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Departamento de Engenharia Civil Sistemas de Saneamento e Drenagem Prof.ª Esp. Mª Carolina P. G. Ronacher 1 2º BIMESTRE 2 9- Caracterização das vazões • Vazão de Esgoto Doméstico • Vazão de Infiltração • Vazão de Efluente industrial 9- Caracterização das vazões 3 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário Equações utilizadas no cálculo das vazões de início e final de plano: Vazão de esgoto sanitário em início de plano 𝑸𝒆𝒔𝒊 = 𝑸𝒅𝒊 + 𝑸𝒊𝒏𝒅 + 𝑸𝒊𝒏𝒇 Em que: 𝑸𝒆𝒔𝒊= Vazão de esgoto sanitário inicia l(L/s); 𝑸𝒅𝒊= Vazão doméstica de início de plano (L/s); 𝑸𝒊𝒏𝒅= Vazão industrial ( L/s); 𝑸𝒊𝒏𝒇=Vazão de infiltração. 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 4 Vazão de esgoto sanitário em início de plano 𝑸𝒆𝒔𝒊 = 𝑪 ∗ 𝑷𝒊 ∗ 𝒒𝒊 𝟖𝟔𝟒𝟎𝟎 + 𝑸𝒊𝒏𝒅 + 𝑸𝒊𝒏𝒇 Em que: 𝑸𝒆𝒔𝒊= Vazão de esgoto sanitário inicial(L/s); 𝑷𝒊= População de início de plano(hab); 𝒒𝒊 = Per capta inicial (L/hab.dia); C= Coeficiente de retorno 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 5 Coeficiente de variação de vazão (K) K1= coeficiente de máxima vazão diária; K2=coeficiente de máxima vazão horária; K3= coeficiente de mínima vazão horária. 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 6 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 7 Vazão de esgoto sanitário em início de plano A vazão doméstica de início de plano também pode ser calculada em termos de área esgotada e densidade populacional: 𝑄𝑖 = 𝐶 ∗ 𝑎𝑖 ∗ 𝑑𝑖 ∗ 𝑞𝑖 86400 Em que: 𝑎𝑖= Área esgotada em início de plano; 𝑑𝑖=Densidade populacional de início de plano, em habitantes por hectare(hab/ha) 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 8 Vazão de esgoto sanitário em final de plano 𝑸𝒆𝒔𝒇 = 𝑸𝒅𝒇 + 𝑸𝒊𝒏𝒅 + 𝑸𝒊𝒏𝒇 Em que: 𝑸𝒆𝒔𝒊= Vazão de esgoto sanitário final(L/s) 𝑸𝒅𝒊= Vazão doméstica de final de plano(L/s) 𝑸𝒊𝒏𝒅= Vazão industrial ( L/s) 𝑸𝒊𝒏𝒇=Vazão de infiltração Determinada com a soma das vazões, medidas de efluentes industriais ou com a estimativa de consumo de água nas indústrias 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 9 Vazão de esgoto sanitário em final de plano 𝑸𝒆𝒔𝒇 = 𝑪 ∗ 𝑷𝒇 ∗ 𝒒𝒇 𝟖𝟔𝟒𝟎𝟎 + 𝑸𝒊𝒏𝒅 + 𝑸𝒊𝒏𝒇 Em que: 𝑸𝒆𝒔𝒇= Vazão de esgoto sanitário final(L/s); 𝑷𝒇= População de final de plano(hab); 𝒒𝒇 = Per capta final(L/hab.dia); C= Coeficiente de retorno 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 10 Vazão de esgoto sanitário em final de plano A vazão doméstica de final de plano também pode ser calculada em termos de área esgotada e densidade populacional: 𝑄𝑑𝑓 = 𝐶 ∗ 𝑎𝑓 ∗ 𝑑𝑓 ∗ 𝑓 86400 Em que: 𝒂𝒇= Área esgotada em final de plano; 𝒅𝒇=Densidade populacional de final de plano, em habitantes por hectare(hab/ha) 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 11 Contribuição per capta (q) Hábitos higiênicos e culturais Sistema de medição do abastecimento de água; Instalações e equipamentos hiráulicos-sanitários; Valor da tarifa; Temperatura média da região; Renda familiar; Índice de industrialização da região; Tipo de atividade comercial. 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 12 Contribuição per capta (q) 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 13 Coeficiente de retorno (C) Varia de 0,5 a 0,9 NBR 9649 da ABNT - 0,8 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 14 Caracterização das vazões Vazão de infiltração (Qinf) INFILTRAÇÃO: Contribuições indevidas nas redes de esgotos, geralmente originárias do subsolo, ou provir do caminhamento acidental ou clandestino de águas pluviais. Penetram na rede coletora pelos seguintes meios: ˉ Juntas das tubulações; ˉ Paredes das tubulações; ˉ Estruturas dos poços de visita, tubos de inspeção e limpeza, caixas de passagem, estações elevatórias, etc NBR 9649 ABNT 0,05 a 1,0 l/s.Km 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 15 INFILTRAÇÕES Quantidade infiltrada; Materiais empregados; Estado de conservação da rede; Correto assentamento das tubulações; Características do solo; Tipo de solo; Permeabilidade do solo; Nível do lençol freático. 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 16 INFILTRAÇÕES Quantidade infiltrada; Extensão da rede coletora ; Unidade ( l/ s.Km) Depende das condições locais; NBR 9649 – T.I. = 0,05 a 1,0 l /s . Km 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 17 INFILTRAÇÕES 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 18 INFILTRAÇÕES 𝑸𝒊𝒏𝒇𝒎𝒆𝒅=𝑳 𝒌𝒎 . 𝑻𝑰 (l / s. km) 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 19 Vazão industrial (Qind) CONCENTRADA: recebimento de efluentes industriais deve ser precedido de certos cuidados, principalmente no que se refere a quantidade e qualidade 9.1- Cálculo da vazão do esgoto sanitário 20 EXERCÍCIO Calcule as vazões média, mínima e máxima de esgoto doméstico de um bairro com aproximadamente 15.000 habitantes com aproximadamente 5km de rede de esgoto. Considere: Consumo per capta de 200l/hab.d Coef de retorno: 0,8 Taxa de infiltração: 0,08L/s.km k1= 1,2 ; k2=1,5; k3= 0,5 9.2 - ÁGUA: ASPECTOS QUANTITATIVOS 21 9.2 - ÁGUA: ASPECTOS QUANTITATIVOS 22 9.2 - ÁGUA: ASPECTOS QUANTITATIVOS 23 Equivalente Populacional (EP) Poluição Orgânica - f (quantidade média de detritos produzidos diariamente por uma pessoa); EP – correspondente à carga poluidora ou carga de DBO produzida por uma pessoa diariamente. 9.2 - ÁGUA: ASPECTOS QUANTITATIVOS 24 9.3 – Padrões de Qualidade 25 Padrões são teores máximos de impurezas permitidos na água, estabelecidos em função dos seus usos. São fixados por entidades públicas, de acordo com uma legislação, com o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para determinado fim não contenha impurezas que venham a prejudicá-lo. Em termos práticos, há 3 tipos de padrões de interesse dentro da Engenharia ambiental: Padrões de Recebimento do Corpo Receptor; Padrões de Qualidade do Corpo Receptor; Padrões de Qualidade para determinado uso imediato (ex.: padrões de potabilidade, balneabilidade, irrigação); 9.3 – Padrões de Qualidade 26 9.3 – Padrões de Qualidade 27 9.3 – Padrões de Qualidade 28 Características das Zonas de Autodepuração Zona de degradação: • Início – ponto de lançamento dos despejos; • Água turva ( cor acinzentada); • Precipitação de partículas – lodo no leito do corpo d’água; • Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica); • Redução da concentração de oxigênio dissolvido; • Limite da 1ª zona Concentração de oxigênio atinge 40% da concentração inicial; • Não há odor; • Presença de oxigênio não permite a decomposição anaeróbia. 9.3 – Padrões de Qualidade 29 9.3 – Padrões de Qualidade 30 Zona de Decomposição Ativa: • Início oxigênio atinge valores inferiores a 40% da concentração de saturação; • Água cor cinza-escura,quase negra; • Bancos de lodos no fundo em ativa decomposição anaeróbia; • Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico, etc); • Oxigênio dissolvido pode zerar ou “ficar negativo”; • Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia; • Oxigênio passa a ser reposto ar atmosférico ou fotossíntese; • População de bactérias decresce; • Água começa a ficar mais clara ( ainda imprópria para os peixes); • Fim da 2ª zona oxigênio eleva-se a 40% da concentração de saturação 9.3 – Padrões de Qualidade 31 9.3 – Padrões de Qualidade 32 Características das Zonas de Autodepuração Zona de Recuperação: • Início 40% de oxigênio de saturação; • Término água saturada de oxigênio; • Água mais clara e límpida; • Proliferação de algas reoxigenam o meio; • Amônia oxidada a nitritos e nitratos ( + fosfatos fertilizam o meio, favorecendo a proliferação de algas); • Cor esverdeada intensa ( alimento para crustáceos, larvas de insetos, vermes, etc., que servem de alimentos para os peixes); • Diversificação da biocenose. 9.3 – Padrões de Qualidade 33 9.3 – Padrões de Qualidade 34 Características das Zonas de Autodepuração Zona de Águas Limpas: • Água características diferentes das águas poluídas; • Água encontra-se “eutrófica”; • Não é limpa, devido à presença de algas (cor verde); • Água recuperou-se, melhorou sua capacidade de produzir alimento protéico, (piorou no quesito potabilidade); • Péssimo aspecto estético; • Grande assoreamento das margens; • Invasão de plantas aquáticas indesejáveis. 9.3.1 – Caracterização da Qualidade da Água 35 Características físicas: Turbidez Cor aparente e real Odor e sabor Temperatura Série de sólidos Condutividade 9.3.1 – Caracterização da Qualidade da Água 36 Características químicas: pH Oxigênio dissolvido Alcalinidade e Dureza Demanda Bioquímica de oxigênio(DBO) Demanda Química de Oxigênio(DQO) Óleos e Graxas Série de Nitrogênio Série de Fósforo Metais Pesados Compostos Orgânicos sintéticos voláteis 9.3.1 – Caracterização da Qualidade da Água 37 Características Microbiológicas: Organismos termo-tolerantes (Coliformes fecais, totais E- coli) Contagem de bactérias heterotróficas Contagem de algas Avaliação hidro-biológica Cistos de protozoários Vírus 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 38 ESGOTO SANITÁRIO Características Físicas: • Matéria Sólida: 99% de água e apenas 1% de sólidos. • Temperatura: Geralmente pouco superior a das águas de abastecimento. • Odor: Devido aos gases formados no processo de decomposição. • Cor e turbidez: A tonalidade acinzentada acompanhada de alguma turbidez é típica de esgoto fresco e a cor preta é típica do esgoto velho. • Vazão: é medida em função do costume dos habitantes ( geralmente 80% da água consumida). 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 39 ESGOTO SANITÁRIO Características Químicas: • Matéria Orgânica: aproximadamente 70% dos sólidos são de origem orgânica (C-H-N-O) • Proteínas, carboidratos, gorduras, fenóis sulfactans, etc. 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 40 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 41 PADRÕES DE LANÇAMENTO 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 42 REÚSO ESGOTO TRATADO 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 43 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 44 9.3.2 – Caracterização da Qualidade do Esgoto 45 Padrões microbiológicos de balneabilidade e corpos d’água
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