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Mecanização Agrícola

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Mecanização Agrícola 
(Máquinas Agrícolas)
Prof. Nilton Nélio Cometti
nilton.cometti@ifb.edu.br
Plano de Curso
CAPÍTULO 1 – Introdução à Mecanização Agrícola
Definição de Mecanização Agrícola; Razões para Mecanizar; Fontes de Força de 
Trabalho Mecânico para Utilização na Agricultura; A Agricultura e o 
Aparecimento do Trator Agrícola; A Motomecanização no Brasil
CAPÍTULO 2 – Tração Animal
Animais de Tração
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
CAPÍTULO 4 – Manutenção e Operação do Trator
Manutenção Preventiva e Corretiva; Lubrificantes; Pneus; Operação e Regras de 
Segurança
CAPÍTULO 5 – Preparo do Solo
Manejo de Solo; Operações de Preparo Periódico do Solo
CAPÍTULO 6 – Plantio ou Semeadura
Classificação das Plantadoras; Constituição das Semeadoras-Adubadoras para 
Sementes Graúdas; Constituição das Semeadoras-Adubadoras para Sementes 
Miúdas; Regulagem da Plantadora; Regulagem da Semeadora-Adubadora para 
Sementes Miúdas; Operação da Semeadora-Adubadora
CAPÍTULO 7 – Tratos Culturais
Cultivo; Roçagem; Tratamento Fitossanitário
CAPÍTULO 8 – Colheita
Classificação das Colhedoras; Colheitadeira de Cereais Automotrizes; Colhedora de 
Forragem (Ensiladeira); Recolhedora/Trilhadora de Cereais; Trilhadora (Batedora de 
Cereais)
CAPÍTULO 9 – Agricultura de Precisão
CAPÍTULO 10 – Projeto de Mecanização Agrícola
Sucesso na Mecanização Agrícola; Capacidade de Tração Disponível e Esforço 
Resistente dos Equipamentos; Capacidade Operacional da Maquinaria; Custo 
Operacional
Avaliações
Integrado
Primeiro Bimestre:
• Prova peso 1
• Um relatório de aula prática peso 1
Segundo Bimestre:
• Um relatório de aula prática peso 1
• Um projeto de mecanização 2
Metodologia de ensino
• Aulas teóricas com uso de lousa e projetor de multimídia. Aulas práticas 
no campo com utilização de trator e implementos. 
Avaliações
Subequente e Tecnológo
• Prova peso 1
• Dois relatórios de aulas práticas peso 1 cada
• Um projeto de mecanização 2
Metodologia de ensino
• Aulas teóricas com uso de lousa e projetor de multimídia. Aulas práticas 
no campo com utilização de trator e implementos. 
Referências bibliográficas
• Livros, revistas, Internet, manuais de tratores, etc.
• Todo o material de aula está compartilhado no link: https://goo.gl/NUfd9e
ANFAVEA. Anuário 2006. Disponível em: <http://www.anfavea.com.br/anuario2006/ Cap01_2006.pdf>. 
Acesso em: 7 jun. 2011.
_____. Anuário 2010. Disponível em: 
<http://www.anfavea.com.br/anuario2010/AnuarioAnfavea2010.zip> Acesso em: 7 jun. 2011.
BALASTREIRE, L. A. Máquinas agrícolas. São Paulo: Editora Manole, 1990. 307 p.
BERETA, C. C. Tração animal na agricultura. São Paulo: Nobel, 1988. 103 p.
BRASIL/MEC. Manual de operadores de máquinas de escavação e terraplanagem. Brasília: Departamento de 
Documentação e Divulgação, 1977.
CASTROL DO BRASIL. Especificação de desempenho 2007. 
<http://www.castrol.com/castrol/genericarticle.do?categoryId=82916232&contentId=6031204>. Acesso em: 1 
jun. 2007.
COMETTI, N. N. Mecanização agrícola. Colatina: EAFCOL, 2007. 152 p.
COMETTI, N. N. Mecanização Agrícola. 1. ed. Curitiba: Livro Técnico, 2012. v. 1. 160 p.
DUARTE JUNIOR, J. B.; GARCIA, R. F.; COELHO, F. C.; AMIM, R. T. Desempenho de trator-implemento 
na cana-de-açúcar em sistemas de plantio direto e convencional. Rev. bras. 
eng. agríc. ambient. [online]. 2008, vol. 12, n. 6, pp. 653-658. ISSN 1415-4366.
EMBRATER. Mecanização agrícola – tração animal; pulverizadores manuais. Brasília: EMBRATER, 
1983. 142 p.159
GALETI, P. A. Mecanização agrícola – preparo do solo. Campinas: Instituto Campineiro, 1981. 220 p.
JOHN DEER BRASIL. Manual do operador – tratores 6415 e 6615. Brasil: DEERE & COMPANY, 2009. (Edição A7 –
Portuguese). 185 p.
MARCHESAN. Marchesan. Disponível em: <http://www.marchesan.com.br/>. Acesso em: 7 jun. 2011.
MASSEY FERGUSON. Manual de instruções – MF 265. São Paulo: Massey-Ferguson do Brasil S. A., 1995. 76 p.
MATUO, T.; PIO, L. C.; RAMOS, H. H. Módulo 2 – tecnologia de aplicação dos agroquímicos e equipamentos. In: 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO SUPERIOR (ABEAS). Curso de especialização por tutoria à distância – Curso de 
Proteção de Plantas. Brasília: ABEAS, 2002. 91 p.
MAZETTO, F. R.; LANÇAS, K. P.; NAGAOKA, A. K.; NETO, P. C.; GUERRA, S. P. S. Avaliação do contato pneu-solo em três 
modelos de pneus agrícolas. Eng. Agríc., Jaboticabal, v. 24, n. 3, p. 750-757, set./dez. 2004.
MIALHE, L.G. Manual de mecanização agrícola. São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1974. 301 p.
MIALHE, L.G. Manual de Mecanização Agrícola. São Paulo, Agronômica Ceres, 1974.
MIALHE, L.G. Máquinas motoras na agricultura. (dois volumes) São Paulo: EPU (Editora Pedagógica e Universitaria Ltda): Ed. 
da Universidade de São Paulo, 1980.
MIALHE, L.G..1116. Máquinas Agrícolas: Ensaios & Certificação. Piracicaba, SP: Fundação de Estudos Agrários Luiz de 
Queiroz, 1996.
PACHECO, E. P. Seleção e custo operacional de máquinas agrícolas. Rio Branco, AC: Embrapa, 2000. 21 p.
(Embrapa Acre. Documentos, 58). Disponível em: <http://www.cpafac.embrapa.br/pdf/ doc58.pdf >. Acesso em: 17
set. 2010.
OLIVEIRA, M. L. de. Manual prático de mecanização agrícola. Santa Teresa: EAFST, 2005. 170 p.
SAAD, O. Máquinas e técnicas de preparo inicial do solo. 4. ed. São Paulo: Livraria Nobel , 1986. 98 p.
_____. Seleção do equipamento agrícola. 4. ed. São Paulo: Nobel, 1983. 126 p.
SALVADOR, N.; BENEZ, S. H.; MION, R. L. Consumo de combustível na operação de sub-solagem realizada antes
e depois de diferentes sistemas de preparo periódico do solo. Eng. Agríc. [online]. 2008, vol. 28, n. 2, pp. 256-262.
SANTOS FILHO, A. G.; SANTOS, J. E. G. Apostila de máquinas agrícolas. Bauru: UNESP, 2001. 88 p. (Apostila)
SILVA, S. L. Máquinas e mecanização agrícolas: tratores agrícolas. Cascavel: Faculdade Assis Gurgacz, 2005.
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/o-trator-maquinas-agricolas-pdf-a29357.html>. Acesso em: 7 jun. 2011.
SILVEIRA, G. M. da. Os cuidados com o trator. Viçosa: Aprenda Fácil, 2001. 301 p. (Série meca-nização; v. 1)
SILVEIRA, G.M. As máquinas para plantar: aplicadoras, distribuidoras, semeadoras, plantadoras, cultivadoras. Rio
de Janeiro, Globo, 1989.
STOLF, R. Grades agrícolas: 4 – Nova classificação quanto à função no preparo do solo. Revista ALCOOLbrás, São
Paulo, v. 114, p. 69-72. 2007.
CAPÍTULO 1 – Introdução à Mecanização Agrícola
Definição de Mecanização Agrícola
• Mecanização agrícola é o emprego de máquinas e ferramentas mecânicas, 
de tração animal ou mesmo manuais, na execução de tarefas, muitas
vezes pesadas, de forma a se obter o máximo rendimento do trabalho, 
dentro das normas técnicas, com eficiência e com economicidade.
• Aprofundando um pouco mais, pode-se chamar de mecanização agrícola
toda forma de tornar os trabalhos pesados mais leves para os seres
humanos, ficando as tarefas mais árduas e repetitivas para as máquinas, 
gastando-se, dessa maneira, menos energia, menos tempo e aumentando
os lucros.
Para Refletir:
Quais as atividades agrícolas que ainda não são mecanizadas? 
Quais ainda não podem ser mecanizadas? 
Quais as limitações para isso? 
CAPÍTULO 1 – Introdução à Mecanização Agrícola
Razões para Mecanizar
• Aumentar a produtividade agrícola. 
• Melhorar as condições de trabalho do homem no campo. 
• Melhorar o conforto físico no trabalho do homem do campo. 
• Reduzir os custos de produção. 
• Racionalizar serviços. 
• Cultivar áreas extensas. 
• Liberar o tempo para outras atividades. 
• Melhorar a eficiência no uso dos insumos. 
• Realizar tarefas impróprias e perigosas ao homem, como transporte e 
distribuição de dejetos, e aplicação de defensivos. 
CAPÍTULO 1 – Introdução à Mecanização Agrícola
Desvantagens• Redução das oportunidades para a mão de obra humana desqualificada. 
• Emissão de poluentes originária da queima de combustíveis. 
• Geração de resíduos poluentes do meio ambiente, tais como óleo, graxa e 
pneus. 
• Maior compactação do solo pela passagem de pneus de tratores com 
peso elevado. 
• Necessidade de habilidade e conhecimento para o manejo. 
• Necessidade de alto investimento inicial.
Para Refletir:
O uso da mecanização agrícola acarreta
desemprego no campo ou êxodo rural?
CAPÍTULO 1 – Introdução à Mecanização Agrícola
Fontes de Força de Trabalho Mecânico para Utilização na Agricultura
Motores elétricos, eólicos, hidráulicos e térmicos.
CAPÍTULO 1 – Introdução à Mecanização Agrícola
A Agricultura e o Aparecimento do Trator Agrícola;
• Mesopotâmia cerca de 8 000 a.C. Inicialmente manual, com o uso de ferramentas
primitivas, de rodas, de cilindros e de alavancas, durante milhares de anos o homem
utilizou a própria força e a de grupos de pessoas para produzir mais alimentos
• 1 700 d.C., um dos maiores eventos da humanidade, a máquina a vapor
• Criação do projeto do motor de combustão interna por Etienne Lenoir, por volta de 
1860. 
• Desenvolvimento do motor de combustão interna à gasolina por Nikolaus August Otto 
em 1876 (ciclo Otto) inicialmente idealizado para usar gás de carvão. 
• Invenção do primeiro trator com motor à gasolina, em 1892, por John Forlich, um 
fazendeiro americano que também era mecânico. 
• Invenção do motor ciclo diesel por Rudolf Diesel, em 1893, o qual usava óleo diesel 
como combustível e que, atualmente, equipa a maioria dos tratores agrícolas. 
CAPÍTULO 1 – Introdução à Mecanização Agrícola
Motomecanização no Brasil
• Ganha expressão depois da Segunda Grande Guerra 
• A fabricação de tratores no País iniciou a partir de 1961 (salta de aproximadamente
60 000 importados na década de 1960 para 500 000 na década de 1980)
• Em 2005, existia 1 trator para cada:
36 hectares (ha) de área cultivada nos EUA; 
15, na França;
11, Reino Unido;
51, no mundo;
160, no Brasil. 
• Um cenário negativo é observado na evolução do número de tratores ou do índice de 
mecanização no Brasil, que teve uma queda crescente entre 1985 e 2005. Esse efeito
pode estar relacionado à falta de investimentos ocorridos antes de 1985, refletindo-
se alguns anos depois. 
• Tem havido, contudo, um aquecimento nas vendas de máquinas agrícolas desde
2008. Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores
(ANFAVEA), as vendas em 2010 foram 20 a 30% maiores do que em 2009.
CAPÍTULO 2 – Tração Animal
• Na Antiguidade, quando o homem passou das atividades manuais
para as mecanizadas, a primeira fonte de potência foi animal, a partir
da domesticação de cavalos, que além de servirem como montaria, 
passaram a ser utilizados para arraste de carroças e, posteriormente, 
como implementos de trabalho agrícola. 
• Um animal de carga é capaz de render até 40 vezes mais do que um 
ser humano. 
• Até o aparecimento das primeiras máquinas a vapor, no início do 
século XVIII, os animais dominaram os serviços de transporte e 
trabalho agrícola pesado. 
• No início do século XX, no Brasil, o valor de um muar ou de um 
asinino chegou a custar 30 ou até mesmo 40 vacas de corte, pela falta
de tratores e implementos nas propriedades.
Mecanização animal:
• Reduzida movimentação do solo e menor aplicação de peso sobre a área, reduzindo a 
compactação do solo. 
• Autodeslocamento. 
• Adaptabilidade e flexibilidade do trabalho animal. 
• O animal pode ser reproduzido na própria fazenda. 
• Não requer mão de obra especializada para o seu manejo. 
• O alimento pode ser produzido na fazenda. 
• Custo menor do que o trator. 
Dificuldades:
• Alimentação do animal 
• Necessidade de descanso do animal
• Animal sujeito a processos biológicos comuns em seres vivos como estresse, doenças, 
envelhecimento e morte.
Bovinos
Vantagens:
• Trabalho firme e regular.
• Arreamento simples. 
• Maior força. 
• Menor custo de aquisição em relação aos equinos. 
• Menor depreciação após a vida útil, pois pode ser vendido para abate. 
Desvantagens:
• Difícil adestramento em relação a outras espécies. 
• Lentidão para a realização de alguns trabalhos, de 0,6 m/s a 0,8 m/s (2,1 km.h–1 a 
2,9 km.h–1). 
• Pouca precisão na linha de tiro, operação. 
CAPÍTULO 2 – Tração Animal - Esforço Tratório das Espécies
Equinos
Há duas raças europeias puras mais apropriadas para esforço tratório: a raça Bretão, 
da Grã-Bretanha, que atinge 900 kg de peso e 1,65 m de altura, e a raça Percherão, 
da França, que atinge 1 000 kg de peso e 1,80 m de altura. Entretanto, nas condições 
climáticas do Brasil, esses animais puros sofrem com as altas temperaturas. Assim, 
as mais adaptadas e de melhor desempenho são as raças mestiças, com 1/2 ou 3/4 
de sangue, dando origem a animais robustos e de força.
Vantagens:
• Maior precisão no trabalho. 
• Maior velocidade de trabalho, de 1,0 m/s a 1,5 m/s (3,6 km.h–1 a 5,4 km.h–1). 
Desvantagens:
• Necessitam de maiores cuidados. 
• Cansam-se facilmente. 
• Têm maior depreciação após a vida útil, pois não 
podem ser aproveitados para abate. 
CAPÍTULO 2 – Tração Animal - Esforço Tratório das Espécies
Muares
• Os muares possuem características intermediárias entre os equinos e os asininos, 
mostrando grande resistência e agilidade para o trabalho. Os melhores burros e 
mulas para a tração animal vêm do cruzamento de éguas 1/2 ou 3/4 Bretão ou 
Percherão com jumentos da raça Zamoro, Americano e o Pêga. Este, de origem 
nacional, provavelmente derivou de uma raça Egípcia bastante rústica.
Vantagens:
• Animal rústico e resistente. 
• Boa precisão na linha de tiro. 
• Boa velocidade de trabalho, 1,0 m/s (3,6 km.h–1). 
Desvantagens:
• Difícil adestramento. 
• Menor peso corporal. 
• Maior depreciação após a vida útil, pois não servem para o abate. 
CAPÍTULO 2 – Tração Animal - Esforço Tratório das Espécies
Asininos
• Os jumentos mais adaptados às nossas condições são os da raça Pêga. Provavelmente 
des-cendentes da raça Egípcia e, principalmente, da Africana, surgiram no Estado de 
Minas Gerais no século XVIII e XIX, na Fazenda Lagoa Dourada. Esses animais atingem 220 
kg de massa e altura mínima de 1,25 m para os machos (características, entre outras, 
padrão da raça). São utilizados para transportar carga no dorso e para cruzamento com 
éguas.
Vantagens:
• Fácil adestramento e docilidade. 
• Animal rústico e resistente. 
• Animal de baixo custo de aquisição. 
Desvantagens:
• Esforço de carga no dorso e tração limitados. 
• Baixa velocidade na tração. 
• Maior depreciação após a vida útil. 
• Baixo peso corporal. 
CAPÍTULO 2 – Tração Animal - Esforço Tratório das Espécies
x
x
CAPÍTULO 2 – Tração Animal – Capacidade de trabalho dos animais
• Bovinos
• Capacidade de trabalho determinada pelo seu peso vivo (PV), cuja força de 
trabalho, em kgf, é dada por 15% a 20% do seu peso vivo. 
• Método rápido:
PV = X3 x 40 (kg)
Em que:
PV = peso vivo em quilogramas (kg);
X = comprimento da região dorso-lombar do animal 
em metros (m); 40 = constante.
• CT = PV x 0,2 (kgf)
Em que:
• CT = capacidade de trabalho; 0,2 = constante de 20%.
Equinos, muares e asininos
• capacidade de trabalho avaliada em função da morfologia corporal (forma 
do corpo). Para tal, três índices foram desenvolvidos: índice anamorfósico, 
índice corporal e índice de capacidade.
• O Índice Anamorfósico (IA) baseia-se na capacidade respiratória do animal, 
cuja principal característica é a amplitude peitoral. Esse índice é calculado
por: 
IA = C2 A
Em que:
IA = Índice anamorfósico;
C = Perímetro toráxico em metros (m);
A = Altura da cernelha em metros (m).
Se o IA ≤ 2,16 o animal tem aptidãopara velocidade, 
e se IA > 2,16 ele tem aptidão para carga.
CAPÍTULO 2 – Tração Animal – Capacidade de trabalho dos animais
C
A
Equinos, muares e asininos
• O Índice Corporal (ICr) é o outro índice utilizado. Ele relaciona o 
comprimento do corpo e o perímetro toráxico do animal. Quanto maior o ICr
mais alongado é o animal, portanto, mais indicado para montaria e 
desenvolvimento de velocidade. Ele é obtido pela fórmula: 
ICr = L/C
Em que:
L = Comprimento do corpo em metros (m);
C = Perímetro toráxico em metros (m).
Se o ICr > 0,88, o animal tem aptidão para velocidade; se 0,86 ≥ ICr ≤ 0,88, ele 
tem aptidões intermediárias; e se ICr < 0,86 ele tem aptidão para carga.
CAPÍTULO 2 – Tração Animal – Capacidade de trabalho dos animais
Equinos, muares e asininos
• O Índice de Capacidade (ICp) relaciona a massa corporal ou peso vivo 
do animal (PV em kg) e a altura da cernelha (A em cm). Tem como 
princípio a ideia de que ani-mais mais altos e esguios (magros) estão 
mais aptos para a montaria e desenvolvimento de velocidade. Esse
índice é obtido por: 
ICp = PV/A
PV = C3 x 80
• Em que:
C = Perímetro toráxico em metros (m); 80 = Constante.
Se ICp > 3,15, o animal tem aptidão para carga. 
2,75 ≥ ICp ≤ 3,15 aptidões intermediárias, 
ICp < 2,75, aptidão para velocidade e sela.
CAPÍTULO 2 – Tração Animal – Capacidade de trabalho dos animais
• Arreamento:
• Bovinos – canga (cangalho, canzis e brochas de sola). 
• Equinos, muares e asininos: freio ou bride (cabeçada, freio e rédea); coalheira; 
lombeira; selote com retranca. 
• Atrelamento: singelo, parelha ou 
tandem.
CAPÍTULO 2 – Tração Animal 
Implementos:
CAPÍTULO 2 – Tração Animal • carroças e charretes;
• grade de dentes;
• sulcador;
• roçadora;
• semeadora/adubadora;
• rolo tipo faca.
Implementos:
CAPÍTULO 2 – Tração Animal 
• arado de aiveca;
• grade de discos;
• cultivador;
• distribuidor de calcário;
• adubadora;
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
Categoria de tratores Potência (cv)
Micros < 30
Leves 30 a 49
Médios 50 a 99
Pesados ≥ 100
Para fins práticos, podemos classificar os tratores segundo o 
sistema de direção e locomoção:
• Tratores de esteiras.
• Tratores de semiesteiras.
• Tratores de rodas.
Fonte: ANFAVEA, 2007.
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
Classificação dos tratores quanto ao porte, potência e aplicação:
Agrícolas
CompactosFlorestais
Monoeixo/Microtrator
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
Vantagens dos pneus em tratores agrícolas:
• Desenvolvem bom atrito devido às protuberâncias da borracha. 
• Amortecem bem os impactos causados pelas irregularidades do terreno, reduzindo os
solavancos, as vibrações e o ruído e melhorando o conforto do operador. 
• Possuem boa capacidade de tração, apesar da reduzida superfície de apoio. 
• Permitem operações em alta velocidade e locomoções em vias públicas
pavimentadas. 
• Têm custo de manutenção reduzido e boa flexibilidade para a adição de rodas. 
• Desvantagem:
• Maior pressão sob o solo em relação às esteiras.
• Maior compactação do solo.
• Maior patinação
• Limitação para alta tração.
• Pressão = Peso/Área
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
Lastreamento: 
• melhora sua capacidade de tração, reduzindo a patinação dos pneus
• ¾ de água nos pneus
• contrapesos
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
Conceitos importantes
Bitola: É a medida reguladora comumente usada para designar a largura do 
eixo do trator.
Reversor de torque:
É um sistema hidráulico acoplado à transmissão para a mudança suave e 
instantânea do sentido de direção para frente e para trás, sem necessidade de 
acionamento da embreagem.
Centro de gravidade:
• É o ponto de equilíbrio, e o único ponto onde pode ser considerada a 
aplicação da força de gravidade de todo o corpo.
:
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
Conceitos importantes
Potência:
Força = massa x aceleração (Newton = kg . m/s2)
Trabalho = força x deslocamento x Cos α (Joule= Newton x metro)
Potência= trabalho / tempo (1 W = 1 J/s)
Potência = força x deslocamento / tempo
Potência = força x velocidade (Watt)
1 HP = 750 W = 75 kgf.m/s
1 CV = 760 W = 76 kgf.m/s
:
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
Constituição do Trator
Externa:
• Carenagem – também chamada de lataria ou carroceria, protege o motor e os
siste-mas acessórios. 
• Cabine do Operador – onde se situam os comandos e os instrumentos de 
controle.
• Chassi – a parte mais robusta do trator, com a função de sustentar todos os
compo-nentes do trator. Toda a carroceria é montada sobre o chassi. 
Interna:
• Motor – é o responsável pela geração de potência para o trabalho e a 
movimentação da máquina. Os motores utilizados em tratores são de 
combustão interna, isto é, quei-mam combustível. 
• Sistemas Acessórios ou de Funcionamento – são responsáveis pelo funciona-
mento do motor e pela transformação de sua força em trabalho. 
Posteriormente esses sistemas serão estudados detalhadamente. Em resumo, 
são os sistemas de transmissão, de alimentação, elétrico, de lubrificação, de 
arrefecimento ou refrigeração, de direção e hidráulico. 
:
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
:
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
:
• Motores - constituição:
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
:
Ciclo Otto de funcionamento dos motores de combustão (4 fases ou 4 tempos):
• Admissão de ar, em motores a diesel, ou de uma mistura gasosa de ar e 
combustível, nos motores a gasolina, dentro do cilindro.
• Compressão do ar ou da mistura gasosa.
• Explosão ou expansão resultante da combustão.
• Escape ou expulsão dos subprodutos da combustão.
Motor de 4 tempos
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
:
• Motores - funcionamento:
• Ciclo – é a realização completa das fases de admissão, compressão, expansão e escape.
• Ponto morto superior (PMS) – é a posição mais alta que o êmbolo atinge ao pro-vocar a 
compressão máxima. 
• Ponto morto inferior (PMI) – é a posição mais baixa que o êmbolo atinge ao final da 
expansão. 
• Curso – é a distância percorrida pelo êmbolo do PMI ao PMS. Geralmente, corres-ponde ao
dobro do raio da manivela da ADM. 
• Tempo ou fase – corresponde a uma descida do êmbolo ou meia volta da ADM (180º).
• Câmara de compressão (Vc) – é o volume acima do êmbolo quando atinge no ponto morto
superior (PMS). É também chamada de câmara de combustão e está localizada, a maior
parte, no cabeçote. 
• Cilindrada (Cc) – é o volume deslocado pelo êmbolo no curso do PMS ao PMI.
• Volume Total do cilindro (Vt) – é o volume da câmara de com-bustão mais o volume 
deslocado (cilindrada). 
• Taxa de Compressão (Tc) – é a relação entre o volume total do cilindro e o volume da 
câmara de compressão. É variável para cada tipo de combustível utilizado. 
• Taxa de Compressão (Tc) = Volume Total do cilindro (Vt) / Câmara de compressão (Vc) 
Motor 4 tempos, quatro cilindros
Motor Multicilindro – Ordem de Ignição
CAPÍTULO 3 – Tratores Agrícolas
:
Motor de seis cilindros
Motor em V
Injeção direta
Sistema de Vávulas
Sistema de Alimentação
• Tanque de Combustível – é o reservatório de combustível.
• Bomba Alimentadora ou de Transferência – é a bomba que conduz o óleo diesel ao sistema sob 
baixa pressão. Possui um dispositivo manual para a retirada de ar do sistema quando há falta de 
combustível.
• Pré-Filtro ou Decantador – tem a função de eliminar a água do óleo, além de algumas impurezas 
maiores. Funciona com o movimento circular do óleo, decantando por centrifugação. Deve ser 
drenado diariamente.
• Filtro – geralmente possui um elemento filtrante de papelão especial ou feltro, em formato 
sanfonado. Realiza a purificação mais fina dodiesel.
• Bomba Injetora – é a bomba responsável por elevar a pressão do diesel para que possa ser 
atomizado no bico injetor. Há dois tipos principais de bomba injetora nos motores dos tratores 
agrícolas: a bomba injetora tipo linear, ou individual, que possui cilindros como o motor, com 
êmbolos que se movimentam bombeando combustível, um para cada cilindro, agindo de forma 
sincronizada com os tempos do motor. A segunda é a bomba rotativa, que possui um rotor que gira 
bombeando o diesel, também chamada bomba CAV. O rotor possui canais (rasgos) responsáveis por 
enviar o diesel sob pressão para os bicos.
• Bico Injetor – é um componente que possui pequenos orifícios na extremidade que fica
internamente no cilindro, permitindo a atomi-zação do diesel sob pressão. 
• Retorno – é a tubulação responsável por trazer o diesel restante da injeção no cilindro. O retorno
reúne o óleo de todos os bicos e conduz de volta ao tanque de combustível. Geralmente, há o 
bombeamento de uma quantidade de combustível maior do que a necessária para a injeção, com a 
finalidade de ajudar a refrigerar o bico injetor. 
Sistema de alimentação
Diesel
Admissão e Purificação de Ar
Sistema de Refrigeração ou Arrefecimento (ar, água e, ar e água)
Sistema de arrefecimento
Sistema de Lubrificação
• Cárter – é a tampa inferior do motor, que também serve de reservatório do óleo lubrificante. 
• Captação – também chamado de “pescador”, tem a função de sucção do óleo do cárter do motor, possuindo
um pré-filtro de malha metálica na extremidade cuja fun-ção é evitar a passagem de resíduos mais grosseiros.
• Bomba de óleo – é responsável pelo bombeamento do óleo no sistema de lubrificação, mantendo-o sob 
pressão. Seu acionamento é feito diretamente pela ADM por meio de engrenagens
• Filtro – é constituído por um compartimento cilíndrico com um elemento filtrante interno, geralmente
constituído por uma malha de aço e tem a função de remover as impurezas mais finas do óleo. 
• Manômetro – indica a pressão do óleo no sistema de lubrificação a partir de um sensor, comumente
chamado de “cebolinha” e instalado geralmente na saída da bomba de óleo. O manômetro possui um 
instrumento indicador instalado no painel do trator. Caso o manômetro indique pressão abaixo da faixa
recomendada, é necessário parar o motor imediatamente para corrigir o problema, pois pode ocorrer um 
desgaste prematuro das peças. 
Galerias – são os dutos através dos quais o óleo circula dentro do motor.
• Suspiro do Cárter – é um tubo que liga a parte interna do motor ao meio externo, evitando que haja aumento
da pressão interna do cárter e contaminação do óleo com resíduos de gases.
Sistema de Lubrificação
Sistema Elétrico
Funções principais:
• Partida do motor
• Ignição da mistura nos motores do ciclo Otto (gasolina, álcool e GNV) por meio 
da centelha elétrica.
• Funcionamento dos instrumentos do painel e das lâmpadas de faróis e 
faroletes.
Principais componentes:
• Gerador
• Bateria ou acumulador
• Motor de partida
• Iluminação, instrumentos do painel e buzina
Sistema de Transmissão
• Transmissões hidráulicas por meio de fluxo de óleo – são transmissões que utilizam a 
pressão estática do fluido. Por exemplo, potência hidráulica (pressão e vazão) é transmitida
por uma linha de escoamento e convertida novamente em potência junto aos rodados dos 
tratores. 
• Transmissões hidromecânicas – são as que associam componentes hidráulicos e
mecânicos, como embreagens hidráulicas e conversores hidráulicos de torque. 
• Transmissões mecânicas de contato Direto de engrenagens – são as mais utilizadas nos
tratores agrícolas. 
Os principais componentes são:
• Embreagem de volante. 
• Caixa de mudanças de marchas ou câmbio. 
• Diferencial. 
• Redução final. 
• Rodas motrizes. 
• Tomada de potência (TDP). 
Embreagem
Caixa de marchas
Caixa de marchas (câmbio)
Diferencial
Redução final
Redução Direta Redução Epicicloidal ou Epicíclica
Redução final
Tomada de potência (TDP)
Sistema de levante hidráulico
Sistema de levante hidráulico - controle
2
1
Controles e Instrumentos
Instrumentos
Capítulo 4 - Manutenção e Operação do Trator
Manutenção do Trator Novo
Primeiras 8-10 horas de trabalho: 
– Reajustar a tensão da correia do ventilador. 
Primeiras 50-60 horas de trabalho: 
– Trocar o óleo e o elemento do filtro do óleo lubrificante. 
– Reapertar porcas e parafusos do cabeçote. 
– Reajustar a folga das válvulas do motor. 
– Reajustar o curso livre do pedal de embreagem. 
– Reapertar as porcas das rodas traseiras e dianteiras. 
Primeiras 100-120 horas de trabalho: 
– Trocar óleo lubrificante da caixa de marchas, diferencial e redução final. 
– Lavar o filtro e substituir o óleo lubrificante do sistema hidráulico. 
Manutenção Periódica
Lubrificação
Lubrificantes
• Classificação Física
• Pela viscosidade e seu nível de desempenho. 
• Viscosidade: resistência que um fluido oferece ao seu próprio movimento. 
• Quanto menor a viscosidade maior será a capacidade de escoar (fluir). 
• Unidades: cm2.s-1 no Sistema Internacional (SI), ou em Stokes ou Poise no Sistema 
CGS. 
• A Sociedade dos Engenheiros Automotivos, em inglês Society of Automotive 
Engineers (SAE): quanto maior o número maior a viscosidade. 
• Assim: um óleo SAE 40 é mais viscoso do que o SAE 20. A letra W é adicionada para 
os óleos adequados a condições extremas de frio ou de inverno (winter em inglês).
• Óleos multiviscosos: atendem às exigências de inverno e verão. 
• Por exemplo: óleo SAE 20W/50 mantém a viscosidade adequada, tanto em baixas
temperaturas (SAE 20W) facilitando a partida a frio, quanto em altas temperaturas
(SAE 50), garantindo uma perfeita lubrificação.
• Os óleos de transmissão são mais viscosos e variam de classificação SAE 75, 80, 90, 
140 e 250. Geralmente, são utilizados no diferencial e na redução final.
Classificação IS0
• A ISO, sigla inglesa para International Standards Organization
• Classifica os óleos de acordo com a sua viscosidade na unidade de medida centistokes (cSt) a 
40°C.
• Varia de 2 a 1 500 cSt (com tolerância de 10%) 
• Normalmente é utilizada para óleos industriais. 
• Por exemplo: o óleo ISO 100 terá um valor de viscosidade entre 90 e 110 cSt a 40°C. 
Classificação Química
• Desenvolvida pelo American Petroleum Institute (API)
• Leva em conta o desempenho do lubrificante para motores quatro tempos.
• Primeira Letra: 
• Para motores a gasolina, álcool e GNV, identificados pela letra S, de Service Station
(postos de serviço, garagem) ou Spark (faísca/centelha). 
• Para motores diesel, identificados pela letra C, de Commercial (linha comercial, 
frotas), ou Compression (compressão).
• Segunda letra (após o S ou o C):
• Identifica o nível de evolução do lubrificante: Por exemplo, SA, SB...SL
Podem, ainda, ser classificados em três tipos gerais, de acordo com o serviço:
• MP – mineral puro.
• EP – extrema pressão (aditivado).
• HP ou Hipoide – extrema pressão, não servindo a tratores com transmissão e sistema
hidráulico juntos, ou seja, que usam o mesmo óleo por conterem enxofre.
Resíduos gerados na manutenção dos tratores e implementos
Resíduo
Quantidade 
média gerada
Tempo aproximado de 
degradação no ambiente
Destino adequado
Graxas Baixa Meses Coleta por empresa especializada
Borrachas Média Tempo indeterminado Coleta por empresa especializada
Lubrificantes Alta Meses Coleta por empresa especializada
Plásticos Baixa 100 anos Indústria de reciclagem
Filtro de Ar Baixa Mais de 100 anos Indústria de reciclagem
Filtro de Óleo Baixa Mais de 100 anos Coleta por empresa especializada
Estopas Baixa 1 ano Indústriade reciclagem
Pneus
Pressão recomendada (tratores 4 x 2 até 70 CV de potência): 
• Pneus traseiros: no máximo 14 PSI (lb . pol–2) ou ≈1 kgf.cm–2
• Pneus dianteiros: 28 PSI ou ≈2 kgf.cm–2
Desgaste de pneus em função da pressão: 
Baixa AltaAdequada
4- Operação e Regras de Segurança
Passos para conduzir a máquina: 
• Colocar as alavancas de marchas e redução na posição neutra, pressionando a 
embreagem. Alguns tratores exigem que a embreagem esteja pressionada
para dar a partida. 
• Acelerar a máquina a 1/4 da aceleração máxima e virar a chave de partida
firmemente, mas com calma. Assim que o motor der a partida, soltar a chave
para que retorne automaticamente à posição original. 
• Manter a aceleração abaixo de 1 200 rpm durante o aprendizado inicial. 
• Pressionar a embreagem e engatar a segunda marcha reduzida, geralmente
indicada por um símbolo representado por uma tartaruga na cabeça da 
alavanca.
• Soltar a embreagem suavemente sentindo o trator movimentar-se. Caso haja
necessidade, pressionar a embreagem e o freio para parar. 
Realizar as seguintes operações até adquirir habilidade com a máquina:
• Andar 20 m para frente e 20 m para trás, pressionando a embreagem e o freio, parando totalmente o trator para 
a mudança de marcha à ré, com o cuidado de olhar para trás.
• Andar para frente virando à direita e retornando de ré ao mesmo lugar.
• Andar para frente realizando uma trajetória na forma de oito e finalizando com o estacionamento em uma 
garagem feita de balizas.
• Realizar uma trajetória em forma de oito em marcha à ré até estacionar entre balizas, aproximando a barra de 
tração de uma pequena baliza no chão.
• Engatar o reboque e realizar nova trajetória em oito, finalizando com o estacionamento da carreta em uma 
garagem em marcha à ré.
• Realizadas as operações anteriores, quando já tiver habilidade com o trator, proceder ao acoplamento de 
implementos, iniciando pelo reboque, passando para a grade niveladora e o arado.
• As atividades agrícolas de aração e gradagem devem ser feitas em terreno totalmente plano, longe de lagoas e 
galpões. 
• O aluno deve sempre portar o rádio. O fone de ouvido cria um ambiente de concentração de forma que o aluno 
responda imediatamente ao comando do instrutor.
• Todas as regras de operação segura devem ser obedecidas pelos alunos.
Regras de Segurança na Operação
• Evitar locais próximos a barrancos ou em inclinação lateral acentuada. 
• Nas descidas, utilizar a mesma marcha que seria utilizada para subir. Nunca usar marcha em
neutron (banguela)
• Desligar o trator em locais fechados O monóxido de carbono produzido pela combustão
do motor é altamente tóxico. 
• Não fumar ou utilizar chamas próximo à bateria ou ao tanque de combustível do trator. 
• Não deixar ninguém subir no trator ou nos implementos quando a máquina estiver sendo
operada. 
• Não permitir que pessoas fiquem na frente ou atrás das rodas do trator quando a máquina
estiver ligada. 
• Utilizar proteção do eixo de transmissão (cardã) e de correias e cinto de segurança. 
• Não permitir pessoas próximo a implementos em operação, especialmente roçadoras. 
• Desengatar a marcha e retirar o pé da embreagem após a aproximação para acoplamento
dos implementos. 
Regras de Segurança na Operação
• Manter os pedais de freio unidos pela trava quando trafegar em vias públicas ou
estradas. 
• Observar a largura e a altura dos implementos e do trator ao trafegar em pontes e 
túneis, ou nas manobras próximo a galpões, pedras e outros obstáculos. 
• Acionar o freio de estacionamento ao parar o trator. 
• Realizar a manutenção com o motor desligado e o freio de estacionamento acionado. 
• Abrir a tampa do radiador apenas com o motor frio. 
• Quando realizar manutenção com o trator suspenso por macaco hidráulico, colocar
calços rígidos (preguiças) sob os eixos e aliviar o macaco. 
• Tracionar implementos apenas utilizando a barra de tração, nunca o terceiro ponto. 
• Usar equipamento de proteção individual (EPI): sapatão de couro, calça, camisa de 
manga longa, luvas, óculos de sol de segurança, protetor auricular e chapéu (se o trator
não for cabinado). 
Ao trafegar em vias públicas
• Obedecer à sinalização e ao Código de Trânsito Brasileiro. 
• Manter a direita da mão de direção, com velocidade compatível.
• Dar a preferência nos cruzamentos e ultrapassar somente pela 
esquerda. 
• Usar luz baixa ao cruzar outro veículo e sinalizadores de direção. 
• Utilizar o cinto de segurança
• Manter os pneus sempre calibrados, direção alinhada e freios
regulados. 
• Conhecer a sinalização e o funcionamento do trânsito. 
A Oficina 
Mecânica
Ferramentas
Chave allen
Chave torx (hexalobular)
Chave de boca Chave combinada
Torquímetro
Micrômetro
Paquímetro
Paquímetro: leitura do nônio ou vernier

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