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29 Da Remissão de Dívidas como forma pagamento

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Do Adimplemento e Extinção das Obrigações 
Da Remissão de Dívidas 
como Forma de Pagamento 
⌘ Conceito e Natureza Jurídica:
	Remissão é a liberalidade efetuada pelo credor, consistente em exonerar o devedor do cumprimento da obrigação.
	“Não se confunde com a remissão da dívida ou de bens, de natureza processual, prevista no art. 651 do CPC”.
Remissão é o perdão da dívida. Nesse sentido, dispõe o art. 385 do CC:
	“A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro”.
A remissão é espécie do gênero renúncia. Embora não se confundam, equivalem-se quanto aos efeitos. A renúncia é unilateral, enquanto a remissão se reveste de caráter convencional, porque depende de aceitação. O remitido pode recusar o perdão e consignar o pagamento. A renúncia é, também, mais ampla, podendo incidir sobre certos direitos pessoais de natureza não patrimonial; já a remissão é peculiar aos direitos creditórios.
⌘ Requisitos:
Para que a remissão se torne eficaz faz-se mister:
Que o remitente seja capaz de alienar e o remido capaz de adquirir, como expressa o art. 386, in fini, do CC.
Que o devedor a aceite, expressa ou tacitamente, pois, se a ela se opuser, nada poderá impedi-lo de realizar o pagamento.
⌘ Natureza Contratual:
	Inobstante a divergência existente na doutrina a respeito da unilateralidade ou bilateralidade da remissão, é nítida a sua natureza contratual, visto que o CC, além de expressamente exigir a aceitação pelo devedor (art. 385), requer capacidade do remitente para alienar e do remitido para consentir e adquirir, como mencionado.
⌘ Créditos Suscetíveis de Remissão: (todos os créditos)
Todos os créditos, seja qual for a sua natureza, são suscetíveis de remissão, desde que só visem ao interesse privado do credor e a remissão não contrarie o interesse público ou de terceiro.
“Em suma, só poderá haver perdão de dívidas
patrimoniais de caráter privado.”
⌘ Espécies de Remissão:
	A remissão pode ser, no tocante ao seu OBJETO:
Total;
Parcial.
Pode ser, ainda, quanto à FORMA:
Expressa;
Tácita;
Presumida.
Confira-se:
 Remissão Expressa:
Resulta de declaração do credor, em instrumento público ou particular, por ato inter vivos ou mortis causa, perdoando a dívida.
 Remissão Tácita:
Decorre do comportamento do credor, incompatível com sua qualidade de credor por traduzir, inequivocamente, intenção liberatória, p.ex., quando se contenta com uma quantia inferior à totalidade do seu crédito, quando destrói o título na presença do devedor ou quando faz chegar a ele a ciência dessa destruição. 
Não se deve, todavia, deduzir remissão tácita da mera inércia ou tolerância do credor, salvo nos casos excepcionais de aplicação da supressio, como decorrência da boa-fé. Assim, p.ex., se uma prestação for incumprida por largo tempo, o crédito, por sua própria natureza, exige cumprimento rápido.
 Remissão Presumida:
Quando deriva de expressa previsão legal, como no caso dos arts. 386 e 387 do CC, que serão comentados no item seguinte.
A remissão pode ser também concedida sob condição (suspensiva) ou a termo (inicial). Nesses casos, o efeito extintivo só se dará quando implementada a condição ou atingido o termo.
A remissão com termo final significa, porém, 
nada mais que a concessão de prazo para o pagamento. 
⌘ Presunções Legais:
	A remissão é presumida pela lei em dois casos:
		
Pela entrega voluntária do título da obrigação por escrito particular (CC, art. 386);
Pela entrega do objeto empenhado (CC, art. 387).
 Entrega Voluntária do Título da Obrigação:
Dispõe o art. 386 do CC:
“A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.” 
Exige-se a efetiva e voluntária restituição do título pelo próprio credor ou por quem o represente, e não por terceiro.
 Entrega do Objeto Empenhado:
Dispõe o art. 387 do CC:
“A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.” 
Por conseguinte, p. ex., se o credor devolver ao devedor, o trator dado em penhor, entende-se que renunciou somente à garantia, não ao crédito.
Exige-se, pois, tal como no dispositivo anterior, “restituição” pelo próprio credor ou por quem o represente, e não meramente a “entrega”.
A voluntariedade, em contrapartida, é igualmente traço essencial à caracterização da presunção. 
⌘ Remissão em caso de Solidariedade Passiva:
	Proclama o art. 388 do CC:
	“A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservado o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida”.
	O credor só pode exigir dos demais codevedores o restante do crédito, deduzida a quota do remitido.
	Os consortes não beneficiados pela liberalidade só poderão ser demandados, não pela totalidade, mas com abatimento da quota relativa ao devedor beneficiado.
	A hipótese configura a remissão pessoal ou subjetiva, que, referindo-se a um só dos codevedores não aproveita aos demais.
Sendo indivisível a obrigação =“Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação
não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.”
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