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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO
HISTÓRIA-EAD
Atividade Portfólio - Unidade 1 e 2
“O que são relações de compadrio e qual sua importância para o funcionamento do Regime Oligárquico latino-americano?”
História da América III
Profa. Giani Vendramel de Oliveira
Aluno: Edson Carlos da Silva 
RA:1071265
São Paulo, 01 de Outubro de 2014
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Oligarquia e Coronelismo
A Oligarquia Latino Americana, em nosso país pode muito bem ser definida pelo que chamamos de Coronelismo, já que este é o termo sempre mais utilizado. Se tentaremos elucidar seu conceito de forma mais adequada, este ainda existe, apesar de gerar anacronismos, pois se considerarmos a evolução de nossa História, o termo Clientelismo é o mais acertado. 
Argumentamos que o fenômeno Coronelismo é estritamente ligado à posse da terra, portanto sua estrutura foi corroída pela industrialização do país após a década de 1930. Entretanto, o processo não sucumbiu em sua totalidade, pois, observamos que em algumas localidades ele continuou subsistindo, mascarado e disfarçado, numa relação de integração com a nova realidade política e econômica.
O Coronelismo no Brasil surge da decadência dos senhores de terra a partir da Proclamação da República, tornando-se uma adaptação do poder privado que passa a existir com um regime de extensa base representativa. É uma troca de favores e vantagens entre o poder público que se fortalece e a decadente influência dos senhores locais, notoriamente os grandes latifundiários. O governo, sem o controle do eleitorado rural, barganha com os chefes locais que tem o domínio sobre os eleitores de sua comunidade.
Uma artimanha necessária já que o chefe local controla discricionariamente grandes “lotes” do voto de cabresto. Sua posição financeira lhe coroa com influência sobre sua gente. “Ser gente do “Coronel” é antes de tudo compartilhar dos mesmos interesses do mandatário que possui “jurisdição” sobre seu pessoal, decidindo, inclusive, rixas e desavenças. São objetivos compartilhados, mas com interligação buscando benefícios em troca da fidelidade para com o mandatário. Os compromissos são de caráter recíproco entre coronel e eleitorado e entre o coronel e oligarquias estaduais.
Essa troca entre governo e a figura do coronel é estabelecida sobre e estrutura hierarquizada predominante em nossa sociedade. Se foi dito que o Coronelismo acontece a partir da perda do poderio econômico dos latifundiários, como a figura do mandão consegue dominar sua gente, já que sua condição financeira não é satisfatória? Para elucidar tal questionamento é fundamental lembrar que o auge do Coronelismo ocorre em um período que o eleitorado rural predominava sobre os eleitores urbanos. Havia despesas para votar, desde a roupa e até o transporte do eleitor e quem bancava era o mandatário local. 
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Mesmo não sendo rico, ou muito abastado, o coronel, às vezes, possuía certa vantagem sobre os demais trabalhadores pobres e demais pequenos proprietários circunvizinhos.
 Em sua fazenda ele possui água encanada, instalações sanitárias, luz elétrica, e uma alimentação farta. Por isso, os pobres, também chamados de roceiros, o vêem como um proprietário rico, comparando sua pobreza, pois tem recursos limitados em demasia.
Mas essa obediência por parte da “gente do coronel” não se originava apenas das despesas eleitorais. A condição de miséria e falta de informação do trabalhador rural impede que ele tenha acesso a qualquer tipo de informação. A situação de pobreza do camponês muitas das vezes era remediada pelo próprio latifundiário. Era o coronel quem vendia “fiado” em seu armazém, situado ás vezes dentro de sua própria terra, e era ele também que poderia ceder empréstimos aos seus. A situação de pobreza da gente do coronel, com sua mentalidade limitada, fazia-os ver no “mandão” alguém economicamente superior e com condições de socorrê-los. Por isso no plano político o trabalhador rural luta com o chefe local e pelo chefe local, o que deixava o mandatário em uma posição favorável frente ao governo obtendo condições de barganha.
Definem-se assim as relações de compadrio, onde os elementos considerados inferiores e dependentes submetiam-se ao senhor da terra pela proteção e persuasão. Se por um acaso houvesse alguma resistência de alguma parcela dos apadrinhados, estes eram expulsos da fazenda, perseguidos e assassinados impunemente. Muitas vezes juntamente com toda a sua família para servir de exemplo aos outros afilhados.
	Apesar o misticismo que envolve a figura do Coronel, possibilitando até mesmo a criação de romances envolvendo mandatários dos sertões brasileiros, este característica perdurou por muito tempo marcando assim o processo político-econômico brasileiro e de países vizinhos da Latino America.
		
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								Edson Carlos da Silva
								Out/2014

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