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1 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s ESTRUTURA DA PONTE Nervos cranianos na ponte V, VI, VII e VIII A ponte como o pedúnculo do mesencéfalo, também vai ser dividida em base e tegmento. A base é a região com mais fibras e tegmento é a região onde estão os núcleos dos nervos cranianos. A divisão é feita pelo corpo trapezoide, que está relacionado com as vias auditivas. BASE A base da ponte não tem núcleos de nervos cranianos, mas tem os chamados núcleos pontinos, núcleos próprios da ponte. Esses núcleos recebem fibras do córtex cerebral e manda fibras para o cerebelo, formando uma via chamada via corticopontocerebelar, relacionada com o posicionamento e o aprendizado motor. Trato corticopontino, que passa na base da ponte, cujo os axônios acabam nos núcleos pontinos. Os núcleos pontinos vão mandar axônios que vão cruzar a linha média formando as fibras transversais, visíveis macroscopicamente, que irão formar o pedúnculo cerebelar médio. Trato corticoespinhal lesão desse trato na ponte, antes de cruzar, problema contralateral Trato corticonuclear, acaba nos núcleos motores dos nervos cranianos (V, VI e VII) TEGMENTO É na região do tegmento da ponte que estão os núcleos dos nervos cranianos. Além dos núcleos, também existe substancia cinzenta, fibras (ascendentes, descendentes e transversais) e formação reticular. 2 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Núcleos dos nervos cranianos VIII Fibra aferente somática especial Componente coclear núcleo coclear dorsal e coclear ventral recebem fibras da cóclea, dos gânglios espirais Os axônios dos núcleos cocleares cruzam a linha média ou não, formando os corpos trapezoides. Na parte mais lateral e dorsal ao corpo trapezoide existe o núcleo olivar superior e as fibras cocleares podem ou não fazer sinapse nele. Depois que elas chegam, contornam o núcleo e sobem, formando o lemnisco lateral que acaba no colículo inferior. Componente vestibular 4 núcleos vestibulares (superior, inferior, medial e lateral), dois no bulbo (inferior e medial) e 2 na ponte (superior e lateral). o Os núcleos vestibulares estão relacionados com o equilíbrio, recebendo fibras dos canais semicirculares e cerebelo. fibras aferentes o Fibras eferentes fibras vestibulotalamicas, trato vestibuloespinhal (manutenção de postura e equilíbrio), fibras vestibulocerebelares, fascículo longitudinal medial (liga os núcleos do III, IV, VI, VIII e da medula, para coordenar o movimento da cabeça com o movimento dos olhos) VI e VII O núcleo do abducente fica mais medial e mais posterior que o núcleo do facial e as fibras do nervo abducente tem direção anterior, saindo pelo sulco bulbopontino mais medial. O facial manda fibras dorsais e mediais que vão circundar o núcleo do abducente, saindo lateralmente joelho interno do facial ou colículo do facial. VI fibra eferente somática VII fibra eferente visceral especial Núcleo lacrimal manda fibras pré-ganglionares através do VII para o gânglio pterigopalatino e a glândula lacrimal Núcleo salivatório superior glândulas sublinguais e submandibulares através do gânglio submandibular VII O facial sai da ponte pelo sulco bulbo pontino e entra no meato acústico interno junto com o VIII. Dentro da orelha existe o gânglio geniculado (joelho externo), sensitivo, onde existem corpos de neurônios cujo axônio irá formar o nervo intermédio que vai até o tronco cerebral para o núcleo do trato solitário. O corda do tímpano vai da periferia até o gânglio geniculado. V Os núcleos do V são uma continuação da substancia gelatinosa da medula. Cada região do tronco tem um nome diferente para seu núcleo. No bulbo existe o núcleo do trato espinhal (dor e temperatura), na ponte existe o núcleo sensitivo principal (tato epicrítico) e no mesencéfalo existe o núcleo do trato mesencefálico (propriocepção). A substancia gelatinosa faz sensibilidade do corpo e os núcleos do V sensibilidade da face. Depois de fazerem a sinapse, cruzam a linha média formando uma fita chamada lemnisco trigeminal que vai até o tálamo. O V também tem um núcleo motor que fica medialmente ao núcleo sensitivo principal, na ponte. Esse núcleo é responsável por controlar os músculos da mastigação. Fibras longitudinais 3 T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s T a i s e C a l i x t o G o n ç a l v e s Lemnisco espinhal união dos tratos espinotalamicos anterior e lateral sensibilidade do corpo Lemnisco medial união do grácil e do cuneiforme sensibilidade do corpo Lemnisco trigeminal sensibilidade somática da face Lemnisco lateral relacionado com as vias auditivas Pedúnculo cerebelar superior Recebe o espinocerebelar anterior decussação do pedúnculo cerebelar anterior Todas as fibras eferentes do cerebelo vão passar por esse pedúnculo. Parede dorsolateral cranial do IV ventrículo Cruza no limite com o mesencéfalo decussação dos pedúnculos superiores Formação reticular Lócus cerúleos fica na fóvea superior do 4º ventrículo principal responsável pela produção de noradrenalina do SNC Núcleos da rafe principais produtores de serotonina, responsáveis pelo bem-estar CORRELAÇÃO CLÍNICA Lesão do VII Trajeto do nervo: ponte sulco bulbopontino meato acústico interno forame estilomastóideo músculos da mimica Central Contralateral face inferior Periférico Ipsilateral face superior e inferior Lesão no canal facial intermédio e VIII AVC da Ponte A a. basilar passa na região anterior da ponte, então a principal região a ser lesada é a base. Ao atingir a parte mais medial da base da ponte lesiona-se o trato corticoespinhal e o nervo abducente lesando a direita hemiplegia contralateral e desvio medial do olho ipsilateral. Se a lesão se estender mais lateralmente, irá atingir o VII paralisia facial periférica a direita. A motricidade do corpo é contralateral e da face é ipsilateral Síndrome de Millard Gliuber Ao lesar a parte mais superior da ponte, irá atingir o V hemiplegia contralateral e perda de sensibilidade ipsilateral de face. A mandíbula desvia para o lado lesado (pterigoides)
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