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Certamente

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A respeito de submissão
Certamente, assim como eu, você já deve ter ouvido falar que a mulher deve ser submissa ao homem e, talvez, já tenha também se questionado com relação a isso. Por muito tempo eu achei que ser submissa era simplesmente obedecer ao marido, como um escravo obedece ao seu senhor, ou, no caso, como uma escrava, eu quero partilhar com vocês um pouco sobre a submissão da mulher e as consequências disso nas nossas vidas como esposa.
Como tudo em um relacionamento ele apresenta uma via de mão dupla. É um grande erro é tentar interpretar versículos bíblicos separadamente, porque ao invés de esclarecer as nossas dúvidas e iluminar o nosso entendimento, pode gerar ainda mais confusão na nossa cabeça. Se olharmos apenas para a parte que diz: “mulheres sejam submissas aos seus maridos”, parece um grande peso, um fardo a ser carregado sem qualquer ajuda. Ou então, que a mulher não vale nada e que, assim como uma escrava, o seu senhor faz dela o que bem entender. Mas, quando lemos tudo o que o apostolo Paulo diz, as coisas se encaixam.
A Igreja não me quer como uma mulher bitolada que não toma suas próprias decisões, pois só obedece ao seu marido. Pelo contrário, é justamente a Igreja que ensina a todos, inclusive a nós mulheres, que somos dignas e que merecemos tratamento a altura de tal dignidade. O valor é tamanho que a Igreja ensina ao homem que ele deve amar a sua mulher como o próprio Cristo Amou a Igreja e se entregou por ela.
Conseguimos entender até aqui que a submissão não se trata de obedecer a tudo, mas entender que os papéis do esposo e da esposa são diferentes e se completam. O homem recebeu uma missão: ser o chefe da família; e a mulher recebeu a submissão, uma missão dentro de outra missão. São missões de igual valor e relevância. Não há comparação porque não se trata de uma disputa, mas sim de um complemento. Duas peças diferentes, que se encaixam e se completam.
A submissão deixa de ser um peso para uma mulher que é amada e respeitada.
Foi a resignação histórica das mulheres que proporcionava a duração eterna dos casamentos. Tinham que aguentar a qualquer custo, até que se começou a respeitar e a considerar que as mulheres, assim como os homens, são sujeitas de desejo e de direitos. Daí o movimento feminista, que influenciou a quebra do princípio da dissolubilidade do casamento, permitindo que se instalasse o divórcio no Brasil (1977).
Analisando o ordenamento jurídico atual, a Lei Maria da Penha (11.340/2006) foi uma das grandes vitórias do movimento feminista. O nome homenageia a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após anos de violência doméstica, a lei visa punir de forma mais efetiva os homens – normalmente companheiros – agressores no âmbito familiar e doméstico, e contribuiu para a diminuição em 10% sobre os casos de assassinatos contra mulheres, segundo dados do IPEA de 2015. Entre a punição para agressão física, se enquadram violência psicológica, sexual, patrimonial, além de proteção à mulher denunciante.
Outro grande avanço conquistado pelo movimento feminista, foi o direito à licença maternidade remunerada, previsto na CF em seu artigo 7, inciso XVIII, recentemente alterado de 120 para 180 dias.

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