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PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III Aula 2 - Desenvolvimento profissional do docente Introdução Nesta aula, abordaremos o desenvolvimento profissional como algo pessoal/individual, embora esteja conectado a diferentes coletivos: o da escola e o da universidade, por exemplo. A natureza/qualidade desses coletivos pode ser variada, e a adaptação, a comunhão, a repulsão, a interação ou a transformação ocorrem de acordo com o que o professor carrega consigo e o que efetivamente ele procura alcançar. Objetivos Proporcionar a vivência e análise de situações reais de ensino–aprendizagem em Matemática; Considerar criticamente os aspectos científicos, éticos, sociais, econômicos e políticos relacionados à prática docente; Capacitar o licenciando em Matemática a vivenciar e buscar soluções para obstáculos epistemológicos no contexto prático; Desenvolver no aluno uma postura investigativa e uma visão crítica, que possibilite compreender o espaço escolar como um local de pesquisa e reflexão; Reconhecer o desenvolvimento profissional como algo pessoal/individual, embora esteja conectado a diferentes coletivos: o da escola e o da universidade. O desenvolvimento profissional O desenvolvimento profissional é um processo reflexivo e contínuo, que se preocupa com as necessidades pessoais do professor. Pressupõe a aprendizagem ao longo de toda a carreira, em contextos diversificados, em que o professor assume um papel fundamental, sendo as suas potencialidades valorizadas. Muitos autores defendem que o conceito de desenvolvimento profissional não é equivalente ao de formação, uma vez que esta pressupõe a aplicação da teoria à prática e, em geral, ocorre de maneira estruturada. Processo de mudança de concepções (Guskey, 2002). No entanto, a formação pode contribuir para o desenvolvimento profissional dos docentes, desde que represente uma oportunidade para as suas necessidades individuais de aprendizagem. Com efeito, o professor é um agente importante para o seu próprio desenvolvimento, podendo, para isso, envolver-se em processos de reflexão e em um trabalho colaborativo – por exemplo, com investigadores educacionais. Para Guskey (2002), os professores mudam as suas concepções quando percepcionam que as mudanças PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III introduzidas nas suas práticas conduzem a resultados positivos nas aprendizagens dos alunos. Requisitos de transformação Nesse processo de mudança, Loucks-Horsley et al. (2003) menciona cinco requisitos para transformar as experiências de aprendizagem em desenvolvimento profissional. São eles: Elevado nível de conflito cognitivo Tempo suficiente e suporte Investigar sobre a sua própria prática Desenvolvimento de novas práticas Motivar os professores Modelo de desenvolvimento profissional Loucks-Horsley et al. (2003) propõem um modelo que possibilita a ligação entre os objetivos do desenvolvimento profissional e o currículo, os alunos e os professores. No centro do esquema, encontra-se uma sequência de ações que promovem o desenvolvimento profissional: analisar as perspectivas do professor sobre o ensino/aprendizagem de ciência e o currículo; analisar as aprendizagens dos alunos e outros dados; definir os objetivos; planejar; executar; avaliar. Analisar várias perspectivas No que respeita à análise das perspectivas do professor sobre o ensino/aprendizagem de ciência e o currículo, os autores consideram que se trata de uma ação muito importante, uma vez que possibilita diminuir o fosso entre a investigação educacional e as práticas dos professores. Estes últimos necessitam de novos conhecimentos e competências, bem como de mudar seus comportamentos e suas concepções, a fim de atender às novas sugestões. Efetivamente, fornecer aos professores um conjunto de ferramentas para a aquisição de PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III competências que os ajudem a desenvolver com seus alunos as estratégias propostas no currículo é um dos principais propósitos do desenvolvimento profissional. Analisar as aprendizagens A fase da análise das aprendizagens dos alunos e outros dados tem como finalidade identificar aspectos da aprendizagem que podem ser melhorados. No decorrer dessa etapa, é importante que a coleta de dados ocorra por meio de vários instrumentos. Os professores quando procedem à análise dos dados precisam estar atentos de que os mais relevantes: os demográficos sobre os alunos e professores; os relacionados com os objetivos definidos no currículo; os das aprendizagens dos alunos, dissociados de raça, linguagem, fatores econômicos e características sexuais; os referentes à prática e às oportunidades de aprendizagem dos alunos; e os relacionados com o seu desenvolvimento profissional e a cultura da escola em que estão inseridos. Definir objetivos A definição dos objetivos depende do estágio anterior, considerando os autores quatro objetivos para o desenvolvimento profissional: 1. Objetivos para a aprendizagem dos alunos; 2. Objetivos para a aprendizagem do professor; 3. Objetivos para a prática do professor; 4. Objetivos para a organização, como a formação de comunidades de prática. Planejar Na fase do planejar, revela-se importante que o professor tenha em conta quer os problemas que identifica na sua prática, quer suas concepções e seus conhecimentos. Durante o planejamento, o docente não pode esquecer o contexto em que leciona. Além disso, é fundamental refletir nas estratégias de ensino que usará com os alunos em sala de aula. Executar A fase do executar corresponde à implementação do plano concedido. Ela constitui a base da mudança, uma vez que os professores precisam experimentar para obter uma nova compreensão sobre o processo ensino/aprendizagem. Atividades Propostas 1. Loucks-Horsley et al. (2003) propõem um modelo com diversas fases que possibilita a ligação entre os objetivos do desenvolvimento profissional e o currículo, os alunos e os professores. A ___________________________ depende da fase anterior, considerando os autores quatro objetivos para o desenvolvimento profissional: objetivos para a aprendizagem dos alunos; objetivos para a aprendizagem do professor; objetivos para a prática do professor; e objetivos para a organização, como a formação de comunidades de prática. A) Fase da análise das aprendizagens; B) Fase da definição dos objetivos; C) Fase do planejamento; D) Fase da memorização; PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERV. III E) Fase da decoreba. 2. Loucks-Horsley et al. (2003) propõem um modelo com diversas fases que possibilita fazer a ligação entre os objetivos do desenvolvimento profissional e o currículo, os alunos e os professores. Na ___________________________, revela-se importante que o professor tenha em conta quer os problemas que identifica na sua prática, quer suas concepções e seus conhecimentos. É fundamental, nessa fase, que o professor reflita sobre as estratégias de ensino que usará com os seus alunos em sala de aula. A) Fase da análise das aprendizagens; B) Fase da definição dos objetivos; C) Fase do planejamento; D) Fase da memorização; E) Fase da decoreba. 3. Loucks-Horsley et al. (2003) propõem um modelo com diversas fases que possibilita a ligação entre os objetivos do desenvolvimento profissional e o currículo, os alunos e os professores. A ___________________________ dos alunos e outros dados tem como finalidade a identificação de aspectos da aprendizagem que podem ser melhorados. No decorrer desta fase, é importante que a coleta de dados seja efetuada através de vários instrumentos. A) Fase da análise das aprendizagens; B) Fase da definição dos objetivos; C) Fase do planejamento; D) Fase da memorização; E) Fase da decoreba. Resumo do conteúdo Nesta aula, você: Compreendeu que o desenvolvimentoprofissional é um processo reflexivo e contínuo, que se preocupa com as necessidades pessoais do professor; Aprendeu cinco requisitos para transformar as experiências de aprendizagem em desenvolvimento profissional; Verificou um modelo que possibilita a ligação entre os objetivos do desenvolvimento profissional e o currículo, os alunos e os professores.
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