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TRT - Processo Civil Aula 02 2

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Direito Processual Civil – TRT 8ª Região 
 Teoria e Exercícios comentados 
Prof. Gabriel Borges – Aula 02 
 
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TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO 
 
 AULA 02: Das Partes e Dos Procurados 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Capítulo II: Das Partes e Dos Procuradores: capacidade 
processual e postulatória; deveres e substituição das partes e 
procuradores. 
 
1. Partes 
1.1. Capacidade de ser parte 
1.2. Capacidade Processual 
1.3. Capacidade processual dos cônjuges nas ações reais 
imobiliárias 
1.4. Curatela Especial 
1.5. Representação das pessoas jurídicas e das pessoas 
formais 
1.6. Incapacidade processual e irregularidade de 
representação 
1.7. Capacidade Processual versus Capacidade de ser 
Parte versus Capacidade Postulatória 
1.8. Dos deveres das partes e dos procuradores 
1.8.1. Responsabilidade das partes por dano processual 
1.9. Responsabilidade e direitos do Procurador 
1.10. Honorários Advocatícios 
2. Substituição Processual 
 
02 
2. Resumo 22 
3. Questões comentadas 23 
4. Lista das questões apresentadas 34 
5. Gabarito 38 
 
 Direito Processual Civil – TRT 8ª Região 
 Teoria e Exercícios comentados 
Prof. Gabriel Borges – Aula 02 
 
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CAPÍTULO II: Das partes e Dos procuradores 
 
1. PARTES 
A partir da identificação das partes do processo, será possível definir as 
pessoas que podem ser alcançadas pelo pronunciamento judicial – quem poderá 
exigir o cumprimento da obrigação imposta na sentença e perante quem ela se 
dirigirá. A definição das partes no processo vai delimitar os limites subjetivos da 
coisa julgada. As partes do processo são, em regra, o autor, que solicita o término 
do conflito que originou o processo; o réu, perante quem a providência jurisdicional 
foi demandada. 
A relação jurídica é formada, ao menos, com dois sujeitos: demandante e 
demandado. As partes devem agir com lealdade e boa-fé, estando sujeitos, na 
ausência da observância dos deveres legais, à multa conforme o art. 14 do CPC: em 
montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte 
por cento do valor da causa. 
A definição apresentada acima se refere ao conceito clássico de partes, no 
entanto, podem envolver-se no processo, além do autor e réu, outras pessoas que 
queiram defender interesse jurídico de sua titularidade. Contudo, deve-se salientar a 
distinção entre sujeito da lide ou do negócio jurídico material deduzido em juízo e 
sujeito do processo. 
Um exemplo que nem sempre os sujeitos da lide coincidem com as partes 
do processo ocorre quando, após a investigação das circunstâncias fáticas da 
controvérsia de um acidente de trânsito entre Alberto e Balzac – os condutores dos 
veículos e responsáveis pela materialização do conflito de interesses, Alberto decide 
demandar contra Carlos, ao invés de dirigir sua pretensão contra Balzac, mero 
condutor do veículo, sendo o carro de propriedade de Carlos. Percebe-se que 
Alberto e Balzac são sujeitos da lide, sendo que Alberto e Carlos são sujeitos do 
processo. 
 Direito Processual Civil – TRT 8ª Região 
 Teoria e Exercícios comentados 
Prof. Gabriel Borges – Aula 02 
 
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Desse modo, pode-se definir parte de dois modos: parte como sujeito da 
lide, em sentido material, e parte como sujeito do processo, em sentido processual. 
Parte, para o direito processual, é a pessoa que pede ou perante a qual se pede, em 
nome próprio, a tutela jurisdicional. 
O conceito de parte pode ser dado de modo mais abrangente, como coloca 
Liebman: “são partes do processo os sujeitos do contraditório instituído perante o 
juiz” (os sujeitos do processo diversos do juiz, para as quais este deve proferir o seu 
provimento). 
Formação clássica do processo O processo envolve apenas o autor, o 
réu (como partes) e o juiz. 
Extensão das partes no processo Ingresso de terceiros: para apoiar uma 
das partes principais ou defender 
interesse próprio: autor, réu e terceiros. 
 
 
De acordo com o tipo de ação, fase processual ou 
procedimento, as terminologias das partes mudam. 
1. Processo de conhecimento geral: 
a) Autor e réu. 
2. Processo de conhecimento: 
b) Nas exceções: o promovente é excipiente e o 
promovido, exceto. 
c) Na reconvenção: reconvinte e reconvindo. 
d) Nos recursos em geral: recorrente e recorrido. 
e) Na apelação: apelante e apelado. 
f) No agravo: agravante e agravado. 
g) Nos embargos de terceiros: embargante e 
embargado. 
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 Teoria e Exercícios comentados 
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h) Nas intervenções de terceiros: denunciado, 
chamado, assistente ou interveniente. 
3. Processo de execução: 
a) As partes da execução forçada: credor e devedor. 
b) Nos embargos do devedor ou de terceiros: 
embargante ou embargado. 
4. Processo Cautelar: 
a) As partes no CPC: requerente e requerido. 
5. Nos procedimentos de jurisdição voluntária: 
a) Não há partes, mas apenas interessados. 
 
1.1. CAPACIDADE DE SER PARTE 
A capacidade de ser parte é um direito (art. 7o, do CPC); diz respeito à 
personalidade tanto da pessoa física quanto da pessoa jurídica. Essa capacidade é 
estendida para os entes despersonalizados – a massa falida, o condomínio. 
Dessarte, a capacidade de ser parte é a possibilidade de o indivíduo apresentar-se 
em juízo como autor ou réu no processo. Para a validade da capacidade de ser 
parte, é necessária a personalidade civil. 
Para as pessoas físicas, a personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do 
nascituro (art. 2o do CC). Para as pessoas jurídicas, a personalidade civil é obtida a 
partir da inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, como Junta Comercial, 
Órgão de Classe. 
Após adquirir a capacidade de ser parte, verifica-se se o autor e o réu 
podem realizar os atos do processo sem a necessidade de acompanhamento ou 
apoio de outrem, ou seja, deve-se verificar se as partes detêm todas as condições 
de se manterem na relação processual sem serem amparadas por outra pessoa. 
 
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 Teoria e Exercícios comentados 
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1.2. CAPACIDADE PROCESSUAL 
A capacidade processual é pressuposto de validade do processo. As partes 
precisam dela para a prática dos atos processuais. A parte que não tem capacidade 
processual deverá ser representada ou assistida em juízo. Quando representada 
não participará dos atos, quando assistida participará de sua realização em conjunto 
com quem assiste. 
Não tem capacidade processual quem não tem capacidade civil para a 
prática plena dos atos jurídicos materiais, como o exemplo dos menores de idade 
(na forma dos artigos, artigos 1º a 10 do Código Civil). A incapacidade processual 
pode ser superada por meio dafigura jurídica da representação. Por conseguinte, 
quando os incapazes fizerem parte da lide, serão representados por seus pais, 
tutores ou curadores, de acordo com a lei. 
Art. 8o: Os incapazes serão representados ou assistidos por seus pais, 
tutores ou curadores, na forma da lei civil. 
Quando uma das partes ou as partes são absolutamente incapazes, deverão 
ser representadas; quando a incapacidade for relativa, deverão ser assistidas. 
Ocorrendo qualquer das duas hipóteses, haverá a necessidade da intervenção do 
Ministério Público, sob pena de nulidade do processo. Os incapazes detêm a 
capacidade de ser parte, mas não possuem a capacidade de estar em juízo nem a 
capacidade postulatória, uma vez que não possuem capacidade para a prática dos 
atos civis. 
O advogado, em regra, de modo exclusivo, tem capacidade postulatória. 
Exceto nos casos previstos em lei, por exemplo, nos Juizados Especiais, Justiça 
Trabalhista, ADIN e ADECON. 
 
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Art. 3o: São absolutamente incapazes de exercer 
pessoalmente os atos da vida civil: 
I – os menores de dezesseis anos; 
II – os que, por enfermidade ou deficiência mental, 
não tiverem o necessário discernimento para a prática desses 
atos; 
III – os que, mesmo por causa transitória, não 
puderem exprimir sua vontade. 
Art. 4o: São incapazes, relativamente a certos atos, 
ou à maneira de os exercer: 
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito 
anos; 
II – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os 
que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
III – os excepcionais, sem desenvolvimento mental 
completo; 
IV – os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos índios será 
regulada por legislação especial. 
 
 
1.3. CAPACIDADE PROCESSUAL DOS CÔNJUGES NAS AÇÕES REAIS 
IMOBILIÁRIAS 
Art. 10: O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para 
propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários. 
Não há dependência entre os cônjuges para estar em juízo nas ações em 
geral; a exceção diz respeito às ações que tratem sobre os direitos reais imobiliários, 
pois nesse caso o cônjuge (marido ou mulher) dependerá da anuência do consorte 
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para ingressar em juízo. Essa restrição visa a proteger o patrimônio imobiliário 
familiar. 
O artigo 1.647, CC, trata da capacidade processual das pessoas casadas, 
no polo ativo, e da exigência de litisconsórcio passivo, nas causas que versam sobre 
direitos reais imobiliários. 
Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime 
da separação absoluta: alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; pleitear, 
como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos; prestar fiança ou aval; fazer 
doação, não sendo remuneratória, de bens comuns ou dos que possam integrar 
futura meação. Mas são válidas as doações nupciais feitas aos filhos, quando 
casarem ou estabelecerem economia separada (art. 1.647, CC). 
De acordo com o disposto no “caput” do art. 1.647 do CC, não se aplica a 
exigência de participação do consorte quando o casamento ocorrer em regime de 
separação absoluta de bens. A participação do consorte é necessária nos regimes 
de bens de comunhão parcial, universal e de participação final de aquestos. Nesse 
último, caso não haja acordo pré-nupcial estabelecido. 
Contudo, o art. 1.648 do CC determina: cabe ao juiz, nos casos do artigo 
antecedente, suprir a outorga, quando um dos cônjuges a denegue sem motivo 
justo, ou lhe seja impossível concedê-la. 
 
1.4. CURATELA ESPECIAL 
Em algumas hipóteses, o magistrado dará à parte um representante especial 
para atuar em seu nome no curso do processo. A esse representante dá-se o nome 
de curador especial ou curador à lide. 
O CPC traz em seu art. 9o a determinação de que o juiz dará curador 
especial ao incapaz, se não tiver representante legal, ou se os interesses deste 
colidirem com os daquele; ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com 
hora certa. Nas comarcas em que houver representante judicial de incapazes ou de 
ausentes, competirá a este a função de curador especial. 
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O curador especial terá o dever de proteger o interesse da parte tutelada, 
tendo ampla defesa dos direitos da parte representada, podendo produzir a 
contestação, a exceção e a reconvenção. No entanto, o curador não pode 
transacionar, uma vez que a representação é somente da tutela e não de 
disposição. 
A curatela à lide é um múnus (dever) processual que não permite a 
exigência de honorários da parte representada, mas os serviços do advogado 
podem ser reclamados da parte contrária, quando ocorrer sucumbência. 
 
1.5. REPRESENTAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS E DAS PESSOAS FORMAIS 
Serão representadas em juízo, ativa e passivamente, as seguintes pessoas 
jurídicas publicas e privadas, bem como as pessoas formais (art. 12 do CPC): a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus procuradores; o 
Município, por seu prefeito ou procurador; a massa falida, pelo síndico; a herança 
jacente ou vacante, por seu curador; o espólio, pelo inventariante; as pessoas 
jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem ou, não os designando, por 
seus diretores; as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem 
couber a administração dos seus bens; a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, 
representante ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada 
no Brasil (art. 88, parágrafo único); o condomínio, pelo administrador ou pelo 
síndico. 
Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do 
falecido serão autores ou réus nas ações em que o espólio for parte (§ 1o). 
As sociedades sem personalidade jurídica, quando demandadas, não 
poderão opor a irregularidade de sua constituição (§ 2o). 
O gerente da filial ou agência presume-se autorizado, pela pessoa jurídica 
estrangeira, a receber citação inicial para o processo de conhecimento, de 
execução, cautelar e especial (§ 3o). 
Para pessoa jurídica que mantenha filiais, é importante 
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 distinguir duas circunstâncias: 
a) Regra geral, a citação do gerente dependerá de 
poderes especiais, ou seja, quando os atos não forem praticados 
pelo citando, não basta ter a qualidade de gerente, é necessário 
que se tenha poderes adequados para o ato. 
b) Quando os atos forem praticados pelo gerente da 
filial, a citação do gerente terá eficácia, mesmo que o gerente não 
tenha poderes especiais para recebê-la. Essa circunstância só terá 
validade caso não hajano foro competente outro representante 
com poderes especiais. 
 
1.6. INCAPACIDADE PROCESSUAL E IRREGULARIDADE DE 
REPRESENTAÇÃO 
A capacidade das partes e a regularidade de sua representação, por serem 
requisitos de validade da relação processual, devem ser verificadas, ex officio, pelo 
magistrado. Uma vez verificada a incapacidade processual ou irregularidade, o juiz 
suspende o processo e determina um prazo para que seja sanado o defeito. 
Caso não seja cumprido o despacho no prazo estabelecido, que não poderá 
ser superior a 30 dias, o magistrado poderá adotar as seguintes medidas (art. 13 do 
CPC): ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo; ao réu, reputar-se-á revel; 
ao terceiro, será excluído do processo. 
Vejam uma questão de 2012: 
(TRF 5° Região – FCC 2012) Com relação à capacidade processual é correto 
afirmar: 
a) No atual sistema jurídico pátrio, os cônjuges não necessitam do consentimento 
do outro para a propositura de ação de qualquer natureza. 
b) Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, em nenhuma hipótese. 
c) A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes e pelos 
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integrantes do Ministério Público, nos termos da lei. 
d) O juiz dará curador especial ao réu preso, bem como ao revel citado por edital ou 
com hora certa. 
e) Ambos os cônjuges serão citados, necessariamente, para as ações que versem 
sobre direitos pessoais mobiliários. 
COMENTÁRIOS: 
a) Acabamos de ver que o cônjuge necessitará do consentimento do outro para 
propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários. Lembrem-se que não há 
dependência entre os cônjuges para estar em juízo nas ações em geral; a exceção 
diz respeito às ações que tratem sobre os direitos reais imobiliários. Essa restrição 
visa a proteger o patrimônio imobiliário familiar. 
b) Muito cuidado com as generalizações. Ao dizer “em nenhuma hipótese” a banca 
invalidou a questão, pois nos casos em que a Lei autorizar será possível pleitear, 
em nome próprio direito alheio (art. 6°, CPC). 
c) O erro da questão está em incluir o Ministério Público. De acordo com o art. 1° do 
CPC: A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o 
território nacional, conforme as disposições que este Código [CPC] estabelece. 
d) É a alternativa correta. O juiz determinará curador especial ao incapaz, se não 
tiver representante legal, ou se os interesses deste colidirem com os daquele; ao 
réu preso, bem como ao revel citado por edital ou com hora certa. 
e) Atenção à leitura, o correto seria dizer que o cônjuge necessitará do 
consentimento do outro para propor ações que versem sobre direitos reais 
imobiliários. 
Gabarito: D 
 
1.7. CAPACIDADE PROCESSUAL VERSUS CAPACIDADE DE SER PARTE 
VERSUS CAPACIDADE POSTULATÓRIA 
A capacidade processual relaciona-se com a capacidade de fato ou de 
exercício; é a qualidade legal para participar da relação processual, em nome 
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próprio ou alheio. Por seu turno, a capacidade de ser parte, relaciona-se com a 
capacidade de exercer o direito. As pessoas físicas, jurídicas, de direito público ou 
privado, e as pessoas formais possuem capacidade de ser parte. 
Na capacidade postulatória, regra geral, têm capacidade postulatória os 
advogados inscritos na OAB e o Ministério Público. Existem casos em que não se 
faz necessária a capacidade postulatória para atuar em juízo, como nos Juizados 
Especiais Cíveis, quando o valor da causa não ultrapassar 20 salários mínimos. 
 
O nascituro tem capacidade de ser parte. Será representado 
pela mãe ou pelo Ministério Público. Assim, a mãe, como 
representante do nascituro, poderá oferecer a ação e, caso venha a 
nascer com vida, poderá ser investido da titularidade do direito 
material. 
 
 
(TRF 2° Região – FCC 2012) Roberval é maior, capaz, técnico em computação, reside 
da cidade do Rio de Janeiro, se acha em pleno exercício de seus direitos e habilitado a 
todos os atos da vida civil. 
Nesse caso, Roberval 
a) tem capacidade postulatória e capacidade para estar em juízo. 
b) tem capacidade postulatória, mas não tem capacidade para estar em juízo. 
c) tem capacidade para estar em juízo, mas não tem capacidade postulatória. 
d) não tem capacidade postulatória, nem capacidade para estar em juízo. 
e) só tem capacidade para estar em juízo e capacidade postulatória se estiver assistido 
por curador especial. 
Gabarito: C 
Percebam que Roberval é técnico em computação, não se mencionou na 
questão se ele era advogado inscrito nos quadros da OAB, de maneira que não tem, 
em regra, capacidade postulatória. 
 Direito Processual Civil – TRT 8ª Região 
 Teoria e Exercícios comentados 
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1.8. DOS DEVERES DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
Não se justificaria a intervenção estatal se não houvesse um conflito de 
interesses. Uma vez existente o conflito, busca-se uma decisão pacificadora que só 
será alcançada por meio da cooperação das partes, devendo ser respeitadas as 
normas e regras processuais e as determinações do juiz. 
Desse modo, são deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer 
forma participam do processo (arts. 14 e 15 do CPC): 
a) Expor os fatos em juízo conforme a verdade. 
b) Proceder com lealdade e boa-fé. 
c) Não formular pretensões nem alegar defesa, ciente de que são 
destituídas de fundamento. 
d) Não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à 
declaração ou defesa do direito. 
e) Cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar 
embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. 
No processo civil, as partes estão livres para escolher os meios necessários 
à consecução dos objetivos, desde que esses sejam idôneos, respeitando a 
celeridade do processo. As partes devem respeitar os princípios da lealdade e da 
probidade. Reforça-se que, além das partes, os deveres elencados nos arts. 14 e 15 
do CPC [acima] devem ser respeitados pelos terceiros intervenientes e pelos 
advogados que representam as partes no processo. 
Vejam esta questão do Cespe de 2011: 
(TRE ES – Cespe 2011) A respeito dos auxiliares da justiça e das partes do 
processo, julgue o item abaixo. 
No exercício do direito à ampla defesa e ao contraditório, o réu pode alegar, em 
contestação, defesa destituída de fundamento. 
a) Certo 
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b) Errado 
Acabamos de ver na letra “c” que são deveres das partes e de todos 
aqueles que de qualquer forma participam do processo não formular pretensões 
nem alegar defesa, ciente de que são destituídas de fundamento.Gabarito: Errado 
 
Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria: 
a) Declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que 
receberá intimação; 
b) Comunicar ao escrivão do processo qualquer mudança de endereço. 
Se o advogado não cumprir o disposto na letra “a”, o juiz, antes de 
determinar a citação do réu, mandará que se supra a omissão no prazo de 48 horas, 
sob pena de indeferimento da petição. Se infringir o previsto na letra “b”, serão 
consideradas válidas as intimações enviadas, em carta registrada, para o endereço 
constante dos autos. 
 
1.8.1. RESPONSABILIDADE DAS PARTES POR DANO PROCESSUAL 
Caso uma das partes haja com má-fé, deverá indenizar as perdas e danos 
causados à parte prejudicada (art. 16 do CPC). Essa responsabilidade alcança tanto 
o autor e o réu como os intervenientes no processo. 
É litigante de má-fé aquele que: deduzir pretensão ou defesa contra texto 
expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do processo 
para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do 
processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
provocar incidentes manifestamente infundados; interpuser recurso com intuito 
manifestamente protelatório. 
Caso seja classificado como litigante de má-fé, a indenização 
compreenderá: os prejuízos das partes; os honorários advocatícios, as despesas 
efetuadas pelo lesado, sendo que a reparação do ato ilícito será devida qualquer 
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que seja o resultado da lide, mesmo que a decisão seja favorável ao litigante de má-
fé. Há a possibilidade de aplicar a penalidade de quantia pecuniária igual ou inferior 
a um por cento sobre o valor da causa, o que é, pelo baixo percentual, praticamente 
um estímulo à litigância de má-fé. 
Art. 18 do CPC: O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o 
litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da 
causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os 
honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. 
Todavia, a multa pode ser acompanhada do arbitramento de indenização 
pelos danos suportados pela parte prejudicada, representando valor pecuniário não 
superior a 20 por cento do valor da causa a ser fixado pelo juiz, ou liquidado por 
arbitramento (art. 18, § 2o, CPC). Portanto, a multa é de um por cento e a 
indenização pode chegar a 20 por cento do valor da causa, com imposição imediata 
ou deslocada para a liquidação por arbitramento. 
Caiu em prova: 
(TRE SP – FCC 2012) Beatriz está sendo executada judicialmente pelo 
descumprimento de obrigação contratual, cujo valor da causa é R$ 62.000,00. Na 
referida execução, Beatriz foi considerada litigante de má-fé porque interpôs recurso 
com o intuito manifestamente protelatório. De acordo com o Código de Processo 
Civil brasileiro, a multa pela litigância de má-fé NÃO excederá 
a) R$ 620,00. 
b) R$ 1.240,00. 
c) R$ 3.100,00. 
d) R$ 6.200,00 
e) R$ 9.300,00. 
Gabarito: A 
 
 
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1.9. RESPONSABILIDADE E DIREITOS DO PROCURADOR 
A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. No 
entanto, ela poderá postular em causa própria em duas situações: 
a) Quando tiver habilitação legal; ou seja, em regra, ser advogado; 
b) Quando não tiver habilitação, faltar advogado no lugar, ou aqueles que 
houver se recusarem ou forem impedidos. 
Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em 
juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência 
ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados 
urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a 
exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período. 
Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o 
advogado por despesas e perdas e danos. 
A procuração para o foro mencionada no parágrafo anterior é conferida por 
instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar 
todos os atos do processo, salvo: receber citação inicial, confessar, reconhecer a 
procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a 
ação, receber, dar quitação e firmar compromisso. Estes últimos, portanto, são 
poderes não conferidos ao advogado por procuração geral para o foro. 
Percebam que há uma lógica para não se conferir ao advogado algum 
desses poderes. Seria irracional permitir ao advogado dispor de direitos da parte ou 
negociar o bem da vida (o objeto em discussão). 
É possível que o procurador recorra de decisão do juiz, isso é razoável, já 
que o faz perseguindo o que é de desejo da parte, mas não é razoável que, por 
exemplo, possa firmar compromissos em nome da parte ou transija em nome dela. 
 
Caiu em prova: 
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(TRF 2° Região – FCC 2012) A procuração geral para o foro conferida por 
instrumento público ou particular, assinado pela parte, habilita o advogado a praticar 
todos os atos do processo, inclusive 
a) transigir. 
b) receber e dar quitação. 
c) firmar compromissos. 
d) recorrer. 
e) desistir. 
 Relembrando: entre os poderes conferidos por procuração geral por foro não 
se encontram: 1) receber citação inicial, 2) confessar, 3) reconhecer a procedência 
do pedido, 4) transigir, 5) desistir, 6) renunciar ao direito sobre que se funda a ação, 
7) receber, 8) dar quitação e 9) firmar compromisso (disposição do art. 38 do CPC). 
 Percebam que a possibilidade de recorrer não está no rol de exceções à 
procuração geral de foro, de maneira que a resposta correta está na letra “d”. 
Gabarito: D 
Uma vez outorgada ao advogado procuração especial com poder de ser 
citado em nome da parte, o advogado poderá ser citado na forma legal, artigos 213 
e seguintes do CPC. 
O artigo 215 discorre sobre a citação de quem detém procuração para tanto: 
Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal 
ou ao procurador legalmente autorizado. 
§ 1o Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu 
mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por 
eles praticados. 
§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que 
deixou na localidade, onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para 
receber citação, será citado na pessoa do administrador do imóvel encarregado do 
recebimento dos aluguéis. 
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(TJDFT – Cespe 2007) Mauro, advogado, tem domicílio em Brasília e exerce suas 
atividades de advocacia em seu único escritório, situado em Taguatinga. Trata-se 
de causídico que ostenta procuração por instrumento público com poderes 
especiais para receber citações em nome de François, seu cliente estrangeiro 
domiciliado em Paris. 
A partir da situação hipotética acima, julgue os seguintes itens. 
Eventual citação de François feita na pessoa de Mauro no seu domicílio em Brasília 
seria nula, pois, por se tratar de relações concernentes à sua profissão, deveria ser 
realizada em Taguatinga. 
Gabarito: E 
São direitos do advogado no curso do processo: 
a) Examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de 
qualquer processo, observado o disposto no art. 155 – elenca as situações em que 
os processos correm em segredo de justiça. São elas: 
1 – Em que o interesse público exige; 
2 – Que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, 
conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores. 
O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às 
partes e a seus procuradores. 
b) Requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo 
prazo de 5 dias; 
c) Retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que 
lhe competir falar neles por determinação do juiz, nos casos previstos em lei. 
Ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente. 
Quanto à responsabilidade do procurador, o STJ tem entendido que se ele 
(o procurador) é responsável por eventuais ofensas à outra parte, não é o procurado 
responsável. Eventuais ofensas feitas no processo pelo advogado, ainda que tenha 
relação de emprego com quem representa em juízo, é de sua inteira 
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responsabilidade. Assim, o STJ garantiu a independência do advogado, ainda que 
ele seja funcionário de quem representa. Em contrapartida, é ele que tem de arcar 
com abusos que cometer em juízo. (Recurso Especial N° 1.048.970-MA 
(2008/0084652-9), Relator: Min. FERNANDO GONÇALVES, Data de Julgamento: 
15/4/2010) 
 
1.10. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS 
Esse tema, além de constar no CPC, está no estatuto da OAB. Existem 3 
tipos de honorários advocatícios: convencionados. arbitrados judicialmente e de 
sucumbência. 
Art. 22 da Lei n° 8.906/1994 (Estatuto da OAB): a prestação de serviço 
profissional assegura aos inscritos na OAB o direito aos honorários convencionados, 
aos fixados por arbitramento judicial e aos de sucumbência. 
a) Convencional: acordado entre advogado e cliente. Poderá ser o fixado 
na tabela de honorários ou maior. 
b) Arbitrados judicialmente: por meio de ação própria do advogado, 
direcionada ao juiz da causa, que, por sua vez, não fixará valor menor ao definido na 
tabela de honorários. 
c) De sucumbência: o que a parte vencida deve pagar a outra parte. O 
art. 20, caput, do CPC determina que: a sentença condenará o vencido a pagar ao 
vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Essa verba 
honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa 
própria. 
Dúvida: O art. 3º da Lei 1.060/50 prescreve que os honorários advocatícios 
são isentos a quem comprove a insuficiência de recursos. No entanto, se o autor da 
ação for legalmente pobre e ao mesmo tempo ganhar a ação, o réu pagará os 
honorários advocatícios? O art. 20, caput, do CPC, dispõe que: a sentença 
condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os 
honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em 
que o advogado funcionar em causa própria. 
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Desse modo, o vencido é quem arcará com os honorários advocatícios. Se o 
réu vencer a causa, o autor manterá seu benefício da gratuidade. Se o réu for 
vencido, deverá arcar com as despesas e honorários advocatícios. 
Importante ressaltar que a parte beneficiada pela isenção do pagamento das 
custas ficará obrigada a pagá-las, desde que possa fazê-lo, sem prejuízo do 
sustento próprio ou da família. Se dentro de cinco anos, a contar da sentença final, o 
assistido não puder satisfazer tal pagamento, a obrigação ficará prescrita. 
Assim, de acordo com o art. 3º, inciso V, da Lei 1.060/50: a assistência 
judiciária compreende as seguintes isenções: [...] V - dos honorários de advogado e 
peritos. No entanto, essa regra não se aplica nos casos em que o beneficiário foi 
vencido na contenda jurídica, ou seja, nos casos de honorários de sucumbência. 
Vejamos seguinte julgado: 
JUSTIÇA GRATUITA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 
A parte beneficiada pela Justiça gratuita, quando sucumbente, pode ser condenada 
ao pagamento dos honorários advocatícios, mas lhe é assegurada a suspensão do 
pagamento pelo prazo de cinco anos, se persistir a situação de pobreza, quando, 
então, a obrigação estará prescrita, se não houver, nesse período, a reversão (Lei n. 
1.060/1950). Precedentes citados: REsp 743.149-MS, DJ 24/10/2005; REsp 
874.681-BA, DJ 12/6/2008; REsp 728.133-BA, DJ 30/10/2006; AgRg no Ag 
725.605-RJ, DJ 27/3/2006, e REsp 594.131-SP, DJ 9/8/2004. REsp 1.082.376-RN, 
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 17/2/2009. (1ª Turma) (INF. 384) 
 Outro julgado: 
O silêncio do CPC em relação aos honorários, quando o processo é extinto 
por desistência de ambas as partes, levou o STJ a decidir que esses honorários não 
devem ser fixados. Quando a desistência do processo é unilateral, caberá à parte 
autora pagar os honorários do advogado da outra parte. O importante dessa decisão 
é não envolver a justiça no pagamento dos advogados quando as duas partes 
desistem do processo, ou seja, decidiu-se que a Justiça não deve interferir nesse 
caso. (REsp 435.681/ES, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, 
Terceira Turma, Data do Julgado em 19/10/2010, DJe 26/10/2010) 
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ATENÇÃO! 
Súmula 481 - STJ: “Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou 
sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos 
processuais.” 
Dessa maneira, o STJ tem sumulado o entendimento de que as pessoas 
jurídicas, com ou sem fins lucrativos, que demonstrem sua impossibilidade de arcar 
com os encargos processuais terão direito ao beneficio da justiça gratuita – 
assistência jurídica. Vejam questão elaborada pelo Cespe. 
(DPU – Cespe 2010/Adaptada) O benefício da assistência judiciária pode ser 
concedido às pessoas jurídicas com ou sem finalidade lucrativa. 
a) Certo 
b) Errado 
Gabarito: Certo 
 
2. SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL 
A parte é dividida, doutrinariamente, em duas espécies: a parte principal, 
que ingressa no processo para pleitear em nome e direito próprio; e a parte 
acessória, que intervém no processo em direito de terceiros. 
Na substituição processual, a parte recebe autorizaçãopara pleitear em 
nome próprio direito alheio. Esse fenômeno é frequente nas ações do Ministério 
Público, quando tutela direito difuso, coletivo ou individual homogêneo. Nesse caso, 
o Ministério Público atua de modo amplo, instaurando a relação jurídico-processual e 
exercendo o direito de ação. 
A substituição processual, vale mencionar, não é uma prerrogativa exclusiva 
do Ministério Público, podendo ser atribuída, por exemplo, aos sindicatos e às 
associações civis. Além disso, ressalte-se que o substituto tem o direito de praticar 
todos os atos processuais, não lhe sendo facultado, contudo, o direito de transigir, 
de renunciar ou de reconhecer a procedência do pedido. Isso porque o direito 
material pertence aos substituídos. 
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 Na substituição processual, a parte reivindica em seu nome direito do 
outro (de terceiro); enquanto na representação processual, a parte reivindica em 
nome do outro, direito também do outro, uma vez que o titular do direito material não 
pode postular. Mas o representante não é parte do processo. 
 
 
RESUMO DA AULA 
 
- De acordo com Misael Montenegro Filho, “a identificação das partes do processo é 
importante em face da necessidade de definirmos as pessoas que podem ser 
atingidas pelos efeitos do pronunciamento judicial. 
- As partes do processo são o autor, que solicita o término do conflito que originou o 
processo; o réu, em face de quem a providência jurisdicional foi demandada, e o 
juiz, responsável pelo fim do conflito, ou seja, pela resolução do processo. 
- A relação jurídica é formada, ao menos, com três sujeitos: magistrado, demandante 
e demandado. 
- Nem sempre os sujeitos da lide coincidem com os sujeitos do processo. 
- A capacidade de ser parte é a possibilidade de o indivíduo apresentar-se em juízo 
como autor ou réu no processo. 
- A capacidade processual é pressuposto de validade do processo. 
- A Capacidade de estar em juízo refere-se às pessoas formais e jurídicas, que são 
representadas em juízo por uma pessoa física. 
- Substituição Processual: a parte é dividida em duas espécies: 
1. Parte principal: ingressa no processo para pleitear em nome e 
direito próprio. 
2. Parte acessória: intervém no processo em direito de terceiros. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
01. (Advogado BRB – Cespe 2010) Embora o direito reconheça às pessoas 
naturais e jurídicas a capacidade de serem partes no processo, ele abre 
exceções em alguns casos, como o do condomínio e o da sociedade de fato, a 
quem não impõe qualquer limite à sua atuação no processo. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
A questão ficou estranha, porque a conjunção “embora” foi mal empregada, 
mas trata de um assunto de extrema importância. 
Vamos ao que interessa! 
A capacidade de ser parte não se confunde com a capacidade de estar em 
juízo. Lembremos que os incapazes são um exemplo disso, têm capacidade de ser 
parte, mas são representados em juízo. Art. 8º do CPC: Os incapazes serão 
representados ou assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na forma da lei 
civil. 
O condomínio e a sociedade de fato não têm personalidade jurídica, mas 
têm capacidade processual para postular em juízo ativa e passivamente. Observem 
a sutileza, cobrou-se nessa questão o conhecimento de partes, de capacidade de 
atuar em juízo e das particularidades que cercam os dois exemplos: condomínio e 
sociedade de fato, que não têm personalidade jurídica. 
Passemos à leitura do artigo 12 do CPC: 
Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por seus 
procuradores; 
II - o Município, por seu Prefeito ou procurador; 
III - a massa falida, pelo síndico; 
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IV - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
V - o espólio, pelo inventariante; 
VI - as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, 
não os designando, por seus diretores; 
VII - as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber 
a administração dos seus bens; 
VIII - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou 
administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil (art. 88, 
parágrafo único); 
IX - o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico. 
Portanto, ainda que não se afeiçoem ao conceito de pessoa jurídica, os 
exemplos da questão podem atuar em juízo pelos representantes que a lei autorize. 
Gabarito: Certo 
 
02. (TRT 17ª Região – Cespe 2009) Com referência às partes e aos 
procuradores em um processo civil, julgue o item que se segue. 
Caso uma pessoa adquira um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de 
litígio entre o alienante e terceira pessoa, o adquirente não poderá substituir o 
alienante no feito, caso a outra parte não consinta, porém será possível ao 
adquirente ingressar no feito como assistente do alienante, até porque, nessa 
hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus limites usuais para atingir quem 
adquire a coisa litigiosa. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
Essa questão está de acordo com o art. 42 do CPC e seus parágrafos 1º e 
2º. Em caso de alienação da coisa ou do direito litigioso, a título particular, por ato 
entre vivos, não ocorre alteração da legitimidade das partes (art. 42 do CPC). 
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§ 1º O adquirente ou o cessionário não poderá ingressar em juízo, 
substituindo o alienante, ou o cedente, sem que o consinta a parte contrária. 
§ 2º O adquirente ou o cessionário poderá, no entanto, intervir no processo, 
assistindo o alienante ou o cedente. 
Gabarito: Certo 
 
03. João ajuizou ação de cobrança em face de Tício, ação esta em que foi 
atribuído à causa o valor de R$ 100.000,00. Na referida ação, João foi 
considerado litigante de má-fé e condenado a pagar multa, honorários 
advocatícios, todas as despesas que Tício efetuou, bem como indenizá-lo 
pelos prejuízos. Neste caso, de acordo com o Código de Processo Civil 
brasileiro, a referida multa não poderá exceder o valor 
a) R$ 1.000,00. 
b) R$ 2.000,00. 
c) R$ 10.000,00. 
d) R$ 20.000,00. 
e) R$ 40.000,00. 
COMENTÁRIO: 
O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-
fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a 
indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários 
advocatícios e todas as despesas que efetuou (art. 18, CPC). 
Multa de 1% do valor da causa (100.000) = 1.000. 
Vejam que o examinador perguntou sobre a multa,não sobre a indenização. 
Ademais, foi bastante cuidadoso ao dizer segundo o código, no enunciado da 
questão; desse modo, cobrou o artigo ipsis littteris. 
Gabarito: A 
 
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Sobre a responsabilidade e dever das partes por dano processual, julgue os 
dois itens seguintes: 
04. (Inédita) O autor ou o réu responderão pela má-fé de terceiro interveniente, 
ainda que dela não conhecessem; já que o terceiro interveniente não pode ser 
responsabilizado. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
O interveniente também pode ser responsabilizado: “responde por perdas e 
danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente” (art. 16, CPC). 
Gabarito: Errado 
 
05. (Inédita) Se o CPC considerasse litigante de má-fé aquele que interpõe 
recurso com intuito protelatório, estaria privando a parte do princípio da 
efetividade. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
O princípio da efetividade os direitos devem ser além de reconhecidos, 
efetivados; contudo quando há recurso meramente protelatório, não se busca a 
satisfação de qualquer direito. Ademais, pela redação do código, reputa-se litigante 
de má-fé aquele que interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório (VII, 
art. 17 do CPC). 
Gabarito: Errado 
 
06. (TRF 3ª Região – FCC 2007) A multa referente à litigância de má-fé: 
a) não pode ser cumulada com a obrigação de indenizar a parte contrária dos 
prejuízos que esta sofreu, honorários advocatícios e despesas que efetuou. 
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b) depende de requerimento da parte contrária, não podendo ser aplicada pelo 
juiz de ofício. 
c) só pode ser aplicada no primeiro grau de jurisdição e não depende de 
fundamentação específica. 
d) não pode ser imposta, por falta de previsão legal, à parte que induz 
testemunha a mentir em juízo. 
e) pode ser imposta mais de uma vez ao mesmo litigante por atos diferentes no 
curso do mesmo processo. 
COMENTÁRIO: 
Alternativa A – Errada. O litigante de má fé pode ser condenado a pagar 
multa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os 
honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou (art. 18, CPC). 
Alternativa B – Errada. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, 
condenará o litigante de má-fé a pagar multa (art. 18, CPC) 
Alternativa C – Errada. Não há esse limite para aplicação somente ao 
primeiro grau de jurisdição. Inclusive o art. 18 fala sobre o juiz ou o tribunal. 
Alternativa D – Errada. É litigante de má-fé aquele que altera a verdade dos 
fatos (caput do art. 17 e seu inciso II, CPC). 
 Alternativa E – Certa. Quando pratica mais de um ato de má fé, o litigante 
será condenado por cada um deles indistintamente, afastando-se o risco de uma vez 
aplicada multa em relação a um ato, tornar o litigante imune. 
Gabarito: E 
 
07. (DPU – Cespe 2010) Marcos constituiu Fernando como seu advogado e, 
para tanto, outorgou-lhe poderes para o foro em geral mediante instrumento 
particular. Nessa situação hipotética, Fernando 
a) não poderá opor exceção de impedimento do juiz. 
b) poderá receber citação inicial. 
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c) poderá renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
d) não poderá realizar transação com a parte contrária sobre o direito em que 
se funda a ação. 
e) poderá desistir da ação, desde que haja certeza de provimento final 
desfavorável. 
COMENTÁRIO: 
Para responder a essa questão lembremos que: a procuração geral para o 
foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o 
advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, 
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao 
direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso (art. 
38 do CPC). 
Desse modo, está correta a alternativa que diz que o advogado não poderá 
transigir sobre o direito em que se funda a ação. 
Gabarito: D 
 
08. (DETRAN DF – Cespe 2009) Dá-se a substituição processual quando o 
terceiro defende em juízo direito alheio em nome alheio. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
Vimos em nossa aula que a substituição processual consiste na defesa de 
direito alheio em nome próprio. Portanto, ela ocorre quando alguém é autorizado por 
lei a agir em nome próprio na defesa de direito e interesse alheio. Temos como 
exemplo a atuação do Ministério Público na defesa de hipossuficientes. 
Não confundam com a representação processual, quando de fato o indivíduo 
age em nome alheio e defende direito alheio. 
Gabarito: Errado 
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09. (STJ – Cespe 2008) Por lhe competir manifestar-se sobre preliminares 
arguidas em contestação pelo réu, o advogado do autor de determinada ação 
retirou os autos do cartório. Ultrapassado o prazo legal, os autos não foram 
devolvidos, o que motivou o réu a requerer providências do juiz. Considerando 
essa situação, julgue o item que se segue. 
Independentemente da provocação da parte, o juiz deverá determinar a 
intimação pessoal do advogado que retém os autos para que este os devolva 
em até 24 horas. Ultrapassado esse prazo, haverá não só a perda do direito de 
vista dos autos fora do cartório, mas também o desentranhamento da peça 
protocolada em cartório tempestivamente. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
Se o advogado não restituir os autos no prazo legal, o juiz, de ofício, 
mandará riscar o que neles houver escrito e desentranhar as alegações e 
documentos que apresentar (art. 195, CPC). 
É lícito a qualquer interessado cobrar os autos ao advogado que exceder o 
prazo legal. Se, intimado, não os devolver dentro em 24 (vinte e quatro) horas, 
perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa, correspondente à 
metade do salário mínimo vigente na sede do juízo (art. 196, CPC). 
Apurada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos 
Advogados do Brasil, para o procedimento disciplinar e imposição da multa 
(parágrafo único, art. 196 do CPC). 
Gabarito: Errado 
 
10. (OAB – Cespe 2008) A respeito das despesas e honorários, assinale a 
opção correta. 
 a) Se o réu não arguir fato extintivo do direito do autor, dilatando o julgamento 
da lide, será condenado nas custas a partir do saneamento do processo. 
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b) Se o autor decair de parte mínima do pedido, o juiz fixará os honorários 
advocatícios de forma equitativa. 
c) Havendo diversos autores ou diversos réus, todos responderão 
solidariamente pelos honorários advocatícios sucumbenciais. 
d) As despesas dos atos processuais efetuados a requerimento do MP serão 
pagas pelo autor. 
COMENTÁRIO: 
O réu que, por não arguir na sua resposta fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito do autor, dilatar o julgamento da lide, será condenado nas custas 
a partir do saneamento do processo e perderá, ainda que vencedor na causa, o 
direito a haver do vencido honorários advocatícios (art. 22, CPC). Opção A, correta. 
O artigo 21 do código insere outra hipótese: a de que cada litigante for em 
parte vencedor e vencido, assim serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e 
compensados entre eles os honorários e as despesas. Sendo que se um litigante for 
vencido por um valor inferior à parte mínima pleiteada, o outro responderá, por 
inteiro, pelas despesas e honorários. Errada, portanto, a letra “b”. 
O erro da letra “c” está em dizer que os vencedores também pagarão, na 
situação em que concorrerem diversos autores ou diversos réus, quando a previsão 
do art. 23 é que apenas os vencidos responderão pelas despesas e honorários, 
cada um, proporcionalmente. 
A letra “d” não é logicamente possível, mas além disso, é também errada 
pelo que prevê o art. 27: As despesas dos atos processuais, efetuados a 
requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo 
vencido. 
Gabarito: A 
 
11. (OAB – Cespe 2009) Com base no disposto no CPC a respeito de 
honorários advocatícios, assinale a opção correta. 
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a) A verba honorária não é devida quando o advogado, ao atuar em causa 
própria, for vencedor na demanda. 
b) Na jurisdição voluntária, as despesas serão pagas exclusivamente pelo 
requerente. 
c) Nas causas de pequeno valor, os honorários serão fixados consoante 
apreciação equitativa do juiz, levando-se em conta o zelo do advogado, o lugar 
da prestação do serviço, a natureza e importância da causa e o tempo exigido 
para o seu serviço. 
d) Os honorários devem ser fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% 
sobre o valor da causa indicado na petição inicial. 
COMENTÁRIO: 
Segundo o art. 20 do CPC a sentença condenará o vencido a pagar ao 
vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios, sendo que esta 
verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em 
causa própria. 
Mais adiante, no § 3º do artigo 20, prevê-se que os honorários serão fixados 
entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o 
valor da condenação, atendidos: a) o grau de zelo do profissional; b) o lugar de 
prestação do serviço; c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo 
advogado e o tempo exigido para o seu serviço. Errada, desse modo, a letra “d”. 
Já o § 4° determina que nas causas de pequeno valor, nas de valor 
inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda 
Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados 
consoante apreciação equitativa do juiz. Portanto, correta a letra “c”. 
Gabarito: C 
 
12. (OAB – Cespe 2009 - Adaptada) Determinada ação foi ajuizada por um 
município contra uma empresa de construção, estando o autor, no entanto, 
representado pelo secretário de obras, e não, pelo prefeito ou procurador. A 
ação foi recebida, e a citação do réu, regularmente realizada. 
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Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
Caso o autor, após lhe ter sido conferida oportunidade para sanar o vício de 
representação detectado, omita-se, deixando de tomar qualquer providência, 
serão anulados os atos do processo, sendo este extinto, dada a ausência de 
pressuposto processual de validade. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
Serão representadas em juízo, ativa e passivamente, as seguintes pessoas 
jurídicas públicas e privadas, bem como as pessoas formais (art. 12 do CPC): 
 O Município, por seu prefeito ou procurador. 
Pois bem, sabemos que se trata de vício de representação, já que o 
secretário é carecedor de capacidade processual – pressuposto processual de 
validade do processo. 
Lembre-se: 
A capacidade processual é pressuposto de validade do processo, sem a 
qual não se pode praticar atos processuais. A parte que não tem capacidade 
processual deverá ser representada ou assistida em juízo. Quando representada 
não participará dos atos, quando assistida participará de sua realização em conjunto 
com quem assiste. 
Não tem capacidade processual quem não tem capacidade civil para a 
prática dos atos jurídicos materiais, como os hipossuficientes. 
Assim, verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da 
representação das partes, o juiz, suspendendo o processo, marcará prazo razoável 
para ser sanado o defeito. Não sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a 
providência couber ao autor, o juiz decretará a nulidade do processo. 
Gabarito: Certo 
 
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13. (PGE AL – Cespe 2009) Quanto aos deveres das partes previstos no CPC, 
assinale a opção correta. 
a) Descumpre um dever de lealdade a parte que aponta a impossibilidade 
jurídica do pedido formulado pelo autor e, na mesma peça, tece considerações 
acerca do mérito, pedindo a improcedência do pedido. 
b) No caso de embaraço criado pela parte à efetivação de um provimento 
judicial final, estará configurado o descumprimento de um dever da parte, o 
mesmo não ocorrendo se o provimento for meramente antecipatório. 
c) A parte ré que alega a decadência de um dos direitos pleiteados na ação em 
momento posterior à contestação comete ato atentatório ao exercício da 
jurisdição, sujeitando-se a multa de até 20% do valor da causa. 
d) A formulação de pretensão destituída de fundamento não é descumprimento 
de dever da parte, mas regular exercício do direito de defesa em sua total 
amplitude. 
e) O dever de cumprir com exatidão os provimentos mandamentais atinge não 
só as partes, como também todos aqueles que, de alguma forma, participam 
do processo, ressalvando-se aos advogados sua sujeição exclusiva aos 
estatutos da OAB. 
COMENTÁRIO: 
O artigo 14, CPC, trata dos deveres das partes, segundo o qual são deveres 
das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - proceder com lealdade e boa-fé; 
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são 
destituídas de fundamento; 
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à 
declaração ou defesa do direito. 
V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e nãocriar 
embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. 
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Os advogados estão ressalvados do inciso V, porque se sujeitam 
exclusivamente aos estatutos da OAB. A violação do disposto no inciso V deste 
artigo constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem 
prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável 
multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não 
superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, 
contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita 
sempre como dívida ativa da União ou do Estado. (Conteúdo do parágrafo único) 
Gabarito: E 
 
14. (TCE RN – Cespe 2009) Com relação ao direito processual civil, julgue os 
itens a seguir. 
A substituição voluntária das partes, no curso do processo, pode suceder, 
quando houver concordância da parte contrária, mesmo que não esteja 
prevista pela lei. 
a) Certo 
b) Errado 
COMENTÁRIO: 
Art. 41. Só é permitida, no curso do processo, a substituição voluntária das 
partes nos casos expressos em lei. 
Gabarito: Errado 
 
15. (TRT ES – Cespe 2009) Julgue o item abaixo, acerca das partes e dos 
procuradores. 
Em ação que verse a respeito de direito real imobiliário, um cônjuge não pode 
integrar o polo ativo da lide sem o consentimento do outro, sob pena de 
configurar-se a sua incapacidade processual e, não, a sua ilegitimidade ad 
causam. 
a) Certo 
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b) Errado 
COMENTÁRIO: 
Art. 10: O cônjuge somente necessitará do consentimento do outro para 
propor ações que versem sobre direitos reais imobiliários. 
Não há dependência entre os cônjuges para estar em juízo nas ações em 
geral; a exceção diz respeito às ações que tratem sobre os direitos reais imobiliários, 
pois nesse caso o cônjuge (marido ou mulher) dependerá da anuência do consorte 
para ingressar em juízo. Essa restrição visa a proteger o patrimônio imobiliário 
familiar. 
Gabarito: Certo 
 
QUESTÕES DA AULA 
01. (Advogado BRB – Cespe 2010) Embora o direito reconheça às pessoas 
naturais e jurídicas a capacidade de serem partes no processo, ele abre 
exceções em alguns casos, como o do condomínio e o da sociedade de fato, a 
quem não impõe qualquer limite à sua atuação no processo. 
a) Certo 
b) Errado 
 
02. (TRT 17ª Região – Cespe 2009) Com referência às partes e aos 
procuradores em um processo civil, julgue o item que se segue. 
Caso uma pessoa adquira um bem cuja propriedade esteja sendo objeto de 
litígio entre o alienante e terceira pessoa, o adquirente não poderá substituir o 
alienante no feito, caso a outra parte não consinta, porém será possível ao 
adquirente ingressar no feito como assistente do alienante, até porque, nessa 
hipótese, a coisa julgada ultrapassa seus limites usuais para atingir quem 
adquire a coisa litigiosa. 
a) Certo 
b) Errado 
 
03. João ajuizou ação de cobrança em face de Tício, ação esta em que foi 
atribuído à causa o valor de R$ 100.000,00. Na referida ação, João foi 
considerado litigante de má-fé e condenado a pagar multa, honorários 
advocatícios, todas as despesas que Tício efetuou, bem como indenizá-lo 
pelos prejuízos. Neste caso, de acordo com o Código de Processo Civil 
brasileiro, a referida multa não poderá exceder o valor 
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a) R$ 1.000,00. 
b) R$ 2.000,00. 
c) R$ 10.000,00. 
d) R$ 20.000,00. 
e) R$ 40.000,00. 
 
Sobre a responsabilidade e dever das partes por dano processual, julgue os 
dois itens seguintes: 
04. (Inédita) O autor ou o réu responderão pela má-fé de terceiro interveniente, 
ainda que dela não conhecessem; já que o terceiro interveniente não pode ser 
responsabilizado. 
a) Certo 
b) Errado 
 
05. (Inédita) Se o CPC considerasse litigante de má-fé aquele que interpõe 
recurso com intuito protelatório, estaria privando a parte do princípio da 
efetividade. 
a) Certo 
b) Errado 
 
06. (TRF 3ª Região – FCC 2007) A multa referente à litigância de má-fé: 
a) não pode ser cumulada com a obrigação de indenizar a parte contrária dos 
prejuízos que esta sofreu, honorários advocatícios e despesas que efetuou. 
b) depende de requerimento da parte contrária, não podendo ser aplicada pelo 
juiz de ofício. 
c) só pode ser aplicada no primeiro grau de jurisdição e não depende de 
fundamentação específica. 
d) não pode ser imposta, por falta de previsão legal, à parte que induz 
testemunha a mentir em juízo. 
e) pode ser imposta mais de uma vez ao mesmo litigante por atos diferentes no 
curso do mesmo processo. 
 
07. (DPU – Cespe 2010) Marcos constituiu Fernando como seu advogado e, 
para tanto, outorgou-lhe poderes para o foro em geral mediante instrumento 
particular. Nessa situação hipotética, Fernando 
a) não poderá opor exceção de impedimento do juiz. 
b) poderá receber citação inicial. 
c) poderá renunciar ao direito sobre que se funda a ação. 
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d) não poderá realizar transação com a parte contrária sobre o direito em que 
se funda a ação. 
e) poderá desistir da ação, desde que haja certeza de provimento final 
desfavorável. 
 
08. (DETRAN DF – Cespe 2009) Dá-se a substituição processual quando o 
terceiro defende em juízo direito alheio em nome alheio. 
a) Certo 
b) Errado 
 
09. (STJ – Cespe 2008) Por lhe competir manifestar-se sobre preliminares 
arguidas em contestação pelo réu, o advogado do autor de determinada ação 
retirou os autos do cartório. Ultrapassado o prazo legal, os autos não foram 
devolvidos, o que motivou o réu a requerer providências do juiz. Considerando 
essa situação, julgue o item que se segue. 
Independentemente da provocação da parte, o juiz deverá determinar a 
intimação pessoal do advogado que retém os autos para que este os devolva 
em até 24 horas. Ultrapassado esse prazo, haverá não só a perda do direito de 
vista dos autos fora do cartório, mas também o desentranhamento da peça 
protocolada em cartório tempestivamente. 
a) Certo 
b) Errado 
 
10. (OAB – Cespe 2008) A respeito das despesas e honorários, assinale a 
opção correta. 
 a) Se o réu não arguir fato extintivo do direito do autor, dilatando o julgamento 
da lide, será condenado nas custas a partir do saneamento do processo. 
b) Se o autor decair de parte mínima do pedido, o juiz fixará os honorários 
advocatícios de forma equitativa. 
c) Havendo diversos autores ou diversos réus, todos responderão 
solidariamente pelos honorários advocatícios sucumbenciais. 
d) As despesas dos atosprocessuais efetuados a requerimento do MP serão 
pagas pelo autor. 
 
11. (OAB – Cespe 2009) Com base no disposto no CPC a respeito de 
honorários advocatícios, assinale a opção correta. 
 a) A verba honorária não é devida quando o advogado, ao atuar em causa 
própria, for vencedor na demanda. 
 b) Na jurisdição voluntária, as despesas serão pagas exclusivamente pelo 
requerente. 
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 c) Nas causas de pequeno valor, os honorários serão fixados consoante 
apreciação equitativa do juiz, levando-se em conta o zelo do advogado, o lugar 
da prestação do serviço, a natureza e importância da causa e o tempo exigido 
para o seu serviço. 
 d) Os honorários devem ser fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 
20% sobre o valor da causa indicado na petição inicial. 
 
12. (OAB – Cespe 2009 - Adaptada) Determinada ação foi ajuizada por um 
município contra uma empresa de construção, estando o autor, no entanto, 
representado pelo secretário de obras, e não, pelo prefeito ou procurador. A 
ação foi recebida, e a citação do réu, regularmente realizada. 
Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
Caso o autor, após lhe ter sido conferida oportunidade para sanar o vício de 
representação detectado, omita-se, deixando de tomar qualquer providência, 
serão anulados os atos do processo, sendo este extinto, dada a ausência de 
pressuposto processual de validade. 
c) Certo 
d) Errado 
 
13. (PGE AL – Cespe 2009) Quanto aos deveres das partes previstos no CPC, 
assinale a opção correta. 
 a) Descumpre um dever de lealdade a parte que aponta a impossibilidade 
jurídica do pedido formulado pelo autor e, na mesma peça, tece considerações 
acerca do mérito, pedindo a improcedência do pedido. 
 b) No caso de embaraço criado pela parte à efetivação de um provimento 
judicial final, estará configurado o descumprimento de um dever da parte, o 
mesmo não ocorrendo se o provimento for meramente antecipatório. 
 c) A parte ré que alega a decadência de um dos direitos pleiteados na ação em 
momento posterior à contestação comete ato atentatório ao exercício da 
jurisdição, sujeitando-se a multa de até 20% do valor da causa. 
 d) A formulação de pretensão destituída de fundamento não é 
descumprimento de dever da parte, mas regular exercício do direito de defesa 
em sua total amplitude. 
 e) O dever de cumprir com exatidão os provimentos mandamentais atinge não 
só as partes, como também todos aqueles que, de alguma forma, participam 
do processo, ressalvando-se aos advogados sua sujeição exclusiva aos 
estatutos da OAB. 
 
14. (TCE RN – Cespe 2009) Com relação ao direito processual civil, julgue os 
itens a seguir. 
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A substituição voluntária das partes, no curso do processo, pode suceder, 
quando houver concordância da parte contrária, mesmo que não esteja 
prevista pela lei. 
a) Certo 
b) Errado 
 
15. (TRT ES – Cespe 2009) Julgue o item abaixo, acerca das partes e dos 
procuradores. 
Em ação que verse a respeito de direito real imobiliário, um cônjuge não pode 
integrar o polo ativo da lide sem o consentimento do outro, sob pena de 
configurar-se a sua incapacidade processual e, não, a sua ilegitimidade ad 
causam. 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
GABARITO 
 
 
01 Certo 11 C 
02 Certo 12 Certo 
03 A 13 E 
04 Errado 14 Errado 
05 Errado 15 Certo 
06 E 
07 D 
08 Errado 
09 Errado 
10 A

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