principalmente, porque não tem qualquer significado para o aluno e apresenta textos desconexos, apenas garantindo a “memorização das famílias silábicas. ”
Cabe à escola, desde a Educação Infantil, alimentar a reflexão sobre as palavras, observando, por exemplo, que há palavras maiores que outras, que algumas palavras rimam, que determinadas palavras tem “pedaços” iniciais semelhantes, que aqueles “pedaços” semelhantes se escrevem muitas vezes com as mesmas letras, etc.
Através de listas de palavras de um mesmo campo da semântica (brinquedos, jogos prediletos, comidas preferidas, personagens de livros e gibis, nomes dos alunos da classe, frutas, etc.) das parlendas e de outros textos, as crianças, hoje, podem ampliar suas concepções e progredir na aquisição da base alfabética, como na compreensão de outros aspectos (a grafia correta das palavras, o uso de sinais gráficos, etc.).
Não se trata de apresentar fonemas para que os alunos memorizem isoladamente os grafemas que correspondem a eles na nossa língua. Como o aprendizado do sistema de escrita alfabética é, acima de tudo, conceitual, o que é preciso é que os alunos possam manipular/montar/desmontar palavras: observando suas propriedades; quantidade e ordem de letras, letras que se repetem, pedaços de palavras que se repetem, e que tem som idêntico. 
O professor deve estimular o desenvolvimento das habilidades dos alunos de reflexão sobre as relações entre partes faladas e partes escritas, no interior das palavras.
O multiletramento no processo de alfabetização
O conceito de letramentos múltiplos é ainda um conceito complexo e muitas vezes ambíguo, pois envolve além da questão da:
[...] multimodalidade das mídias digitais, que lhe deu origem, pelo menos duas facetas: a multiplicidade de práticas de letramento que circulam em diferentes esferas da sociedade; e a multiculturalidade, isto é, o fato de que diferentes culturas locais vivem essas práticas de maneira diferente” (ROJO, 2009, p.26).
Nesse contexto, Rojo (2009) ressalta que promover a leitura e escrita na escola hoje é muito mais do que trabalhar com a alfabetização ou os alfabetismos “[...] é trabalhar com os letramentos múltiplos, com as leituras múltiplas” (p.32), ou seja, a leitura na vida e a leitura na escola, e que os conceitos de gêneros discursivos e suas esferas de circulação podem nos ajudar esses textos, eventos e práticas de letramento.
É enfocar, portanto, os usos e práticas de linguagens (múltiplas semioses), para produzir, compreender e responder a efeitos de sentido, em diferentes contextos e mídias. Trata-se, então, de garantir que o ensino desenvolva as diferentes formas de uso das linguagens (verbal, corporal, plástica, musical, gráfica, digital, etc) e das línguas (falar em diversas variedades e línguas, ouvir, ler, escrever) (ROJO, 2009).
Essas mídias, portanto, têm que ser incorporadas efetivamente, todas elas, tvs, rádios, essas mídias de massas, mas sobretudo as digitais incorporadas na prática escolar diária.
A ideia é que a sociedade hoje funciona a partir de uma diversidade de linguagens e de mídias e de uma diversidade de culturas e que isso têm que ser tematizadas na escola, daí multiletramentos, multilinguagens, multiculturas.
O papel do professor alfabetizador no processo de transformação social
O professor alfabetizador trabalha em um momento específico, especial e definidor da trajetória de seus alunos.
Ensinar os alunos a ler e a escrever é trabalhar com um leque de sensibilidades, culturas e relações com a escrita. Isso significa que um desafio a ser enfrentado pelo professor é o de promover o convívio e o trabalho com a diversidade e com a diferença. 
O professor alfabetizador precisa acreditar nas capacidades de aprendizagem de todos os seus alunos, independentemente de sua origem social, cultural, entre outros. Ele passou a ter como objetivo primordial garantir a aprendizagem da leitura e da escrita em um universo mais amplo. 
Ensinar é mais que passar informações, é compartilhar objetivos, tarefas, significados e conhecimentos. É preciso compreender como os alunos aprendem, aproximando-se dos conhecimentos que eles têm para poder ajudá-los a se aproximarem dos objetivos propostos.
O ambiente alfabetizador
Algumas vezes, o termo “ambiente alfabetizador” tem sido confundido com a imagem de uma sala com paredes cobertas de textos expostos e, às vezes, até com etiquetas nomeando móveis e objetos, como se esta fosse uma forma eficiente de expor as crianças à escrita. É necessário considerar que expor as crianças às práticas de leitura e escrita está relacionado com a oferta de oportunidades de participação em situações nas quais a escrita e a leitura se façam necessárias, isto é, nas quais tenham uma função real de expressão e comunicação. 
Com relação à estrutura de uma escola, percebemos que ela é composta por várias dependências e muitas têm disponíveis além das salas de aulas: pátios, quadra de esportes, laboratórios de informática, biblioteca, brinquedoteca, auditório, refeitório e muitos outros ambientes que às vezes apenas uma pequena minoria possua como: salão de jogos, piscinas, sala de músicas e danças, parque infantil que na maioria das vezes é somente para os alunos exclusivamente da educação infantil.
Cada uma destas citadas acima é destinada à sua funcionalidade e propósitos que fazem com que a escola caminhe para exercer seu papel na sociedade. E sendo assim, o espaço destinado à sala de aula por si só, nem sempre garante a aprendizagem significativa que tanto as crianças necessitam e é preciso analisar as possibilidades existentes ao redor e constatar que há condições da criança aprender em um espaço que até então não era visto para esta finalidade.
O espaço físico da escola deve ser explorado pelos professores para que as crianças interajam com formas diversificadas de vivências.
O ambiente da sala de aula deve ser propício a alfabetização não só porque são fixados cartazes com listas, quadrinhas, parlendas, letras de cantigas, ou dispõe de livros. O ambiente alfabetizador acontece quando se traz para a sala práticas de leitura e escrita. Dessa forma, o alfabetizando vai se constituindo como alguém letrado.
Deste modo, Moreira (2007) afirma que:
O ambiente de aprendizagem escolar é um lugar previamente organizado para promover oportunidades de aprendizagem e que se constitui de forma única na medida em que é socialmente construído por alunos e professores a partir das interações que estabelecem entre si e com as demais fontes materiais e simbólicas do ambiente (MOREIRA, 2007).
Que estes não sejam apenas salas rotineiras, espaços desinteressantes, mas que sejam atrativos e vise além do aspecto cognitivo, o social, o afetivo, o psicomotor.
COMPREENDENDO OS NÍVEIS DE ALFABETIZAÇÃO (ESCRITA)
NÍVEIS DE ESCRITA
Níveis de escrita
- Pré - silábico
- Silábico sem valor sonoro
- Silábico com valor sonoro
- Silábico – alfabético
- Alfabético
NÍVEL PRÉ-SILÁBICO
- Reconhecem que as letras desempenham um papel na escrita. Compreendem que somente com as letras é possível escrever;
- As crianças acreditam que para poder ler não podem haver duas letras iguais, uma ao lado da outra;
- A vinculação com a pronúncia ainda não é percebida;
- A ordem das letras na palavra não é importante;
- A escrita das palavras não é estável;
- Para que seja possível ler ou escrever uma palavra, torna-se necessária uma variedade de caracteres gráficos;
- As crianças de modo geral, exigem um mínimo de três letras para ler ou escrever uma palavra; - Relaciona a escrita do nome dos objetos com o tamanho dos mesmos, coisas grandes (nomes grandes), coisas pequenas (nomes pequenos);
- Utiliza letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
- Só a criança sabe o que quis escrever;
NÍVEL SILÁBICO SEM VALOR SONORO
- A criança percebe que é possível representar graficamente a linguagem oral;
- Conhecimento limitado das letrasdo alfabeto e de sua forma gráfica;
- Utiliza-se de letras que podem não representar os respectivos sons;
- Após escrever uma palavra acrescenta mais letras;
- Ainda nesta fase, pode escrever uma frase utilizando uma letra para cada palavra;
SILÁBICO COM VALOR SONORO
- Conhecimento da maioria das letras do alfabeto e de sua forma gráfica.
- Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
- Ainda acontece de escrever uma palavra e acrescentar mais letras;
- Também é possível que que escrevam uma frase utilizando uma letra para cada palavra;
NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO
- A criança descobre que a sílaba não pode ser considerada como unidade, mas que ela é composta por elementos menores – as letras
- Procura acrescentar letras à escrita da fase anterior (silábica);
- Grafa algumas letras completas e outras incompletas (com uma só letra por sílaba). Usa as hipóteses dos níveis silábico e silábico-alfabético ao mesmo tempo;
- Nesta fase a criança inicia a leitura independente de textos, palavras, dos livrinhos de literatura, entre outros portadores de textos;
- As crianças tem dificuldades na leitura e escrita de palavras que são iniciadas por vogais. Como saída, elas podem fazer a inversão das letras tanto na leitura como na escrita;
Silábico alfabético em transição para alfabético 
NÍVEL ALFABÉTICO
- Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;
- A criança consegue estabelecer uma vinculação mais coerente entre leitura e escrita;
- Ela concentra-se na sílaba para escrever;
- Surge a adequação do escrito ao sonoro;
- As unidades linguísticas (palavras, sílabas, letras) são tradas como categorias estáveis (antes não tinham para a criança nenhuma relação entre si);
- Escreve do jeito que fala (presença da oralidade na escrita);
- Leitura com imagem ou sem imagem;
- Surgem os problemas relativos à ortografia.
- Pode ainda não separar todas as palavras nas frases;
- As crianças atingem a hipótese alfabética quando compreendem que, na escrita, as letras combinadas representam os sons da fala e que a escrita obedece regras convencionadas socialmente. Alfabetizaram-se.
Propostas de trabalho com os níveis de escrita
NÍVEL PRÉ-SILÁBICO
- Iniciar com palavras significativas para ela (nome, rotina, objetos da sala…);
- Associações, agrupamentos, formas, quantidades, posição e ordem da letra inicial e final de palavras, com a finalidade de que a criança adquira um repertório de letras que permitam à ela escrever;
- Trabalhos em grupo para socialização e construção de conhecimentos;
- Jogos de bingo, memória, quebra-cabeça etc;
NÍVEL SILÁBICO COM E SEM VALOR SONORO
- Completar as palavras com sílabas iniciais, dando mais de uma possibilidade;
- Cruzadinhas com mais de uma alternativa para cada resposta;
- Trocar determinada letra de uma palavra, percebendo a formação de outra;
- Escrever a palavra colocando uma letra em cada quadradinho;
- Cruzadinhas;
- Jogos de dominó;
- Sílabas móveis;
NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO
- Completar lacunas em palavras e textos;
- Jogos variados com gravuras e palavras;
- Autoditado;
- Atividades com rimas, sons iniciais, finais e medianos das palavras;
- Formação de novas palavras, através da retirada de uma ou mais letras de uma palavra significativa ou dos próprios nomes das crianças;
NÍVEL ALFABÉTICO
Elaboração de frases;
- Reescrita de textos que saibam de memória;
- Ordenar as frases e palavras de um texto pequeno que saibam de memória;
- Ler os títulos das histórias que estão em uma lista;
- Localizar palavras dentro de um texto;
- Escrever um final diferente para uma história conhecida pela criança;
- Utilizar do dicionário;
- Escrever legendas em fotos, desenhos…;
Literatura Infantil
A literatura infantil pode e deve ser trabalhada em todos os níveis da escrita de diversas maneiras.
No processo de alfabetização e letramento a literatura infantil tem função educativa/ formativa, recreativa e pedagógica, a mesma deve ser trabalhada de forma lúdica e criativa, pois dessa forma a aprendizagem ocorrerá mais facilmente, despertando na criança o interesse pela descoberta, pelo mistério, pelo sonho, pela magia, e a interpretação/ reflexão, como também o gosto por criar e imitar personagens fictícios em reais, compreendendo símbolos e linguagens.
O livro de literatura infantil tem papel fundamental no início do processo da alfabetização/ letramento, sua função é formar e educar, e toda criança em processo de alfabetização pode e deve utilizar da literatura infantil para obter uma aprendizagem significativa e rica em conhecimento, pois os livros literários desenvolvem na criança a capacidade cognitiva da imaginação, da reflexão e da criatividade sobre os fatos históricos.
O objetivo específico é analisar a importância do processo literário no desenvolvimento da criatividade, da capacidade cognitiva e no desenvolvimento das habilidades motoras de ler e escrever.
Além do professor contar a história, as crianças podem criar e mudar o final da mesma, produzindo um texto por exemplo, criar novas histórias com os mesmos personagens, selecionar palavras da história, explorar as possibilidades de trabalhar a ortografia, gramática e vocabulário, de forma criativa e divertida, fazendo jogos com o significado das palavras, com antônimos e sinônimos, separação de sílabas, som das palavras, rimas etc.
Gêneros textuais
Os gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características.
Vários gêneros textuais podem ser trabalhados no processo de alfabetização, como: Receita, bilhete, convite, carta entre outros.
A criança aprende efetivamente quando relaciona o que aprende com seus próprios interesses”. (ROSSINI,2003)
Trabalhando a RECEITA em sala de aula
O uso do gênero textual prescritivo em sala de aula, no caso em estudo, a receita culinária, é adequado para o ensino de conteúdos importantes não apenas de linguagem, mas também conteúdos relacionados com a alimentação, hábitos familiares, desenvolvimento de habilidades de criação, etc.
As aulas que aqui serão propostas têm os objetivos de:
1) desenvolver a integração e a descontração entre os alunos;
2) explorar o conhecimento de mundo deles;
3) ampliar a capacidade escrita a partir de textos não-verbais;
4) fazer com que os alunos sejam capazes de decodificar o gênero receita;
5) desenvolver habilidades de inferências, extrapolação a partir do uso de imagens;
6) aprender a atuar nas situações de escolha em grupos
Jogos Lúdicos
Para Piaget, os jogos são atividades que facilitam a trajetória interna da construção da inteligência e dos afetos, no instante em que se detiverem a seguinte indagação: “como o conhecimento é obtido, ou seja, como é construída a habilidade do conhecer? ”. O mesmo ainda salienta que a atividade lúdica só poderá trazer a sensação de experiência plena para o todo do aluno quando da participação do mesmo, e como mais um recurso para a busca de um desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo.
A ludicidade pode ser utilizada como forma de sondar, introduzir ou reforçar os conteúdos, fundamentados nos interesses que podem levar o aluno a sentir satisfação em descobrir um caminho interessante no aprendizado. Assim, o lúdico é uma ponte para auxiliar na melhoria dos resultados que os professores querem alcançar. (BRASIL, 2007)
Se obtivermos como base pedagógica a compreensão dos jogos, podemos entender a sua acepção para a vida das crianças, na perspectiva de subsidiar o desenvolvimento integral.
O objetivo na utilização dos jogos e brinquedos em sala de aula é como objeto facilitador para a aprendizagem da criança. O jogo pode favorecer a socialização das crianças permitindo por meio das atividades realizadas a interação entre professore aluno e entre os próprios alunos.
Quebra-cabeça a importância dos jogos no processo da alfabetização
A agilidade supera qualquer força física neste jogo, que há muito é percebido por pais e especialistas como um aliado em educação que vai muito além de um simples brinquedo, uma mera fonte de entretenimento.
No processo de formação educacional e cognitiva de uma criança, percebe-se a importância dos quebra-cabeças no desenvolvimento físico, neurológico, psicomotor, capacidade de concentração, noção espacial, percepção visual e aumento de conhecimento sobre diversos assuntos. Alguns estudiosos afirmam, inclusive, que este brinquedo auxilia também em processos de amadurecimento e resolução de questões de cunho psicológico.
As crianças de modo geral sentem fascínio por quebra-cabeças. São atraídas pela beleza das cores, pela variedade das peças, pelo desafio de conseguir montar o que os quebra-cabeças propõem e pela dinâmica inerente à manipulação das peças.
Trabalhando com o jogo de quebra-cabeça alfabético no processo de alfabetização
Objetivos:
Reconhecer as letras do alfabeto;
Reconhecer a ordem alfabética;
Perceber os sons das letras e que as palavras são iniciadas com ela;
Estimular a aprendizagem;
Desenvolver a atenção e o pensamento lógico;
Desenvolver a coordenação motora e da possibilidade de dominar o corpo;
A música no processo de alfabetização da criança
A música como auxilio aprendizagem, deve exercer esse papel no desenvolvimento intelectual e motor da criança, realizando função fundamental na vida da mesma, estimulando em seu conhecimento.
Antes mesmo do processo de alfabetização, cada criança desenvolve a habilidade de se comunicar através de gestos e sons.
Dessa forma, é possível entender o quanto a música é fundamental durante esse período, pois é o início da integração do indivíduo à sociedade e, a partir daí, desenvolve-se a capacidade de percepção, memorização, criatividade e disciplina.
A música não é apenas uma associação de sons e palavras, mas um instrumento que desperta o indivíduo, sua mente e seu corpo para um processo de aprendizagem mais prazeroso.
A música transforma o ato de aprender em atitude de prazer no cotidiano do aluno e do professor.
Ela é capaz de desenvolver a percepção auditiva e, quanto maior for o exercício da sensibilidade para os sons, maior será a capacidade da criança para desenvolver sua atenção e memória.
Considerando a alfabetização como uma fase de extrema importância, fica fácil concluir que é muito mais gostoso e divertido aprender números e letras com ritmo, melodia e harmonia, visto que a educação pela música proporciona um processo educacional profundo e total.
No contexto escolar, a música tem a finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem, pois o educando aprende a ouvir de maneira ativa e refletida.
A música é um instrumento facilitador no processo de aprendizagem e o professor, sendo mediador de cultura no processo educacional, deve promover a música em sala de aula para que cada indivíduo seja produtor e reprodutor de cultura.
 
Música “A dona aranha”
O professor pode cantar e fazer diversas atividades relacionadas a música, como trabalhar a letra da música, fazendo com eles acompanhem com letra, ou uma produção de texto baseado na letra da mesma. O importante é aprender brincando e se divertindo.
Conclusão
A proposta de alfabetizar letrando constitui um desafio para o professor, pois requer mudanças significativas acerca que norteiam a prática pedagógica a partir do ensino da leitura e da escrita de forma mecânica e repetitiva, sustentada pelos métodos tradicionais das antigas cartilhas de alfabetização, desenvolvendo conteúdos fora das práticas sociais vivenciadas pelos alunos. E se queremos ter uma aprendizagem significativa temos que mudar esses antigos métodos em torno da alfabetização.
O educador tem um papel fundamental nessa mudança, ele deve ser mediador e considerar as necessidades de seus alunos, a bagagem de conhecimento, as vivências que cada um traz para o ambiente escolar, utilizando o lúdico como uma atividade complementar à “atividade pedagógica”, e não apenas como um momento de entretenimento, de distração para as crianças no recreio e, portanto, de “descanso” para os docentes.
Enfim, faz-se necessário uma educação escolar que priorize bases teóricas, como o Construtivismo, por exemplo, que levem em consideração o letramento e a alfabetização como processos e tragam novos sentidos para o ensino-aprendizagem.
Bibliografia 
ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola
Editorial, 2009.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. 26 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
 Programa educacional. O diário na escola. Disponível em:http://odiario.com/odiarionaescola/2012/07/02/especial-o-conceito-de-letramento-e-a-educacao-escolar/
Wikipedia. Alfabetização. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o. 
Universidade Brasil. Concepções de alfabetização: o que ensinar no ciclo de alfabetização.Disponível em: http://universidadebrasil.edu.br/portal/concepcoes-de-alfabetizacao-o-que-ensinar-no-ciclo-de-alfabetizacao
CALDEIRA, A. M. S; ZAIDAN, S. Prática pedagógica. 2010. Disponível em: <http://www.gestrado.org/pdf/328.pdf>.
Planeta Educação. Alfabetizar Letrando. Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1084
Educação e cultura. O PAPEL DO PROFESSOR E DO PROFESSOR ALFABETIZADOR. Disponível em: http://cristianevargas.blogspot.com.br/2011/10/o-papel-do-professor-e-do-professor.html 
Espaço Alfaletrar. Compreendendo os níveis de Alfabetização. Disponível em: https://espacoalfaletrar.blogspot.com.br/2013/05/compreendendo-os-niveis- Acesso em: 17 de novembro de 2017
Piaget. A importância da música. Disponível em: http://www.piaget.g12.br/a-importancia-da-musica/ .Acesso em: 17 de novembro de 2017

Continue navegando