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Artigo Cubano Sonda Gastrointestinal

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Artigo Cubano - Sonda Gastrointestinal.pdf
22/09/2017 da Silva Medeiros
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Revista Cubana de Enfermería, Vol. 30, Núm. 4
(2014)
ARTÍCULO DE REVISIÓN
 
Assistência de enfermagem a pacientes em
uso de sonda gastrointestinal: revisão
integrativa das principais falhas
 
Asistencia de enfermería a pacientes sometidos
al uso de sonda gastrointestinal: revisión
integrativa de las principales fallas
 
Nursing care to patients using gastrointestinal
tube: integrative review of the main problems
 
 
Enf. Rosana Kelly da Silva Medeiros, Enf. Marcos Antonio
Ferreira Júnior, Enf. Diana Paula de Souza Rêgo Pinto, Enf.
Viviane Euzébia Pereira Santos, Enf. Allyne Fortes Vitor
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Brasil.
 
 
RESUMO
Introdução: a Enfermagem desempenha um papel
preponderante, ativo e de responsabilidade crescente no controle
da nutrição enteral, uma vez que além de promover sua
administração, realiza a vigilância, manutenção e controle da via
escolhida e o volume administrado com importante atenção para a
prevenção de possíveis complicações.
 Objetivo: caracterizar as principais falhas relacionadas ao
conhecimento e a prática da assistência de enfermagem à
pacientes em uso de sonda gastrointestinal, por meio de uma
revisão integrativa.
 Métodos: trata-se de uma revisão integrativa de literatura
realizada no período de abril a maio de 2013 nas bases de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Base de Dados
de Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied
Health Literature (CINAHL), Publicações Médicas (PubMed) e Isi
Web of Knowledge, com uso de descritores controlados e não-
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controlados.
 Conclusão: a assistência de enfermagem apresentou condutas
desfavoráveis que repercutiram de forma negativa no cuidado.
Desse modo, evidencia-se a necessidade da implantação de
protocolos para utilização durante a formação de recursos
humanos em enfermagem, que norteiem a realização da
assistência às pessoas alimentadas por sonda.
Palavras-chave: enfermagem; cuidados de enfermagem;
alimentação por tubo; intubação gastrointestinal; nutrição enteral.
RESUMEN
Introducción: la Enfermería juega un papel importante, activo y
creciente en el control de la nutrición integral, así como la
promoción de su gestión, monitorización, mantenimiento y control
del volumen administrado para la prevención de complicaciones.
 Objetivo: caracterizar las principales fallas relacionadas al
conocimiento y la práctica de la asistencia de enfermería a
pacientes sometidos al uso de sonda gastrointestinal.
 Métodos: revisión integrativa de la literatura realizada en el
periodo de abril a mayo de 2013 en las bases de datos Literatura
Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Base de Dados de
Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied
Health Literature (CINAHL), Publicações Médicas (PubMed) e Isi
Web of Knowledge, con el uso de los descriptores controlados y no
controlados.
 Conclusión: la asistencia de enfermería presentó conductas
desfavorables que repercutieron de manera negativa en el
cuidado. De ese modo, se evidencia la necesidad de la
implantación de protocolos para utilización durante la formación
de recursos humanos en enfermería, que guíen la realización de la
asistencia a las personas alimentadas por sonda.
Palabras clave: enfermería, atención de enfermería, alimentación
por tubo, intubación gastrointestinal, nutrición enteral.
ABSTRACT
Introduction: nursing play an important rol in the integral
nutrition control.
 Objective: to characterize the main defects related to the
knowledge and the practice of the nursing care regarding patients
using gastrointestinal tube, thru an integrative revision.
 Method: it is an integrative revision of literature performed in the
period between April and May of 2013 in the databases Literatura
Latino-Americana e do Caribe (LILACS), Base de Dados de
Enfermagem (BDENF), Cumulative Index to Nursing and Allied
Health Literature (CINAHL), Publicações Médicas (PubMed) and Isi
Web of Knowledge, using controlled and non-controlled
descriptors.
 Conclusion: the nursing care presented unfavorable behaviors
that affected the care in a negative way. Thus, it became evident
the necessity of the implementation of protocols to be used during
the training of human resources in nursing, to guide the
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performance of the care to people being fed by tube.
 
Key words: nursing; nursing care; tube feeding, gastrointestinal
intubation; enteral nutrition.
 
 
INTRODUÇÃO
A nutrição é muitas vezes promovida como um importante
componente de apoio da assistência de enfermagem, uma vez que
proporciona manutenção e reposição das células e dos tecidos do
corpo, de extrema importância para o metabolismo, crescimento,
reparação e restabelecimento da saúde.1 Contudo, uma nutrição
inadequada de forma prolongada pode conduzir à desnutrição.
No contexto hospitalar, cerca de 70 % dos pacientes inicialmente
desnutridos, sofrem uma piora gradual no seu estado nutricional,
o que contribui para o aumento da morbimortalidade, do tempo de
cicatrização de feridas, do tempo de internação e,
consequentemente, dos custos hospitalares.2
Diante disso, a terapia de nutrição enteral (TNE) consiste num
conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou
recuperação do estado nutricional do paciente por meio de
nutrição enteral (NE), enquanto que a NE é alimento para fins
especiais, com ingestão controlada de nutrientes.3
A NE consiste no método preferido para suprir as necessidades
nutricionais quando o trato gastrointestinal do paciente está em
funcionamento normal, ou seja, caracteriza uma estratégia
importante para viabilizar suporte nutricional fisiológico, seguro e
econômico, que proporciona resultados eficazes nos pacientes
críticos, em que a Enfermagem tem a importante função de
assegurar que as metas nutricionais estabelecidas sejam
alcançadas nesses pacientes.1
A Enfermagem ainda desempenha um papel preponderante, ativo
e de responsabilidade crescente no controle da nutrição enteral,
uma vez que além de promover sua administração, realiza a
vigilância, manutenção e controle da via escolhida e o volume
administrado, com importante atenção para a prevenção de
possíveis complicações, e caso estas surjam, o enfermeiro é o
profissional que deverá tomar as primeiras medidas de
intervenção.4
Ao enfermeiro cabem ainda as atribuições que vão desde a
orientação do paciente e família quanto à utilização e controle da
terapia de NE, o preparo do material, bem como o local do
acesso.5 A prescrição dos cuidados de enfermagem assegura a
inserção da sonda oro/nasogástrica ou nasoenteral, além de
receber e garantir a conservação da NE até sua administração,
detectar e comunicar quaisquer intercorrências. Outros pontos
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importantes se referem às ações de registrar as informações
relacionadas à administração e à evolução do paciente, garantir a
fixação da sonda, promover atividades de treinamento e educação
continuada, bem como elaborar e padronizar os procedimentos de
enfermagem relacionados à terapia de nutrição enteral.5
Com base nas responsabilidades, nos riscos associados e na
importância de uma assistência de enfermagem baseada em
conhecimentos científicos, torna-se fundamental uma capacitação
contínua da
equipe de enfermagem, de modo a agir efetivamente
nos procedimentos de introdução de sondas gastrointestinais,
administração e manutenção da terapia nutricional, de modo a
evitar complicações ao paciente alimentado por sonda.6 Portanto,
o objetivo desse estudo é caracterizar as principais falhas
relacionadas ao conhecimento e a prática da assistência de
enfermagem à pacientes em uso de sonda gastrointestinal, por
meio de uma revisão integrativa da literatura.
 
MÉTODOS
Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, que
consiste na construção de uma análise ampla da literatura, com
vistas a contextualizar o problema de pesquisa por restringir-se a
estudos relevantes que apontem para novos dados relacionados
aos objetivos da pesquisa, de forma a contribuir para discussões
de métodos e resultado de pesquisas, assim como a reflexão sobre
a realização de estudos futuros.7-8
A revisão integrativa foi realizada em cinco etapas, sendo elas: 1)
Identificação do problema; 2) Busca na literatura; 3) Avaliação
dos estudos; 4) Análise dos resultados e 5) Apresentação da
síntese de conhecimento.9 Para identificação do problema
considerou-se a seguinte questão norteadora para este estudo:
Quais as principais falhas relacionadas ao conhecimento e à
assistência de Enfermagem à pacientes em uso de sonda
gastrointestinal?
Utilizou-se como base científica eletrônica nacional para a
realização do estudo a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), que
incluiu a base de dados da Literatura Latino-Americana e do
Caribe (LILACS) e a Base de Dados de Enfermagem (BDENF), bem
como Portal de Periódicos da Capes para acesso às bases
internacionais que contempla a Cumulative Index to Nursing and
Allied Health Literature (CINAHL), as Publicações Médicas/ Medical
Literature Analysis and Retrieval System Online
(PubMed/MEDLINE) e a Isi Web of Knowledge.
Para a busca nas bases de dados elencadas foram utilizados os
Descritores controlados em Ciências da Saúde (DeCS) e advindos
do Medical Subject Headings (MeSH): Alimentação por Tubo
(Enteral Nutrition), Cuidados de Enfermagem (Nursing Care),
Intubação Gastrointestinal (Gastrointestinal Intubation) e os
descritores não-controlados: Sonda Nasogástrica (Nasogastric
Tube) e Sonda Enteral (Enteral Tube). Com o objetivo de
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aumentar as especificidades dos estudos, foi realizado um
cruzamento por pares de descritores.
Desse modo, foram realizados 10 cruzamentos nas cinco bases de
dados supracitadas, que contemplou os seguintes pares de
descritores em cada base: Alimentação por Tubo e Cuidados de
Enfermagem (Enteral Nutrition and Nursing Care); Alimentação
por Tubo e Intubação Gastrointestinal (Enteral Nutrition and
Gastrointestinal Intubation); Alimentação por Tubo e Sonda
Nasogástrica (Enteral Nutrition and Nasogastric Tube);
Alimentação por Tubo e Sonda Enteral (Enteral Nutrition and
Enteral Tube); Cuidados de Enfermagem e Intubação
Gastrointestinal (Nursing Care and Gastrointestinal Intubation);
Cuidados de Enfermagem e Sonda Nasogástrica (Nursing Care and
Nasogastric Tube); Cuidados de Enfermagem e Sonda Enteral
(Nursing Care and Enteral Tube); Intubação Gastrointestinal e
Sonda Nasogástrica (Gastrointestinal Intubation and Nasogastric
Tube); Intubação Gastrointestinal e Sonda Enteral
(Gastrointestinal Intubation and Enteral Tube); Sonda
Nasogástrica e Sonda Enteral (Nasogastric Tube and Enteral
Tube).
A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e maio de 2013 e
os critérios de inclusão para seleção foram: artigos disponíveis
integralmente nas bases de dados selecionadas; nos idiomas
espanhol, português, inglês, francês ou alemão; que abordassem
a assistência de Enfermagem à pacientes em uso de sonda
gastrointestinal e publicados a partir 2008, tendo em vista a
análise da prática mais atual de Enfermagem.
Excluiu-se os estudos que não responderam ao questionamento
proposto ou que estivessem duplicados e publicações do tipo
resumos, dissertações, teses, editoriais e notas ao editor.
Procedeu-se a leitura e os dados coletados dos artigos foram
organizados em dois quadros no programa Microsoft Office Excel
2010. Essa fase envolveu a elaboração de um instrumento de
coleta de dados, com o objetivo de extrair as informações chaves
de cada artigo selecionado.
Os instrumentos adotados contemplaram os itens: identificação do
estudo (local de publicação, autores, país onde foi realizado, ano,
idioma, local do estudo), objetivos (dados do estudo),
características metodológicas (análise do delineamento de
pesquisa, seleção da amostra, técnicas e métodos para coleta e
análise dos dados), resultados (descrição e análise crítica) e
conclusão (principais conclusões e recomendações).
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontradas numa primeira busca 1367 publicações, das
quais 62 (4,5 %) foram pré-selecionadas após leitura de títulos e
resumos, no entanto, 15 foram excluídas por estarem duplicadas.
Dentre as 47 publicações pré-selecionadas, 40 (85,1 %) foram
excluídas após leitura na íntegra dos artigos, que resultou em uma
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amostra final de 07 estudos selecionadas para análise neste
estudo. A figura 1 demonstra esse processo no seguinte
fluxograma (figura).
Após a seleção dos 07 artigos que atenderam aos critérios de
inclusão da pesquisa, foram extraídos dados quanto a seus locais
de publicação, autores, lugar de realização das pesquisas, ano,
idioma, objetivos dos estudos e métodos de coleta de dados
utilizados nos estudos, conforme tabela 1.
Os objetivos dos estudos selecionados foram em sua totalidade
referentes à assistência de Enfermagem em pacientes alimentados
por sonda, que contemplam além da técnica, o conhecimento
acerca da alimentação enteral. Em quase sua totalidade, as
pesquisas foram realizadas com profissionais que trabalhavam em
Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 87,7 %, enquanto 14,3 %
foram realizadas com profissionais que trabalhavam em lares de
idosos.
Dentre os 07 estudos analisados, 06 (85,7 %) se constituíam de
estudos quantitativos e 01 apresentava abordagem qualitativa em
seu método. Observou-se que o método de coleta escolhido em
todos os estudos quantitativos foi o questionário, quando 66,7 %
apresentaram o método survey em sua metodologia.
Dessa forma, a pesquisa em questão observou estudos que
visualizaram o que ocorreu na prática e como estava o
conhecimento teórico desses profissionais. Todos os estudos
enfatizaram as limitações na assistência de enfermagem,
independentemente do método de pesquisa.
As principais falhas foram identificadas em aspectos que
envolviam o conhecimento e prática dos profissionais de
Enfermagem quanto a aspectos que devem ser avaliados antes da
administração da dieta, como verificação de estase gástrica e
teste para certificação do posicionamento da sonda. Essas
deficiências estão distribuídas e representadas na tabela 2.
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O conhecimento relacionado à estase gástrica foi o mais
observado em todos os estudos, principalmente no que consiste
aos limites de resíduo gástrico aceitáveis para indicar risco para
aspiração ou intolerância gastrointestinal. A American Society for
Parenteral e Enteral Nutrition (ASPEN)16 relata que ainda não
existe estudo capaz de identificar com precisão o nível de volume
de resíduo gástrico que coloca o paciente em risco para
intolerância digestiva. No entanto, recomenda que em um nível
superior a 500 ml, seja interrompida a alimentação por sonda
nasogástrica, já as diretrizes da British Society of
Gastroenterology
recomendam um valor superior a 200 ml para
interromper esse fornecimento.17
Apesar de não haver consenso, um dos estudos11 indicou que a
equipe de enfermagem tem praticado de modo desnecessário a
diminuição de calorias para seus pacientes quando interrompem a
alimentação enteral com baixos níveis de volume residual gástrico.
Houve divergências entre as afirmações desses profissionais que
responderam 150 ml, 200 ml, 250 ml e 500 ml como volumes que
exigem a interrupção do fornecimento da dieta. Outros
estudos6,12,15 realizados no Brasil, Reino Unido, Irlanda e Índia
também mostraram que apesar da verificação da estase gástrica
ser praticada, existem condutas divergentes quando se pergunta
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sobre o procedimento para esses profissionais. Algumas
afirmações consideraram o volume de resíduo gástrico para
interromper a dieta em valores que variaram entre 50 ml, 100 ml
e 200 ml.15
Em estudo realizado em Singapura,12 também houve variação nas
respostas da equipe de enfermagem, porém, as condutas dos
profissionais que assistiam pacientes alimentados por sonda
cumpriam o protocolo da instituição quanto ao manejo do resíduo
gástrico.
Para melhoria da tolerância à alimentação, a equipe de
enfermagem relatou que realizava a interrupção da alimentação,
verificava o aspirado e iniciava o uso de um procinético,12 já em
outro estudo foi citado o uso de antiemético para melhora dessa
condição.6 No entanto, um estudo apontou o uso de procinéticos
como mais eficaz para sintomas relacionados à estase gástrica por
promover o esvaziamento gástrico.18
A certificação do posicionamento da sonda foi outro aspecto que
apresentou divergência na prática dos profissionais de
enfermagem. Em um dos estudos,6 apesar dos profissionais
relatarem a importância da verificação do posicionamento da
sonda antes da administração da dieta, quando observados não
houve certificação desse posicionamento pela maior parte desses
profissionais. Estudos11,13,15 realizados em Singapura, Estados
Unidos e Índia observaram que a técnica para verificação de
posicionamento da sonda largamente utilizada foi a ausculta
epigástrica após insuflação de ar. Observou-se ainda a falta de
conhecimento sobre os vários tipos de testes de posicionamento15
e a utilização da verificação do comprimento exterior da sonda e a
aparência do aspirado como métodos mais utilizados após a
ausculta.13
O teste de hidrogênio (pH) ainda foi o método mais mencionado
como teste de primeira escolha no estudo de Singapura, e o
método de bolhas ou água borbulhante foi o terceiro mais utilizado
pelos profissionais, uma vez que detectado 5 ml de aspirado
amarelado, pH 7 e ruídos sibilantes, a maioria respondeu utilizar o
teste de bolhas para a confirmação.11
Entretanto, não há nenhuma evidência que sustenta o método de
ausculta e o método de bolhas para confirmação do
posicionamento correto da sonda.19 O teste de pH e verificação
por raio-X são considerados testes mais confiáveis pela evidência
científica, embora a inclusão de raio-X nos testes de
posicionamento envolva além da participação da equipe de
enfermagem, médicos para viabilizar esse processo, além de
expor os pacientes à radiação.19,20
A verificação do comprimento exterior da sonda, volume e pH do
aspirado, bem como a descrição do aspirado apresentam
moderado grau de confiabilidade para avaliação da localização na
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região gástrica ou jejunal de acordo com a avaliação da
evidência.20
É recomendada a utilização de vários métodos para avaliar a
localização da sonda que incluem atenção aos sinais de
desconforto respiratório, avaliação visual do aspirado e uso do
teste de pH, se disponível; bem como a confirmação por meio de
raio-X antes da administração da dieta.21
Após inserção da sonda é importante marcar o local da saída do
tubo com fita adesiva ou marcador permanente. Uma vez que
todos os métodos de cabeceira para avaliar o posicionamento do
tubo de alimentação têm eficácia limitada, os enfermeiros devem
avaliar o posicionamento da sonda de alimentação em intervalos
de quatro horas, pela medição da parte externa da sonda,
observação das mudanças no volume e aparência do aspirado
gástrico, teste de pH da secreção e obtenção de raio-X para
certificação do posicionamento da sonda se houver dúvida.21
Observou-se ainda nos achados da revisão que os profissionais de
enfermagem apresentavam conhecimento deficiente quanto às
contraindicações para a alimentação enteral, pois afirmaram que a
ausência de ruídos hidroaéreos é uma condição que proíbe o início
da nutrição enteral, portanto, a passagem de flatos seria a
condição obrigatória para iniciar a nutrição enteral.15 Estudo
revela que somente obstrução, perfuração intestinal e isquemia
são contraindicações para alimentação enteral. Ruídos intestinais e
flatos ausentes permitem a NE, uma vez que os ruídos são em
decorrência da movimentação de ar no intestino e, muitas vezes,
estão ausentes ou fracos, mesmo quando o intestino funciona
normalmente.22
Quanto ao conhecimento deficiente frente aos sinais de
complicação na administração de alimentação por sonda, a
complicação mais referida foi diarréia, broncoaspiração e estase
gástrica.6 Em caso de vômito e interrupção da ventilação,
reduzido número de profissionais respondeu que agiriam com o
posicionamento do paciente em decúbito lateral, portanto,
avaliariam a condição e aspirariam o volume gástrico.11
A pneumonia aspirativa é considerada a complicação de maior
gravidade em NE por ser potencialmente fatal e, geralmente, é
consequência do refluxo gástrico.3 A aspiração é uma das
complicações mais temidas e os pacientes com maior risco são os
que utilizam sonda nasoenteral, tubo endotraqueal, e ventilação
mecânica, possuem idade maior que 70 anos, redução do nível de
consciência e carência de cuidados de enfermagem.23
Aspectos como a posição do paciente também contribuem para
essa complicação, o que torna necessário o cuidado com a
elevação da cabeceira do paciente.24 Foi observada em um dos
estudos a elevação do leito por 60 minutos após a infusão da dieta
a fim de evitar essa complicação.6
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Observou-se ainda em um dos estudos a conduta deficiente do
profissional de enfermagem quanto à assepsia na viabilização da
nutrição enteral, bem como a utilização de adornos nesse
processo.6 De acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada
(RDC)3 nº 63 de 06 de julho de 2000, a equipe de enfermagem
deve atender às medidas de higiene e retirar jóias e relógios antes
da infusão da dieta enteral por sonda.
A identificação da dieta e os registros de enfermagem também são
preconizados nessa resolução, uma vez que o enfermeiro é
responsável pelo recebimento da dieta, que deverá registrar o
ocorrido em livro e assinar, com anotação do número de classe,
bem como registrar as ocorrências e dados referentes ao paciente,
como peso, sinais vitais, tolerância digestiva, entre outros; além
das ocorrências em relação à terapia nutricional.3 Em um dos
estudos analisados também foram visualizadas condutas
contrárias a essa normatização.6
Ainda em relação ao manejo da nutrição enteral, observou-se
conhecimento deficiente quanto à fórmula para alimentação
enteral por sonda, quando profissionais de enfermagem afirmaram
que o composto utilizado era apenas alimento liquidificado e
não pré-fabricado.15 Contudo, a RDC n°63 estabelece que a
nutrição enteral é industrializada e preparada
de acordo com a
avaliação dietética da prescrição médica no Brasil, e deve estar
dentro de padrões que contemplam desde o transporte à
conservação da temperatura dessas fórmulas para atingir a
garantia da qualidade.3 Outro estudo mostrou que os riscos da
alimentação por sonda tendem a ser subestimados e os benefícios
da sonda para alimentação tendem a ser superestimados pelos
profissionais de enfermagem, o que os impossibilita de estabelecer
uma orientação adequada aos familiares dos pacientes com
demência que necessitam da alimentação por sonda. Esses
profissionais vêem as sondas de alimentação para os pacientes
com demência avançada como uma intervenção eficaz para
aumentar a sobrevida e facilitar a alimentação e administração de
medicamentos, bem como prevenir ou melhorar as úlceras.14
No entanto, estudos demonstram que não há evidência de
aumento da sobrevivência em pessoas com demência que
recebem a alimentação por sonda enteral e não há evidência de
benefícios em termos de estado nutricional ou a prevalência de
úlceras de pressão.24
Nesse contexto, além da orientação inadequada aos familiares
observou-se a prática deficiente quanto à comunicação com o
paciente por parte dos profissionais de enfermagem.6 Tal conduta
é paradoxal ao papel desse profissional que consiste em propor
uma ação de cuidados abrangentes, que implica, entre outros
aspectos, desenvolver a habilidade de comunicação, de modo a
atender às necessidades do paciente, e não se restringir a simples
execução de técnicas ou procedimentos.25,26
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A partir do que foi analisado nos estudos, observa-se que a
assistência de enfermagem apresenta limitações, no que se refere
à apropriação teórica de algumas questões que envolvem a
assistência ao paciente alimentado por sonda. Esse conhecimento
é fundamental para o planejamento de estratégias que revertam
essa situação, a fim de possibilitar ao paciente uma assistência
isenta de riscos.
 
CONCLUSÃO
Os estudos mostraram falhas na assistência de enfermagem por
limitações teóricas e/ou por negligência em determinadas
situações, com divergências entre o que é praticado e o que é
preconizado nas diretrizes da NE.
As principais falhas concentraram-se no conhecimento e prática
quanto a aspectos que devem ser avaliados antes da
administração da dieta, como verificação de estase gástrica e
teste para certificação do posicionamento da sonda, além das
condições que contraindicam a nutrição enteral e os riscos e
benefícios do uso de sonda para alimentação.
Foram observadas também falhas na comunicação e nos registros
de enfermagem, bem como na assepsia durante o manejo da
nutrição enteral. Quanto aos sinais de complicação nos pacientes
alimentados por sonda, foi verificado a falta de conhecimento em
relação à complicação mais grave e a abordagem do paciente
nessas situações.
Os resultados revelaram que a assistência de enfermagem
apresentou condutas desfavoráveis que repercutiram de forma
negativa nos estudos analisados. Desse modo, evidencia-se a
necessidade da implantação de protocolos que norteiem a
realização da assistência das pessoas alimentadas por sonda nos
serviços de saúde.
É necessário ainda que a prática seja revista e a capacitação
contínua seja rotineira nos serviços de saúde, em especial
naqueles que cuidam de pacientes críticos. Considerar o
pressuposto de que a formação acadêmica tem contribuído para
esses resultados, é lamentável, portanto, é fundamental que a
formação profissional esteja mais coerente com as necessidades
da prática para que seja prestada uma assistência de qualidade ao
paciente.
 
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Recibido: 18 de julio de 2013.
 Aprobado: 13 de marzo de 2014.
 
 
Rosana Kelly da Silva Medeiros. Enfermeira. Mestranda do
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Membro do grupo de Pesquisa
Incubadora de Procedimentos de Enfermagem/UFRN. Endereço:
Rua Minas Novas, 37, Bloco IV, Ap. 203 – Neópolis, CEP: 59088-
725 – Natal-RN, Brasil. Telefone: (84) 36083652/ (84) 96065639.
E-mail: rosana_kelly@hotmail.com
22/09/2017 da Silva Medeiros
http://www.revenfermeria.sld.cu/index.php/enf/rt/printerFriendly/288/107 15/15
Cap 10. Manual USP - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais.pdf
CAPÍTULO
10
75
injeção de 20 mL de ar; aspirar o conteúdo gástrico até 
observar presença de secreção na sonda; medir o pH 
do líquido aspirado, que deve ser ≤ 4;
• Fixar a sonda, com atenção para não tracionar a asa 
do nariz;
• Solicitar radiografia simples de abdome para confirmar 
o posicionamento.
Inserção da sonda nasoentérica (adaptado do 
procedimento do Departamento de Enfermagem)
• Colocar o paciente em posição de Fowler. Se houver 
suspeita de lesão em coluna, realizar o procedimento 
com o paciente em decúbito dorso-horizontal (DDH);
• Medir o comprimento da sonda a ser introduzido: 
da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice 
xifoide (posição gástrica), estimar mais 15 cm e marcar 
com fita adesiva;
• Lubrificar com xilocaína gel 2% mais ou menos 10 cm 
da sonda;
• Introduzir a sonda por uma das narinas e após a 
introdução da parte lubrificada, flexionar o pescoço 
do paciente e orienta-lo a deglutir, se possível;
• Introduzir a sonda até aproximadamente 15 cm antes 
da marca da fita adesiva;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
EM SONDAS NASOENTERAIS
Fernanda Rodrigues Biz Silva
Karina Sichieri
Débora Regina Guedes
Fabiana Pereira das Chagas
Neste capítulo são abordados os procedimentos 
relacionados aos cuidados de enfermagem com sondas 
nasoenterais em adultos e em pacientes pediátricos e 
neonatais.
1. PACIENTES ADULTOS
Inserção da sonda nasogástrica (adaptado do 
procedimento do Departamento de Enfermagem)
• Colocar o paciente em posição de Fowler. Se houver 
suspeita de lesão em coluna, realizar o procedimento 
com o paciente em decúbito dorsal horizontal (DDH);
• Medir o comprimento da sonda a ser introduzida: 
da ponta do nariz ao lóbulo da orelha até o apêndice 
xifoide, marcar com uma tira de fita adesiva;
• Lubrificar mais ou menos 10 cm da sonda com 
cloridrato de lidocaína gel 2%;
• Introduzir a sonda por uma das narinas e após a 
introdução da parte lubrificada, flexionar o pescoço e 
orientar o paciente a deglutir, se possível;
• Introduzir a sonda até a marca da fita adesiva;
• Testar se a sonda está no estômago: auscultar ruído, 
com estetoscópio em região epigástrica, durante 
76 Manual da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – HU/USP
• Confirmar a posição gástrica da sonda: auscultar 
ruído, com estetoscópio em região epigástrica, durante 
injeção de 20 mL de ar; aspirar o conteúdo gástrico até 
observar presença de secreção na sonda;
• Introduzir aproximadamente 400 mL de ar pela sonda 
(com auxílio de uma seringa);
• Posicionar o paciente em decúbito lateral direito;
• Introduzir mais 15 cm da sonda lentamente, até 
atingir a progressão da marca feita com fita adesiva; 
se houver resistência, tracionar os 5 cm introduzidos 
anteriormente e reiniciar a partir desse ponto; se não 
progredir, interromper o procedimento;
*Se não houver sucesso de localização na primeira 
tentativa, retirar a sonda e reiniciar o procedimento; ao 
invés da insuflação de 400 mL de ar, administrar uma 
ampola de metoclopramida por via intravenosa, conforme 
prescrição médica;
• Retirar o fio guia e fixar a sonda;
• Solicitar raio-x de abdome para confirmar a posição 
da sonda.
• Na UTI adulto a sonda será locada, preferencialmente, 
em posição pós-pilórica, visando a prevenção da 
aspiração pulmonar. Se após duas tentativas não for 
possível a posição pós-pilórica, iniciar a dieta pela 
sonda nasoenteral em posição
gástrica, avaliando 
a progressão da dieta por 12 horas. Se houver boa 
tolerância, manter a sonda em posição gástrica, caso 
contrário comunicar equipe médica.
• Nas unidades de internação e pronto-socorro, visando 
a agilidade no início da dieta, as sondas enterais 
poderão ser locadas em posição gástrica (pré-pilórica). 
Em caso de dificuldade para a progressão da dieta ou 
algum sinal de intolerância, optar pelo posicionamento 
pós-pilórico.
Administração de dieta intermitente 
(sistema aberto)
• Checar o rótulo do frasco de dieta com a pulseira de 
identificação do paciente e prescrição médica;
• Verificar dieta quanto ao volume, aspecto e temperatura; 
• Agitar o frasco da dieta, evitando que fiquem 
sedimentos depositados no fundo;
• Posicionar a cabeceira a 30º ou mais;
• Verificar o posicionamento da sonda antes da 
instalação da dieta;
• Verificar o resíduo gástrico (refluxo) e retornar esse 
conteúdo ao estômago;
*Obs: Caso o resíduo gástrico seja maior ou igual 
a 100% do volume administrado na infusão anterior 
é recomendado não administrar a dieta e aguardar o 
próximo horário;
• Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada;
• Preencher o equipo e conectá-lo à sonda;
• Abrir a pinça rolete e controlar para que a dieta seja 
administrada em tempo médio de 30 a 60 minutos;
• Observar sinais de desconforto durante o procedimento;
• Após o término da dieta, lavar a sonda com 20 mL de 
água filtrada;
• Manter a sonda fechada;
• Documentar o resíduo gástrico e o volume de dieta 
infundido na folha de controles da unidade.
Administração de dieta contínua (sistema fechado)
• Checar o rótulo do frasco de dieta com a pulseira de 
identificação do paciente e prescrição médica;
• Verificar dieta quanto ao volume e aspecto;
• Verificar o posicionamento da sonda;
• Mensurar o resíduo gástrico e retornar esse conteúdo 
ao estômago;
• Lavar a sonda com 20 mL de água filtrada;
• Colocar o equipo na bomba de infusão e preenchê-lo;
• Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à 
sonda e iniciar a administração da dieta;
• Checar na prescrição médica o horário de instalação 
da dieta;
*Obs: Após aberta, a dieta tem validade de 24 h, assim 
como o equipo;
• No final de cada plantão, a bomba de infusão de dieta 
deve ser “zerada” e o volume infundido anotado na 
folha de controles da unidade.
Resíduo gástrico
• A posição da sonda e o resíduo gástrico devem ser 
conferidos a cada 6 h;
• Após a verificação do resíduo gástrico, o volume 
aspirado deve ser reintroduzido no estômago;
• Quando o volume residual for maior ou igual a 50% do 
volume administrado nas últimas duas horas:
 – Manter a velocidade de infusão e aguardar o 
próximo horário de verificação;
 – Se no horário seguinte persistir esse volume de 
resíduo gástrico, manter a velocidade de infusão 
e verificar a possibilidade de prescrição de 
pró-cinético;
 – Seguir acompanhando o resíduo gástrico a cada 6 h;
• Quando o volume residual for maior ou igual a 100% 
do volume administrado nas últimas 2 horas, executar 
os passos do fluxograma a seguir.
• Documentar o volume do resíduo gástrico na folha de 
controles da unidade.
Capítulo 10 - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais 77
Administração de medicamentos
• Pausar a bomba de infusão, se dieta enteral contínua;
• Lavar a sonda com 20 mL de água antes e após a 
administração de medicamentos e entre medicamentos 
diferentes;
• Administrar cada medicamento separadamente.
Pausa noturna
• A pausa noturna realizada nas enfermarias (Clínica 
Médica e Clínica Cirúrgica) permite o processo 
fisiológico de acidificação gástrica, auxiliando 
no controle da população bacteriana no trato 
gastrointestinal. Além de permitir maior conforto ao 
paciente, que pode manter decúbito baixo durante 
a noite, e favorecer a administração das medicações 
em jejum.
• Em geral, a pausa é feita das 24 h às 6 h e a infusão do 
volume total da dieta é calculada em um tempo de 16 h, 
o que permite pausas durante o dia para os cuidados de 
enfermagem, da fisioterapia ou outros procedimentos.
• Para evitar complicações, a equipe de enfermagem 
deve lavar a sonda com 20 mL de água quando desligar 
a dieta, à noite, e quando reiniciá-la, pela manhã, além 
de checar a posição da sonda e o refluxo nos dois 
momentos.
• Os medicamentos que são administrados em jejum 
devem ser aprazados para as 4 h.
• A pausa noturna pode acontecer nas unidades de 
internação, sem prejuízo para a obtenção da meta 
calórica diária.
Administração de água via sonda enteral
• Nas enfermarias, o volume de água a ser administrada, 
a cada 3 horas, via sonda enteral, deve estar na 
prescrição médica e ser aprazada pela enfermeira.
• Infundir a água no “Y” da sonda, sem pausar a bomba;
• Administrar o conteúdo prescrito;
78 Manual da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – HU/USP
• Checar, na prescrição médica, a administração da água.
• Na Unidade de Terapia Intensiva de adulto, programar 
bomba de infusão para administrar 20 mL de água a 
cada 4 horas ou volume maior, a critério médico.
2. PACIENTES PEDIÁTRICOS E NEONATAIS
Inserção da sonda oro/nasogástrica (adaptado do 
procedimento do Departamento de Enfermagem)
• Verificar no prontuário o peso da criança para 
selecionar o tamanho adequado da sonda gástrica;
• Higienizar as mãos, reunir o material e levar próximo 
ao Recém-Nascido (RN)/criança;
• Explicar o procedimento à criança e/ou acompanhante 
e solicitar cooperação;
• Manter o paciente em decúbito dorsal, elevar a 
cabeceira do leito de 30º a 45º e manter a cabeça em 
posição mediana;
• Aplicar técnica de contenção, se necessário;
• Determinar o comprimento da sonda a ser inserida: 
segurar a extremidade da sonda na ponta do nariz do 
RN/criança, estender até o lóbulo da orelha e desse até 
o espaço médio entre a terminação do processo xifoide 
e a cicatriz umbilical;
• Marcar na sonda a medida com uma tira de fita adesiva 
elástica (Tensoplast®) em espiral;
• Calçar luvas;
• Umidificar os 6 cm iniciais da ponta distal da sonda 
com água destilada para reduzir a fricção e o trauma 
na área;
• Segurar a sonda com a extremidade apontada para 
baixo;
• Iniciar a introdução da sonda via nasal ou oral 
lentamente. Observar sinais de desconforto como 
dispneia, cianose e tosse, que podem indicar que 
a sonda está na traqueia e, nesse caso, retirar 
imediatamente e reiniciar o procedimento;
• Interromper o avanço da sonda quando a marca com 
a fita adesiva chegar à boca ou narina do RN/criança;
• Testar o posicionamento da sonda, utilizando no 
mínimo três dos métodos a seguir:
• Confirmar sua posição com método auscultatório em 
flanco esquerdo: no RN, injetar de 0,5 mL de ar (sonda 
de calibre 4Fr) a 1,0 mL de ar (sonda de calibre 6Fr); 
na criança, injetar 3 - 5 mL de ar; ocorrência de ruído 
sugere que está na posição correta (Teste Whoosh);
• Conectar a seringa à sonda e aspirar o conteúdo 
gástrico observando a presença de secreção na sonda; 
caso não retorne secreção, injetar 0,5 mL de ar para 
neonato; 1,0 mL de ar para crianças entre 1 mês e 1 
ano; 2,0 mL de ar para crianças de 1 a 7 anos; logo 
após verifique se há o retorno de conteúdo gástrico; 
caso não retorne, mobilizar delicadamente a sonda e 
aspirar novamente;
• Colocar a secreção gástrica aspirada em fita de teste 
do pH, certificando-se de que tenha coberto totalmente 
o papel teste; proceder à leitura dentro do tempo 
estabelecido pelo fabricante, comparando a cor obtida 
com a escala presente na embalagem; valores de pH 
igual ou menor a 5,5 indicam posicionamento gástrico;
o procedimento deve ser reiniciado para valores 
superiores a 5,5.
• Retirar as luvas e fixar a sonda:
• Fixar uma haste da fita adesiva elástica em forma de H 
em região supralabial; fixar uma das extremidades da 
outra haste em espiral na sonda e a outra extremidade 
ao redor da sonda, próximo ao lábio superior;
• Fixar a fita crepe datada no espaço médio entre a 
marcação e a conexão da sonda;
• Solicitar raio-x de abdome;
• Trocar a sonda e alternar a narina a cada 72 horas e, 
caso seja orogástrica, a cada 7 dias, devido à diminuição 
de sua flexibilidade, o que pode ocasionar traumas 
mecânicos à mucosa do RN/criança.
Inserção da sonda nasoentérica (adaptado do 
procedimento do Departamento de Enfermagem)
• Verificar no prontuário o peso da criança para escolher 
o tamanho adequado da sonda enteral;
• Higienizar as mãos;
• Reunir o material e levar próximo ao RN/criança;
• Explicar o procedimento à criança e/ou acompanhante 
e solicitar cooperação;
• Manter o paciente em decúbito dorsal e elevar a 
cabeceira do leito de 30° a 45°;
• Aplicar técnica de contenção, se necessário;
• Determinar o comprimento da sonda a ser inserida:
• Para crianças menores de 1 ano: Segurar a 
extremidade da sonda do lóbulo da orelha até a ponta 
do nariz e desta até o espaço médio entre a terminação 
do processo xifoide e a cicatriz umbilical (marcar com 
tira de fita adesiva em espiral - 1ª marcação), seguir até 
a crista ilíaca direita (marcar com tira de fita adesiva 
em espiral - 2ª marcação);
• Para crianças maiores de 1 ano: Medir a sonda 
da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e desta até o 
processo xifoide (marcar com tira de fita adesiva 
em espiral - 1ª marcação), seguir até a crista ilíaca 
direita (marcar com tira de fita adesiva em espiral - 2ª 
marcação);
Capítulo 10 - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais 79
• Calçar as luvas;
• Seguir as instruções do fabricante para colocar o 
lubrificante, se vier com a sonda;
• Tracionar o fio guia verificando sua mobilidade e 
prender o mandril dentro da sonda;
• Umidificar 6 cm da ponta distal da sonda com água 
destilada para reduzir a fricção e o trauma na área;
• Segurar a sonda com a extremidade apontada para 
baixo e iniciar a introdução lentamente;
• Introduzir a sonda até a posição gástrica (1ª marcação). 
Confirmar sua posição com o método auscultatório em 
flanco esquerdo, injetando de 3 a 5 mL de ar. Se a sonda 
apresentar uma via: Retirar a tira de fita adesiva da 
1ª marcação, introduzir a sonda até 2ª marcação. Se 
a sonda apresentar duas vias: A cada centímetro 
introduzido, injetar simultaneamente 2 a 5 mL de ar 
até a 2ª marcação;
• Observar sinais de desconforto como dispneia, cianose 
e tosse, que podem indicar que a sonda está na 
traqueia; nesse caso, retirar imediatamente e reiniciar 
o procedimento;
• Posicionar o paciente em decúbito lateral direito;
• Testar o posicionamento da sonda aspirando com 
seringa de 20 mL; quando em posição entérica, 
percebe-se resistência negativa ou presença de 
secreção biliosa; caso ocorra retorno de ar ou secreção 
gástrica, tracionar a sonda aproximadamente 5 a 10 
cm, reintroduzindo e injetando ar concomitantemente;
• Remover o fio guia cuidadosamente, guardar no 
invólucro da sonda e identificar;
• Retirar as luvas;
• Fixar uma haste da fita adesiva elástica em forma de H 
em região supralabial; fixar uma das extremidades da 
outra haste em espiral na sonda e a outra extremidade 
ao redor da sonda, próximo ao lábio superior;
• Fixar a fita crepe datada no espaço médio entre a 
marcação e a conexão da sonda;
• Verificar o posicionamento da sonda através de 
radiografia simples de abdome.
Administração de dieta intermitente (sistema 
aberto)
• Conferir na prescrição médica: data, horário, tipo e 
volume da dieta a ser oferecida;
• Conferir dados de identificação da dieta com os dados 
do RN/criança;
• Explicar o procedimento à criança e acompanhante e 
solicitar cooperação;
• Higienizar as mãos;
• Verificar a temperatura da dieta;
• Agitar o frasco da dieta, evitando que sedimentos 
fiquem depositados no fundo;
• Conectar o equipo ao frasco de dieta e preenchê-lo;
• Colocar o RN/criança em decúbito elevado, deixando-o 
numa posição confortável;
• Calçar as luvas;
• Certificar-se de que a fixação da sonda permanece na 
marca preestabelecida;
• Testar o posicionamento da sonda: auscultar ruído, com 
estetoscópio em região epigástrica, durante injeção de 
ar e aspirar o conteúdo gástrico;
• Ao retornar resíduo gástrico na seringa, observar 
suas características e volume, injetar o conteúdo 
novamente; o volume a ser administrado deverá ser 
a diferença entre o volume prescrito e o volume do 
resíduo gástrico;
• Retirar a seringa e conectar o equipo de dieta à sonda;
• Controlar a infusão da dieta para que ela seja lenta;
• Observar sinais de desconforto do RN/criança durante 
o procedimento;
• Após o término da dieta, desconectar o equipo e lavar a 
sonda com água filtrada, utilizando volume de acordo 
com o calibre da sonda (nº 4 – 0,5 mL e nº 6 – 1 mL);
• Fechar a sonda;
• Documentar o resíduo gástrico e o volume de dieta 
infundido nos impressos específicos de cada unidade.
Administração de dieta contínua (sistema fechado)
• Checar o rótulo do frasco de dieta com a pulseira de 
identificação do paciente e com a prescrição médica;
• Preencher impresso próprio para identificação do 
frasco de dieta (folha utilizada também para identificar 
soros);
• Verificar o posicionamento da sonda;
• Mensurar o resíduo gástrico e retornar esse conteúdo 
ao estômago;
• Colocar o equipo na bomba de infusão e preenchê-lo;
• Programar a bomba de infusão, conectar o equipo à 
sonda e iniciar a administração da dieta;
• Checar na prescrição médica o horário de instalação 
da dieta;
*Obs: A dieta, após aberta, tem validade de 24 h, assim 
como o equipo.
• No final de cada plantão, a bomba de infusão de dieta 
deve ser “zerada” e o volume infundido anotado 
na folha de “controle de ingeridos e eliminados”; 
na UTI Pediátrica e Neonatal, a bomba de infusão é 
reprogramada a cada 4 h, para melhor controle do 
volume infundido.
80 Manual da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo – HU/USP
Administração de medicamentos
• Pausar a bomba de infusão, se dieta enteral contínua;
• Lavar a sonda com água filtrada com volume 
compatível com o calibre da sonda (nº 4 – 0,5 mL e nº 6 
– 1 mL) antes e após a administração de medicamentos;
• Evitar a administração conjunta de medicamentos; 
administrar cada item separadamente e lavar a sonda 
entre medicamentos diferentes;
• Reiniciar a infusão da dieta.
Pausa noturna
Em geral, a pausa é feita das 24 h às 6 h e a infusão do 
volume total da dieta é calculada para correr em 18 h.
Resíduo gástrico
• A posição da sonda e o resíduo são conferidos antes 
da administração de todas as dietas, que podem estar 
prescritas de 2 em 2 h, 3 em 3 h ou 4 em 4 h; quando 
a sonda está em posição enteral, não é verificado o 
resíduo gástrico;
• O resíduo é medido com seringa de 20 mL; após a 
verificação e a avaliação da enfermeira ou médico, 
o volume aspirado pode ser reintroduzido ou 
desprezado. Será avaliado o aspecto do resíduo (leitoso 
ou salivar) e a presença de sangue, mecônio, grumos;
• O aspecto e o volume do resíduo encontrado 
determinam se a criança receberá a dieta ou ficará 
em pausa alimentar.
Capítulo 10 - Cuidados de Enfermagem em Sondas Nasoenterais 81
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Roteiro de estudo - sondagem nasog�strica 5 SEMESTRE SIMIO (1) PDF.pdf
 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
 CAMPUS UNIVERSITÁRIO “JANI VANINE” 
 FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
 
 
Disciplina: Prática do Cuidar II: Semiologia e Semiotécnica 
Professora: Priscila Patricia da Silva 
Temática: Fundamentação teórica em sondagem Nasogástrico e Nasoenteral, nutrição enteral e preparo 
intestinal. 
 
1. Objetivo da temática 
Proporcionar ao discente a compreensão e fundamentação teórica para atuação do enfermeiro na assistência de 
enfermagem em cateterismo enteral 
 
2.Roteiro de Estudo 
 
 Sistema digestivo 
 Anatomia e fisiologia do sistema gastrintestinal; 
 Principais funções; 
 Avaliação do sistema digestório; 
 Manifestações do sistema digestório (Ex; náusea, vômito, inapetência, anorexia...) 
 
Processo no cuidado nutricional; 
 Nutrição terapêutica; 
 Interações entre drogas e alimentos; 
 Digestão e absorção dos alimentos; 
 Suporte Nutricional por Sondas; 
 Tipos de sondas; 
 
Cateterismo Nasogástrico e Nasoenteral. 
 Definição. 
 Finalidade. 
 Materiais necessário para sondagens (nasogástrica e nasoenteral). 
 Principais dispositivos usados (nasogástrica e nasoenteral). 
 Procedimento para executar a técnica de sondagem nasogástrica e nasoenteral (passo a passo). 
 Cuidados de enfermagem (Pré sondagem, inserção da sonda, pós sondagem). 
 Cuidados de enfermagem na retirada da sonda. 
 
Administração da dieta por sonda nasogástrica e nasoenteral 
 Administração de dieta contínuas; 
 Administração de dieta intermitentes; 
 Administração de medicamentos por sonda 
 Cuidados na administração de dietas (antes, durante, pós administração) 
 
Gastrostomia/ Jejunostomia 
 Definição; 
 Cuidados de enfermagem para realização do procedimento; 
 Cuidados na alimentação por jejustomia e gastrostomia; 
 
Lavagem intestinal (Sondagem retal ) 
 Definição; 
 Finalidade; 
 Materiais necessário para sondagens; 
 Principais dispositivos usados; 
 Procedimento para executar a técnica de sondagem retal/lavagen intestinal (passo a passo); 
 Principais enemas; 
 Cuidados de enfermagem na realização da lavagem intestinal. 
 
Bases legais: 
 Lei nº 7.498/86: 
 Decreto nº 94.406/87 
 Resolução COFEN 358/2009 
 Resolução COFEN nº 453/2014 
 RESOLUÇÃO RDC N.º 45, DE 12 DE MARÇO DE 2003 
 PARECER Nº 06/2013/COFEN/CTAS 
 
 
 
3. Estudos de casos 
3.1 Monte 1 caso clínico de um paciente com indicação de SNG/SNE e outro relacionado à lavagem 
intestinal que contenha 3 diagnósticos reais e 02 de risco. Aplique a SAE no caso criado, apresentando os 
diagnósticos acima solicitados, meta para cada diagnóstico de enfermagem e 5 prescrições de 
enfermagem. 
3.2 Monte 1 caso clínico de um paciente com indicação para gastrostomia e que contenha 3 diagnósticos 
reais e 02 de risco. Aplique a SAE no caso criado, apresentando os diagnósticos acima solicitados, meta 
para cada diagnóstico de enfermagem e 5 prescrições de enfermagem. 
 
4. Pesquise 20 terminologias relacionadas ao tema de estudo e seus respetivos significados 
 
REFERÊNCIAS RECOMENDADAS 
ALFARO-LEFERE, Rosalinda. Aplicação do Processo de Enfermagem: Um guia passo a passo. 4ª ed. 
Porto Alegre: Artmed. 2000; 
ANDRIS, Deborah A. Semiologia: Bases para a Prática Assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2006; 
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM (COFEN). Resolução 453/2014. Aprovar o Norma 
técnica que dispõe sobre a Atuação da Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional [legislação na 
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HORTA, Vanda de Aguiar. O Processo de Enfermagem. SÃO Paulo: EPU, 1979; 
KAWAMOTTO, Emília Emi; FORTES, Julia Ikeda. Fundamentos de Enfermagem. 2 ed. ver. e atual. 
São Paulo: EPU. 1997; 
NANDA Internacional. Diagnóstico de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017. 
Organizado por North Americam Diagnosis Association; Trad. De Regina Machado Garcez. Porto 
Alegre: Artmed, 2014. 
NETINA, Sandra M. Prática de Enfermagem. Trad. FIGUEIREDO, José E. F. 6 ed. 3v. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan. 2003; 
PORTO, CELMO CELENO. Semiologia médica; co editor Arnaldo Lemos Porto.-6.ed-Rio de Janeiro. 
Guanabara Koogan, 2009. 
POSSO, M. S. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem. São Paulo: Atheneu, 2003; 
POTTER, Patrícia A. & PERRY, AnneGriffin. Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processo e 
prática. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1999; 
POTTER, Patrícia A. & PERRY, AnneGriffin. Semiologia em Enfermagem. 4 ed. Rio de Janeiro: 
Reichamann & Afonso Ed. 2002; 
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SMELTZER, S.C; BARE, B. G. BRUNNER&SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Medico 
Cirúrgico. vol 03.. Ed. Guanabara Koogan Rio de janeiro RJ.S.A 9ª Edição 2002.

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