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UNIDADE VIII - direito internacional

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Disciplina: DIREITO DO TRABALHO II
Professora: Vanessa Batista Oliveira 
E-mail: vanessa.oliveira.lima@gmail.com; vanessalima@edu.unifor.br.
	UNIDADE VIII - 
DIREITO INTERNACIONAL DO TRABALHO
 
O Direito Internacional do Trabalho é um ramo do Direito Internacional. Há necessidade de estudá-lo para que possamos compreender certas regras internacionais que envolvem o trabalho, principalmente as Convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Objetivos do Direito Internacional do Trabalho: universalizar as normas do trabalho, que se dão basicamente de Tratados Bilaterais ou Multilaterais e também por Convenções aprovadas pela Conferência Internacional do Trabalho.
1. Fundamento Jurídico:
Dispõe o § 2º, do art. 5º, da Constituição Federal:
“§ 2º. Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.”
No mesmo sentido, o caput do art. 7º:
“Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...].”
2. Conceito de tratado e convenção internacional
Segundo Sergio Pinto Martins “tratado é uma norma jurídica escrita celebrada entre Estados, para solucionar ou prevenir situações ou estabelecer certas condições. No âmbito trabalhista, seria o estabelecimento de regras de trabalho ou a solução de certas situações de trabalho. Exemplo: o tratado que o Brasil mantém com o Paraguai, no que diz respeito a Itaipu, quanto a questões de natureza trabalhista e previdenciária.”
Ainda segundo esse autor, Convenção tem sentido específico, pois é empregado para as determinações oriundas da Conferência da OIT. 
Luciano Martinez aduz que “o convênio ou convenção internacional do trabalho é, na realidade, um tratado internacional que, como qualquer outro documento dessa natureza, exige ratificação para fins de exigibilidade. Por meio deles são fixados referências, princípios e comportamentos mínimos que devem ser observados pela legislação interna dos Estados-Membros subscritores, na medida em que estes submetam o convênio à convalidação interna, no prazo máximo de um ano após a ratificação (art. 19, inciso 5, da Constituição da OIT).” Ou seja, pode-se dizer que convenções são tratados multilaterais, que uma vez ratificados devem integrar a legislação nacional do país.
3.A OIT e suas Convenções
A OIT é um organismo de âmbito internacional criado pelo Tratado de Versalhes, logo após o final da 1ª Guerra Mundial (1919) e faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU).
“É composta por representantes de empregados, empregadores e dos Estados-membros e tem como objetivo principal promover a paz universal entre os povos por meio da justiça social” (José Cairo Jr.)
As Convenções da OIT são normas jurídicas provenientes da Conferência da OIT, que têm por objetivo determinar regras gerais obrigatórias para os Estados que as ratificarem, passando a fazer parte de seu ordenamento jurídico interno. 
A ratificação é a maneira de se dar validade ao tratado, mostrando que o governo aprova o pacto, que passa a integrar sua ordem jurídica. No Brasil, os tratados e convenções internacionais são considerados leis federais. São aprovados por meio de decreto legislativo, havendo necessidade de que sejam tornados públicos, o que é feito por meio de decreto do Presidente da República.
Cada Convenção contém um dispositivo que estabelece as condições em virtude das quais os Estados que a tenham ratificado poderão denunciá-la posteriormente, o que significa declarar que não mais desejam verem-se obrigados a cumprir as disposições de um específico convênio.
Desde 1999, a OIT trabalha pela manutenção de seus valores e objetivos em prol de uma agenda social que viabilize a continuidade do processo de globalização através de um equilíbrio entre objetivos de eficiência econômica e de equidade social.
3.1. Principais características da Convenção:
É obrigatória;
Firma direitos e obrigações;
Tem natureza de tratado multilateral, pois envolve várias partes;
É objeto de ratificação;
É fonte formal de direito;
Tem natureza de lei federal;
A OIT funda-se no princípio de que a paz universal e permanente só pode basear-se na justiça social. Fonte de importantes conquistas sociais que caracterizam a sociedade industrial, a OIT é a estrutura internacional que torna possível abordar estas questões e buscar soluções que permitam a melhoria das condições de trabalho no mundo.
3.2. Objetivos Estratégicos da OIT:
Promover os princípios fundamentais e direitos no trabalho por meio de um sistema de supervisão e de aplicação de normas.
Promover melhores oportunidades de emprego e renda para mulheres e homens em condições de livre escolha, de não-discriminação e de dignidade.
Aumentar a abrangência e a eficácia da proteção social.
Fortalecer o tripartismo e o diálogo social.
Atividades paralelas:
Apoio operacional intersetorial ao trabalho decente;
Igualdade entre os sexos;
Ampliação de conhecimentos por meio de estatísticas e, também, do Instituto Internacional de Estudos Trabalhistas e do Centro Internacional de Formação da OIT, em Turim;
Melhor percepção das perspectivas da OIT por meio de relações e associações internacionais e de comunicações.
3.3. Principais Convenções da OIT sobre Direito Coletivo, ratificadas pelo Brasil:
Convenção 98, que trata da aplicação dos princípios do direito de sindicalização e de negociação coletiva;
Convenção 135, que trata da proteção que se deve outorgar aos representantes dos trabalhadores na empresa;
Convenção 151, que dispõe sobre a proteção do direito de sindicalização e os procedimentos para determinar as condições de emprego da administração pública;
Convenção 154, que cuida da adoção de medidas para o fomento à negociação coletiva de trabalho;
Ressalte-se que o Brasil não ratificou a Convenção 87, relativa à liberdade sindical.

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