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Artigo Cubano - Sonda Gastrointestinal.pdf 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 1/15 Revista Cubana de Enfermería, Vol. 30, Núm. 4 (2014) ARTÍCULO DE REVISIÓN Assistência de enfermagem a pacientes em uso de sonda gastrointestinal: revisão integrativa das principais falhas Asistencia de enfermería a pacientes sometidos al uso de sonda gastrointestinal: revisión integrativa de las principales fallas Nursing care to patients using gastrointestinal tube: integrative review of the main problems Enf. Rosana Kelly da Silva Medeiros, Enf. Marcos Antonio Ferreira Júnior, Enf. Diana Paula de Souza Rêgo Pinto, Enf. Viviane Euzébia Pereira Santos, Enf. Allyne Fortes Vitor Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Brasil. RESUMO Introdução: a Enfermagem desempenha um papel preponderante, ativo e de responsabilidade crescente no controle da nutrição enteral, uma vez que além de promover sua administração, realiza a vigilância, manutenção e controle da via escolhida e o volume administrado com importante atenção para a prevenção de possíveis complicações. Objetivo: caracterizar as principais falhas relacionadas ao conhecimento e a prática da assistência de enfermagem à pacientes em uso de sonda gastrointestinal, por meio de uma revisão integrativa. Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura realizada no período de abril a maio de 2013 nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Publicações Médicas (PubMed) e Isi Web of Knowledge, com uso de descritores controlados e não- 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 2/15 controlados. Conclusão: a assistência de enfermagem apresentou condutas desfavoráveis que repercutiram de forma negativa no cuidado. Desse modo, evidencia-se a necessidade da implantação de protocolos para utilização durante a formação de recursos humanos em enfermagem, que norteiem a realização da assistência às pessoas alimentadas por sonda. Palavras-chave: enfermagem; cuidados de enfermagem; alimentação por tubo; intubação gastrointestinal; nutrição enteral. RESUMEN Introducción: la Enfermería juega un papel importante, activo y creciente en el control de la nutrición integral, así como la promoción de su gestión, monitorización, mantenimiento y control del volumen administrado para la prevención de complicaciones. Objetivo: caracterizar las principales fallas relacionadas al conocimiento y la práctica de la asistencia de enfermería a pacientes sometidos al uso de sonda gastrointestinal. Métodos: revisión integrativa de la literatura realizada en el periodo de abril a mayo de 2013 en las bases de datos Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Publicações Médicas (PubMed) e Isi Web of Knowledge, con el uso de los descriptores controlados y no controlados. Conclusión: la asistencia de enfermería presentó conductas desfavorables que repercutieron de manera negativa en el cuidado. De ese modo, se evidencia la necesidad de la implantación de protocolos para utilización durante la formación de recursos humanos en enfermería, que guíen la realización de la asistencia a las personas alimentadas por sonda. Palabras clave: enfermería, atención de enfermería, alimentación por tubo, intubación gastrointestinal, nutrición enteral. ABSTRACT Introduction: nursing play an important rol in the integral nutrition control. Objective: to characterize the main defects related to the knowledge and the practice of the nursing care regarding patients using gastrointestinal tube, thru an integrative revision. Method: it is an integrative revision of literature performed in the period between April and May of 2013 in the databases Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Publicações Médicas (PubMed) and Isi Web of Knowledge, using controlled and non-controlled descriptors. Conclusion: the nursing care presented unfavorable behaviors that affected the care in a negative way. Thus, it became evident the necessity of the implementation of protocols to be used during the training of human resources in nursing, to guide the 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 3/15 performance of the care to people being fed by tube. Key words: nursing; nursing care; tube feeding, gastrointestinal intubation; enteral nutrition. INTRODUÇÃO A nutrição é muitas vezes promovida como um importante componente de apoio da assistência de enfermagem, uma vez que proporciona manutenção e reposição das células e dos tecidos do corpo, de extrema importância para o metabolismo, crescimento, reparação e restabelecimento da saúde.1 Contudo, uma nutrição inadequada de forma prolongada pode conduzir à desnutrição. No contexto hospitalar, cerca de 70 % dos pacientes inicialmente desnutridos, sofrem uma piora gradual no seu estado nutricional, o que contribui para o aumento da morbimortalidade, do tempo de cicatrização de feridas, do tempo de internação e, consequentemente, dos custos hospitalares.2 Diante disso, a terapia de nutrição enteral (TNE) consiste num conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação do estado nutricional do paciente por meio de nutrição enteral (NE), enquanto que a NE é alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes.3 A NE consiste no método preferido para suprir as necessidades nutricionais quando o trato gastrointestinal do paciente está em funcionamento normal, ou seja, caracteriza uma estratégia importante para viabilizar suporte nutricional fisiológico, seguro e econômico, que proporciona resultados eficazes nos pacientes críticos, em que a Enfermagem tem a importante função de assegurar que as metas nutricionais estabelecidas sejam alcançadas nesses pacientes.1 A Enfermagem ainda desempenha um papel preponderante, ativo e de responsabilidade crescente no controle da nutrição enteral, uma vez que além de promover sua administração, realiza a vigilância, manutenção e controle da via escolhida e o volume administrado, com importante atenção para a prevenção de possíveis complicações, e caso estas surjam, o enfermeiro é o profissional que deverá tomar as primeiras medidas de intervenção.4 Ao enfermeiro cabem ainda as atribuições que vão desde a orientação do paciente e família quanto à utilização e controle da terapia de NE, o preparo do material, bem como o local do acesso.5 A prescrição dos cuidados de enfermagem assegura a inserção da sonda oro/nasogástrica ou nasoenteral, além de receber e garantir a conservação da NE até sua administração, detectar e comunicar quaisquer intercorrências. Outros pontos 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 4/15 importantes se referem às ações de registrar as informações relacionadas à administração e à evolução do paciente, garantir a fixação da sonda, promover atividades de treinamento e educação continuada, bem como elaborar e padronizar os procedimentos de enfermagem relacionados à terapia de nutrição enteral.5 Com base nas responsabilidades, nos riscos associados e na importância de uma assistência de enfermagem baseada em conhecimentos científicos, torna-se fundamental uma capacitação contínua da equipe de enfermagem, de modo a agir efetivamente nos procedimentos de introdução de sondas gastrointestinais, administração e manutenção da terapia nutricional, de modo a evitar complicações ao paciente alimentado por sonda.6 Portanto, o objetivo desse estudo é caracterizar as principais falhas relacionadas ao conhecimento e a prática da assistência de enfermagem à pacientes em uso de sonda gastrointestinal, por meio de uma revisão integrativa da literatura. MÉTODOS Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, que consiste na construção de uma análise ampla da literatura, com vistas a contextualizar o problema de pesquisa por restringir-se a estudos relevantes que apontem para novos dados relacionados aos objetivos da pesquisa, de forma a contribuir para discussões de métodos e resultado de pesquisas, assim como a reflexão sobre a realização de estudos futuros.7-8 A revisão integrativa foi realizada em cinco etapas, sendo elas: 1) Identificação do problema; 2) Busca na literatura; 3) Avaliação dos estudos; 4) Análise dos resultados e 5) Apresentação da síntese de conhecimento.9 Para identificação do problema considerou-se a seguinte questão norteadora para este estudo: Quais as principais falhas relacionadas ao conhecimento e à assistência de Enfermagem à pacientes em uso de sonda gastrointestinal? Utilizou-se como base científica eletrônica nacional para a realização do estudo a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que incluiu a base de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS) e a Base de Dados de Enfermagem (BDENF), bem como Portal de Periódicos da Capes para acesso às bases internacionais que contempla a Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), as Publicações Médicas/ Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PubMed/MEDLINE) e a Isi Web of Knowledge. Para a busca nas bases de dados elencadas foram utilizados os Descritores controlados em Ciências da Saúde (DeCS) e advindos do Medical Subject Headings (MeSH): Alimentação por Tubo (Enteral Nutrition), Cuidados de Enfermagem (Nursing Care), Intubação Gastrointestinal (Gastrointestinal Intubation) e os descritores não-controlados: Sonda Nasogástrica (Nasogastric Tube) e Sonda Enteral (Enteral Tube). Com o objetivo de 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 5/15 aumentar as especificidades dos estudos, foi realizado um cruzamento por pares de descritores. Desse modo, foram realizados 10 cruzamentos nas cinco bases de dados supracitadas, que contemplou os seguintes pares de descritores em cada base: Alimentação por Tubo e Cuidados de Enfermagem (Enteral Nutrition and Nursing Care); Alimentação por Tubo e Intubação Gastrointestinal (Enteral Nutrition and Gastrointestinal Intubation); Alimentação por Tubo e Sonda Nasogástrica (Enteral Nutrition and Nasogastric Tube); Alimentação por Tubo e Sonda Enteral (Enteral Nutrition and Enteral Tube); Cuidados de Enfermagem e Intubação Gastrointestinal (Nursing Care and Gastrointestinal Intubation); Cuidados de Enfermagem e Sonda Nasogástrica (Nursing Care and Nasogastric Tube); Cuidados de Enfermagem e Sonda Enteral (Nursing Care and Enteral Tube); Intubação Gastrointestinal e Sonda Nasogástrica (Gastrointestinal Intubation and Nasogastric Tube); Intubação Gastrointestinal e Sonda Enteral (Gastrointestinal Intubation and Enteral Tube); Sonda Nasogástrica e Sonda Enteral (Nasogastric Tube and Enteral Tube). A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e maio de 2013 e os critérios de inclusão para seleção foram: artigos disponíveis integralmente nas bases de dados selecionadas; nos idiomas espanhol, português, inglês, francês ou alemão; que abordassem a assistência de Enfermagem à pacientes em uso de sonda gastrointestinal e publicados a partir 2008, tendo em vista a análise da prática mais atual de Enfermagem. Excluiu-se os estudos que não responderam ao questionamento proposto ou que estivessem duplicados e publicações do tipo resumos, dissertações, teses, editoriais e notas ao editor. Procedeu-se a leitura e os dados coletados dos artigos foram organizados em dois quadros no programa Microsoft Office Excel 2010. Essa fase envolveu a elaboração de um instrumento de coleta de dados, com o objetivo de extrair as informações chaves de cada artigo selecionado. Os instrumentos adotados contemplaram os itens: identificação do estudo (local de publicação, autores, país onde foi realizado, ano, idioma, local do estudo), objetivos (dados do estudo), características metodológicas (análise do delineamento de pesquisa, seleção da amostra, técnicas e métodos para coleta e análise dos dados), resultados (descrição e análise crítica) e conclusão (principais conclusões e recomendações). RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram encontradas numa primeira busca 1367 publicações, das quais 62 (4,5 %) foram pré-selecionadas após leitura de títulos e resumos, no entanto, 15 foram excluídas por estarem duplicadas. Dentre as 47 publicações pré-selecionadas, 40 (85,1 %) foram excluídas após leitura na íntegra dos artigos, que resultou em uma 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 6/15 amostra final de 07 estudos selecionadas para análise neste estudo. A figura 1 demonstra esse processo no seguinte fluxograma (figura). Após a seleção dos 07 artigos que atenderam aos critérios de inclusão da pesquisa, foram extraídos dados quanto a seus locais de publicação, autores, lugar de realização das pesquisas, ano, idioma, objetivos dos estudos e métodos de coleta de dados utilizados nos estudos, conforme tabela 1. Os objetivos dos estudos selecionados foram em sua totalidade referentes à assistência de Enfermagem em pacientes alimentados por sonda, que contemplam além da técnica, o conhecimento acerca da alimentação enteral. Em quase sua totalidade, as pesquisas foram realizadas com profissionais que trabalhavam em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 87,7 %, enquanto 14,3 % foram realizadas com profissionais que trabalhavam em lares de idosos. Dentre os 07 estudos analisados, 06 (85,7 %) se constituíam de estudos quantitativos e 01 apresentava abordagem qualitativa em seu método. Observou-se que o método de coleta escolhido em todos os estudos quantitativos foi o questionário, quando 66,7 % apresentaram o método survey em sua metodologia. Dessa forma, a pesquisa em questão observou estudos que visualizaram o que ocorreu na prática e como estava o conhecimento teórico desses profissionais. Todos os estudos enfatizaram as limitações na assistência de enfermagem, independentemente do método de pesquisa. As principais falhas foram identificadas em aspectos que envolviam o conhecimento e prática dos profissionais de Enfermagem quanto a aspectos que devem ser avaliados antes da administração da dieta, como verificação de estase gástrica e teste para certificação do posicionamento da sonda. Essas deficiências estão distribuídas e representadas na tabela 2. 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 7/15 O conhecimento relacionado à estase gástrica foi o mais observado em todos os estudos, principalmente no que consiste aos limites de resíduo gástrico aceitáveis para indicar risco para aspiração ou intolerância gastrointestinal. A American Society for Parenteral e Enteral Nutrition (ASPEN)16 relata que ainda não existe estudo capaz de identificar com precisão o nível de volume de resíduo gástrico que coloca o paciente em risco para intolerância digestiva. No entanto, recomenda que em um nível superior a 500 ml, seja interrompida a alimentação por sonda nasogástrica, já as diretrizes da British Society of Gastroenterology recomendam um valor superior a 200 ml para interromper esse fornecimento.17 Apesar de não haver consenso, um dos estudos11 indicou que a equipe de enfermagem tem praticado de modo desnecessário a diminuição de calorias para seus pacientes quando interrompem a alimentação enteral com baixos níveis de volume residual gástrico. Houve divergências entre as afirmações desses profissionais que responderam 150 ml, 200 ml, 250 ml e 500 ml como volumes que exigem a interrupção do fornecimento da dieta. Outros estudos6,12,15 realizados no Brasil, Reino Unido, Irlanda e Índia também mostraram que apesar da verificação da estase gástrica ser praticada, existem condutas divergentes quando se pergunta 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 8/15 sobre o procedimento para esses profissionais. Algumas afirmações consideraram o volume de resíduo gástrico para interromper a dieta em valores que variaram entre 50 ml, 100 ml e 200 ml.15 Em estudo realizado em Singapura,12 também houve variação nas respostas da equipe de enfermagem, porém, as condutas dos profissionais que assistiam pacientes alimentados por sonda cumpriam o protocolo da instituição quanto ao manejo do resíduo gástrico. Para melhoria da tolerância à alimentação, a equipe de enfermagem relatou que realizava a interrupção da alimentação, verificava o aspirado e iniciava o uso de um procinético,12 já em outro estudo foi citado o uso de antiemético para melhora dessa condição.6 No entanto, um estudo apontou o uso de procinéticos como mais eficaz para sintomas relacionados à estase gástrica por promover o esvaziamento gástrico.18 A certificação do posicionamento da sonda foi outro aspecto que apresentou divergência na prática dos profissionais de enfermagem. Em um dos estudos,6 apesar dos profissionais relatarem a importância da verificação do posicionamento da sonda antes da administração da dieta, quando observados não houve certificação desse posicionamento pela maior parte desses profissionais. Estudos11,13,15 realizados em Singapura, Estados Unidos e Índia observaram que a técnica para verificação de posicionamento da sonda largamente utilizada foi a ausculta epigástrica após insuflação de ar. Observou-se ainda a falta de conhecimento sobre os vários tipos de testes de posicionamento15 e a utilização da verificação do comprimento exterior da sonda e a aparência do aspirado como métodos mais utilizados após a ausculta.13 O teste de hidrogênio (pH) ainda foi o método mais mencionado como teste de primeira escolha no estudo de Singapura, e o método de bolhas ou água borbulhante foi o terceiro mais utilizado pelos profissionais, uma vez que detectado 5 ml de aspirado amarelado, pH 7 e ruídos sibilantes, a maioria respondeu utilizar o teste de bolhas para a confirmação.11 Entretanto, não há nenhuma evidência que sustenta o método de ausculta e o método de bolhas para confirmação do posicionamento correto da sonda.19 O teste de pH e verificação por raio-X são considerados testes mais confiáveis pela evidência científica, embora a inclusão de raio-X nos testes de posicionamento envolva além da participação da equipe de enfermagem, médicos para viabilizar esse processo, além de expor os pacientes à radiação.19,20 A verificação do comprimento exterior da sonda, volume e pH do aspirado, bem como a descrição do aspirado apresentam moderado grau de confiabilidade para avaliação da localização na 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 9/15 região gástrica ou jejunal de acordo com a avaliação da evidência.20 É recomendada a utilização de vários métodos para avaliar a localização da sonda que incluem atenção aos sinais de desconforto respiratório, avaliação visual do aspirado e uso do teste de pH, se disponível; bem como a confirmação por meio de raio-X antes da administração da dieta.21 Após inserção da sonda é importante marcar o local da saída do tubo com fita adesiva ou marcador permanente. Uma vez que todos os métodos de cabeceira para avaliar o posicionamento do tubo de alimentação têm eficácia limitada, os enfermeiros devem avaliar o posicionamento da sonda de alimentação em intervalos de quatro horas, pela medição da parte externa da sonda, observação das mudanças no volume e aparência do aspirado gástrico, teste de pH da secreção e obtenção de raio-X para certificação do posicionamento da sonda se houver dúvida.21 Observou-se ainda nos achados da revisão que os profissionais de enfermagem apresentavam conhecimento deficiente quanto às contraindicações para a alimentação enteral, pois afirmaram que a ausência de ruídos hidroaéreos é uma condição que proíbe o início da nutrição enteral, portanto, a passagem de flatos seria a condição obrigatória para iniciar a nutrição enteral.15 Estudo revela que somente obstrução, perfuração intestinal e isquemia são contraindicações para alimentação enteral. Ruídos intestinais e flatos ausentes permitem a NE, uma vez que os ruídos são em decorrência da movimentação de ar no intestino e, muitas vezes, estão ausentes ou fracos, mesmo quando o intestino funciona normalmente.22 Quanto ao conhecimento deficiente frente aos sinais de complicação na administração de alimentação por sonda, a complicação mais referida foi diarréia, broncoaspiração e estase gástrica.6 Em caso de vômito e interrupção da ventilação, reduzido número de profissionais respondeu que agiriam com o posicionamento do paciente em decúbito lateral, portanto, avaliariam a condição e aspirariam o volume gástrico.11 A pneumonia aspirativa é considerada a complicação de maior gravidade em NE por ser potencialmente fatal e, geralmente, é consequência do refluxo gástrico.3 A aspiração é uma das complicações mais temidas e os pacientes com maior risco são os que utilizam sonda nasoenteral, tubo endotraqueal, e ventilação mecânica, possuem idade maior que 70 anos, redução do nível de consciência e carência de cuidados de enfermagem.23 Aspectos como a posição do paciente também contribuem para essa complicação, o que torna necessário o cuidado com a elevação da cabeceira do paciente.24 Foi observada em um dos estudos a elevação do leito por 60 minutos após a infusão da dieta a fim de evitar essa complicação.6 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 10/15 Observou-se ainda em um dos estudos a conduta deficiente do profissional de enfermagem quanto à assepsia na viabilização da nutrição enteral, bem como a utilização de adornos nesse processo.6 De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC)3 nº 63 de 06 de julho de 2000, a equipe de enfermagem deve atender às medidas de higiene e retirar jóias e relógios antes da infusão da dieta enteral por sonda. A identificação da dieta e os registros de enfermagem também são preconizados nessa resolução, uma vez que o enfermeiro é responsável pelo recebimento da dieta, que deverá registrar o ocorrido em livro e assinar, com anotação do número de classe, bem como registrar as ocorrências e dados referentes ao paciente, como peso, sinais vitais, tolerância digestiva, entre outros; além das ocorrências em relação à terapia nutricional.3 Em um dos estudos analisados também foram visualizadas condutas contrárias a essa normatização.6 Ainda em relação ao manejo da nutrição enteral, observou-se conhecimento deficiente quanto à fórmula para alimentação enteral por sonda, quando profissionais de enfermagem afirmaram que o composto utilizado era apenas alimento liquidificado e não pré-fabricado.15 Contudo, a RDC n°63 estabelece que a nutrição enteral é industrializada e preparada de acordo com a avaliação dietética da prescrição médica no Brasil, e deve estar dentro de padrões que contemplam desde o transporte à conservação da temperatura dessas fórmulas para atingir a garantia da qualidade.3 Outro estudo mostrou que os riscos da alimentação por sonda tendem a ser subestimados e os benefícios da sonda para alimentação tendem a ser superestimados pelos profissionais de enfermagem, o que os impossibilita de estabelecer uma orientação adequada aos familiares dos pacientes com demência que necessitam da alimentação por sonda. Esses profissionais vêem as sondas de alimentação para os pacientes com demência avançada como uma intervenção eficaz para aumentar a sobrevida e facilitar a alimentação e administração de medicamentos, bem como prevenir ou melhorar as úlceras.14 No entanto, estudos demonstram que não há evidência de aumento da sobrevivência em pessoas com demência que recebem a alimentação por sonda enteral e não há evidência de benefícios em termos de estado nutricional ou a prevalência de úlceras de pressão.24 Nesse contexto, além da orientação inadequada aos familiares observou-se a prática deficiente quanto à comunicação com o paciente por parte dos profissionais de enfermagem.6 Tal conduta é paradoxal ao papel desse profissional que consiste em propor uma ação de cuidados abrangentes, que implica, entre outros aspectos, desenvolver a habilidade de comunicação, de modo a atender às necessidades do paciente, e não se restringir a simples execução de técnicas ou procedimentos.25,26 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 11/15 A partir do que foi analisado nos estudos, observa-se que a assistência de enfermagem apresenta limitações, no que se refere à apropriação teórica de algumas questões que envolvem a assistência ao paciente alimentado por sonda. Esse conhecimento é fundamental para o planejamento de estratégias que revertam essa situação, a fim de possibilitar ao paciente uma assistência isenta de riscos. CONCLUSÃO Os estudos mostraram falhas na assistência de enfermagem por limitações teóricas e/ou por negligência em determinadas situações, com divergências entre o que é praticado e o que é preconizado nas diretrizes da NE. As principais falhas concentraram-se no conhecimento e prática quanto a aspectos que devem ser avaliados antes da administração da dieta, como verificação de estase gástrica e teste para certificação do posicionamento da sonda, além das condições que contraindicam a nutrição enteral e os riscos e benefícios do uso de sonda para alimentação. Foram observadas também falhas na comunicação e nos registros de enfermagem, bem como na assepsia durante o manejo da nutrição enteral. Quanto aos sinais de complicação nos pacientes alimentados por sonda, foi verificado a falta de conhecimento em relação à complicação mais grave e a abordagem do paciente nessas situações. Os resultados revelaram que a assistência de enfermagem apresentou condutas desfavoráveis que repercutiram de forma negativa nos estudos analisados. Desse modo, evidencia-se a necessidade da implantação de protocolos que norteiem a realização da assistência das pessoas alimentadas por sonda nos serviços de saúde. É necessário ainda que a prática seja revista e a capacitação contínua seja rotineira nos serviços de saúde, em especial naqueles que cuidam de pacientes críticos. Considerar o pressuposto de que a formação acadêmica tem contribuído para esses resultados, é lamentável, portanto, é fundamental que a formação profissional esteja mais coerente com as necessidades da prática para que seja prestada uma assistência de qualidade ao paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. 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Aprobado: 13 de marzo de 2014. Rosana Kelly da Silva Medeiros. Enfermeira. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Membro do grupo de Pesquisa Incubadora de Procedimentos de Enfermagem/UFRN. Endereço: Rua Minas Novas, 37, Bloco IV, Ap. 203 – Neópolis, CEP: 59088- 725 – Natal-RN, Brasil. Telefone: (84) 36083652/ (84) 96065639. E-mail: rosana_kelly@hotmail.com 22/09/2017 da Silva Medeiros http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 15/15 Cap 10. Manual USP - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais.pdf CAPÍTULO 10 75 injeção de 20 mL de ar; aspirar o conteúdo gástrico até observar presença de secreção na sonda; medir o pH do líquido aspirado, que deve ser ≤ 4; • Fixar a sonda, com atenção para não tracionar a asa do nariz; • Solicitar radiografia simples de abdome para confirmar o posicionamento. Inserção da sonda nasoentérica (adaptado do procedimento do Departamento de Enfermagem) • Colocar o paciente em posição de Fowler. Se houver suspeita de lesão em coluna, realizar o procedimento com o paciente em decúbito dorso-horizontal (DDH); • Medir o comprimento da sonda a ser introduzido: da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice xifoide (posição gástrica), estimar mais 15 cm e marcar com fita adesiva; • Lubrificar com xilocaína gel 2% mais ou menos 10 cm da sonda; • Introduzir a sonda por uma das narinas e após a introdução da parte lubrificada, flexionar o pescoço do paciente e orienta-lo a deglutir, se possível; • Introduzir a sonda até aproximadamente 15 cm antes da marca da fita adesiva; CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM SONDAS NASOENTERAIS Fernanda Rodrigues Biz Silva Karina Sichieri Débora Regina Guedes Fabiana Pereira das Chagas Neste capítulo são abordados os procedimentos relacionados aos cuidados de enfermagem com sondas nasoenterais em adultos e em pacientes pediátricos e neonatais. 1. PACIENTES ADULTOS Inserção da sonda nasogástrica (adaptado do procedimento do Departamento de Enfermagem) • Colocar o paciente em posição de Fowler. Se houver suspeita de lesão em coluna, realizar o procedimento com o paciente em decúbito dorsal horizontal (DDH); • Medir o comprimento da sonda a ser introduzida: da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice xifoide, marcar com uma tira de fita adesiva; • Lubrificar mais ou menos 10 cm da sonda com cloridrato de lidocaína gel 2%; • Introduzir a sonda por uma das narinas e após a introdução da parte lubrificada, flexionar o pescoço e orientar o paciente a deglutir, se possível; • Introduzir a sonda até a marca da fita adesiva; • Testar se a sonda está no estômago: auscultar ruído, com estetoscópio em região epigástrica, durante 76 Manual da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – HU/USP • Confirmar a posição gástrica da sonda: auscultar ruído, com estetoscópio em região epigástrica, durante injeção de 20 mL de ar; aspirar o conteúdo gástrico até observar presença de secreção na sonda; • Introduzir aproximadamente 400 mL de ar pela sonda (com auxílio de uma seringa); • Posicionar o paciente em decúbito lateral direito; • Introduzir mais 15 cm da sonda lentamente, até atingir a progressão da marca feita com fita adesiva; se houver resistência, tracionar os 5 cm introduzidos anteriormente e reiniciar a partir desse ponto; se não progredir, interromper o procedimento; *Se não houver sucesso de localização na primeira tentativa, retirar a sonda e reiniciar o procedimento; ao invés da insuflação de 400 mL de ar, administrar uma ampola de metoclopramida por via intravenosa, conforme prescrição médica; • Retirar o fio guia e fixar a sonda; • Solicitar raio-x de abdome para confirmar a posição da sonda. • Na UTI adulto a sonda será locada, preferencialmente, em posição pós-pilórica, visando a prevenção da aspiração pulmonar. Se após duas tentativas não for possível a posição pós-pilórica, iniciar a dieta pela sonda nasoenteral em posição gástrica, avaliando a progressão da dieta por 12 horas. Se houver boa tolerância, manter a sonda em posição gástrica, caso contrário comunicar equipe médica. • Nas unidades de internação e pronto-socorro, visando a agilidade no início da dieta, as sondas enterais poderão ser locadas em posição gástrica (pré-pilórica). Em caso de dificuldade para a progressão da dieta ou algum sinal de intolerância, optar pelo posicionamento pós-pilórico. Administração de dieta intermitente (sistema aberto) • Checar o rótulo do frasco de dieta com a pulseira de identificação do paciente e prescrição médica; • Verificar dieta quanto ao volume, aspecto e temperatura; • Agitar o frasco da dieta, evitando que fiquem sedimentos depositados no fundo; • Posicionar a cabeceira a 30º ou mais; • Verificar o posicionamento da sonda antes da instalação da dieta; • Verificar o resíduo gástrico (refluxo) e retornar esse conteúdo ao estômago; *Obs: Caso o resíduo gástrico seja maior ou igual a 100% do volume administrado na infusão anterior é recomendado não administrar a dieta e aguardar o próximo horário; • Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada; • Preencher o equipo e conectá-lo à sonda; • Abrir a pinça rolete e controlar para que a dieta seja administrada em tempo médio de 30 a 60 minutos; • Observar sinais de desconforto durante o procedimento; • Após o término da dieta, lavar a sonda com 20 mL de água filtrada; • Manter a sonda fechada; • Documentar o resíduo gástrico e o volume de dieta infundido na folha de controles da unidade. Administração de dieta contínua (sistema fechado) • Checar o rótulo do frasco de dieta com a pulseira de identificação do paciente e prescrição médica; • Verificar dieta quanto ao volume e aspecto; • Verificar o posicionamento da sonda; • Mensurar o resíduo gástrico e retornar esse conteúdo ao estômago; • Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada; • Colocar o equipo na bomba de infusão e preenchê-lo; • Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à sonda e iniciar a administração da dieta; • Checar na prescrição médica o horário de instalação da dieta; *Obs: Após aberta, a dieta tem validade de 24 h, assim como o equipo; • No final de cada plantão, a bomba de infusão de dieta deve ser “zerada” e o volume infundido anotado na folha de controles da unidade. Resíduo gástrico • A posição da sonda e o resíduo gástrico devem ser conferidos a cada 6 h; • Após a verificação do resíduo gástrico, o volume aspirado deve ser reintroduzido no estômago; • Quando o volume residual for maior ou igual a 50% do volume administrado nas últimas duas horas: – Manter a velocidade de infusão e aguardar o próximo horário de verificação; – Se no horário seguinte persistir esse volume de resíduo gástrico, manter a velocidade de infusão e verificar a possibilidade de prescrição de pró-cinético; – Seguir acompanhando o resíduo gástrico a cada 6 h; • Quando o volume residual for maior ou igual a 100% do volume administrado nas últimas 2 horas, executar os passos do fluxograma a seguir. • Documentar o volume do resíduo gástrico na folha de controles da unidade. Capítulo 10 - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais 77 Administração de medicamentos • Pausar a bomba de infusão, se dieta enteral contínua; • Lavar a sonda com 20 mL de água antes e após a administração de medicamentos e entre medicamentos diferentes; • Administrar cada medicamento separadamente. Pausa noturna • A pausa noturna realizada nas enfermarias (Clínica Médica e Clínica Cirúrgica) permite o processo fisiológico de acidificação gástrica, auxiliando no controle da população bacteriana no trato gastrointestinal. Além de permitir maior conforto ao paciente, que pode manter decúbito baixo durante a noite, e favorecer a administração das medicações em jejum. • Em geral, a pausa é feita das 24 h às 6 h e a infusão do volume total da dieta é calculada em um tempo de 16 h, o que permite pausas durante o dia para os cuidados de enfermagem, da fisioterapia ou outros procedimentos. • Para evitar complicações, a equipe de enfermagem deve lavar a sonda com 20 mL de água quando desligar a dieta, à noite, e quando reiniciá-la, pela manhã, além de checar a posição da sonda e o refluxo nos dois momentos. • Os medicamentos que são administrados em jejum devem ser aprazados para as 4 h. • A pausa noturna pode acontecer nas unidades de internação, sem prejuízo para a obtenção da meta calórica diária. Administração de água via sonda enteral • Nas enfermarias, o volume de água a ser administrada, a cada 3 horas, via sonda enteral, deve estar na prescrição médica e ser aprazada pela enfermeira. • Infundir a água no “Y” da sonda, sem pausar a bomba; • Administrar o conteúdo prescrito; 78 Manual da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – HU/USP • Checar, na prescrição médica, a administração da água. • Na Unidade de Terapia Intensiva de adulto, programar bomba de infusão para administrar 20 mL de água a cada 4 horas ou volume maior, a critério médico. 2. PACIENTES PEDIÁTRICOS E NEONATAIS Inserção da sonda oro/nasogástrica (adaptado do procedimento do Departamento de Enfermagem) • Verificar no prontuário o peso da criança para selecionar o tamanho adequado da sonda gástrica; • Higienizar as mãos, reunir o material e levar próximo ao Recém-Nascido (RN)/criança; • Explicar o procedimento à criança e/ou acompanhante e solicitar cooperação; • Manter o paciente em decúbito dorsal, elevar a cabeceira do leito de 30º a 45º e manter a cabeça em posição mediana; • Aplicar técnica de contenção, se necessário; • Determinar o comprimento da sonda a ser inserida: segurar a extremidade da sonda na ponta do nariz do RN/criança, estender até o lóbulo da orelha e desse até o espaço médio entre a terminação do processo xifoide e a cicatriz umbilical; • Marcar na sonda a medida com uma tira de fita adesiva elástica (Tensoplast®) em espiral; • Calçar luvas; • Umidificar os 6 cm iniciais da ponta distal da sonda com água destilada para reduzir a fricção e o trauma na área; • Segurar a sonda com a extremidade apontada para baixo; • Iniciar a introdução da sonda via nasal ou oral lentamente. Observar sinais de desconforto como dispneia, cianose e tosse, que podem indicar que a sonda está na traqueia e, nesse caso, retirar imediatamente e reiniciar o procedimento; • Interromper o avanço da sonda quando a marca com a fita adesiva chegar à boca ou narina do RN/criança; • Testar o posicionamento da sonda, utilizando no mínimo três dos métodos a seguir: • Confirmar sua posição com método auscultatório em flanco esquerdo: no RN, injetar de 0,5 mL de ar (sonda de calibre 4Fr) a 1,0 mL de ar (sonda de calibre 6Fr); na criança, injetar 3 - 5 mL de ar; ocorrência de ruído sugere que está na posição correta (Teste Whoosh); • Conectar a seringa à sonda e aspirar o conteúdo gástrico observando a presença de secreção na sonda; caso não retorne secreção, injetar 0,5 mL de ar para neonato; 1,0 mL de ar para crianças entre 1 mês e 1 ano; 2,0 mL de ar para crianças de 1 a 7 anos; logo após verifique se há o retorno de conteúdo gástrico; caso não retorne, mobilizar delicadamente a sonda e aspirar novamente; • Colocar a secreção gástrica aspirada em fita de teste do pH, certificando-se de que tenha coberto totalmente o papel teste; proceder à leitura dentro do tempo estabelecido pelo fabricante, comparando a cor obtida com a escala presente na embalagem; valores de pH igual ou menor a 5,5 indicam posicionamento gástrico; o procedimento deve ser reiniciado para valores superiores a 5,5. • Retirar as luvas e fixar a sonda: • Fixar uma haste da fita adesiva elástica em forma de H em região supralabial; fixar uma das extremidades da outra haste em espiral na sonda e a outra extremidade ao redor da sonda, próximo ao lábio superior; • Fixar a fita crepe datada no espaço médio entre a marcação e a conexão da sonda; • Solicitar raio-x de abdome; • Trocar a sonda e alternar a narina a cada 72 horas e, caso seja orogástrica, a cada 7 dias, devido à diminuição de sua flexibilidade, o que pode ocasionar traumas mecânicos à mucosa do RN/criança. Inserção da sonda nasoentérica (adaptado do procedimento do Departamento de Enfermagem) • Verificar no prontuário o peso da criança para escolher o tamanho adequado da sonda enteral; • Higienizar as mãos; • Reunir o material e levar próximo ao RN/criança; • Explicar o procedimento à criança e/ou acompanhante e solicitar cooperação; • Manter o paciente em decúbito dorsal e elevar a cabeceira do leito de 30° a 45°; • Aplicar técnica de contenção, se necessário; • Determinar o comprimento da sonda a ser inserida: • Para crianças menores de 1 ano: Segurar a extremidade da sonda do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e desta até o espaço médio entre a terminação do processo xifoide e a cicatriz umbilical (marcar com tira de fita adesiva em espiral - 1ª marcação), seguir até a crista ilíaca direita (marcar com tira de fita adesiva em espiral - 2ª marcação); • Para crianças maiores de 1 ano: Medir a sonda da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e desta até o processo xifoide (marcar com tira de fita adesiva em espiral - 1ª marcação), seguir até a crista ilíaca direita (marcar com tira de fita adesiva em espiral - 2ª marcação); Capítulo 10 - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais 79 • Calçar as luvas; • Seguir as instruções do fabricante para colocar o lubrificante, se vier com a sonda; • Tracionar o fio guia verificando sua mobilidade e prender o mandril dentro da sonda; • Umidificar 6 cm da ponta distal da sonda com água destilada para reduzir a fricção e o trauma na área; • Segurar a sonda com a extremidade apontada para baixo e iniciar a introdução lentamente; • Introduzir a sonda até a posição gástrica (1ª marcação). Confirmar sua posição com o método auscultatório em flanco esquerdo, injetando de 3 a 5 mL de ar. Se a sonda apresentar uma via: Retirar a tira de fita adesiva da 1ª marcação, introduzir a sonda até 2ª marcação. Se a sonda apresentar duas vias: A cada centímetro introduzido, injetar simultaneamente 2 a 5 mL de ar até a 2ª marcação; • Observar sinais de desconforto como dispneia, cianose e tosse, que podem indicar que a sonda está na traqueia; nesse caso, retirar imediatamente e reiniciar o procedimento; • Posicionar o paciente em decúbito lateral direito; • Testar o posicionamento da sonda aspirando com seringa de 20 mL; quando em posição entérica, percebe-se resistência negativa ou presença de secreção biliosa; caso ocorra retorno de ar ou secreção gástrica, tracionar a sonda aproximadamente 5 a 10 cm, reintroduzindo e injetando ar concomitantemente; • Remover o fio guia cuidadosamente, guardar no invólucro da sonda e identificar; • Retirar as luvas; • Fixar uma haste da fita adesiva elástica em forma de H em região supralabial; fixar uma das extremidades da outra haste em espiral na sonda e a outra extremidade ao redor da sonda, próximo ao lábio superior; • Fixar a fita crepe datada no espaço médio entre a marcação e a conexão da sonda; • Verificar o posicionamento da sonda através de radiografia simples de abdome. Administração de dieta intermitente (sistema aberto) • Conferir na prescrição médica: data, horário, tipo e volume da dieta a ser oferecida; • Conferir dados de identificação da dieta com os dados do RN/criança; • Explicar o procedimento à criança e acompanhante e solicitar cooperação; • Higienizar as mãos; • Verificar a temperatura da dieta; • Agitar o frasco da dieta, evitando que sedimentos fiquem depositados no fundo; • Conectar o equipo ao frasco de dieta e preenchê-lo; • Colocar o RN/criança em decúbito elevado, deixando-o numa posição confortável; • Calçar as luvas; • Certificar-se de que a fixação da sonda permanece na marca preestabelecida; • Testar o posicionamento da sonda: auscultar ruído, com estetoscópio em região epigástrica, durante injeção de ar e aspirar o conteúdo gástrico; • Ao retornar resíduo gástrico na seringa, observar suas características e volume, injetar o conteúdo novamente; o volume a ser administrado deverá ser a diferença entre o volume prescrito e o volume do resíduo gástrico; • Retirar a seringa e conectar o equipo de dieta à sonda; • Controlar a infusão da dieta para que ela seja lenta; • Observar sinais de desconforto do RN/criança durante o procedimento; • Após o término da dieta, desconectar o equipo e lavar a sonda com água filtrada, utilizando volume de acordo com o calibre da sonda (nº 4 – 0,5 mL e nº 6 – 1 mL); • Fechar a sonda; • Documentar o resíduo gástrico e o volume de dieta infundido nos impressos específicos de cada unidade. Administração de dieta contínua (sistema fechado) • Checar o rótulo do frasco de dieta com a pulseira de identificação do paciente e com a prescrição médica; • Preencher impresso próprio para identificação do frasco de dieta (folha utilizada também para identificar soros); • Verificar o posicionamento da sonda; • Mensurar o resíduo gástrico e retornar esse conteúdo ao estômago; • Colocar o equipo na bomba de infusão e preenchê-lo; • Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à sonda e iniciar a administração da dieta; • Checar na prescrição médica o horário de instalação da dieta; *Obs: A dieta, após aberta, tem validade de 24 h, assim como o equipo. • No final de cada plantão, a bomba de infusão de dieta deve ser “zerada” e o volume infundido anotado na folha de “controle de ingeridos e eliminados”; na UTI Pediátrica e Neonatal, a bomba de infusão é reprogramada a cada 4 h, para melhor controle do volume infundido. 80 Manual da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – HU/USP Administração de medicamentos • Pausar a bomba de infusão, se dieta enteral contínua; • Lavar a sonda com água filtrada com volume compatível com o calibre da sonda (nº 4 – 0,5 mL e nº 6 – 1 mL) antes e após a administração de medicamentos; • Evitar a administração conjunta de medicamentos; administrar cada item separadamente e lavar a sonda entre medicamentos diferentes; • Reiniciar a infusão da dieta. Pausa noturna Em geral, a pausa é feita das 24 h às 6 h e a infusão do volume total da dieta é calculada para correr em 18 h. Resíduo gástrico • A posição da sonda e o resíduo são conferidos antes da administração de todas as dietas, que podem estar prescritas de 2 em 2 h, 3 em 3 h ou 4 em 4 h; quando a sonda está em posição enteral, não é verificado o resíduo gástrico; • O resíduo é medido com seringa de 20 mL; após a verificação e a avaliação da enfermeira ou médico, o volume aspirado pode ser reintroduzido ou desprezado. Será avaliado o aspecto do resíduo (leitoso ou salivar) e a presença de sangue, mecônio, grumos; • O aspecto e o volume do resíduo encontrado determinam se a criança receberá a dieta ou ficará em pausa alimentar. Capítulo 10 - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais 81 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Bourgault AM, Ipê L, Weaver J, Swartz S, O`Dea PJ. Development of evidence based guidelines and critical care nurses knowledge of enteral feeding. 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Objetivo da temática Proporcionar ao discente a compreensão e fundamentação teórica para atuação do enfermeiro na assistência de enfermagem em cateterismo enteral 2.Roteiro de Estudo Sistema digestivo Anatomia e fisiologia do sistema gastrintestinal; Principais funções; Avaliação do sistema digestório; Manifestações do sistema digestório (Ex; náusea, vômito, inapetência, anorexia...) Processo no cuidado nutricional; Nutrição terapêutica; Interações entre drogas e alimentos; Digestão e absorção dos alimentos; Suporte Nutricional por Sondas; Tipos de sondas; Cateterismo Nasogástrico e Nasoenteral. Definição. Finalidade. Materiais necessário para sondagens (nasogástrica e nasoenteral). Principais dispositivos usados (nasogástrica e nasoenteral). Procedimento para executar a técnica de sondagem nasogástrica e nasoenteral (passo a passo). Cuidados de enfermagem (Pré sondagem, inserção da sonda, pós sondagem). Cuidados de enfermagem na retirada da sonda. Administração da dieta por sonda nasogástrica e nasoenteral Administração de dieta contínuas; Administração de dieta intermitentes; Administração de medicamentos por sonda Cuidados na administração de dietas (antes, durante, pós administração) Gastrostomia/ Jejunostomia Definição; Cuidados de enfermagem para realização do procedimento; Cuidados na alimentação por jejustomia e gastrostomia; Lavagem intestinal (Sondagem retal ) Definição; Finalidade; Materiais necessário para sondagens; Principais dispositivos usados; Procedimento para executar a técnica de sondagem retal/lavagen intestinal (passo a passo); Principais enemas; Cuidados de enfermagem na realização da lavagem intestinal. Bases legais: Lei nº 7.498/86: Decreto nº 94.406/87 Resolução COFEN 358/2009 Resolução COFEN nº 453/2014 RESOLUÇÃO RDC N.º 45, DE 12 DE MARÇO DE 2003 PARECER Nº 06/2013/COFEN/CTAS 3. Estudos de casos 3.1 Monte 1 caso clínico de um paciente com indicação de SNG/SNE e outro relacionado à lavagem intestinal que contenha 3 diagnósticos reais e 02 de risco. Aplique a SAE no caso criado, apresentando os diagnósticos acima solicitados, meta para cada diagnóstico de enfermagem e 5 prescrições de enfermagem. 3.2 Monte 1 caso clínico de um paciente com indicação para gastrostomia e que contenha 3 diagnósticos reais e 02 de risco. Aplique a SAE no caso criado, apresentando os diagnósticos acima solicitados, meta para cada diagnóstico de enfermagem e 5 prescrições de enfermagem. 4. Pesquise 20 terminologias relacionadas ao tema de estudo e seus respetivos significados REFERÊNCIAS RECOMENDADAS ALFARO-LEFERE, Rosalinda. Aplicação do Processo de Enfermagem: Um guia passo a passo. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed. 2000; ANDRIS, Deborah A. Semiologia: Bases para a Prática Assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006; CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução 453/2014. Aprovar o Norma técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional [legislação na internet]. Brasília; 2014. DUGAS, B. W. Enfermagem Prática. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1998; HORTA, Vanda de Aguiar. O Processo de Enfermagem. SÃO Paulo: EPU, 1979; KAWAMOTTO, Emília Emi; FORTES, Julia Ikeda. Fundamentos de Enfermagem. 2 ed. ver. e atual. São Paulo: EPU. 1997; NANDA Internacional. Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017. Organizado por North Americam Diagnosis Association; Trad. De Regina Machado Garcez. Porto Alegre: Artmed, 2014. NETINA, Sandra M. Prática de Enfermagem. Trad. FIGUEIREDO, José E. F. 6 ed. 3v. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2003; PORTO, CELMO CELENO. Semiologia médica; co editor Arnaldo Lemos Porto.-6.ed-Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2009. POSSO, M. S. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2003; POTTER, Patrícia A. & PERRY, AnneGriffin. Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processo e prática. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999; POTTER, Patrícia A. & PERRY, AnneGriffin. Semiologia em Enfermagem. 4 ed. Rio de Janeiro: Reichamann & Afonso Ed. 2002; POTTER, P.; PERRY, A.G. Fundamentos de enfermagem. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. TANNURE, M. C. e GONÇALVES, A. M. P. Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. SMELTZER, S.C; BARE, B. G. BRUNNER&SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Medico Cirúrgico. vol 03.. Ed. Guanabara Koogan Rio de janeiro RJ.S.A 9ª Edição 2002.
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