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RELATÓRIO TÉCNICO DE VISITA DE CAMPO MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO UNIFEI 2014-Campus ITABIRA Rodrigo Guimarães Aquino – EAM 19270 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO..............................................................................2 CONCEITUAÇÃO..............................................................................2 JUSTIFICATIVA.................................................................................3 METODOLOGIA................................................................................3 RELATÓRIO GERAL...........................................................................5 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................9 ANEXOS ..........................................................................................10 APRESENTAÇÃO Este documento consiste no relatório técnico elaborado após visita de campo, coleta de dados, análise e avaliação da situação ambiental da região distrital de Ouro Preto nominada da Cachoeira do Campo. Realizada na data de 22 de junho do ano de 2014. O objetivo é de fazer uma avaliação de campo da região, aplicando as teorias dadas em sala de aula na matéria Manejo e Conservação de solos. CONCEITUAÇÃO O manejo do solo dentro do limite da sua capacidade de uso é uma das premissas para a conservação deste recurso natural. As características inerentes a cada tipo de solo, como fertilidade, estruturação, permeabilidade, profundidade, relevo, agregação, entre outras, determinam práticas conservacionistas que visam minimizar os efeitos da interferência antrópica. O distrito de Cachoeira do Campo, Ouro Preto/MG, se destaca pela presença de um número significativo de voçorocas, que se distribuem ao redor do núcleo urbano chamando atenção pelas graves consequências ambientais e sociais que esse tipo de evento propicia. Sabe-se que o processo de erosão é um dos mais graves tipos de degradação ambiental, que pode se manifestar em sulcos ravinas e voçorocas. Estas últimas podem ser consideradas de grande poder destrutivo, pois envolvem diferentes mecanismos relacionados entre si que atuam de forma intensa, desagregando os solos e inutilizando grandes extensões de terras. Sua formação e evolução estão diretamente relacionadas aos fluxos de água de superfície e subsuperfície, estes promovem diferentes mecanismos conforme o local de sua atuação e com isso geram feições que permanecem como testemunhos do processo de erosão. O processo de erosão dos solos pela água se manifesta de diferentes maneiras, dependendoda sua erodibilidade e da erosividade das chuvas. Assim, a partir do momento em que a vertente começa a ser ocupada pelo Homem, observa-se o processo iniciado com a retirada da cobertura vegetal, as relações processuais morfodinâmicas se alteram, os solos sofrem o efeito pluvioerosivo, com o aumento do fluxo superficial e a consequente redução da infiltração. Com isso, a água ganha energia no seu movimento vertente abaixo pela velocidade que adquire com a declividade do terreno, e passa a arrastar uma quantidade suficiente de material que será transportado. A avaliação da situação ambiental da área estudada, é essencial para a elaboração de um diagnóstico com a identificação dos problemas que afetam essas áreas, bem como a proposição de ações que visem sua identificação e preservação. JUSTIFICATIVA A área de Cachoeira do Campo pela alta presença de voçorocas, que se distribuem ao redor do núcleo urbano chamando atenção pelas graves consequências ambientais e sociais que esse tipo de evento propicia, é uma clara oportunidade de fazer um laboratório de campo afim de se obter experiência prática do conhecimento agregado durante a matéria lecionada em sala de aula, o que pode se tornar uma experiência de alto valor para a formação de um profissional da área Ambiental. METODOLOGIA O estudo de campo se baseou em uma pré-definição em sala de aula pela professora Fernanda, da área do distrito de Cachoeira do Campo, onde seria percorrido um aproximadamente 6,76km em uma estrada de terra que tem como característica estar posicionada entre varias voçorocas, ravinas e deslizamentos de massa. Percurso representado na imagem 1 abaixo. Imagem 1: Trajeto percorrido da área de estudo Fonte: Google earth. Utilizando registros fotográficos, fotos de satélite, registros da matéria passada em sala de aula, mapas cartográficos e pesquisas já realizadas na região como bibliografia de referência foi possível preparar os seguintes resultados sobre a análise ambiental de manejo e conservação de solo da área de estudo. RELATÓRIO GERAL O ponto de inicio do trajeto de coordenadas UTM 23K 20º 24' 37,89" S; e 43º 40' 34,87" O, imagem 2 abaixo, tem como característica de ser um cruzamento de estradas com um declive mais acentuado, onde a estrada principal apresenta mal estado de conservação alem de formação de ravinas nas suas extremidades devido ao processo de lixiviação e um mal projeto de drenagem, a estrada vicinal liga a uma linha férrea usada constantemente por trens de carga pesado usados para transportar minério de ferro. O ponto final do trajeto de coordenadas UTM 23k 20º 24’ 17,95” S; 43º 40' 25,06" O, na entrada da Fazenda Maracujá, apresenta um estado mais conservado, onde a drenagem esta bem delineada, e com um grau de declividade plano evidenciado por ser parte de várzea de um pequeno curso d’água que atravessa a estrada por um duto subterrâneo, imagem 3 abaixo. Imagem 2: Ponto inicial. Fonte: Google earth. Imagem 3: Ponto Final Fonte: Google earth. ] ASPÉCTOS FÍSICOS: Vegetação: - Zona de transição mata atlântica/ cerrado com alto impacto ambiental por ação humana, devido à grande área desmatada para formação de pasto. - Presença Plantação de pinheiros ao longo do trecho via férrea, Com presença de vegetação arbustiva e gramínea nos pastos abertos. Imagem 4: Vegetação característica. Fonte: Pedro Leal Clima - Clima tropical. Duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa, correspondente ao clima tropical de altitude com chuvas de verão e verões quentes, ocorre entre os meses de outubro e fevereiro, atingindo uma pluviosidade média anual entre 1000 a 2100smm; e, com estação seca curta, nos meses de julho e agosto. A temperatura média anual varia entre 19.5º e 21,8ºC. Nos níveis mais elevados corresponde ao clima tropical de altitude com chuvas de verão. Possui verões mais brandos, com temperatura média anual mais baixa, entre 17,4º e 19,8ºC, e média dos meses quentes inferior a 22º. Altitude: - Altitude 1386 metros acima do nível do mar. Geologia/Geomorfologia, imagem anexo 1, mapa Geológico Ouro Preto. - Grupo Nova Lima, xistos com auréolas de metamorfismos (granadas e estaurolitas) - Unidades Geomorfológicas do Quadrilátero Ferrífero e da Serra do Espinhaço. Solos - Horizonte b latossólico, horizonte vermelho amarelo álico e ou distrófico, caracterizado na imagem 5 abaixo. Imagem 5: Horizontes expostos por um deslizamento de massa. Fonte: Pedro Leal Relevo Montanhoso Hidrografia Bacia hidrográfica do Rio SãoFrancisco/Sub-bacia Hidrográfica do Rio das Velhas/Rio Maracajú, próximo ao Ribeirão do Funil, Córrego do Cipó e Rio Maracujá. Análise de grau de integridade e fatores de degradação Erosão em estradas e trilhas formadas, assoreamento em leitos de córregos presentes ao longo do percurso, presença de atividades de mineração na região, movimentos de massa como slim e slamp em toda parte culminando na formação de voçorocas, presença de ravinas em topo de morro iniciada em trilhas usadas por animais como bovinos e rumino. Área com grande influência antrópica devido à desmatamento e formação de pastos, pela presença de uma linha férrea de médio porte e de transporte pesado. Imagens em anexo. Conclusão Restrições de uso e ocupação de solo, correção de nivelamento e drenagem da estrada, correção e construção de infra-estrura de apoio de recuperação de ravinas, em erosões e deslizamentos e ao em torno da estrada. Programas de recuperação de ravinas, movimentos de massa, e voçorocas em toda a região. Educação ambiental e revegetação e reflorestamento de áreas de APP e áreas com princípio de erosão já degradado. É importante salientar que toda área é de risco por apresentar uma alta concentração de movimentos de massa e possuir um solo de formação frágil, indicando que qualquer interferência humana em habitações, construções de rodovias, estradas e trilhas, ou uso para criação de animais, deve ser previamente estuda com cautela e com profissionais de conhecimento da área para evitar acidentes futuros ou durante a fase de implementação. Referência Bibliográficas - DA SILVA, Josefa C. L. M. Caracterização Hidrossedimentológica da APA Andorinhas, Ouro Preto: UFOP, 2006. - MAPA GEOLÓGICO OURO PRETO, Projeto Geologia do Quadrilátero Ferrífero, Integração e Correção Cartográfica em SIG, ESCALA 1:50.000, CODEMIG, 2005. - TOLEDO, M. C.; OLIVEIRA, S. M.; MELFI, A. J. Intemperismo e Formação do Solo. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2003. ANEXOS Mapa geológico Ouro Preto Fonte: CODEMIG Falha em drenagem de estrada, formação de ravina e quedas de barranco. Fonte: Pedro Leal Risco de Estrada ser atingida por um movimento de massa em sua borda. Fonte: Pedro Leal Concentração de voçorocas, movimentos de massa, slim e slamp em uma parcela da região estudada, evidenciando o a fragilidade do solo regional. Fonte: Pedro Leal
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