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ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE - ATIVIDADE

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Acompanhe esses dois textos:
TEXTO 1
“Para Rousseau, o soberano é o povo, entendido como vontade geral, pessoa moral coletiva livre e corpo político de cidadãos. Os indivíduos, pelo contrato, criaram-se a si mesmos como povo e é a este que transferem os direitos naturais para que sejam transformados em direitos civis. Assim sendo, o governante não é o soberano, mas o representante da soberania popular. Os indivíduos aceitam perder a liberdade natural pela liberdade civil, isto é, a cidadania e, com ela, o direito civil à propriedade de bens. Enquanto criam a soberania e nela se fazem representar, são cidadãos. Enquanto se submetem às leis e à autoridade do governante que os representa, chamam-se súditos. São, pois, cidadãos do Estado e súditos das leis.” (CHAUÍ, 2012, p.466)
 
TEXTO 2
Análise: 
uma nova forma de atuação política e seus desafios.
Rafael Alcadipani, Fernando Luiz Abrucio e Marco Antonio Teixeira
Jornal Estado de São Paulo - 18 junho 2013
 
A Constituição de 1988 trouxe avanços com relação à democracia participativa, com a possibilidade de convocação de referendos e plebiscitos, além do envio de projetos de leis de iniciativa popular. Este modelo institucional é uma conquista da sociedade brasileira. Porém, efetivamente, pouquíssimas são as iniciativas populares que vingaram, como ocorreu recentemente com a Lei da Ficha Limpa. Em matéria de plebiscito e referendo nacionais, desde 1988 foram realizados apenas dois.
 
O mundo de hoje contém um paradoxo: 
há incentivos para a desmobilização dos indivíduos frente à esfera pública, sobretudo
por causa do avanço da lógica do consumismo hedonista, mas também as pessoas conversam cada vez mais entre si pelas redes sociais. É preciso, portanto, aproveitar este vetor positivo de participação, principalmente com relação aos mais jovens.
Em um mundo em que a tecnologia permite conexões espontâneas e rápidas, onde a notícia navega em altíssima velocidade, onde as opiniões são facilmente disseminadas, o Movimento Passe Livre nos mostra que precisamos, urgentemente, pensar em formas alternativas de permitir a manifestação dos cidadãos sobre as políticas públicas. Criar novos campos participativos é fundamental para reduzir a distância entre os governos e as demandas sociais.
Mas as manifestações devem enfrentar um grande desafio: como coadunar sua lógica das ruas com a necessária atuação nas instituições ditas tradicionais. No caso do Movimento Passe livre, sua vitória ocorrerá se ele conseguir abrir canais de comunicação com os Poderes Executivo e Legislativo dos três níveis de governo. Uma ideia nesta linha seria a criação, em São Paulo, de um Fórum sobre a Mobilidade Urbana, no qual pudessem participar vários atores políticos e sociais, e que tivesse um prazo para produzir debates, negociações e propostas. Ao final, este processo seria transformado em leis e decisões governamentais.
 
Disponível em: . Acesso em: 11 fev. 2016.
Analise o homem e suas relações sociais a partir da atuação política e relacione a participação política no Brasil relatada no texto 2 com as ideias de Rousseau, contidas no texto 1.
Rousseau coloca que soberano é o povo, a vontade geral; a Constituição Federal de 1988 veio para trabalhar justamente neste sentido: da vontade do povo. A democracia participativa com a possibilidade de realizar referendos e plebiscitos busca justamente conhecer a vontade de todos, sendo que a opinião da maioria que é levada em conta. 
O movimento passe livre marcou as manchetes como um movimento de participação política principalmente dos jovens, este movimento que surgiu na internet utilizava-se das redes sociais para se organizar nos mostra que a política brasileira ainda tem que se atualizar na abertura de canais de comunicação nos quais as pessoas possam se expressar e colocar suas necessidades e vontade de mudança. Atualmente não nos sentimos representados pela classe política e sentimos que estes não legislam por nós, mas sim para si. 
Recentemente temos os desdobramentos da operação lava-jato da polícia federal, conforme pudemos ver nas delações premiadas e nos noticiários Rousseau estaria errado de acordo com a política brasileira afinal quando pensamos a respeito da frase “o governante não é o soberano, mas o representante da soberania popular” percebemos que mesmo com os esforços e avanços ocorridos na Constituição de 88 notamos que os políticos não estão representando a soberania popular, temos a sensação de que ainda vivemos em um país coronelista. 
Nos últimos tempos também estamos acompanhando importantes mudanças na legislação brasileira, como a reforma da previdência social, a reforma trabalhista, e a aprovação da “Lei da terceirização”, neste contexto também notamos que o governo necessita abrir canais de comunicação com a população, vimos alguns movimentos surgirem e muitas dúvidas também acerca das mudanças. As chamadas na ouvidoria do governo e até mesmo para a rádio da Voz do Brasil aumentaram muito, acredito que o governo tem que trabalhar neste sentido de abrir mais canais de comunicação, além de educar a população para a participação política e de promover conhecimento de como funcionam os mecanismos políticos.

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