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O cálculo atuarial “o estudo técnico baseado em levantamentos de dados da população analisada, no qual o atuário busca mensurar os recursos necessários à garantia dos benefícios oferecidos pelo plano previdenciário, avaliar o histórico e a evolução da entidade como um todo, de forma a apresentar estratégias que permitam a sua adaptação a novos cenários” Plano de Custeio - apresenta as formas necessárias para custear os benefícios oferecidos no Plano de Benefícios definindo as alíquotas de contribuição previdenciária necessárias ao equilíbrio do sistema (custo normal e suplementar) Plano de Benefícios - apresenta todos os benefícios que o RPPS pretende oferecer ao servidor, por exemplo as aposentadorias, as pensões, auxílios (limitados ao rol do RGPS) 5 O cálculo atuarial FATORES DETERMINANTES I – LEGISLAÇÃO – de caráter normativo geral ou local que defina os benefícios oferecidos, as regras de concessão e o custeio desses benefícios: Constituição Federal, especialmente art. 40 e EC 20, 41 e 47 Lei Nº 9.717, de 27/11/98 Portaria MPAS Nº 4.992, de 05/02/99 II– ATUÁRIA – tábuas biométricas utilizadas, taxas de juros, metodologia de cálculo, compensação previdenciária, aportes III– CADASTRO – consistência dos dados, atualização dos dados, amplitude dos dados (todos os segurados, dependentes e período do RGPS) IV– HIPÓTESES ATUARIAIS - conjunto de valores esperados para as variáveis de influência no plano de benefícios (crescimento real dos salários nas carreiras, dos benefícios, taxa de juros, etc.) 6 TÁBUAS BIOMÉTRICAS são tabelas em que cada linha representa uma idade variando de 0 anos até 115 anos, normalmente, onde em função de muitos anos coletando informações estatísticas pode-se prever determinadas probabilidades de ocorrência de eventos. Exemplos de tábuas biométricas são as "Tábuas de Mortalidade", "Tábuas de Entrada em Invalidez", "Tábuas de Mortalidade de Inválidos", "Tábuas de Rotatividade” etc. Onde determina-se a probabilidade de uma pessoa morrer, em qualquer idade, por qualquer que seja a causa (natural ou acidental), a probabilidade de uma pessoa se invalidar, em qualquer idade, a probabilidade de uma pessoa inválida morrer, em qualquer idade e a probabilidade de uma pessoa vir a se desligar de sua empresa, em qualquer idade, respectivamente. 7 EXPECTATIVA DE VIDA (em anos) TÁBUA BIOMÉTRICA ao nascer aos 20 anos aos 30 anos aos 40 anos aos 50 anos aos 60 anos aos 70 anos CSO-58 69,3 51,4 42,3 33,2 24,6 17,1 11,1 CSO-80 71,8 53,4 44,2 35,1 26,4 18,5 12,0 AT-49 74,2 55,2 45,6 36,2 27,2 19,5 12,9 UP-84 75,3 55,7 46,3 36,8 27,9 19,9 13,2 GAM-71 75,4 56,3 46,6 37,0 27,9 19,8 12,9 UP-94 79,2 59,6 50,0 40,4 31,0 22,2 14,8 AT-83 79,7 60,5 50,8 41,3 32,1 23,6 16,0 AT-2000 81,1 61,8 52,2 42,6 33,3 24,6 16,8 Exemplos de Tábuas 8 8 Benefício Evento Correspondente Tábua Aposentadoria Programada Sobrevivência de aposentado válido AT-49 Entrada de ativo em invalidez Álvaro Vindas Sobrevivência de aposentado inválido IAPC Mortalidade de servidor ativo CSO-58 Sobrevivência de pensionista válido AT-49 Sobrevivência de pensionista inválido IAPC Mortalidade de aposentado válido CSO-58 Sobrevivência de pensionista válido AT-49 Sobrevivência de pensionista inválido IAPC Mortalidade de aposentado inválido IAPC Sobrevivência de pensionista válido AT-49 Sobrevivência de pensionista inválido IAPC Pensão de ativo Aposentadoria por Invalidez Pensão de aposentado programado Pensão de aposentado inválido Exemplos de tábuas atuariais x benefícios. O cálculo atuarial 9 9 As hipóteses se referem a rotatividade (desligamento dos servidores do plano de benefícios); reposição dos servidores públicos nas carreiras típicas; família-padrão; perfil do futuro servidor; Tempo de serviço anterior ao Regime Próprio de Previdência Social; Hipóteses Atuariais 10 10 As hipóteses se referem: dinâmica das ocorrências de entrada em invalidez e morbidez; dinâmica da mortalidade do grupo de servidores ativos, inativos, pensionistas e dependentes; dinâmica da mortalidade dos servidores aposentados por invalidez; e taxas de natalidade. Hipóteses Atuariais 11 11 O cálculo atuarial Porque realizar avaliação atuarial? Exigências legais Lei Complementar nº 101, de 04/05/00 (LRF): estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade fiscal; determina que a avaliação atuarial integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais (Art. 4º, § 2º, inciso IV); e c) e que as projeções atuariais deverão acompanhar o Relatório Resumido da Execução Orçamentária relativo ao último bimestre (Art. 53, § 1º, inciso I)I Necessidade de informações estratégicas sobre o regime. Planejamento de longo prazo das obrigações de natureza previdenciária e salarial. Como ferramenta gerencial para o planejamento na área de recursos humanos. 12 O cálculo atuarial GRUPOS ABRANGIDOS (Art. 40 da CF, art. 1º, inciso V da Lei nº 9.717/98) Servidores civis ativos titulares de cargos efetivos Militares ativos, na reserva e reformados Aposentados Pensionistas Dependentes de ativos, aposentados e militares 13 O cálculo atuarial DADOS Individualizados Porque? O custeio do plano de benefícios está diretamente associado às características biométricas e ao perfil funcional, salarial e de tempo de serviço do grupo. 14 O cálculo atuarial DADOS MINIMOS Ativos Órgão Matrícula Sexo Data de nascimento Tempo de serviço (incluindo RGPS) Data de ingresso no Serviço Público Data de ingresso na última carreira ou cargo Remuneração-base para cálculo da contribuição Remuneração-base para cálculo de benefício Carreira Cargo 15 O cálculo atuarial DADOS MINIMOS Aposentados Órgão Matrícula Sexo Data de nascimento Tipo da aposentadoria Valor do benefício de aposentadoria (início) Data de início da aposentadoria Carreira Cargo 16 O cálculo atuarial DADOS MINIMOS Pensionistas Órgão Matrícula do instituidor Matrícula do pensionista Sexo Data de nascimento Grau de parentesco (inclusive validez/invalidez do dependente) Valor da pensão Data de início da pensão Carreira do instituidor Cargo do instituidor 17 O cálculo atuarial DADOS MINIMOS Dependentes Matrícula servidor Identificação do dependente Data de nascimento do dependente Sexo do dependente Grau de parentesco Obs.: dependentes dos servidores ativos e inativos. 18 Responsabilidades dos Gestores No cálculo atuarial o atuário utiliza várias hipóteses para embasar todos os resultados obtidos, são as chamadas hipóteses atuariais, que devem ser definidas de comum acordo com a entidade previdenciária, e devem refletir a realidade demográfica e econômica da população abrangida pelo plano previdenciário: taxa real de juros e inflação projeção de crescimento real de salários e benefícios do plano taxas de rotatividade, mortalidade, entrada em invalidez e mortalidade de inválidos composição da família dos pensionistas 19 EQUILÍBRIO ATUARIAL Segundo Nota Técnica/SPS/MPS 17/1999, o equilíbrio atuarial é alcançado quando o equilíbrio financeiro é mantido durante todo o período de existência do RPPS, segundo alíquotas de contribuição definidas pelo cálculo atuarial. Portanto, o equilíbrio financeiro ou mesmo superávit, em apenas um determinado período, não garante o equilíbrio atuarial. 20 EQUILÍBRIO ATUARIAL 21 DÉFICIT EQUILÍBRIO SUPERÁVIT ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO PATRIMÔNIO RESERVA MATEMÁTICA PATRIMÔNIO RESERVA MATEMÁTICA PATRIMÔNIO RESERVA MATEMÁTICA DÉFICIT SUPERAVIT A busca do equilíbrio no tempo entre RECEITAS e DESPESAS é a meta do ATUÁRIO nos regimes de previdência. Ele faz isso gerenciando RISCO, DINHEIRO e TEMPO na esperança de manter a sustentabilidade do regime de previdência, visando a garantia do cumprimento das obrigações. Regimes Financeiros Previdenciários 22 RegimesFinanceiros Previdenciários 23 Noções de Probabilidades 24 Probabilidades de um acontecimento é a proporção entre o número de casos favoráveis ao acontecimento e o número total de resultados possíveis, supondo que todos os resultados do espaço amostral são igualmente possíveis. Assim, em um determinado experimento, a probabilidade associada ao acontecimento X, também identificada po P(X), é dada por: número de casos favoráveis X NCF P(X) = -------------------------------------- = --------- número de casos possíveis X NCPx 0 ≤ P (X) ≤ 1 Noções de Probabilidades 25 PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA EVENTO A – Saída de Faces iguais em um DADO. A = { (1,1), (2,2), (3,3), (4,4), (5,5), (6,6)} = 6/36 EVENTO B – Saída de Faces cuja a soma é 10 B = { (4,6), (5,5), (6,4) } = 3/36 EVENTO C – Saída de Faces cuja a soma das faces seja menor 2 C = 0 => evento impossível = 0/36 Distribuição de resultados possíveis 26 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 7 2 3 4 5 6 7 8 3 4 5 6 7 8 9 4 5 6 7 8 9 10 5 6 7 8 9 10 11 6 7 8 9 10 11 12 Noções de Probabilidades 27 Métodos para medir fenômenos associados ao ACASO. Probabilístico: permite ter uma estimativa de casos favoráveis á realização do fenômeno. Estatístico: permite conhecer com que frequência, em relação a massa total, acontecem os casos favoráveis à realização do fenômeno. Ex. Uma sacola contém 40 bolas de tênis, sendo 25 vermelhas, 10 amarelas e 5 azuis. Qual a probailidade de que uma bola, extraída ao acaso da sacola, seja da cor amarela? 10 bolas amarelas P(A) = --------------------------- = 1 / 4 = 25% 40 bolas existentes Esperança Matemática 28 NOÇOES DE JOGO, SISNISTRO, SEGURO, PRÊMIO E PRÊMIO COMERCIAL A esperança (E) é um fenômeno possível de acontecer. JOGO X SEGURO Jogo, temos a esperança de ganhar (Q) ao apostar. Ninguém apostar esperando perder. No jogo deve ser honesto, ou seja, as duas partes devem ter as mesmas chances. Seguro, temos esperança de não perder ou equilibrar, ou seja, o preço do seguro deve ser justo no preço em relação ao esperado. A atualiazação financeira do ganho futuro (v). O tempo entre a aposta e o pagamento do seguro será (t) Logo esperança será igual a E = Q . p . v t Matemática Financeira 29 Fluxo de Caixa com uma taxa de juros de 5% ao mês. 100 105 110,25 115,76 5% 5% 5% 0 1 2 3 Capitalização financeira = VFn = VP x (1 + i) n Matemática Financeira 30 Fluxo de Caixa com uma taxa de juros de 5% ao mês. 100 105 110,25 115,76 5% 5% 5% 0 1 2 3 DESCAPITALIZAÇÃO FINANCEIRA = VFn VP = -------------- (1 + i) n
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