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Provas Antigas

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P1 – 2010 
 
1. Qual a justificativa que está por trás da NIC 19/26, no que se relaciona a um Plano de Benefício Definido 
Governamental, como é o caso da Previdência Social Brasileira, para não ter de serem observados os 
procedimentos contábeis por ela determinados para o caso de um Plano de Benefício Definido (Não 
Governamental) do tipo pós-emprego, patrocinada por uma determinada empresa em favor dos seus 
trabalhadores? (incompleta) 
 
Pela natureza dos planos governamentais, a empresa (em particular) não tem a responsabilidade legal ou 
implícita de pagar tais benefícios, mas sim a de, unicamente, a obrigação de realizar a cada ano, contribuição 
para o referido plano a quanto o contrato de trabalho estiver vigente, ficando livre dessa responsabilidade 
quando o contrato for encerrado. A saber, ainda, que a empresa patrocinadora deve tratar os planos 
governamentais da mesma forma que os planos multipatrocinados. 
 
 
 
2. Dado no âmbito da NIC 19/26, a seguinte situação de um Plano de Benefício Definido do tipo pós-emprego 
ao final do ano t-1: 
i) Valor Presente da Obrigação Atuarial relativa a Benefício Definido: R$ 50.000.000,00; 
ii) Valor Justo do Ativo do Plano: R$ 40.000.000,00; 
iii) Perda Atuarial ainda não reconhecida: R$ 5.500.000,00; e 
iv) Tempo médio remanescente de vida laborativa dos empregados participantes: 20 anos; 
 
Pede-se: 
 
a) determinar qual a parcela da Perda Atuarial que, com base na norma padrão de reconhecimento, deve 
ser reconhecida? 
 
b) determinar qual a proporção da Parcela Atuarial determinada na letra “a” que, com base na sistemática 
padrão de reconhecimento, deve ser reconhecida no custo do Plano do ano t? 
 
 A norma estabelece que se reconheçam a parcela de ganhos/perdas atuariais acumuladas que exceda o 
maior entre os valores: 
 
a) 10% do valor atual das obrigações relativas aos benefícios definidos (sem dedução do valor justo 
do ativo do plano vinculado a cobertura dessas obrigações). 
b) 10% do valor justo do ativo do plano vinculado à cobertura das respectivas obrigações. 
 
 Nesse caso temos: 
 
a) 10% x 50.000.000,00 = 5.000.000,00 
b) 10% x 40.000.000,00 = 4.000.000,00 
 
 Logo, a maior entre a) e b) é 5.000.000,00. 
 Parcela que excede o maior entre a) e b): 
 5.500.000,00 – 5.000.000,00 = 500.000,00 
 
 A proporção de perdas/ganhos atuariais a ser reconhecida em cada plano de benefício definido no exercício 
subsequente, é o que exceder o maior valor entre a) e b) dividindo esse exceder pela média dos anos 
remanescente de vida ativa dos trabalhadores vinculados ao plano. Nesse caso temos: 
 (500.000,00 (→ excedente) / 20 (→ tempo)) = 25.000,00 
 
 
 
 
 
 
3. O que, no conceito da NIC 19/26, se entende por ganhos/perdas atuariais? (incompleta) 
 
Ganhos/perdas atuariais são as diferenças verificadas de um ano para o ano seguinte entre o esperado com 
base nas hipóteses atuariais revistas para melhor representar as expectativas sobre a realidade futura. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Para se obter o valor, a ser reconhecido, em conformidade com a NIC 19/26, como Passivo de Benefício 
Definido de um Plano de Benefício Pó-Emprego, no Balanço Geral de uma empresa patrocinadora de um 
Plano dessa natureza, quais as parcelas que devem ser somadas? 
 
O valor a ser reconhecido como um passivo de Benefício definido, corresponde à soma líquida dos seguintes 
valores: 
 
a) Valor atual das obrigações do tipo benefício. Definido na data do Balanço; 
b) Mais qualquer ganho atuarial (menos qualquer perda atuarial) ainda não reconhecido (a) na forma 
permitida pela presente norma; 
c) Menos qualquer valor relacionado com o custo do serviço passado ainda não reconhecido, na forma 
permitida pela presente norma; 
d) Menos o valor justo, na data do balanço, dos ativos segregados pertencentes ao plano, destinados 
exclusivamente a fazer frente a suas obrigações. 
 
5. O custo estimado de um Plano para o exercício seguinte é composto de que parcelas, de acordo com a NIC 
19/26? 
 
As parcelas compostas são: 
(1) Custo de serviço corrente 
(2) Custo dos juros 
(3) Retorno esperado dos investimentos 
(4) Amortização de parcela da obrigação atuarial inicial ainda não reconhecida 
(5) Amortização de parcela do valor presente da obrigação atuarial relativa a tempo de serviço passado 
ainda não reconhecida 
(6) Amortização de parcelas de (ganhos)/perdas atuariais ainda não reconhecida 
(7) Contribuição (obrigatória) esperada dos empregados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. De acordo com a NIC 19/26, descrever como os Planos de Benefícios Pós-Emprego são classificados como 
Planos de Contribuição Definida e como Planos de Benefício Definido, enfocando a 
obrigação/responsabilidade da empresa patrocinadora em cada um desses Planos. 
 
. Planos de Contribuição Definida: A obrigação legal ou implícita da empresa patrocinadora será limitada à 
realização das contribuições a ela estabelecidas pelo plano. Dessa forma, o valor a ser recebido no futuro 
como benefício pelo trabalhador estará limitado às contribuições devidas pela empresa patrocinadora (bem 
como às contribuições realizadas pelo próprio trabalhador) ao Plano de Benefícios Pós-Emprego ou à 
Companhia de seguros, acrescidas dos rendimentos líquidos apurados pelas aplicações financeiras realizadas 
com tais contribuições e, consequentemente, a totalidade do risco atuarial de que os benefícios a serem 
auferidos, com base nas contribuições realizadas e no respectivo retorno líquido dos investimentos, sejam 
menores, ou maiores que o esperado, é do próprio trabalhador beneficiado com o plano. 
 
. Planos de Benefício Definido: A obrigação da empresa patrocinadora é a de conceder benefícios com 
valores (ou regras de cálculo desses valores) pré-definidos (as), tanto aos atuais trabalhadores quando 
chegarem na fase pós-emprego, quanto a antigos trabalhadores que já estão na fase pós-emprego. O risco 
atuarial (de que os benefícios venham a custar mais que o esperado) e/ou o risco na obtenção de retornos 
líquidos nos investimentos são, em sua essência, assumidos pela empresa patrocinadora, à qual, portanto, 
se pressupõe ser cabível a responsabilidade por desvios atuariais desfavoráveis e por obtenção de 
investimentos líquidos abaixo do esperado/assegurado ao longo do tempo. 
 
2. Por que motivo, em conformidade com a NIC 19/26, um benefício de Assistência à Saúde dado a um 
trabalhador enquanto o mesmo está em atividade na empresa é contabilizado de forma distinta de um 
benefício de Assistência e Saúde que esse mesmo trabalhador terá após deixar de trabalhar na empresa. 
 
Porque um benefício (assistência a saúde, no caso) é reconhecido como um passivo quando o trabalhador 
prestou serviços que geraram o direito de receber pagamentos futuros na forma de benefícios (caso do 
trabalhador após deixar de trabalhar na empresa). Já no caso do trabalhador que está em atividade na 
empresa, o benefício e reconhecido como despesa (a empresa está se beneficiando do serviço que está 
sendo prestado pelo trabalhador, dando compensação no presente sob forma de benefício. 
 
3. Conhecidos os seguintes valores na data de encerramento do Balanço Anual da empresa patrocinadora 
relativos a um Plano de Benefício Definido: 
i) Valor Justo do Ativo do Plano: R$ (1.250.000); 
ii) Parcela de Ganhos/(Perdas) ainda não reconhecidos: R$ (187.500); 
iii) Parcela de Serviços Passados ainda não reconhecidos: R$ (625.000); e 
iv) Valor Atuarial da Obrigação Atuarial: R$ 1.875.000. 
 
3.1) Qual, em conformidade com o item 35 da NIC 19/26 é o valor do Passivo/(Ativo) a ser reconhecido 
pela empresa patrocinadora? 
 
(a) valor atual da obrigação Atuarial 1.875.000 
(b) Parcela (Ganhos/Perdas) ainda não reconhecida (187.500) 
(c) Parcela de serviços passados ainda não reconhecidos (62.500)(d) Valor justo do ativo do Plano (1.250.000) 
 
*(e) = (a)+(b)+(c)+(d) Passivo/(Ativo) a ser reconhecido pela empresa patrocinadora: (187.500). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2) Qual o valor que, em realidade, caso o excedente, apurado em conformidade com o item 35 da NIC 
19/26 observe o estabelecido nas letras (a), (b) e/ou (c) desse item 35, poderá efetivamente ser conhecido 
como Ativo pela empresa patrocinadora, levando-se em consideração a exigência para reconhecimento 
como Ativo constante do comentário: “IMPORTANTE” apresentado, também, nesse item 35 da NIC 19/26? 
 
 O valor justo do Ativo do Plano supera ao Valor do respectivo Passivo Atuarial relativa aos benefícios 
definidos desde que: 
 
1. Esse excedente esteja sob controle econômico da empresa patrocinadora para ser utilizado na cobertura 
de benefícios futuros do Plano ou de outro plano de responsabilidade da empresa patrocinadora; e/ou 
2. Esse excedente esteja sob controle econômico da empresa patrocinadora para utilizá-lo para reduzir 
contribuições futuras no Plano ou em outro Plano por ela patrocinado; e/ou 
3. Esse excedente passa, efetivamente, retornar aos cofres da empresa patrocinadora. 
 
Para que um Ativo se configure, além do estabelecido nos itens acima, terá de ser compensado do seu 
valor final os custos dos serviços passados ainda não conhecidos e as perdas atuariais ainda não 
reconhecidas. (incompleta: qual o valor que pode ser reconhecido como Ativo?) 
 
 
4. A empresa “A” é patrocinadora de um Plano Multipatrocinado (de Benefício Definido) solidariamente com 
as empresas “B”, “C” e “D”. Em que situação particular ela poderá contabilizar esse Plano como se fosse 
um Plano de Contribuição Definida e, neste caso, que outros procedimentos deverão ser seguidos pela 
referida empresa patrocinadora? 
 
Se, e somente se, não estiver, por motivo relevante, disponível informação suficiente para aplicar o 
tratamento contábil estabelecido para os planos de Benefício Definido. 
 
Deve-se revelar: (i) o fato de que se trata de um Plano de Benefício Definido; e 
(ii) as razões relevantes que impedem a empresa patrocinadora de contabilizar o Plano de acordo com o 
estabelecido para os Planos de Benefício Definido; e 
Na medida em que seja possível que um superávit ou um déficit no Plano possa influenciar o valor das 
futuras contribuições da empresa patrocinadora, revelar adicionalmente o seguinte: (i) qualquer informação 
relevante a respeito de tal déficit/superávit; (ii) as bases/hipóteses utilizadas na determinação do 
déficit/superávit do Plano; e (iii) as implicações que tal déficit/superávit possa ter para empresa 
patrocinadora. 
 
5. Nos termos da NIC 19/26, a empresa patrocinadora tem de reconhecer, também, os Planos Não Formais 
de Benefícios Definidos (derivados de práticas habituais que realize) e não, apenas, os Planos Formais de 
Benefícios Definidos. Como é que se procede para se verificar se tais práticas habituais realizadas pela 
empresa patrocinadora configura um Plano Não Formal de Benefício a ser reconhecido nas mesmas 
condições de um Plano Formal de Benefício Definido? (incompleto) 
 
Tais práticas habituais realizadas pela empresa patrocinadora configuram um Plano Não Formal de Benefício 
Definido quando delas deriva qualquer tipo de obrigação efetiva (além das obrigações por força de 
normativo legal/contratual). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Justifique por que razão a concessão de um Benefício de Assistência à Saúde para um trabalhador 
enquanto o mesmo está trabalhando para uma empresa tem de ser registrado contabilmente de forma 
diferente desse mesmo benefício no caso dele ser mantido após o período de atividade nessa empresa. 
 
Enquanto ele trabalha, gera renda para a empresa e depois é considerado um passivo. 
 
2. Se o valor do Passivo Líquido a ser reconhecido pela empresa patrocinadora em seu Balanço Anual 
corresponder a um Ativo Líquido (por apresentar o Passivo Líquido um valor negativo), em que condições 
ele poderá ser efetivamente reconhecido como um Ativo no referido Balanço Anual? 
 
Se o valor a ser reconhecido pela empresa patrocinadora de um plano de Benefício Definido for negativo, 
observadas as limitações estabelecidas na norma NIC 19/26, ele representa um ativo para a empresa 
patrocinadora, e poderia ser reconhecido desde que 
 
(i) Esse excedente esteja sob controle econômico da empresa patrocinadora para ser utilizado na 
cobertura de benefícios futuros do plano ou de outro plano de responsabilidade das empresas 
patrocinadoras; e/ou 
(ii) Esse excedente esteja sob controle econômico da empresa para utilizá-lo para reduzir contribuições 
futuras no plano ou em outro plano por ela patrocinado; e/ou 
(iii) Esse excedente possa, certamente, retornar aos cofres da empresa patrocinadora. 
 
(incompleto -> há outra situação) 
 
 
 
 
 
 
3. Na data de encerramento do Balanço Anual de 2005, o Plano de Benefício Definido patrocinado pela 
Empresa “X” em favor dos seus empregados, registrava os seguintes pontos: 
(i) Valor Justo do Ativo do Plano: 120.000; - A 
(ii) Valor Atual das Obrigações Atuariais: 150.000; - B 
(iii) Um valor de obrigação relativa a Tempo de Serviço Passado, ainda não reconhecido, ao final de 
2005, no correspondente a 20.000; - C3 
(iv) Uma perda atuarial de 10.000 ainda não reconhecida, ao final desse ano de 2005; e – C4 
(v) O valor remanescente, ao final de 2005, de 15.000 da obrigação atuarial inicial, ainda não 
reconhecida. – C2 
 
Pede-se calcular, em conformidade com a NIC 19/26, o valor do Passivo Líquido Potencial que a Empresa 
“X” poderia reconhecer ao final desse ano de 2005. 
 
 . Valor Justo do Ativo do Plano: A = 120.000 
 . Valor Atual das Obrigações Atuariais: B = 150.000 
 . Parcela do valor presente da obrigação atuarial inicial com direitos a vencer ainda não reconhecida: 
C2 = 150.000 
 . Parcela de valor presente da obrigação atuarial relativa a tempo de serviço passado ainda não 
reconhecida: C1 = 20.000 
 . Parcela de perdas ainda não reconhecida: C4 = 10.000 
 
(encontrar a segunda parte da questão) 
 
 
 
 
 
 
 
4. Nos termos da NIC 19/26, a empresa patrocinadora tem de reconhecer, também, os Planos Não Formais 
de Benefícios Definidos (derivados de práticas habituais que realize) e não, apenas, os Planos Formais de 
Benefícios definidos. Como é que se procede para se verificar se tais práticas habituais realizadas pela 
empresa patrocinadora configura um Plano Não Formal de Benefício Definido a ser reconhecido nas 
mesmas condições de um Plano Formal de Benefício Definido? 
 
A norma exige que as empresas patrocinadoras reflitam contabilmente não apenas as obrigações que 
tenham de atender por força de normativo legal/contratual, mas também em função de qualquer outro tipo 
de obrigação efetiva derivada de práticas habituais de concessão de benefícios a trabalhadores segurados 
pela empresa patrocinadora (Planos de Benefícios Não Formais) (incompleta). 
 
 
 
 
 
 
5. A EMPRESA “A” é patrocinadora de um Plano Multipatrocinado (de Benefício Definido) solidariamente 
com as empresas “B”, “C” e “D”. Em que situação particular ela poderá contabilizar esse Plano como se 
fosse um Plano de contribuição Definida e, neste caso, que outros procedimentos deverão ser seguidos 
pela referida empresa patrocinadora? 
 
Se, e somente se, não estiver, por motivo relevante (quais são esses motivos?), disponível informação 
suficiente para aplicar o tratamento contábil estabelecido para os planos de benefício definido. 
 
Deve-se revelar que (i) o fato de que se trata de um plano de benefício definido, e (ii) as razões relevantes 
que impedem a empresa patrocinadora de contabilizar o plano de acordo com o estabelecido para os planos 
de benefício definido, e 
 
Na medida em que seja possível umsuperávit ou um déficit no plano para influenciar o valor das futuras 
contribuições da empresa patrocinadora, revelar adicionalmente o seguinte: 
 
(i) Qualquer informação relevante a respeito de tal déficit/superávit; 
(ii) As bases/hipóteses utilizadas na determinação do déficit/superávit do plano; e 
(iii) As implicações que tal déficit/superávit possa ter para a empresa patrocinadora. 
 
(incompleta) 
 
 
 
 
6. Em termos de risco atuarial, como se distingue se o Plano é do tipo Benefício Definido ou se é do tipo 
Contribuição Definida? 
 
Nos planos do tipo contribuição definida, a totalidade do risco atuarial de que os benefícios a serem 
auferidos, com base nas contribuições realizadas, e no respectivo retorno líquido dos investimentos sejam 
menores ou maiores que o esperado e do próprio trabalhador beneficiado com o plano. 
 
Nos planos de benefício definido, o risco atuarial (de que os benefícios venham custar mais que o esperado) 
e/ou risco na obtenção de retornos líquidos nos investimentos são, em sua essência, assumidos pela 
empresa patrocinadora, a qual, portanto, se pressupões ser atribuível a responsabilidade por desvios 
atuariais desfavoráveis e por obtenção de rendimentos líquidos abaixo do esperado/assegurado ao longo do 
tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Por que razão um Plano de Seguro de Vida em favor de ex-empregado é tratado pela NIC 19/26 de forma 
diferente que um Plano de Seguro de Vida de um empregado em atividade na empresa? 
 
Pois enquanto o trabalhador ainda está trabalhando, a empresa patrocinadora deve reconhecer o benefício 
(Plano de Seguro de Vida, neste caso) como uma despesa, pois a empresa patrocinadora está se 
beneficiando do serviço prestado pelo trabalhador, dando uma compensação, no presente, sob a forma de 
benefício. Quando o trabalhador deixar a empresa, a mesma deve reconhecer o benefício dado como um 
passivo, pois o trabalhador prestou serviços que geraram o direito de receber pagamentos, no futuro, como 
forma de benefícios. (-0,3) 
 
2. Se o valor do Passivo Líquido a ser reconhecido pela empresa patrocinadora de um Plano de Benefício Pós-
Emprego corresponder a um Ativo Líquido (em razão do valor do Passivo Líquido apresentar um valor 
negativo), em que condições esse Ativo Líquido poderá efetivamente ser reconhecido como um Ativo no 
Balanço dessa Empresa Patrocinadora, de acordo com a NIC 19/26? 
 
Se o valor a ser reconhecido pela empresa patrocinadora de um Plano de Benefício Definido for negativo 
(correspondendo a um Ativo Líquido), observadas as limitações estabelecidas da norma NIC 19/26, poderá 
ser reconsiderado desde que: 
 
1. Esse excedente esteja sob controle econômico da empresa para ser utilizado na cobertura de benefícios 
futuros do plano ou de outro plano de responsabilidade da empresa patrocinadora; 
2. Esse excedente esteja sob controle econômico da empresa patrocinadora para ser utilizados para reduzir 
contribuições futuras no plano ou em outro plano por ela patrocinado; 
3. Base excedente passa efetivamente retornar aos cofres da empresa patrocinadora. 
 
Observada a limitação decorrente de que devem ser compensados os custos dos serviços passados ainda 
não reconhecidos e as perdas atuariais ainda não reconhecidas (e, se houver, o valor de qualquer obrigação 
atuarial ainda não reconhecida) para que se configure um Ativo para a Empresa Patrocinadora. 
 
3. Descreva, com detalhes, o que se constituem em Ativos de um Fundo Autônomo (ou seja, de um Fundo 
efetivamente Segregado do Patrimônio da Empresa Patrocinadora) destinados, exclusivamente, a dar 
cobertura aos compromissos de um Plano de Benefícios Pós-Emprego patrocinado pela Empresa 
Patrocinadora, de acordo com a NIC 19/26? 
 
Os Ativos (segregados) de um Plano compreendem: 
a) Os Ativos de propriedade de um Fundo Autônomo – sejam de Prosperidade de um Fundo Autônomo, 
que esteja legalmente segregado da empresa patrocinadora e que tinham exclusivamente a destinação 
de pagar, de financiar benefícios aos trabalhadores; e 
b) As Apólices de seguro – estejam plenamente disponíveis para serem usados tão somente para pagar ou 
financiar os benefícios aos trabalhadores, não estando disponíveis para os credores da empresa 
patrocinadora, mesmo que esta entre em falência, e não podem retornar a empresa, exceto: 
 
(i) Se os Ativos existentes no Plano são suficientes para cumprir com todas as obrigações da 
empresa patrocinadora relativas aos benefícios oferecidos aos seus trabalhadores pelo Plano, ou 
mesmo: 
(ii) Se esses Ativos podem retornar à empresa patrocinadora como reembolso de benefícios que ela 
tenha previamente pago aos seus trabalhadores alcançados pelo Plano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Quais os componentes que compõem o Custo do Plano de Benefícios Pós-Emprego relativo a um dado 
contábil da Empresa Patrocinadora desse Plano, de acordo com a NIC 19/26? 
 
As componentes que compõem o Custo do Plano de Benefícios Pós-Emprego relativo a um dado exercício 
contábil da Empresa Patrocinadora desse Plano, de acordo com a NIC 19/26, são: 
Custo do serviço corrente 
Custo dos juros 
Retorno esperado dos investimentos 
Amortização de parcela da obrigação atuarial inicial ainda não reconhecida (com direitos a vencer e já 
vencidos) 
Amortização de parcela do valor presente da obrigação atuarial relativa a tempo de serviço passado ainda 
não reconhecida 
Amortização de parcelas de ganhos/perdas atuariais ainda não reconhecida 
Contribuição obrigatória esperada dos empregados 
 
(incompleta -> falta referência ao efeito de redução ou liquidação) 
 
5. Qual a razão pela qual a NIC 19/26, no que se relaciona a um Plano de Previdência Social Governamental, 
como a Previdência Social Brasileira, não estabelece os mesmos reconhecimentos contábeis, no Balanço 
das Empresas, que os reconhecimentos relativos a um Plano de Previdência Complementar patrocinados 
pelas Empresas? 
 
Devido a caracterização dos planos governamentais como de Contribuição definida de Benefício Definido 
feita de acordo com a natureza da responsabilidade da Empresa Patrocinadora em relação aos mesmos. 
Grande parte desses planos são financiados pelo regime orçamentário, ou seja, as contribuições a cada ano 
são feitas de forma a cobrir somente os benefícios a serem pagos no mesmo exercício, sendo que o 
financiamento dos benefícios que serão devidos a cada ano futuro será feito por contribuição a serem 
realizadas no respectivo exercício futuro. No entanto, devido a natureza dos planos governamentais, a 
empresa não tem responsabilidade legal ou implícita de pagar tais benefícios, mas sim, unicamente, a 
obrigação de realizar, a cada ano a devida contribuição do diferido plano, enquanto o contrato de trabalho 
estiver vigente, ficando livre dessa responsabilidade a partir do momento em que tal contrato se encerre. 
Nesse contexto, se a empresa patrocinadora deixar de ter o trabalhador prestando serviços não terá a 
obrigação de cobertura ao passivo atuarial correspondente aos anos de serviços acumulados por ele 
prestados, passando inclusive a responsabilidade de continuar a escolher contribuição ao Plano 
Governamental. Por esse motivo, os Planos Governamentais, no âmbito desta norma, são tratados como 
Planos de Contribuição Definida. Devido a tudo dito anteriormente, os reconhecimentos contábeis, no 
Balanço das Empresas, são diferentes para Plano de Previdência social Governamental e Plano de 
Previdência Complementar patrocinado pelas Empresas (que é um Plano de Benefício Definido).

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