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RESUMO SOBRE ARCOS

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PONTES DE ARCOS
Se um peso for erguido preso em um pedaço de corda seguro por duas mãos, uma em cada extremidade da corda, a corda toma um formato triangular, com os dois lados esticados se encontrando no ponto onde o peso está pendurado. Se dois pesos forem erguidos em pontos diferentes da corda, o formato mudo para três lados esticados. Quando diversos pesos estão erguidos pela corda, a corda terá diversos lados esticados e curtos, ligando cada um dos pesos, e começa a ter um formato de uma curva. Os cabos de uma ponte suspensa são carregados por um grande número de pesos, presos nos chamados pendurais. Ao olhar de um ponto afastado, pode-se ver um cabo formado por diversas barras de modo que  ele parece levemente curvo. Os vários formatos assumidos pelos cabos sob a ação dos vários tipos de carregamento de pesos são chamados de polígonos funiculares, que são figuras com diversos ângulos.
Ao entender  o comportamento de um cabo fica fácil concluir que  um arco funciona como um cabo invertido. Imagine  um cabo rebatido  em torno da horizontal,  após congelá-lo em seu formato curvo. O cabo torna-se então um arco. As trações no cabo tornam-se agora compressões no arco, e os empuxos perpendiculares externos ao sistema aplicados no cabo tornam-se internos ao sistema, para prevenir que o arco se abra. É claro que para fixar o formato do arco, comumente chamado de anti-funicular das cargas, deve-se fazê-lo rígido e, portanto com uma seção transversal maior (mais espesso) do que num cabo.  E pelo fato do arco ter de ser (isostático) estável, ele não necessita de uma treliça para enrijecê-lo! O arco mantém seu formato mesmo sob uma variedade de tipos de cargas, pois já é estável, enquanto que um cabo sem uma treliça para fortalecê-lo torna-se instável.
Nas treliças, são relevantes dois tipos de forças: 
• compressão: age para comprimir ou diminuir o objeto sobre o qual a treliça está agindo; 
• tração: age para expandir ou aumentar o objeto sobre o qual a treliça está agindo.
A compressão e a tração estão presentes em todas as pontes. O projeto da ponte deve garantir que ela consiga suportar essas forças sem o risco de entortar ou rachar. Entortar é o que acontece quando a força de compressão ultrapassa a habilidade de um objeto em aguentar essa compressão e rachar é o resultado do excesso de tração sobre o objeto. A melhor maneira de trabalhar com essas forças é dissipá-las ou transferi-las. Dissipar uma força é espalhá-la sobre uma grande área, fazendo com que nenhum ponto tenha de suportar o impacto da força concentrada. Transferir uma força é mudá-la de uma área de fraqueza para uma área de força (uma área projetada para suportar a força). Uma ponte em arco é um bom exemplo de dissipação. Já a ponte suspensa, por outro lado, é um bom exemplo de transferência. 
 Nas barras azuis teremos compressão e, nas barras vermelhas, tração.

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