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CERÂMICA – PARTE 5 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II ENGENHARIA CIVIL UNICERP Prof.ª Rosa Helena Borges Péres 1 TELHAS CERÂMICAS Telhas + componentes cerâmicos = construção de telhados; 1ª etapa de fabricação: extrusão da argila, formando um bastão que é cortado nas dimensões adequadas; 2ª etapa: prensagem em fôrmas ou extrusão e prensagem; 3ª etapa: secagem e queima (900ºC a 1.100ºC); Algumas podem levar esmaltação (impermeabilidade, brilho e cor); Mesmos fornos que os tijolos porém tempo de secagem mais lenta e barro mais fino. 2 TELHAS CERÂMICAS NBR 15310:2005: Componentes cerâmicos –Telhas –Terminologia, requisitos e métodos de ensaio; Classificação é função das características geométricas e tipo de fixação; 3 TELHAS CERÂMICAS TIPOS: Plana de encaixe: se encaixam por meio de sulcos e saliências, apresentam furos e pinos para fixação. Ex.: francesa; 4 TELHAS CERÂMICAS Composta de encaixe: capa e canal no mesmo componente, apresentam furos e pinos para fixação. Ex.: romana; 5 TELHAS CERÂMICAS Simples de sobreposição: capa e canal independentes (o canal possui furos e pinos para fixação). Ex.: paulista, plan; 6 TELHAS CERÂMICAS Planas de sobreposição: somente se sobrepõem (podem apresentar furos e pinos para fixação). Ex.: alemã. Simples de sobreposição Plana de sobreposição 7 TELHAS CERÂMICAS Exigências para telhas: Impermeabilidade: não apresentar vazamentos ou formação de gotas em sua face inferior; Retilinearidade e planaridade: para evitar problemas de encaixe; Massa da telha seca: máximo 6% superior ao valor especificado no projeto para o modelo da telha; 8 TELHAS CERÂMICAS Tolerância dimensional: ± 2% em relação à especificação; Absorção de água: Clima temperado ou tropical: ≤ 20%; Clima frio e temperado : ≤ 12%; Clima muito frio ou úmido: ≤ 7%; Características visuais (isentas de pequenos defeitos:fissuras, esfoliações, quebras, rebarbas) e boa sonoridade (som metálico). 9 TELHAS CERÂMICAS 10 TELHAS CERÂMICAS Resistência à flexão: transporte e montagem do telhado e trânsito eventual de pessoas:sempre >= 1000 N Plana de encaixe: 1000 N Composta de encaixe: 1300 N Simples de sobreposição: 1000 N Plana de sobreposição: 1000 N 11 TUBOS CERÂMICOS Manilhas e peças de conexão Uso: Canalização de águas pluviais e esgoto Ponta e ponta / ponta e bolsa Fabricados por extrusão 12 TUBOS CERÂMICOS Normas: NBR 5645:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações; NBR 6549:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações –verificação da permeabilidade; NBR 6582:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações – verificação da resistência à compressão diametral; NBR 7530:1991 – Tubos cerâmicos para canalizações –verificação dimensional. 13 TUBOS CERÂMICOS Podem ser vidrados (após aplicação de cloreto de sódio para requeima) Diâmetros nominais: 75, 100, 150, 200, 250, 300, 375, 400, 450, 500 e 600 mm; Comprimentos: 600, 800, 1000, 1250, 1500 e 2000 mm; 14 TUBOS CERÂMICOS São verificados quanto à: Dimensões: Permeabilidade e Absorção de água (A≤10%); Resistência à compressão diametral; Sonoridade; Aspecto visual (trincas e falhas); Resistência química. 15 TAVELAS Elementos retangulares utilizados na confecção de lajes pré-moldadas Peças redutoras de peso Apóiam-se entre pequenas vigotas de concreto armado e servem de fôrma para a laje; Exigência: resistência à flexão ≥ 700 N. Chamadas de lajotas, apesar de geralmente serem enquadradas neste grupo o mais correto é em Materiais de Revestimento. 16 ELEMENTOS VAZADOS Elementos não estruturais, usados em alvenaria para ventilação e iluminação. Fabricados por extrusão. 17 CERÂMICA VERMELHA Compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados na construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos e argilas expandidas) e também utensílios de uso doméstico como filtros, vasos, vasilhames e de adorno. Conforme vimos até aqui. 18 CERÂMICA BRANCA, PRODUTOS DE GRÊS E LOUÇA Grupo bastante diversificado: são materiais constituídos por um corpo branco e em geral recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor e que eram assim agrupados pela cor branca da massa, necessária por razões estéticas e/ou técnicas. 19 CERÂMICA BRANCA, PRODUTOS DE GRÊS E LOUÇA Com o advento dos vidrados opacificados, muitos dos produtos enquadrados neste grupo passaram a ser fabricados contendo certo grau de impurezas, responsáveis pela coloração, sem prejuízo das características finais, em algumas aplicações. 20 CERÂMICA BRANCA, PRODUTOS DE GRÊS E LOUÇA •louça sanitária •louça de mesa •isoladores elétricos para alta e baixa tensão •cerâmica artística (decorativa e utilitária). •cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, elétrico, térmico e mecânico. 21 MATERIAIS DE REVESTIMENTO PLACAS CERÂMICAS materiais cerâmicos na forma de placas usados na construção civil para revestimento de: paredes, pisos, bancadas e piscinas de ambientes internos e externos. São eles: azulejo, pastilha, porcelanato, grês, lajota, piso, peças de decoração. 22 PROCESSO DE FABRICAÇÃO Preparação da massa Conformação Secagem Esmaltação Queima Esfriamento Como já foi falado há vários processos de conformação e de queima, via seca ou via úmida. 23 PROCESSO DE FABRICAÇÃO Preparação: Via líquida (barbotina): argila diluída em água, passa pelo moinho de bolas, até obtenção da plasticidade e granulometria desejadas Pisos: segue para um atomizador para extração da umidade 24 25 CONFORMAÇÃO Prensagem: Efeitos de relevo ou não Ranhuras paralelas no tardoz Código B (BI, BII, etc.) Extrusão: Ranhuras diagonais convergentes Código A 26 PROCESSOS DE QUEIMA Monoqueima ou biqueima; Terceira queima: para acrescentar relevo com metais e/ou pigmentos. Monoporosa 27 28 PLACAS CERÂMICAS Azulejos: peças porosas, destinadas a revestimentos de paredes e vidradas em uma das faces Pisos: mais compactos que a cerâmica vermelha e mais escuros que louça Pastilhas: peças de pequena dimensão, coladas em folha de papel ou unidas por pontos de resina para facilitar o assentamento 29 PLACAS CERÂMICAS Peças decorativas (especiais): molduras (listelos) e mosaicos (tozetos) 30 PLACAS CERÂMICAS Normas: •NBR 13816: 1997 –Placas cerâmicas para revestimento –Terminologia; •NBR 13817: 1997 –Placas cerâmicas para revestimento –Classificação; •NBR 13818: 1997 –Placas cerâmicas para revestimento –Especificação e métodos de ensaio; •NBR 15463: 2007 –Placas cerâmicas para revestimento –Porcelanato; 31 PLACAS CERÂMICAS Classificação quanto à qualidade: Classe A (1ª): 95% das peças não tem defeitos visíveis a 1 m (separação por bitolas, tonalidades, curvaturas e ortogonalidade de acordo com as normas) Classe B: defeitos visíveis a 1 m Classe C: defeitos visíveis a 3 m 32 CARACTERÍSTICAS DOS PISOS E PORCELANATOS 33 ABSORÇÃO DE ÁGUA 34 RESISTÊNCIA À FLEXÃO Quanto menor a absorção de água e maior a espessura da placa, maior a resistência à flexão. 35 RESISTÊNCIA À ABRASÃO Abrasão superficial -Característica de cerâmicas esmaltadas 36 ABRASÃO PROFUNDA Característica de cerâmicas não esmaltadas. 37 IMPORTANTE Nunca especificar apenas o PEI! A primeira especificação deve ser a Absorção de água! PEI: Porcelain Enamel Institute (Instituto de Esmalte para Porcelana) 38 Resistência ao risco Atrito com materiais de diferentes durezas. 39 RESISTÊNCIA AO MANCHAMENTO- facilidade de remoção de manchas 40 RESISTÊNCIA QUÍMICA – capacidade de manter o aspecto original 41 RESISTÊNCIA QUÍMICA – capacidade de manter o aspecto original 42 LOUÇA SANITÁRIA Feitos com argila branca (caulim quase puro); Utiliza-se o processo da pasta fluida (barbotina), em moldes de gesso (também há processos de prensagem em moldes de plástico); Peças impermeáveis na superfície (vidrado) e porosas no interior; Bacias sanitárias de 30 litros (mais antigas) e de 6 a 9 litros (mais novas). 43 MATERIAIS REFRATÁRIOS Tem a finalidade de suportar temperaturas elevadas nas condições específicas de processo e de operação dos equipamentos industriais, que em geral envolvem esforços mecânicos, ataques químicos, variações bruscas de temperatura e outras solicitações. Há por isto uso de diferentes matérias-primas ou mistura destas. Classificação dos produtos refratários quanto a matéria-prima ou componente químico principal em: sílica, sílico-aluminoso, aluminoso, mulita, magnesianocromítico, cromítico-magnesiano, carbeto de silício, grafita, carbono, zircônia, zirconita, espinélio e outros 44 BLOCOS MACIÇOS Suportam altas temperaturas, abrasão e ação química; Para o assentamento: argamassas especiais (geralmente com cimento aluminoso – resistem à altas temperaturas); 45 BLOCOS MACIÇOS Tipos: RMP 35 e RMP 42 (em função do teor de alumina). NBR 10955 -Materiais refratários isolantes -Determinação das resistências à flexão e à compressão à temperatura ambiente. 46 ISOLANTES TÉRMICOS refratários isolantes que se enquadram no segmento de refratários; isolantes térmicos não refratários: produtos como vermiculita expandida, sílica diatomácea, diatomito, silicato de cálcio, lã de vidro e lã de rocha; obtidos por processos distintos ao dos refratários e que podem ser utilizados, dependendo do tipo de produto até 1100 ºC; fibras ou lãs cerâmicas que apresentam características físicas semelhantes as citadas no item acima, porém apresentam composições tais como sílica, silica-alumina, alumina e zircônia, que dependendo do tipo, podem chegar a temperaturas de utilização de 2000º C ou mais. 47
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