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UNP DEMP 05 SOCIEDADES EMPRESÁRIAS

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*
DIREITO EMPRESARIAL
SOCIEDADES EMPRESÁRIAS
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OBJETIVOS
 Entender a Teoria Geral das Sociedades 
 Conhecer a classificação das Sociedades
 Identificar a Sociedade em Comum e a Sociedade em Conta de Participação
 Reconhecer a Sociedade Simples
 Descrever a Sociedade em Nome Coletivo, a Sociedade em Comandita Simples e a Sociedade em Comandita por Ações
 Definir a Sociedade Cooperativa
 Explicar a Micro Empresa e a Empresa de Pequeno Porte
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TEORIA GERAL DAS SOCIEDADES
Para BERTOLDI sociedades são "organizações econômicas, dotadas de personalidade jurídica e patrimônio próprio, constituída ordinariamente por mais de uma pessoa".
As sociedades são grupos de pessoas que se reunem para o exercício de atividades de produção ou circulação de riquezas com fins lucrativos. E possuem os seguintes requisitos comuns: agente capaz; objeto lícito e forma legal (contrato escrito).
Podemos notar duas acepções distintas nos conceitos acima:
Como uma relação contratual, formal ou informal (sociedade em comum e em conta de participação);
Como a pessoa jurídica que resulta de um contrato formal (sociedades simples e empresárias).
*
TEORIA GERAL DAS SOCIEDADES
Duas ou mais pessoas;
Contribuição dos sócios, que pode ser em bens ou serviços;
Intenção permanente de perseguir fins econômicos comuns (affectio societatis);
Co-participação nos lucros e perdas.
O art. 981 do CC consagra os elementos das relações societárias:
A sociedade se forma pela manifestação de vontade de duas ou mais pessoas. Tal manifestação é o ato constitutivo das sociedades, imprescindível para sua formação, sem tal ato a sociedade não nasce. O ato constitutivo recebe o nome de contrato social, e de estatuto (especificamente para sociedades anônimas, e em comandita por ações).
*
TEORIA GERAL DAS SOCIEDADES
	Na ausência de indicação do representante, todos os sócios são considerados os representantes legais da sociedade, isto é, todos os sócios podem praticar atos em nome da sociedade.
O ato constitutivo deve indicar os elementos mais importantes da sociedade como o nome, o capital social, a sede, o objeto social, quem são os sócios, como será repartido o lucros, e quem é o representante da sociedade. 
O ato constitutivo será arquivado na junta comercial, e a partir deste a sociedade comercial adquire personalidade jurídica. Sem tal arquivamento a sociedade não adquire personalidade jurídica, mas é considerada uma sociedade de fato ou irregular. O registro da pessoa jurídica tem natureza constitutiva, pois atribui personalidade.
*
TEORIA GERAL DAS SOCIEDADES
Lembramos que as pessoas jurídicas são divididas em (art. 40 do CC): 
	1) pessoa jurídica de direito público, interno ou externo;
	2) pessoa jurídica de direito privado.
As pessoas jurídicas de direito privado estão classificadas da seguinte forma (art. 44 do CC):
	a) associações;
	b) sociedades;
	c) fundações;
	d) organizações religiosas;
	e) partidos políticos;
	f) as empresas individuais de responsabilidade limitada.
*
TEORIA GERAL DAS SOCIEDADES
Entretanto, toda sociedade pressupõe o exercício de atividade econômica com objetivo de lucro.
As associações são entidades formadas pela união de indivíduos com o propósito de realizarem fins não-econômicos (Art. 53 do CC). Seu ato constitutivo é o estatuto, que deverá ser registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
Exemplo: Greenpeace.
As sociedades e associações são estrutualmente corporações, resultam da união de indivíduos (universitas personarum).
As fundações são intituições e resultam da simples vinculação de um patrimônio a uma finalidade por seu instituidor (universitas bonorum).
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CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
I - Classificação quanto à responsabilidade dos sócios por obrigações da sociedade:
a) Sociedades de responsabilidade limitada – a responsabilidade dos sócios possui um limite máximo, despendido tal valor, os sócios não tem mais quaisquer gastos em virtude de obrigações da sociedade. Exemplos: Sociedade limitada e sociedade anônima.
b) Sociedades de responsabilidade ilimitada – inexistem limites aos gastos que o sócio pode ser obrigado a fazer, em virtude de débitos da sociedade. Exemplo: sociedade em nome coletivo, sociedade simples.
c) Sociedades de responsabilidade mista – em algumas sociedades convivem dois tipos de sócios, uns com responsabilidade limitada e outros com responsabilidade ilimitada. Exemplos: sociedade em comandita simples e por ações, sociedade em conta de participação.
*
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
II - Classificação quanto a estrutura econômica ou quanto a importância da pessoa dos sócios:
a) Sociedades de pessoas - a figura, a influência, a responsabilidade e a atuação dos sócios constitui fator preponderante na vida empresarial da sociedade, vale dizer, são constituídas em atenção à qualidade das pessoas. Exemplos: sociedade simples, em nome coletivo, em comandita simples, sociedade em conta de participação e sociedade limitada.
b) Sociedade de capitais - são constituídas em razão da contribuição do sócio e não de suas qualidades pessoais. A morte ou incapacidade dos sócios não afeta sua estrutura, pois a pessoa do sócio não é importante, sendo livre a entrada e saída de quaisquer pessoas do quadro societário. Exemplos: sociedade anônima e em comandita por ações.
*
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
III - Classificação quanto a personalização da sociedade:
a) Personificadas – possuem personalidade jurídica. Exemplos: sociedade em nome coletivo, em comandita simples, em comandita por ações, sociedade limitada e anônima
b) Despersonificada – não possuem personalidade jurídica. Exemplos: sociedade em comum e sociedade em conta de participação.
IV - Classificação quanto a origem do capital:
a) Públicas
b) Privadas
*
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
V - Classificação quanto a pluralidade de sócios:
Pluripessoais – é a regra geral no direito brasileiro, ou seja, no mínimo dois sócios. 
Unipessoal – é admitida de forma permanente na figura da subsidiária integral (introduzida pela Lei da S/A), na forma temporária no prazo de 180 dias, e nas empresas individuais de responsabilidade limitada.
VI - Classificação quanto à nacionalidade:
Nacionais – atendem os requisitos de sede e constituição no Brasil, não importando a origem do capital, a nacionalidade ou residência dos sócios (art. 1126 do CC). 
Estrangeiras – as demais. Precisam de autorizam do Poder executivo para o seu funcionamento no país (art. 1134 do CC).
*
CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
VII - Classificação quanto ao caráter empresarial:
	a) Simples – quando falta o caráter organizativo pela ausência de estrutura qualificada, de métodos ou de divisão de trabalho, dos fatores ou elementos de produção. Também quando tiver por objeto exclusivamente a prestação de serviços intelectuais, de índole artístico, literário ou científico. E, também as sociedades de objeto rural, salvo se optarem pelo registro na junta comercial. Exemplos: sociedade exclusivamente de advogados, de contadores.
	b) Empresária – as que tiverem por objeto a organização própria da atividade do empresário do art. 966 do CC.
 OBSERVAÇÃO: A cooperativa é sempre sociedade simples e a Sociedade Anonima é sempre empresária.
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SOCIEDADE EM COMUM
A sociedade em comum, anteriormente conhecida como sociedade de fato ou irregular é aquela sociedade que não adquiriu personalidade jurídica, seja porque não formalizou um contrato social, seja porque embora existindo um contrato social deixou de arquivá-lo na junta comercial. 
Por não se tratar de uma pessoa jurídica, não há que se cogitar de autonomia patrimonial, de um patrimônio pertencente a um ente distinto dos sócios. Desse modo, o conjunto de bens organizados posto à disposição do exercício da atividade empresarial é um patrimônio especial que pertence aos sócios em condomínio (art. 988). Reconhece-se um patrimônio especial, que não pertence àsociedade, e nem poderia, mas pertence diretamente aos próprios sócios em condomínio. 
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SOCIEDADE EM COMUM
Em relação à responsabilidade por suas obrigações, todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente. Os sócios são titulares comuns das dívidas sociais.
Se um dos sócios paga a obrigação com seu patrimônio pessoal terá o direito de regresso em relação aos demais sócios.
O Código Civil cria uma espécie de benefício de ordem, estabelecendo que o patrimônio especial responde em primeiro lugar pelas obrigações contraídas em benefício da sociedade em comum (art. 1.024). 
Entretanto, tal benefício não se aplica àquele sócio que contratou pela sociedade (art. 990), isto é, em relação a este sócio pode ser executado diretamente seu patrimônio pessoal, independentemente do exaurimento dos “bens sociais”.
*
SOCIEDADE EM COMUM
O reconhecimento da existência da sociedade em comum poderá ocorrer de duas formas:
	- se quem quer provar é sócio  por meio de documentos escritos,
	- se quem quer provar é terceiro  qualquer prova admitida em direito.
A sociedade em comum não pode requerer a Recuperação Judicial da Empresa, mas pode falir. 
Arts. 986 a 990 do CC.
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SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
A sociedade em conta de participação é uma sociedade oculta, que não é registrada e conseqüentemente não possui personalidade jurídica, e geralmente é usada em empreendimentos de riscos ou para encobrir uma pessoa que não quer aparecer. O seu eventual registro não confere personalidade jurídica à sociedade (art. 993).
Nesta sociedade temos dois tipos de sócios: 
o sócio oculto e o sócio ostensivo. 
Exemplo: fundo de ações, de aplicações financeiras etc.
Não há vedação para pluralidade de sócios ocultos ou ostensivos.
O sócio ostensivo é um empresário individual ou uma sociedade empresária que exerce as atividades em seu nome e assume todos os riscos da atividade comercial. 
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SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Já o sócio oculto é aquele que não aparece perante terceiros, e assume obrigações única e exclusivamente perante o sócio ostensivo, nos termos de um contrato escrito ou verbal firmado entre ambos. Se este sócio for conhecido por terceiros responderá solidariamente.
A sociedade em conta de participação não tem capital social, possuem fundo social comum ou patrimonio especial submetido à gestão do sócio ostensivo. Não possue nome empresarial, sede ou estabelecimento, embora o contrato possa destinar um local específico para as atividades. 
O sócio ostensivo se obriga perante os credores, ficando o direito de regresso junto ao sócio oculto, de acordo com as obrigações previstas no contrato (art. 991 do CC).
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SOCIEDADE SIMPLES
As sociedades simples foram introduzidas pelo novo Código Civil em substituição às sociedades civis, abrangendo aquelas sociedades que não exercem atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 982 do CC), isto é atividades não empresariais ou atividade de empresário rural. Também tem carater supletivo (supre lacunas e integra todos os demais tipos). 
Pode assumir a forma de um dos tipos societários destinados às sociedades empresárias previstos no Código Civil, quais sejam, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade limitada. 
Todavia, também pode não optar por nenhum desses tipos societários, sujeitando-se a regras peculiares às sociedades simples. 
*
SOCIEDADE SIMPLES
CONSTITUIÇÃO: 
O ato constitutivo é denominado contrato social e possui uma série de requisitos mencionados no artigo 997 do CC, devendo indicar:
a) Qualificação dos sócios (nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio);
b) Qualificação da sociedade (nome, objeto, sede, prazo de duração).
c) Capital social, sua divisão, e sua formação (bens ou serviços).
d) Participação nos lucros e nas perdas
e) Responsáveis pela administração da sociedade e os limites de seus poderes.
Tais requisitos não são os únicos elementos do contrato social, mas são os mais importantes. A importância desses elementos na vida da sociedade é tão grande, que a lei condiciona sua modificação à deliberação unânime dos sócios (art. 999 do CC). 
*
SOCIEDADE SIMPLES
RESPONSABILIDADE : 
A sociedade simples é um dos tipos de sociedade de que podem se servir os exercentes de atividade não empresarial. 
A princípio, responde pelas obrigações sociais o patrimônio da própria sociedade (art. 1.024 do CC). Todavia, no caso de insuficiência desse patrimônio, os sócios podem ser chamados a responder com o seu patrimônio pessoal. 
Nas sociedades simples, a regra geral é que os sócios respondem subsidiariamente, na proporção de sua participação no capital social (art. 1.023 do CC), vale dizer, o patrimônio pessoal do sócio só responde na insuficiência do patrimônio social, e pela parte da dívida equivalente a parte do mesmo no capital social. 
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SOCIEDADE SIMPLES
Embora, a princípio, não haja solidariedade entre os sócios, os mesmos podem no contrato social estipular a solidariedade entre eles (art. 1.023), de modo que qualquer sócio seria obrigado pela totalidade da dívida, e ao pagar se sub-rogaria nos direitos de credor e adquiria o direito de regresso contra os demais sócios.
Mesmo o sócio que ingressa na sociedade não se exime da responsabilidade pelas obrigações anteriores à sua admissão (art. 1.025). 
O sócio que se retira ou é excluído tem responsabilidade pelas obrigações anteriores à sua saída pelo prazo de dois anos (art. 1.032). 
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SOCIEDADE SIMPLES
ADMINISTRAÇÃO: 
A administração das sociedades simples deve competir a pessoas físicas (art. 997), as quais devem gozar de idoneidade para administrar a sociedade, protegendo-se a própria sociedade e o mercado consumidor.
Não incorrendo nos impedimentos legais, os administradores, que podem ser sócios ou não sócios, devem ser indicados no contrato social, ou em instrumento separado que deverá ser averbado a margem do registro da sociedade, para assegurar ao público em geral o conhecimento de quem pode praticar atos pela sociedade. Antes disso, o administrador assume responsabilidade solidária com a sociedade pelos atos praticados.
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SOCIEDADE SIMPLES
Os sócios administradores nomeados no contrato social não poderão ser destituídos, salvo justa causa reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios (art. 1.020).
Não havendo designação dos administradores, a administração compete a cada um dos sócios isoladamente.
A sociedade não se vincula pelos atos praticados pelos administradores se provar uma das seguintes hipóteses (art. 1.015): a) limitação inscrita ou averbada no registro de empresas; 
b) limitação conhecida por terceiro; 
c) ato estranho ao objeto social.
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SOCIEDADE SIMPLES
DA RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE EM RELAÇÃO A UM SÓCIO: 
Em se tratando de sociedade simples, o ato constitutivo tem natureza de contrato plurilateral, o qual é um contrato sui generis. 
Pode ocorrer a dissolução do vínculo relativo a um único sócio, mantendo-se a sociedade, nos seguintes casos:
Morte do sócio  liquida-se suas quotas, apurando-se seus haveres, e entregando-os aos seus herdeiros (art. 1.028); 
Recesso  saída do sócio por iniciativa própria, apurando os seus haveres. Na sociedade por prazo indeterminado exige-se apenas a notificação dos demais sócios com antecedência mínima de 60 dias. Na sociedade por prazo determinado não se admite a denúncia imotivada do contrato, exigindo-se o reconhecimento judicial de uma justa causa. 
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SOCIEDADE SIMPLES
c) Exclusão  exclusão por iniciativa da sociedade, ou de pleno direito. 
A exclusão de pleno direito ocorre nos casos em que a quota do sócio é liquidada em virtude da sua falência pessoal, ou da iniciativa de seus credores pessoais. 
	A exclusão por iniciativa da sociedade é possível pelos seguintes motivos: 
	a) grave inadimplência das obrigações sociais; 
	b) incapacidade superveniente; 
	c) impossibilidade do pagamento de suas quotas. 
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SOCIEDADESIMPLES
É necessária uma ação para exclusão do sócio, a qual tramitará pelo rito ordinário, e terá como autora a própria sociedade, e como réu o sócio cuja exclusão é pretendida. 
	
É necessária a concordância da maioria absoluta dos sócios, computados por cabeça e não pela participação no capital social, não sendo incluído na votação o sócio a ser excluído. 
	Admite-se a exclusão extrajudicial do sócio remisso constituído em mora pela notificação da sociedade para pagamento de sua parte no prazo de 30 dias. 
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SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
Surgiu na Itália, na Idade Média, sendo uma das mais antigas sociedade comerciais desenvolvida pela família nas atividades de agricultura e pecuária.
Na sociedade em nome coletivo só podem participar pessoas naturais (art. 1.039), a administração é exercida apenas por quem seja sócio (art. 1.042), e só podem usar razão ou firma social (art. 1.157). 
O Art. 1.043 veda ao credor particular do sócio a liquidação da respectiva quota do devedor-sócio antes da dissolução da sociedade, exceto se a sociedade for por prazo determinado e este prazo de duração da sociedade for prorrogado tacitamente ou quando no prorrogamento do prazo for judicialmente acolhida oposição do credor levantada no prazo de 90 dias. 
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SOCIEDADE EM NOME COLETIVO
A responsabilidade de todos os sócios por débitos da sociedade é:
- subsidiária – os sócios só assumem alguma responsabilidade após o exaurimento do patrimônio da sociedade. 
- solidária – cada sócio responde perante os credores pela dívida inteira, e depois se volta contra os demais sócios.
- ilimitada – inexistem limites para a responsabilidade do sócio, não importa o tamanho da sociedade, cada sócio responde com todo o seu patrimônio pelas obrigações não cumpridas.
*
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
Tem origem no contrato de commenda da Itália, relativo a guarda ou depósito.
Tal sociedade só pode usar razão social, com a utilização exclusiva do nome do comanditado, que é o administrador.
Na sociedade em comandita simples há dois tipos de sócio:
Comanditário  é um mero prestador de capital, possuindo riscos limitados ao valor de sua quota e não assumindo a condução da vida da sociedade; 
Comanditado  é o administrador, pessoa física, que assume maiores riscos, e conseqüentemente também determina os rumos da sociedade. 
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SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES
O sócio comanditado (administrador) tem responsabilidade subsidiária, solidária e ilimitada por obrigações da sociedade. Caso este sócio faleça haverá a dissolução parcial da sociedade.
O comanditário assume por obrigações da sociedade responsabilidade subsidiária e limitada ao valor de suas cotas integralizadas, sendo vedada a gerência. Caso este sócio faleça a sociedade continuará sua atividade. 
*
SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES
Nas sociedades em comandita por ações o capital social é divido em ações, havendo dois tipos de sócios:
1) Comanditário  é o acionista comum, tendo responsabilidade subsidiária e limitada ao valor de suas ações a integralizar; 
2) Comanditado  é o acionista administrador, tendo responsabilidade subsidiária, solidária e ilimitada por obrigações da sociedade.
- Tal sociedade pode usar tanto a razão social (nome do comanditado), quanto a denominação seguida da expressão "comandita por ações".
- Regida pela Lei de 6.404/76. 
- Podem possuir partes beneficiárias e debêntures.
- O diretor destituído ou exonerado é responsável pelas obrigações sociais por 02 anos.
*
SOCIEDADE COOPERATIVA
	A sociedade cooperativa teve origem na Inglaterra, no ano de 1843, na cidade de Rochdale, para um grupo de tecelões; sendo que só em 1852 surge a primeira lei que a regulamenta.
	É uma sociedade simples, que não obstante tenha finalidade econômica, não tem finalidade de lucro.
	Rege-se pela Lei 5.764/71 e art. 1.093 a 1.096 do CC.
	A cooperativa é institucional, constituída a partir de deliberação tomada pelos fundadores em assembléia geral.
	Sua finalidade é a prestação de serviços aos associados por exercício de atividade econômica comum. 
	Não está sujeita a falência.
*
SOCIEDADE COOPERATIVA
	- Seu ato constitutivo é o estatuto social.
	- Tal sociedade só pode usar denominação com acréscimo obrigatório da palavra cooperativa.
	- Três ou mais cooperativas podem constituir uma cooperativa central ou federação de cooperativas.
	- Três ou mais cooperativas centrais ou federações de cooperativas podem constituir uma confederação de cooperativas.
	- Pode haver cooperativas singulares (um gênero de serviço, operação ou atividade) ou mistas. 
*
SOCIEDADE COOPERATIVA
	A responsabilidade dos cooperados (sócios da cooperativa) alcança o valor do capital social (fundo social), subscrito e não integralizado, sendo pessoal, subsidiária, solidária e ilimitada. 
	CARACTERÍSTICAS:
	- Liberdade de adesão (mínimo de 20 assoc.);
	- Variabilidade ou dispensa do capital social;
	- Limitação do número de quotas-partes do capital para cada cooperado (no máx. 1/3 das quotas para um associado);
	- Cessão limitada de quotas a estranhos, ainda que por herança;
	- Princípio da administração democrática;
	- Resultados em função das operações realizadas pelo cooperado e não pelo número de quotas;
	- Neutralidade política, religiosa, racial e social. 
*
MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Haverá um tratamento diferenciado sob o ponto de vista previdenciário e trabalhista. Além disso, fica aberto o recurso aos juizados especiais, nos quais normalmente não podem demandar as pessoas jurídicas. Há ainda um tratamento peculiar para o protesto quando o devedor for microempresa ou empresa de pequeno porte, além de uma simplificação no registro das empresas.
O art. 179 da CF de 1988 dispõe que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios gozarão de tratamento jurídico diferenciado às microempresas e as empresas de pequeno porte, simplificando-se suas obrigações tributárias, administrativas, previdenciárias e creditícias. 
*
MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE
- de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
- que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
- constituída sob a forma de sociedade por ações; dentre outras. 
A Lei Complementar nº 123/2006 estabelece que são microempresas as empresas cujo faturamento bruto anual seja até R$ 360.000,00. E são empresas de pequeno porte aquelas cujo faturamento bruto anual seja superior a R$ 360.000,00 até R$ 4.800.000,00. 
Não poderão ser beneficiadas as empresas (art. 3º, §4º da LC): 
*
MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE
O SIMPLES NACIONAL implica/abrange o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes tributos:
-Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
-Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
-Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSSLL)
-Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) 
-Contribuição para o PIS/Pasep 
-Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
-ICMS e ISS.
A LC 123/2006 traz benefícios às ME e EPP como: a abertura e encerramento facilitados da empresa, incentivo à associação (por meio do consórcio simples), fiscalização orientadora, pagamento facilitado no protesto de títulos.
A Instrução Normativa nº 103/07 do DNRC define como será efetuado o enquadramento, reenquadramento e desenquadramento de ME e EPP.
*
MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE
O Código Civil fala em micro e pequeno empresário, no seu artigo 970, indicando a simplificação da inscrição no registro das empresas. 
O artigo 1179, § 2º também fala em micro e pequeno empresário dispensando-o da escrituração comercial – Livro Diário.
Todavia, deve manter:
Livro caixa
Livro de registro de inventário
Documentos e papéis.
*
EXERCÍCIO
Sobre as sociedades comerciais, assinale a alternativa correta. 
a) Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do objetosocial é exercida por qualquer um dos sócios, conforme definido no contrato social, participando os demais dos resultados correspondentes. 
b) Pessoas físicas e jurídicas podem tomar parte na sociedade em nome coletivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações sociais. 
c) Na sociedade em comandita simples, tornam parte sócios de três categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais; os comanditários, obrigados somente pelo valor de sua quota; e os investidores, que somente participam dos lucros. 
d) Na sociedade em Comandita por Ações, somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.

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