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Avaliação do cronograma físico-financeiro em duas unidades habitacionais financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida no município de Sinop-MT: um estudo de caso Evaluation of physical and financial schedule in two housing units financed by Minha Casa, Minha Vida program at Sinop-MT: a case study Daiane Müller¹, Silvia Romfim² Resumo: O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) visa construir três milhões de unidades habitacionais que devem conciliar qualidade com custo e tempo reduzidos. A Caixa Econômica Federal (CEF) é uma das principais instituições de crédito que financiam o programa MCMV. O cronograma físico-financeiro é um dos documentos exigidos pela CEF para liberação do financiamento. Esta pesquisa tem como objeto de estudo duas unidades habitacionais financiadas pelo programa MCMV, sendo analisados o tempo e o custo de execução, através de um acompanhamento periódico da evolução física e dos custos de ambas. O objetivo é analisar se há compatibilidade entre o tempo e o custo dos serviços previstos no cronograma com o tempo e custos reais de execução. Vale ressaltar que este é um estudo pontual em duas obras do município de Sinop-MT que não visa generalizar como se dá a interação do cronograma físico-financeiro com outras obras. A partir da análise dos dados coletados foi possível verificar que em ambas as obras os serviços eram executados dentro do tempo previsto nas etapas do cronograma e que o valor disponibilizado para a execução foi suficiente. Palavras-chave: Acompanhamento Físico e Financeiro; Programas Habitacionais; Planejamento de Obras. Abstract: Minha Casa, Minha Vida (MCMV) program aims to build three million housing units to combine quality with reduced cost and time. Caixa Economica Federal (CEF) is a leading credit institution that finances MCMV. The physical and financial schedule is one of the documents required by CEF to release the funding. This research aims to study two housing units financed by MCMV, the time and cost of implementation is analyzed through regular monitoring of physical progress and costs of both. The objective is to analyze whether there is compatibility between the time and the cost of services provided by the schedule with actual time and running costs. It is noteworthy that this is a timely study in two works of Sinop-MT does not aim to generalize how is the interaction of the physical and financial schedule with other works. From the data analysis we found that in both works the services were performed within the allotted time on the steps of schedule and the amount available for the execution was enough. Keywords: Physical and Financial Monitoring; Housing Programs; Planning Works. 1 Introdução Os programas habitacionais do governo federal foram lançados a fim de incentivar a produção, compra ou requalificação de unidades habitacionais. Entre estes programas, está o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que tem como principal parceira a Caixa Econômica Federal (CEF). A implementação destes programas colocou importantes desafios para a construção civil, sendo um deles a garantia de qualidade das novas habitações, levando em conta custo e tempo reduzidos. Para minimizar o tempo e os custos de uma construção é necessário um planejamento das atividades e também dos gastos envolvidos durante sua execução através de um orçamento bem elaborado e de uma distribuição coerente das etapas da obra definidas no cronograma físico-financeiro. Para que a CEF inicie a análise de qualquer empreendimento de construção civil, inclusive os financiados pelo programa MCMV, são necessários alguns procedimentos técnicos de arquitetura e engenharia que se constituem basicamente na apresentação de documentos e projetos. Estes procedimentos são importantes para que os recursos sejam bem aplicados e aproveitados na construção das obras. (CAIXA, 2014). Entre os documentos técnicos exigidos pela CEF está o cronograma físico-financeiro. De acordo com González (2008, p.13), este cronograma é “O conjunto da programação física com a organização econômica [...]”, ou seja, é a discriminação das etapas da obra acompanhadas da previsão dos prazos e custos dos serviços que serão executados em cada uma das etapas. Assim, com o intuito de avaliar a utilização deste cronograma e, também, de apresentar as principais dificuldades relacionadas ao cumprimento do mesmo foi realizado um estudo de caso em duas unidades habitacionais financiadas pelo PMCMV, localizadas no município de Sinop – MT. Para que esta avaliação fosse possível, as duas obras foram acompanhadas periodicamente e os dados coletados foram analisados a fim de verificar se os serviços executados em cada etapa, bem como seus respectivos custos, coincidiram com as etapas e valores estipulados no cronograma físico-financeiro de cada obra. ¹ Graduanda, Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop-MT, Brasil, e-mail: daianemuller.eng@gmail.com ² Engenheira Civil, professora, Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop-MT, Brasil, e-mail: silviaromfim@hotmail.com 2 Fundamentação teórica 2.1 Programas habitacionais Os programas habitacionais do governo federal foram lançados a fim de diminuir o déficit habitacional brasileiro que, em 2009, ano de lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), era de aproximadamente 5,7 milhões de moradias, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Para isto, esses programas trabalham de maneira a incentivar a produção, compra e requalificação de unidades habitacionais, visto que, como constata Medeiros (2007, p.17), “Na maioria dos países em desenvolvimento, enquadrando-se aqui o Brasil, os mercados formais de habitação falham em atender à população de baixa renda.”. Com exceção do Programa de Subsídio à Habitação (PSH), que é operado pela Secretaria do Tesouro Nacional juntamente com o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal (CEF) é o maior agente financeiro dos programas federais de financiamento e arrendamento habitacionais direcionados às famílias de baixa renda no Brasil. (MEDEIROS, 2007, p. 92). Os programas habitacionais financiados por esta instituição financeira apresentam diferentes linhas de crédito que variam de acordo com a renda familiar mensal. Famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00 se enquadram no PMCMV, no qual as taxas de juros são relativamente baixas. Já as famílias com renda mensal acima de R$ 5.000,00 também podem financiar seu imóvel através de uma linha de crédito que utiliza recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). (CAIXA, 2014). 2.2 Programa Minha Casa, Minha Vida O Programa Minha Casa, Minha Vida é executado pela Caixa CEF em parceria com estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos. Somando as duas fases, o PMCMV pretende construir três milhões de casas e apartamentos para famílias com renda bruta de até dez salários mínimos, oferecendo, para isso, descontos, subsídios e redução do valor de seguros habitacionais. (CAIXA, 2014). Desde 2005 o Brasil apresenta um crescimento no crédito habitacional que foi consagrado com o lançamento do PMCMV, em 2009, que trouxe subsídios de até 90% para o financiamento de moradias a população de baixa renda. (BASTOS, 2012, p. 28-29). O PMCMV apresenta diferentes opções de financiamento que variam de acordo com a renda familiar. As famílias que tem renda mensal de até R$ 1.600,00 podem se inscrever através da prefeitura do seu município ou até mesmo por meio de uma cooperativa habitacional, associação ou entidade privada sem fins lucrativos. Já as famílias que ganham até R$ 5.000,00 por mês tem a opção de comprar um imóvel novo ou um imóvel na planta, ou ainda construir, com juros mais baixos.Esta modalidade de financiamento possibilita ao proponente construir uma casa em seu terreno ou comprar um terreno e construir sua casa com taxa de juros reduzida e até 30 anos para pagar. (CAIXA, 2014). Para saber quanto será necessário financiar para comprar o terreno, se for o caso, e construir o imóvel, é feita uma simulação no próprio site da Caixa Econômica Federal, sendo R$ 115.000,00 o valor máximo de financiamento para esta modalidade de crédito no município de Sinop. (CAIXA, 2014). Vale ressaltar que, além da CEF, outras instituições financeiras também financiam pelo PMCMV, como por exemplo, o Banco do Brasil. Além disso, é importante dizer que o valor máximo de financiamento varia entre municípios. Segundo Bastos (2012, p. 29), “O preço limite de comercialização das unidades produzidas no programa varia conforme a população do município e a faixa de renda familiar mensal [...]”. As obras que foram acompanhadas para o desenvolvimento deste estudo se enquadram neste tipo de financiamento, onde o proponente, depois de ter seu projeto avaliado e aprovado pela CEF, tem livre arbítrio para construir, dentro do valor de crédito disponibilizado e do prazo estipulado no cronograma físico-financeiro. 2.3 Cronograma físico-financeiro O cronograma físico-financeiro visa discriminar a obra em etapas, onde são previstos os prazos e custos dos serviços que serão executados em determinada etapa, desde o início até a conclusão do empreendimento. Logo, além de ser apresentado para que a CEF analise o empreendimento, este serve para que seja feita a verificação da compatibilidade da programação de execução das obras e da aquisição de materiais e equipamentos, com os itens definidos na planilha orçamentária. (CAIXA, 2014). De acordo com Dias (2011, p. 39), “O cronograma físico-financeiro é a representação gráfica do plano de execução da obra e deve cobrir todas as fases de execução desde a mobilização, passando por todas as atividades previstas no projeto, até a desmobilização do canteiro.” Assim, o planejamento apresentado no cronograma físico-financeiro irá possibilitar a compra ou contratação de materiais, mão de obra e equipamentos no momento oportuno. Caso isto seja feito após o momento certo, a obra atrasa. Por outro lado, se feito antes da hora, pode ocorrer o desperdício de materiais estocados ou pagamento de mão de obra e equipamentos que ficam inoperantes. Portanto, além de sua grande utilidade para otimizar o empreendimento, é através do cronograma físico- financeiro que CEF libera os recursos contratados, após confrontar os serviços executados com a previsão de execução nele expressa. Além dos dados coletados durante o período de acompanhamento das obras e do relatório fotográfico feito durante este mesmo período, são abordados nos resultados os valores medidos apresentados no Relatório de Acompanhamento de Empreendimento (RAE). O RAE é um documento técnico que descreve a evolução físico-financeira da obra a cada vistoria, sendo que a vistoria é feita somente por um profissional devidamente credenciado na instituição de financiamento, neste caso, a CEF. (CAIXA, 2014). Os Relatórios de Acompanhamento de Empreendimento da CEF são padronizados e apresentam informações complementares da obra, observações técnicas relevantes e relatório fotográfico que ilustra o estágio do empreendimento. 2.3.1 Elaboração do cronograma físico-financeiro O cronograma físico-financeiro visa demonstrar a previsão da quantidade de produção e dos desembolsos que ocorrem em cada período de execução de um projeto e, para isso, apresenta o tempo de duração de cada atividade, a porcentagem física da atividade a ser cumprida a cada período ou o seu valor quantitativo e os recursos financeiros requeridos por cada atividade em cada período em que é realizada. (ÁVILA; JUNGLES, 2010, p. 74). Para elaborar um cronograma físico-financeiro, primeiramente, é feito um levantamento dos serviços que serão utilizados e, também, de suas respectivas quantidades, pois o conhecimento desses serviços possibilitam estabelecer os custos unitários que serão compostos para a elaboração do orçamento. Este levantamento é feito a partir da análise do projeto, das especificações técnicas e das plantas construtivas. (DIAS, 2011, p. 39). Como o programa MCMV é executado em parceria com entidades sem fins lucrativos, os Benefícios e Despesas Indiretas, o chamado BDI, não são contabilizados no cálculo dos custos das obras finaciadas pelo programa. O BDI pode ser definido como sendo o lucro almejado somado aos custos indiretos, que são aqueles que não são facilmente mensuráveis na unidade de medição e pagamento dos serviços. Estes custos estão relacionados à administração da empresa, seguros, tributos sobre a Receita, entre outros. (DIAS, 2012, p. 23-24). 3 Metodologia Foi realizado um estudo de caso em duas unidades habitacionais financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida no município de Sinop a fim de avaliar se, além de ser um documento exigido para a aprovação do financiamento habitacional, há compatibilidade entre o cronograma físico-financeiro, o orçamento e a execução. As duas construções são tipo residência unifamiliar térrea em alvenaria, seguem basicamente os mesmos padrões e a mão de obra utilizada em ambas foi a mesma, composta por uma equipe de três pessoas, sendo um pedreiro e dois serventes. As duas obras são identificadas como obra A e obra B. A obra A, apresentada na Figura 1, está localizada na Rua Sicília, quadra 45, lote 03, no bairro Residencial Florença, e tem 86,09 m². Seu cronograma físico- financeiro foi feito com prazo de sete etapas e o valor total financiado correspondente à execução, ou seja, mão de obra e materiais, foi de R$ 74.999,06 (setenta e quatro mil, novecentos e noventa e nove reais e seis centavos). Figura 1: Layout da obra A. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Já a obra B, Figura 2, executada na Rua dos Pardais, quadra 11, lote 05, no bairro Jardim das Nações II, é um pouco menor, com 81,09 m², seu prazo também é de sete etapas, e o valor do financiamento correspondente à execução foi de R$ 81.090,00 (oitenta e um mil e noventa reais). Figura 2: Layout da obra B. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Como se pode observar nas Figuras 1 e 2, as duas obras possuem a mesma divisão de cômodos, compostas por sala, cozinha, três quartos, sendo um deles suíte, um banheiro social e lavanderia. Entretanto, a lavanderia da obra A é descoberta, enquanto a da obra B é coberta. Em relação aos acabamentos as duas obras também são semelhantes, sendo estes forro de gesso, piso cerâmico, pintura externa e interna com tinta acrílica, portas de entrada de madeira maciça, portas internas de madeira compensada e janelas de vidro temperado. Como as obras acompanhadas são financiadas pela Caixa Econômica Federal, seus cronogramas físico- financeiros foram elaborados de acordo com os padrões e especificações determinados pela instituição de financiamento, para os quais existe uma ordem de descrição dos serviços que foram utilizados. Os cronogramas físico-financeiros das obras que são objeto de estudo do presente artigo foram elaborados pela mesma engenheira a partir do levantamento dos insumos e serviços que seriam utilizados e de suas respectivas quantidades, obtendo-se, assim, o custo unitário de cada item. O levantamento dessas quantidades foi feito por meio da análise do projeto arquitetônico e dos projetos complementares. Posteriormente, os custos unitários foram compostos através da tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), resultando no custo total da execução de cada obra. As tabelas SINAPI são atualizadasmensalmente e estimam a produção de custos e índices da construção civil, com base no levantamento de preços de materiais e na remuneração de serviços da construção civil, para o setor habitação. (IBGE, 2014). Os valores da mão de obra e dos materiais para a elaboração do cronograma físico-financeiro da obra A estão previstos na tabela SINAPI/MT de junho de 2013 e, para a obra B, a composição dos custos foi feita utilizando-se a tabela SINAPI/MT de janeiro de 2014, sendo que o custo da mão de obra corresponde de 30% a 40% do valor de cada serviço ou do valor total do orçamento. Dessa forma, a obra B tem um custo mais elevado devido ao reajuste monetário compreendido na tabela utilizada (tabela SINAPI/MT de janeiro de 2014) e, também, devido à diferença entre alguns itens de acabamento. As Tabelas 1 e 2 apresentam os serviços previstos para a execução das obras A e B, bem como os valores previstos e os pesos referentes aos mesmos. Tabela 1. Valores previstos para os serviços da obra A e seus respectivos pesos. SERVIÇOS A EXECUTAR VALOR PREVISTO DOS SERVIÇOS (R$) PESO (%) INFRAESTRUTURA 17.207,64 22,94 SUPRAESTRUTURA 5.824,33 7,77 PAREDES E PAINÉIS Alvenarias 8.384,02 11,18 Esquadrias de madeira 1.979,38 2,64 Ferragens 397,54 0,53 Vidros 2.558,50 3,41 COBERTURA Telhados 9.914,16 13,22 Impermeabilizações 164,79 0,22 REVESTIMENTO Revestimentos internos 3.761,22 5,02 Azulejos 2.812,42 3,75 Revestimentos externos 2.187,65 2,92 Forro 1.646,04 2,19 Pinturas 3.313,30 4,42 PAVIMENTAÇÃO Cerâmicas 3.876,63 5,17 Cimentados 435,66 0,58 Rodapés 528,45 0,70 INSTALAÇÕES Elétrica 4.350,00 5,80 Hidráulica 2.259,70 3,01 Sanitária e pluvial 2.293,49 3,06 Aparelhos 854,42 1,14 COMPLEMENTAÇÕES Calafete/limpeza 100,00 0,13 Ligações e habite-se 149,71 0,20 TOTAL 74.999,06 100,00 Fonte: Acervo pessoal, 2014. Tabela 2. Valores previstos para os serviços da obra B e seus respectivos pesos. SERVIÇOS A EXECUTAR VALOR PREVISTO DOS SERVIÇOS (R$) PESO (%) INFRAESTRUTURA 13.845,69 17,07 SUPRAESTRUTURA 8.089,18 9,98 PAREDES E PAINÉIS Alvenarias 10.487,99 12,93 Esquadrias de madeira 2.150,00 2,65 Ferragens 520,00 0,64 Vidros 3.156,00 3,89 COBERTURA Telhados 10.146,49 12,51 Impermeabilizações 106,89 0,13 REVESTIMENTO Revestimentos internos 4.228,32 5,21 Azulejos 2.643,07 3,26 Revestimentos externos 2.296,64 2,83 Forro 2.027,25 2,50 Pinturas 3.720,59 4,59 PAVIMENTAÇÃO Cerâmicas 4.720,25 5,82 Cimentados 512,83 0,63 Rodapés/soleiras/peitoris 1.125,29 1,39 INSTALAÇÕES Elétrica 4.305,66 5,31 Hidráulica 2.450,00 3,02 Sanitária e pluvial 3.002,30 3,70 Aparelhos 690,40 0,85 COMPLEMENTAÇÕES Calafete/limpeza 367,08 0,45 Ligações e habite-se 498,07 0,61 TOTAL 81.090,00 100,00 Fonte: Acervo pessoal, 2014. Vale ressaltar que, como é uma obra cuja execução é feita por empreita e não por uma construtora ou incorporadora, não são contabilizados os custos com Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). Em relação à distribuição das etapas no cronograma físico-financeiro, estas são determinadas pelo engenheiro responsável juntamente com o proponente do projeto e depende de diversos fatores, como o tempo de execução, as condições climáticas e, também, a condição financeira do proponente. Vale ressaltar que o cronograma não deve apresentar doze etapas e que o período de finalização de cada etapa equivale ao tempo necessário para finalizar os serviços previstos na mesma e não a um tempo estipulado no cronograma. A obra A teve início no dia 18/04/2014 e a obra B no dia 04/08/2014. O acompanhamento periódico das duas obras foi feito através de uma visita semanal e de relatório fotográfico, sendo estes dados coletados no período entre 18/04/2014 e 18/10/2014. Posteriormente, todo o material coletado foi analisado a fim de verificar se o que foi de fato executado coincidiu com as etapas, prazos e valores estipulados no cronograma físico-financeiro e, também, com os valores medidos e levantados no Relatório de Acompanhamento de Empreendimento, A análise da evolução física das obras e, também, dos gastos referentes a cada uma, foi feita através de um comparativo entre o que estava previsto no cronograma físico-financeiro com o que foi, de fato, executado e gasto na execução das mesmas. Os dados referentes a evolução das obras foram obtidos através de acompanhamento periódico e do relatório fotográfico de cada visita. Já em relação aos valores gastos, estes foram obtidos através de notas e recibos fornecidos pelos proponentes de cada empreendimento. 4 Resultados e discussões 4.1 Análise da evolução física da obra A A obra A, que tinha início previsto para o dia 03/04, começou no dia 18/04, como citado anteriormente, devido ao atraso da equipe de trabalho. Começando 15 dias depois da data prevista, a primeira etapa previa a execução de 100% dos serviços de infraestrutura, que correspondiam às escavações manuais, apiloamento, locação da obra, execução das fundações do tipo sapata e das vigas baldrames. Além disso, estava prevista a execução de 10% das instalações elétricas e 5% das instalações hidráulicas, correspondentes à instalação do quadro de medição e do hidrômetro, respectivamente, como mostra a Tabela 3. Tabela 3. Serviços previstos para a 1ª etapa da Obra A. SERVIÇOS A EXECUTAR QUANTIDADE A EXECUTAR (%) INFRAESTRUTURA 100,00 INSTALAÇÕES Elétrica 10,00 Hidráulica 5,00 Fonte: Autoria própria, 2014. A primeira medição foi feita no dia 30/04 e até esta data as vigas baldrames e as fundações ainda não tinham sido concretadas. Entretanto, no RAE, fornecido pela CEF, foi registrado que todos os serviços previstos foram executados até a data da vistoria e a etapa foi considerada como concluída, havendo assim, uma incompatibilidade com o que foi, de fato, executado no canteiro de obras. A Figura 3 mostra a obra no dia 30/04, data da medição da primeira etapa. Figura 3: Obra A ao final da primeira etapa. Fonte: Acervo pessoal, 2014. De acordo com a planilha orçamentária, 65,82% e 18,51% dos serviços de infraestrutura da obra em questão são referentes às fundações e as vigas baldrames, respectivamente. Entretanto, como o concreto corresponde a aproximadamente 36,22%, tanto das fundações como das vigas baldrames, concluiu-se que apenas 69,46% dos serviços de infraestrutura foram totalmente finalizados até o final da primeira etapa, como mostra a Figura 4. Figura 4: Evolução física da 1ª etapa da obra A. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Para a segunda etapa da obra estava prevista a execução de 100% dos serviços de impermeabilização das vigas baldrames e, também, 60% das alvenarias e 50% da supraestrutura, correspondente aos pilares e vigas (Tabela 4). Tabela 4. Serviços previstos para a 2ª etapa da Obra A. SERVIÇOS A EXECUTAR QUANTIDADE A EXECUTAR (%) SUPRAESTRUTURA 50,00 PAREDES E PAINÉIS Alvenarias 60,00 COBERTURA Impermeabilações 100,00 Fonte: Autoria própria, 2014. Todos os serviços previstos nesta etapa foram executados dentro do prazo estipulado, entretanto, como os serviços correspondentes a concretagem das fundações e vigas baldrames já haviam sido registrados como finalizados durante a primeira etapa, estes não foram contabilizados no RAE da segunda etapa. Assim, os valores medidos apresentados no RAE da etapa em questão também são incompatíveis com a real execução da obra. A Figura 5 mostra os valores correspondentes aos itens previstos, executados e medidos na segunda etapa, incluindo o restante dos serviços de infraestrutura, correspondentes a 30,54%. Figura 5: Evolução física da 2ª etapa da obra A. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Aseguir, a Figura 6 apresenta a obra A ao final da segunda etapa. Figura 6: Obra A (A) externa e (B) internamente ao final da segunda etapa. Fonte: Acervo pessoal, 2014. De acordo com o cronograma físico-financeiro da obra A, a terceira etapa da obra previa a finalização da supraestrutura e das alvenarias, a execução de 40% do telhado, correspondente a estrutura metálica do mesmo e, também, a execução de mais 15% das instalações elétricas, referente à tubulação nas alvenarias. Estes valores são apresentados na Tabela 5. Tabela 5. Serviços previstos para a 3ª etapa da Obra A. SERVIÇOS A EXECUTAR QUANTIDADE A EXECUTAR (%) SUPRAESTRUTURA 50,00 PAREDES E PAINÉIS Alvenarias 40,00 COBERTURA Telhados 40,00 INSTALAÇÕES Elétricas 15,00 Fonte: Autoria própria, 2014. Durante a terceira etapa a obra ficou paralizada durante quinze dias, no período correspondente entre os dias 08/ 06 e 23/06, devido à falta de mão de obra, o que ocasionou um atraso no andamento da obra e, consequentemente, os serviços previstos no cronograma para a terceira etapa não foram totalmente concluídos. Os pilares e as vigas respaldo foram finalizados dentro do prazo, bem como as alvenarias e a tubulação alétrica nas alvenarias. Entretanto, até o dia 16/07 (data da terceira medição) a estrutura metálica do telhado ainda não estava completamente finalizada. Em relação à medição feita pelo profissional responsável pela vistoria da obra, foi registrado no RAE que foram executados 25% da cerâmica e não foi registrada a execução de 15% das instalações elétricas, o que não condiz com a real execução e planejamento da obra. Estes dados podem ser verificados na Figura 7. Figura 7: Evolução física da 3ª etapa da obra A. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Para a quarta etapa da obra estava prevista a finalização dos telhados, a execução de 50% e 25% dos revestimentos internos e externos, respectivamente, e ainda, a execução de 50% do forro de gesso. Em relação às instalações, a 4ª etapa do cronograma físico-financeiro estipulava a execução de mais 20% das instalações hidráulicas, referentes à execução das prumadas, e também, a execução das colunas, da distribuição e da rede de esgoto das instalações sanitárias, correspondentes a 15% do total deste item. A Tabela 6 mostra a quantidade prevista a ser executada para cada item durante a quarta etapa. Tabela 6. Serviços previstos para a 4ª etapa da Obra A. SERVIÇOS A EXECUTAR QUANTIDADE A EXECUTAR (%) COBERTURA Telhados 60,00 REVESTIMENTO Revestimentos internos 50,00 Revestimentos externos 25,00 Forro 50,00 INSTALAÇÕES Hidráulica 20,00 Sanitária 15,00 Fonte: Autoria própria, 2014. Durante o período compreendido entre os dias 17/07 a 26/08 foi finalizada a estrutura metálica da cobertura e foram colocadas as telhas termoacústicas, correspondentes a 25% deste item. Além disso, foram executados 70% dos revestimentos internos e 85% dos revestimentos externos, superando o planejado. Sobre as instalações, foram executadas as prumadas das instalações de água fria, correspondentes a 20% deste item. Entretanto, apenas 10% das instalações sanitárias foram executadas, referentes às colunas e a distribuição. Na Figura 8, que mostra a situação física da obra A ao final da 4ª etapa, pode-se verificar a quantidade de revestimento interno externo executada até a etapa em questão e, também, parte das telhas termoacústicas instaladas. Figura 8: Obra A (A) externa e (B) internamente ao final da quarta etapa. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Sobre os valores levantados na medição desta etapa, todos os valores medidos foram compatíveis com o que foi realmente executado no canteiro de obras. As quantidades previstas, executadas e medidas podem ser observadas na Figura 9. Figura 9: Evolução física da 4ª etapa da obra A. Fonte: Acervo pessoal, 2014. A última medição realizada foi no dia 26/08, referente aos serviços executados na quarta etapa da obra. Entre os dias 27/08 e 18/10 foram finalizadas as instalações sanitárias e hidráulicas e foram concluídos 67,82% das instalações elétricas. Além disso, foram finalizados os revestimentos internos e externos, os telhados e foi feita a calçada de piso cimentado em torno da casa, correspondente a 0,58% do total de serviços da obra. A Figura 10 mostra a obra A ao final do período de coleta de dados. Figura 10: Obra A ao final do período de coleta de dados. Fonte: Acervo pessoal, 2014. As quantidades previstas, executadas e acumuladas dos serviços até o final do período de coleta de dados são mostradas na Figura 11. Figura 11: Evolução física da obra A até o final do período de coleta de dados. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Através da análise do gráfico, observa-se que na primeira etapa houve uma diferença considerável entre o planejado e o executado, mas que foi compensada na segunda etapa. Observa-se ainda que na terceira e quarta etapas os serviços executados não totalizam o previsto. Ao final do período de coleta de dados estimava-se a execução 83,87% da obra, entretanto a quantidade de serviços finalizados corresponde a 73,85% do total da obra. 4.2 Acompanhamento financeiro da obra A Como dito anteriormente, os dados referentes aos valores gastos na execução das obras foram obtidos por meio de notas e recibos fornecidos pelos proponentes de cada um dos empreendimentos. É importante salientar que, para a obra em questão, 34,44% dos valores previstos para a execução dos serviços, apresentados anteriormente na Tabela 1, são referentes à mão de obra e, consequentemente, os outros 65,56% correspondem aos valores previstos dos materiais utilizados na construção. Os custos da mão de obra, correspondentes a 34,44% do valor de execução da obra totalizaram R$ 25.829,68 (vinte e cinco mil, oitocentos e vinte e nove reais e sessenta e oito centavos) e foram divididos em sete parcelas iguais que eram pagas conforme a finalização dos serviços. A Tabela 7 apresenta uma comparação entre os valores dos insumos previstos no cronograma físico- financeiro e os valores realmente gastos com os insumos referentes aos serviços que foram executados até o fim do período de coleta de dados. É importante salientar que o valor referente aos insumos das instalações elétricas corresponde a 67,82% do valor total de insumos para estes serviços, pois até o final do período de análise das obras ainda faltavam as tomadas, interruptores, disjuntores e luminárias, que totalizam 32,18% deste item. Tabela 7. Comparativo entre os valores dos insumos previstos e gastos para os serviços executados na obra A. ITEM CUSTO DOS INSUMOS PREVISTO (R$) GASTO (R$) INFRAESTRUTURA 11.281,33 7.156,65 SUPRAESTRUTURA 3.818,43 3.509,70 PAREDES E PAINÉIS Alvenarias 5.496,56 5.689,35 COBERTURA Telhados 6.499,72 8.874,00 Impermeabilizações 108,07 249,00 REVESTIMENTO Revestimentos internos 2.465,85 1.564,70 Revestimentos externos 1.434,22 921,75 PAVIMENTAÇÃO Cimentados 285,67 315,75 INSTALAÇÕES Elétrica 1.934,13 2.097,00 Hidráulica 1.481,46 1.114,25 Sanitária 1.503,61 1.415,85 TOTAL 36.309,05 32.908,00 Fonte: Autoria própria, 2014. 4.3 Análise da evolução física da obra B O obra B teve início no dia 04/08 e a primeira medição feita pelo profissional credenciado na CEF foi realizada no dia 08/09. De acordo com o cronograma-físico financeiro da obra, a primeira etapa previa a execução de todos os serviços de infraestrutura, correspondentes a limpeza do terreno, escavações manuais, aterro, apiloamento, locação da obra, execução das fundações, também do tipo sapata, e das vigas baldrame. Além dos serviços de infraestrura, previa-se a impermeabilizaçãodas vigas baldrames, bem como a instalação do quadro de medição e do hidrômeto, correspondentes a 18,00% e 8,00% das instalações elétricas e hidráulicas, respectivamente. Entretanto, já havia uma casa no terreno que foi parcialmente demolida para que se iniciasse a obra. Assim, mesmo sendo prevista a instalação do hidrômetro e do quadro de medição no cronograma físico-financeiro, estes já estavam previamente instalados. A Tabela 8 mostra a quantidade prevista a ser executada para cada item durante a primeira etapa. Tabela 8. Serviços previstos para a 1ª etapa da Obra B. SERVIÇOS A EXECUTAR QUANTIDADE A EXECUTAR (%) INFRAESTRUTURA 100,00 COBERTURA Impermeabilizações 100,00 INSTALAÇÕES Elétrica 18,00 Hidráulica 8,00 Fonte: Autoria própria, 2014. Até a data da medição, além dos serviços previstos, estavam concluídos 20% da supraestrutura (vigas e pilares) e 55% das alvenarias, como pode ser visto na Figura 12. Figura 12: Obra B (A) externa e (B) internamente até a data de medição da 1ª etapa. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Entretanto, no RAE fornecido pela CEF foi registrada a execução de apenas 30% das alvenarias, havendo, portanto, uma incompatibilidade entre o que foi medido e o que foi realmente executado no canteiro de obras. Além disso, também não foram registradas as porcentagens correspondentes ao quadro de medição e ao hidrômetro que, mesmo não tendo necessidade de instalação, eram itens previstos no cronograma e, portanto, deveriam ter sido contabilizados como itens concluídos. A comparação entre o que estava previsto para a primeira etapa no cronograma físico-financeiro, o que foi executado e o que foi medido e registrado no RAE é apresentada na Figura 13. Figura 13: Evolução física da 1ª etapa da obra B. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Até o final do período de coleta de dados a supraestrutura e as alvenarias estavam finalizadas e a estrutura metálica do telhado, correspondente a 40,00% deste item, também estava concluída. Sobre as intalações elétricas, as tubulações nas alvenarias e as prumadas gerais, correspondentes a 17,00% dos serviços deste item, estavam acabadas. Assim, até o dia 18/10 a obra B estava 46,71% concluída, porém, não foi feita a medição dos serviços executados a partir do dia 09/09. A Figura 14 mostra a evolução física da obra até o final do período de coleta de dados. Figura 14: Evolução física da obra B até o final do período de coleta de dados. Fonte: Acervo pessoal, 2014. Analisando o gráfico observa-se que os serviços executados durante a primeira etapa superaram os previstos no cronograma físico-financeiro e que isto se manteve até o dia 18/10. Figura 15: Obra B (A) externa e (B) internamente ao final do período de coleta de dados. Fonte: Acervo pessoal, 2014. 4.2 Acompanhamento financeiro da obra B Os custos reais referentes aos insumos da obra B foram calculados a partir das notas e recibos fornecidos pelo proponente do empreendimento. A Tabela 9 apresenta a comparação entre estes valores e os custos dos insumos previstos no cronograma físico-financeiro. Tabela 9. Comparativo entre os valores dos insumos previstos e gastos para os serviços executados na obra A. ITEM CUSTO DOS INSUMOS PREVISTO (R$) GASTO (R$) INFRAESTRUTURA 9.691,98 4.910,10 SUPRAESTRUTURA 5.379,30 4.752,55 PAREDES E PAINÉIS Alvenarias 4.495,97 4.889,80 COBERTURA Telhados 2.841,02 3.288,95 Impermeabilizações 74,82 228,75 INSTALAÇÕES Elétrica 1.054,89 833,93 TOTAL 23.537,98 18.904,08 Fonte: Autoria própria, 2014. Em relação aos custos referentes à mão de obra da obra B, estes correspondem a exatamente 30% dos custos referentes aos custos de execução da obra, totalizando R$ 24.327,00 (vinte e quatro mil e trezentos e vinte e sete reais). Assim como na obra A, este valor foi divido em sete parcelas iguais pagas conforme a conclusão dos serviços. 5 Considerações finais Através da análise dos resultados apresentados conclui-se que, para a obra A, o prazo estipulado no cronograma físico-financeiro não foi suficiente para executar os serviços previstos até o final do período de coleta de dados. Já para a obra B, o prazo foi suficiente e a obra estava adiantada. Em relação aos custos, conclui-se que o valor de crédito disponibilizado realmente cobriu as despesas de execução de ambas as obras até o período final da coleta de dados. Para que se obtivesse uma evolução física e financeira global da obra, seria necessário acompanhá-la até a execução total dos serviços. Vale ressaltar que, apesar de os valores apresentados no Relatório de Acompanhamento de Empreendimento são serem totalmente compatíveis com o que havia sido realmente executado no canteiro de obras, a variação dos valores medidos não interferiram na liberação das etapas e, consequentemente, do valor referente a cada uma delas. Portanto, além de ser um documento exigido pela CEF para a liberação dos recursos contratados, o cronograma físico-financeiro é uma ferramenta que auxilia o planejamento e o acompanhamento dos serviços e custos de uma obra. Agradecimentos Primeiramente a Deus, pelos dons da Ciência, Sabedoria e Fortaleza. A minha família, Antonio D. Müller, Inez Müller, Dina Paula Müller e Sandro Luis H. Müller, por ser a minha base e por dar amor e apoio incondicionais. Aos meus amigos, pelos momentos de estudo e, também, de descontração. A Profª. Engª. Silvia Romfim, pelos ensinamentos e orientações. A todos que colaboraram direta ou indiretamente para a elaboração deste artigo e conclusão da graduação. Referências ÁVILA, Antonio Victorino; JUNGLES, Antonio Edésio. Planejamento e Controle de Projetos. 2010. Apostila de aula – UFSC – Curso de Engenharia Civil. BASTOS, R.D. Economia política do imobiliário: o Programa Minha Casa, Minha Vida e o preço da terra urbana no Brasil. 2012. 106 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas UNICAMP. Campinas. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Habitação - Minha Casa Minha Vida. Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/habitacao/mcmv/>. Acesso em: 17 de abril. 2014. –––––. Habitação: Habitação Urbana. Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/novo_habitacao/minha_casa/ compra/mcmv/habitacao_urba na/index.asp>, Acesso em: 02 de maio. 2014. –––––. Habitação: Construção e Reforma - Produtos SBPE. Disponível em: <http://www.caixa.gov.br/novo_habitacao/Minha_Casa /Cons_e_reforma/Carta_Cred _SBPE/index.asp>, Acesso em: 05 de maio. 2014. –––––. Assistência Técnica: Construindo com a CAIXA. Disponível em: <http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/as sistencia_tecnica/construir.asp>, Acesso em: 25 de abril. 2014. DIAS, Paulo Roberto Vilela. Engenharia de Custos: Uma Metodologia de Orçamentação para Obras Civis. 9. ed. Rio de Janeiro: Editora Primil, 2011. 217p. DIAS, Paulo Roberto Vilela. Novo conceito de BDI: Obras e serviços de consultoria. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Primil, 2012. 107p. GONZÁLEZ, Marco Aurélio Stumpf. Noções de Orçamento e Planejamento de Obras. 2008. 49 f. Notas de aula – UNISINOS - Ciências Exatas e Tecnológicas. Última revisão em 22/08/2008. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/p recos/sinapi/>. Acesso em: 08 de maio. 2014. MEDEIROS, Fábio Bomfim. Análise da Adequação dos Programas de Financiamento Habitacional para Atender as Necessidades de Aquisição de Moradias Adequadas da População de Baixa Renda no Brasil. 2007. 144 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia. Escola Politécnica da USP. São Paulo.
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