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Direito Administrativo para ATRFB 
Teoria e exercícios comentados 
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AULA 12 
Olá pessoal! 
Nosso objetivo nesta aula é estudar as normas acerca dos convênios e 
outros instrumentos congêneres, quais sejam: 
9 Decreto 6.170/2007,
9 Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU 507/2011; e
9 Instrução Normativa do STN 1/1997.
Para tanto, seguiremos o seguinte sumário: 
SUMÁRIO 
Noções preliminares sobre transferências voluntárias .................................................................................. 3 
Convênio, contrato de repasse e termo de parceria ............................................................................................. 4 
Partícipes ................................................................................................................................................................................ 8 
Siconv e Portal de Convênios ...................................................................................................................................... 14 
Vedações .............................................................................................................................................................................. 16 
Fases do convênio .............................................................................................................................................................. 21 
Proposição do convênio ................................................................................................................................................ 21 
Celebração/formalização do convênio .................................................................................................................... 28 
Execução do convênio .................................................................................................................................................... 33 
Prestação de contas do convênio ............................................................................................................................... 41 
RESUMÃO DA AULA ........................................................................................................................................................... 54 
Questões comentadas na Aula..................................................................................................................................... 56 
Gabarito ................................................................................................................................................................................... 62 
Além das normas mencionadas acima, a elaboração desta aula adotou 
como base a 5ª edição (2014) da cartilha ³&RQYrQLRV�H�RXWURV�UHSDVVHV´, 
publicada pelo Tribunal de Contas da União. 
Aos estudos! 
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NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE TRANSFERÊNCIAS VOLUNTÁRIAS 
As transferências voluntárias realizadas mediante convênios, 
contratos de repasse, termos de parceria e outros instrumentos 
congêneres constituem um sistema de cooperação entre a União e as 
entidades governamentais dos demais entes da Federação, assim como 
entre a União e entidades privadas sem fins lucrativos, para execução de 
ações de interesse recíproco, financiadas com recursos do orçamento 
federal. 
Em outras palavras, é a União repassando recursos do seu orçamento 
para a execução descentralizada de empreendimentos de interesse 
recíproco entre as partes, como um estudo, um ato jurídico, um projeto, 
uma obra, um serviço técnico, uma invenção etc., que serão usufruídos por 
todos os partícipes. 
Por exemplo, uma Universidade Pública, cujo objetivo é o ensino, a 
pesquisa e a prestação de serviços à comunidade, celebra convênio com 
outra entidade, pública ou privada, para realizar um estudo, um projeto, de 
interesse de ambas. É o que ocorre também com convênios celebrados entre 
Estados e entidades particulares tendo como objeto a prestação de serviços 
de saúde ou educação1. 
Aliás, o interesse recíproco e a mútua colaboração são justamente 
as características que diferenciam os contratos em geral dos convênios e 
demais instrumentos congêneres. Nos contratos, os interesses das partes 
são antagônicos: uma parte quer lucrar com a prestação do serviço e a 
outra quer ver o serviço prestado. Nos convênios, por outro lado, ambas as 
partes desejam ver o serviço prestado, ou seja, ambas têm interesse no 
cumprimento integral do objeto do ajuste e, para tanto, atuam em regime 
de cooperação mútua. Nenhum lado celebra o convênio com o objetivo de 
auferir resultados econômicos com o acordo. 
Dessa diferença resulta outra: nos contratos, o valor pago a título de 
remuneração passa a integrar o patrimônio da entidade que o recebeu, 
sendo irrelevante para o repassador a utilização que será feita desse valor; 
nos convênios, se o conveniado recebe determinado valor, este fica 
vinculado à utilização prevista no ajuste. Assim, se uma entidade privada 
recebe verbas do Poder Público em decorrência de convênio, esse valor não 
perde a natureza de dinheiro público, vale dizer, não passa a integrar o 
1 Di Pietro (2015, p. 387) 
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patrimônio da entidade privada; ao contrário, ele só poderá ser utilizado 
para os fins previstos no convênio. 
Exatamente por isso é que os recursos repassados pela União mediante 
transferências voluntárias não deixam de ser recursos públicos 
federais, ainda que sejam aplicados por outro ente da Federação (Estado, 
DF ou Município) ou por entidade privada, obrigando os responsáveis pela 
administração desses recursos a prestar contas de sua utilização, não só 
ao ente repassador como também ao Tribunal de Contas da União. 
Os convênios celebrados até 14 de abril de 2008 sujeitam-se às 
disposições da IN/STN 01/1997. A partir dessa data, as normas relativas 
às transferências de recursos da União mediante convênios, contratos de 
repasse e termos de cooperação são as dispostas no Decreto 6.170/2007 
e na Portaria Interministerial 507/2011, dos Ministérios do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e do Chefe da 
Controladoria-Geral da União. A IN/STN 01/97 não mais se aplica aos 
instrumentos celebrados sob a vigência da nova Portaria. 
O Decreto 6.170/2007 também instituiu o Sistema de Gestão de 
Convênios e Contratos de Repasse (Siconv) e o Portal de Convênios 
do Governo Federal (www.convenios.gov.br). Toda a regulamentação 
disponível a respeito do assunto encontra-se disponível nesse Portal. 
Em seguida, vamos aprender alguns conceitos importantes relacionados 
ao tema. 
CONVÊNIO, CONTRATO DE REPASSE E TERMO DE PARCERIA 
Convênio é o acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que 
discipline a transferência de recursos financeiros dos orçamentos da 
União visando à execução de programa de governo, o qual envolve a 
realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de 
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação, e tenha como 
partícipes, de um lado, órgão da administração pública federal direta, 
autarquia, fundação pública, empresa pública ou sociedade de economia 
mista, e, de outro, órgão ou entidade da administração pública estadual, 
distrital ou municipal, direta ou indireta, incluindo consórcios públicos, ou 
ainda, entidade privada sem fins lucrativos. 
Importante observar que o convênio pode ser celebrado tanto por 
órgãos da administração direta como por entidades da administração 
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indireta, incluindo empresas públicas, sociedades de economia mista e 
consórcios públicos. 
Contrato de repasse é o instrumento administrativo, de interesse 
recíproco, usado na transferência dos recursos financeiros, por 
intermédio de instituição ou agente financeiro público federal, que 
atua como mandatário da União. A instituição que mais fortemente vem 
operando essa modalidade de transferência é a Caixa Econômica Federal. 
O contrato de repasse foi uma alternativa criada para melhorar o 
controle da aplicação dos recursos repassados pela União. Como o nível de 
descentralização desses recursos é muito grande, chegando a diversos 
municípios nos mais distantes rincões do país, ficava difícil para a União, por 
intermédio dos seus Ministérios, comprovar o efetivo cumprimento do objeto 
pactuado. Pensou-se, então, em transferir essa tarefa de fiscalização para os 
agentes financeiros federais, notadamente a Caixa Econômica Federal, que 
possui agências bancárias espalhadas por todo o país. A Caixa, então, além 
de operacionalizar o repasse financeiro dos recursos, atua como mandatária 
da União, isto é, como representante da União na fiscalização da execução 
dos projetos. 
Nesse sentido, o art. 8º do Decreto 6.170/2007 estabelece que a 
execução de programa de trabalho que objetive a realização de obra será 
feita por meio de contrato de repasse, salvo quando o concedente 
dispuser de estrutura para acompanhar a execução do convênio. Como a 
realização de obras demanda maior acompanhamento e fiscalização, a 
legislação definiu que o contrato de repasse seria o instrumento mais 
adequado para operacionalizar a descentralização dos recursos para essa 
finalidade, em razão do controle efetuado pela instituição financeira federal. 
Sobre o assunto, o Decreto 6.170/2007 ainda prescreve que, caso a 
instituição ou agente financeiro público federal não detenha capacidade 
técnica necessária ao regular acompanhamento da aplicação dos recursos 
transferidos, figurará, no contrato de repasse, na qualidade de 
interveniente, outra instituição pública ou privada, a quem caberá o 
mencionado acompanhamento. 
Termo de parceria é o instrumento jurídico previsto na 
Lei 9.790/1999, para transferência de recursos para Organizações Sociais 
de Interesse Público. 
Além desses conceitos, é importante conhecer também o chamado 
termo de execução descentralizada, utilizado para a descentralização de 
créditos orçamentários entre órgãos e entidades da administração pública 
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federal, ou seja, sem envolver outras esferas de governo ou entidades 
privadas. 
Termo de execução descentralizada é o instrumento por meio do 
qual é ajustada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou 
entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da 
União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária 
descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa de 
trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática. 
A celebração de termo de execução descentralizada poderá ter as 
seguintes finalidades: 
ƒ Execução de programas, projetos e atividades de interesse recíproco, em
regime de mútua colaboração;
ƒ Realização de atividades específicas pela unidade descentralizada em
benefício da unidade descentralizadora dos recursos;
ƒ Execução de ações que se encontram organizadas em sistema e que são
coordenadas e supervisionadas por um órgão central; ou
ƒ Ressarcimento de despesas.
A celebração de termo de execução descentralizada nas duas primeiras 
hipóteses acima configura delegação de competência para a unidade 
descentralizada promover a execução de programas, atividades ou ações 
previstas no orçamento da unidade descentralizadora. 
Interessante observar que, enquanto os convênios e os contratos de 
repasse têm como objeto a transferência de recursos financeiros da 
União para outros entes federados ou para entidades privadas sem 
fins lucrativos, o objeto dos termos de execução descentralizada é a 
descentralização de créditos orçamentários (e não de recursos 
financeiros) entre órgãos e entidades federais. 
Assim, por exemplo, se o Ministério da Saúde quiser executar um 
programa em parceria com outro órgão federal, como o Ministério da 
Educação, o instrumento adequado para formalizar a transferência de 
recursos entre os órgãos seria um termo de execução descentralizada; na 
verdade, ocorreria apenas a transferência de orçamento, e não de recursos 
financeiros propriamente ditos. Diferentemente, se o mesmo programa fosse 
executado pelo Ministério da Saúde em parceira com algum órgão estadual, 
deveria ser formalizado um convênio ou um contrato de repasse, 
instrumento que permitiria a transferência de recursos financeiros (leia-se: 
dinheiro) do órgão federal para o estadual. 
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Finalizando essa parte conceitual, é preciso ressaltar que, de modo 
geral, será utilizada nesta aula a nomenclatura convênio para designar as 
modalidades convênio, contrato de repasse e termo de parceria. 
 Quanto aos convênios entre a União e entidades privadas, 
a possibilidade de sua celebração foi bastante restringida 
pela Lei 13.019/2014, que estabelece o regime jurídico das 
parceiras voluntárias entre a Administração Pública e as organizações da sociedade 
civil. 
Essa lei previu, como instrumentos para celebração do ajuste, os chamados termos 
de colaboração e termos de fomento e proibiu a criação de outras modalidades de 
parceria ou a combinação de ambas, salvo quanto aos termos de parceria com 
Oscips e contratos de gestão com organizações sociais. 
Ademais, a referida lei restringiu os convênios a parcerias entre os entes federados 
ou com pessoas jurídicas a eles vinculadas, ou, ainda, com entidades filantrópicas e 
sem fins lucrativos no âmbito do sistema único de saúde, nos termos do §1o do 
art. 199 da CF. 
Portanto, a partir da entrada em vigor da Lei 13.019/2014, que ocorreu no início de 
2016, não podem mais existir convênios entre entes federados e entidades privadas. 
As parcerias celebradas com entidades privadas, como regra, terão que ser 
formalizadas por meio dos instrumentos previstos na Lei 13.019/2014 (termo de 
colaboração, termo de fomento ou acordo de cooperação). 
Convênios / Contratos de 
repasse
Órgão / Entidade Federal 
Órgão / Entidade E, DF, M ou entidade 
privada sem fins lucrativos
Termos de execução 
descentralizada
Órgão / Entidade Federal
Órgão / Entidade Federal
Recursos financeiros Créditos orçamentários 
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PARTÍCIPES 
Os instrumentos jurídicos utilizados nas transferências de recursos 
orçamentários abrangem concedentes e convenentes, contratantes e 
contratados, assim definidos: 
Concedente: órgão da administração pública federal direta ou entidade 
da administração pública federal indireta, responsável pela transferência 
dos recursos financeiros ou pela descentralização dos créditos orçamentários 
destinados à execução do objeto do convênio. Ou seja, é quem transfere 
os recursos. 
Convenente: órgão ou entidade da administração pública direta ou 
indireta de qualquer esfera de governo, consórcio público ou entidade 
privada sem fins lucrativos, com o qual a administração federal pactua a 
execução de programa, projeto, atividade ou evento mediante convênio. Ouseja, é quem recebe e aplica os recursos. 
Contratante: órgão ou entidade da administração pública direta ou 
indireta que pactua a execução de programa, projeto, atividade ou evento, 
por intermédio de instituição financeira federal (mandatária) mediante 
celebração de contrato de repasse. Ou seja, é quem transfere os recursos 
por meio de contrato de repasse. 
Contratado: órgão ou entidade da administração pública direta ou 
indireta, de qualquer esfera de governo, com a qual a administração federal 
pactua a execução de contrato de repasse. Ou seja, é quem transfere os 
recursos por meio de contrato de repasse. 
1. (ESAF ± ANAC 2016) Denomina-se _____________________ o instrumento por
meio do qual é ajustada a descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades 
integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União para execução de 
ações de interesse da unidade orçamentária descentralizadora e consecução do 
objeto previsto no programa de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional 
programática. 
Assinale a opção que preenche corretamente a lacuna acima. 
a) Convênio.
b) Termo de Cooperação.
c) Termo de Parceria.
d) Termo de Execução Descentralizada.
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e) Contrato de Repasse.
Comentário: A resposta está no art. 1º, §1º, III do Decreto 6.170/2007: 
III - termo de execução descentralizada - instrumento por meio do qual é ajustada a 
descentralização de crédito entre órgãos e/ou entidades integrantes dos Orçamentos 
Fiscal e da Seguridade Social da União, para execução de ações de interesse da 
unidade orçamentária descentralizadora e consecução do objeto previsto no programa 
de trabalho, respeitada fielmente a classificação funcional programática. 
Gabarito: DOWHUQDWLYD�³G´ 
2. (Cespe ± TCDF 2014) Denomina-se convênio o instrumento celebrado entre a
administração do DF e entidades públicas ou privadas, com a finalidade de executar 
programas de interesse recíproco, em regime de cooperação mútua. 
Comentário: Para responder o item, é interessante conhecer a definição de 
convênio prevista no Decreto 6.170/2007: 
I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a 
transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos 
Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou 
entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, 
órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta 
ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de 
programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição 
de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação; 
O Decreto 6.170/2007 disciplina os convênios firmados pela administração 
pública federal, por isso, é natural que restrinja a participação no polo 
repassador dos recursos a ³yUJmR�RX�HQWLGDGH�GD�DGPLQLVWUDomR�S~EOLFD�federal, 
GLUHWD� RX� LQGLUHWD´. Porém, é possível que Estados, DF e Municípios também 
firmem convênios nos quais figurem como a parte que irá repassar os recursos 
a terceiros. Na questão em comento, por exemplo, quem repassa os recursos é a 
administração do DF, o que é perfeitamente cabível. O aspecto crucial para se 
definir um convênio é a finalidade do ajuste, qual seja, a execução de programas 
de interesse recíproco, em regime de cooperação mútua. 
Gabarito: Certo 
3. (Cespe ± CADE 2014) Contratos e convênios são objetos distintos: nos
contratos, os interesses entre as partes são opostos; nos convênios, são 
convergentes. 
Comentário�� 2� LWHP� HVWi� FRUUHWR�� &RQIRUPH� HQVLQD� &DUYDOKR� )LOKR�� ³QR�
contrato os interesses são opostos e diversos; no convênio, são paralelos e 
comuns. Nesse tipo de negócio jurídico, o elemento fundamental é a 
cooperação, e não o lucro, que é o almejado pelas partes no contrato. De fato, 
num contrato de obra, o interesse da Administração é a realização da obra, e o 
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do particular, o recebimento do preço. Num convênio de assistência a menores, 
porém, esse objetivo tanto é do interesse da Administração como também do 
particular. Por isso, pode-se dizer que as vontades não se compõem, mas se 
DGLFLRQDP´� 
Nos convênios, a cooperação mútua pode assumir várias formas, como 
repasse de verbas, uso de equipamentos, de recursos humanos e materiais, de 
imóveis, de know-how e outros. 
Gabarito: Certo 
4. (Cespe ± Anatel 2014) Convênio pode ser corretamente conceituado como o
instrumento por meio do qual é ajustada a transferência de crédito de órgão ou 
entidade da administração pública federal para outro órgão federal da mesma natureza 
ou para autarquia, fundação pública ou empresa estatal dependente. 
Comentário: O item está errado. Primeiro, porque o convênio não é utilizado 
para a transferência de crédito orçamentário, e sim de recursos financeiros. 
Segundo, porque é vedada a celebração de convênio entre órgãos e entidades 
da administração pública federal (Decreto 6.170/2007, art. 2º, III). Para esses 
casos ± transferência de créditos orçamentários entre órgãos/entidades da 
administração pública federal ± o instrumento adequado é o termo de execução 
descentralizada. 
Gabarito: Errado 
5. (Cespe ± CADE 2014) Assim como as entidades dependentes ou órgãos dos
estados, Distrito Federal ou municípios, a União está legalmente obrigada a celebrar 
convênio ou contrato de repasse ainda que as situações sejam caracterizadas como 
emergenciais. 
Comentário: O art. 1º, §5º da Portaria Interministerial 507/2011 estabelece, 
taxativamente, que ³D�8QLmR�não HVWi�REULJDGD�D�FHOHEUDU�FRQYrQLRV´. Aliás, não 
é por outro motivo que os convênios e instrumentos congêneres são chamados 
de transferências voluntárias, ou seja, a União transfere o recurso (que é seu) 
apenas se quiser. Nem mesmo uma situação emergencial que esteja ocorrendo 
num Estado ou Município é capaz de obrigar a União a celebrar um convênio ou 
contrato de repasse contra sua vontade. 
Gabarito: Errado 
6. (Cespe ± CADE 2014) Nos convênios, um dos partícipes é a União; o outro,
necessariamente, será uma entidade da administração pública estadual, distrital ou 
municipal. 
Comentário: Nos convênios, um dos partícipes é a União ou uma entidade 
da administração indireta federal; o outro, poderá ser um órgão ou entidade da 
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administração pública estadual, distrital ou municipal, assim como uma entidade 
privada sem fins lucrativos. 
Lembrando que, a partir da entrada em vigor da Lei 13.019/2014 (em janeiro 
de 2016), não será mais possível a celebração de convênios com entidades 
privadas, salvo nos casos expressamente previstos em lei, como nos convênios 
na área de saúde, previstos no art. 199 da CF. 
Os convênios vigentes com entidades privadas na data de entrada em vigor 
da referida lei serão executados até o término de seu prazo, e permanecerão 
sendo regidos pela legislação de convênios, sem prejuízo da aplicação 
subsidiária da Lei 13.019, naquilo que for cabível, desde que em benefício do 
alcance do objeto da parceria. Tais convênios poderão ser prorrogados de 
ofício, no caso de atraso na liberação de recursos por parte da Administração 
Pública, por período equivalente ao atraso. 
Já os convênios que tenham sido firmados por prazo indeterminado antes 
da data de entrada em vigor da Lei 13.019, ou que sejam prorrogáveis por 
período superiorao inicialmente estabelecido, deverão ser, alternativamente: 
(i) substituídos pelos instrumentos previstos na Lei 13.019; (ii) objeto de 
rescisão unilateral pela Administração. Tais medidas deverão ser adotadas no 
prazo de até um ano após a data da entrada em vigor da referida Lei. 
Gabarito: Errado 
7. (Cespe ± CADE 2014) De acordo com as normas vigentes, convenente é o
órgão ou a entidade pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, credenciado, que 
manifeste, por meio de proposta de trabalho, interesse em firmar contrato de repasse 
com a entidade da administração pública concedente dos recursos. 
Comentário: Convenente, em suma, é quem recebe e aplica os recursos 
oriundos do convênio. Vamos ver a definição que consta no Decreto 6.170/2007: 
VI - convenente - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de 
qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com o 
qual a administração federal pactua a execução de programa, projeto/atividade ou 
evento mediante a celebração de convênio; 
Portanto, a entidade privada, para estar apta a receber recursos de 
convênios firmados com o Governo Federal, não pode ter fins lucrativos, daí o 
erro. 
Gabarito: Errado 
8. (Cespe ± MPU 2015) Contratado corresponde a órgão ou entidade da
administração pública direta ou indireta, de qualquer esfera de governo, bem como a 
entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administração federal pactue a 
execução de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebração de 
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convênio. 
Comentário: Vamos ver a definição de contratado presente no art. 1º, §1º do 
Decreto 6.170/2007: 
VII - contratado - órgão ou entidade da administração pública direta e indireta, de 
qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com a qual 
a administração federal pactua a execução de contrato de repasse; 
$V�H[SUHVV}HV�³FRQWUDWDGR´�H�³FRQWUDWDQWH´�VmR�XWLOL]DGDV�QRV�contratos de 
repasse. Nos convênios utiliza-VH�³FRQYHQHQWH´�H�³FRQFHGHQWH´� 
Gabarito: Errado 
9. (Cespe ± MJ 2013) É vedada a celebração de convênio entre órgão ou entidade
da administração pública federal com entidade privada sem fins lucrativos. 
Comentário: Ao contrário do que afirma o item, é permitida (por enquanto) a 
celebração de convênio entre órgão ou entidade da administração pública 
federal com entidade privada sem fins lucrativos. Aliás, é importante salientar 
que convênios só podem ser celebrados com entidade privada se essa entidade 
não possuir fins lucrativos. 
Gabarito: Errado 
10. (Cespe ± Anatel 2014) Caso um órgão da administração pública federal
integrante do Orçamento Fiscal e uma entidade da administração pública federal 
integrante do Orçamento da Seguridade Social decidam executar, conjuntamente, 
ações de interesse do órgão, que dispõe de dotação específica para esse fim, ambos 
deverão firmar um termo de execução descentralizada. 
Comentário: O item está correto. Conforme definição expressa no art. 1º, 
§1º, III do Decreto 6.107/2007, o termo de execução descentralizada é o
instrumento adequado descentralização de crédito orçamentário entre órgãos 
e/ou entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da 
União, para execução de ações de interesse da unidade orçamentária 
descentralizadora. 
Gabarito: Certo 
11. (Cespe ± Bacen 2013) Considere que determinado município deseje receber
transferências voluntárias da União. Nessa situação, além de obedecer aos limites e 
critérios estabelecidos na LRF, será indispensável a formalização da transferência por 
meio de convênio. 
Comentário: De fato, se determinado município desejar receber 
transferências voluntárias da União, deverá obedecer aos limites e critérios 
estabelecidos na LRF, a exemplo da publicação dos relatórios de execução 
orçamentária e gestão fiscal e da observância dos limites de gastos com 
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pessoal. A questão, contudo, erra ao afirmar que será indispensável a 
formalização da transferência por meio de convênio, pois ela também poderá ser 
feita mediante contrato de repasse. 
Gabarito: Errado 
12. (Cespe ± Polícia Federal 2013) Os órgãos e as entidades federais poderão
executar programas estaduais. Já os órgãos da administração direta poderão executar 
programas a cargo de autarquias ou fundações, sob o regime de mútua cooperação 
mediante convênio. 
Comentário: O item está em perfeita consonância com o art. 1º, §3º do 
Decreto 6.170/2007: 
§ 3º Excepcionalmente, os órgãos e entidades federais poderão executar programas
estaduais ou municipais, e os órgãos da administração direta, programas a cargo de 
entidade da administração indireta, sob regime de mútua cooperação mediante 
convênio. 
Gabarito: Certo 
13. (Cespe ± MJ 2013) Embora institua normas para licitações e contratos da
administração pública, as disposições da Lei n.º 8.666/1993 aplicam-se, no que 
couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados 
por órgãos e entidades da administração. 
Comentário: Para responder o item, necessário conhecer o art. 116 da 
Lei 8.666/1993: 
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, 
ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da 
Administração. 
Gabarito: Certo 
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SICONV E PORTAL DE CONVÊNIOS 
O Siconv é o sistema informatizado do governo federal no qual 
são registrados todos os atos relativos ao processo de operacionalização das 
transferências de recursos por meio de convênios, contratos de repasse e 
termos de parceria, desde a sua proposição e análise, passando pela 
celebração, liberação de recursos e acompanhamento da execução, até a 
prestação de contas. As informações registradas no Siconv são abertas à 
consulta pública na internet, no Portal de Convênios. 
Com essas ferramentas, a União espera maior agilidade e menores 
custos com os procedimentos necessários às transferências voluntárias de 
recursos federais. E mais, espera garantir mais transparência aos atos de 
gestão, pois o Portal possibilita o acompanhamento pela sociedade de todo o 
processo, desde a apresentação da proposta pelo interessado até a análise, 
celebração e liberação de recursos pelo concedente, bem como a prestação 
de contas on-line da execução física e financeira, pelo convenente. 
A utilização do Portal de Convênios é obrigatória para a celebração, a 
liberação de recursos, o acompanhamento da execução e a prestação 
de contas dos convênios firmados com recursos repassados 
voluntariamente pela União. 
A obrigatoriedade vale para todos os usuários do sistema: órgãos 
federais com programas passíveis de convênios e contratos de repasse, bem 
como órgãos estaduais e municipais e entidades privadas que firmarem 
esses convênios e contratos com a União. 
Ressalte-se que os órgãos e entidades da administração pública federal 
deverão registrar e manter atualizada no SICONV relação de todas as 
entidades privadas sem fins lucrativos aptas a receber transferências 
voluntárias de recursos por meio de convênios, contratos de repasse e 
termos de parceria. 
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14. (Cespe ± Câmara dos Deputados 2014) Os órgãos e entidades que possuam
sistema próprio de gestãode convênios podem realizar procedimentos de liberação, 
acompanhamento e execução desses recursos, devendo encaminhar os dados ao 
SICONV para fins de prestação de contas. 
Comentário: A resposta do item está no art. 18-B do Decreto 6.170/2007: 
Art. 18-B. A partir de 16 de janeiro de 2012, todos os órgãos e entidades que realizem 
transferências de recursos oriundos dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da 
União por meio de convênios, contratos de repasse ou termos de parceria, ainda não 
interligadas ao SICONV, deverão utilizar esse sistema. 
Parágrafo único. Os órgãos e entidades que possuam sistema próprio de gestão de 
convênios, contratos de repasse ou termos de parceria deverão promover a 
integração eletrônica dos dados relativos às suas transferências ao SICONV, passando 
a realizar diretamente nesse sistema os procedimentos de liberação de recursos, 
acompanhamento e fiscalização, execução e prestação de contas. 
Portanto, tanto os procedimentos de liberação, acompanhamento e 
execução como os de prestação de contas devem ser realizados no SICONV, 
inclusive nos órgãos que possuem sistema próprio de gestão de convênios, 
hipótese na qual deverá haver integração entre os sistemas. 
Gabarito: Errado 
15. (Cespe ± Polícia Federal 2013) O Poder Legislativo, o Ministério Público, o
Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da União terão acesso ao 
Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (SICONV), bem como 
outros órgãos que demonstrem tal necessidade, a critério do órgão central do sistema, 
podendo incluir, no referido sistema, informações a respeito da execução de convênios 
realizados entre órgãos da União e prefeituras de municípios brasileiros. 
Comentário: A questão está de acordo com o art. 13, §3º do Decreto 
6.170/2007, abaixo transcrito: 
§ 3º O Poder Legislativo, por meio das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal, o Ministério Público, o Tribunal de Contas da União e a Controladoria Geral da 
União, bem como outros órgãos que demonstrem necessidade, a critério do órgão 
central do sistema, terão acesso ao SICONV, podendo incluir no referido Sistema 
informações que tiverem conhecimento a respeito da execução dos convênios 
publicados. 
Gabarito: Certo 
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VEDAÇÕES 
A celebração de convênios e contratos de repasse nem sempre é 
permitida. A seguir, as principais hipóteses de vedação: 
 Entidade privada com dirigentes vinculados ao poder público 
É vedada a celebração de convênios com entidades privadas sem 
fins lucrativos que tenham como dirigentes membro do Poder Executivo, 
Legislativo, Judiciário, do Ministério Público ou dirigente de órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera governamental, ou 
respectivo cônjuge ou companheiro ou parente em linha reta, colateral ou 
por afinidade até o 2º grau. 
 Convênios de valor inferior a R$ 100.000,00 ou, no caso de obras 
ou serviços de engenharia, inferior a R$ 250.000,00 
É proibido celebrar convênios e contratos de repasse de valor inferior 
a R$100.000,00 (cem mil reais). Para obras e serviços de engenharia, 
o valor não poderá ser inferior a R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta
mil reais), com exceção da elaboração de projetos de engenharia (nesse 
caso, aplica-se o limite mínimo de R$ 100 mil). 
No entanto, para fins de alcance desses limites, os Estados, Distrito 
Federal e Municípios podem formar consórcio público, seja sob a forma de 
associação pública, seja como pessoa jurídica de direito privado. Assim, os 
HQWHV�FRQVRUFLDGRV�SRGHP�³XQLU�IRUoDV´�H�DSUHVHQWDU�SURMHWRV�TXH�VXSHUHP�
os limites mínimos previstos na legislação. 
O consórcio firmará o convênio com o repassador dos recursos e 
assumirá as obrigações decorrentes do instrumento assinado. As 
responsabilidades de cada ente integrante do consórcio, por sua vez, estarão 
explicitadas não apenas na documentação do convênio como também nas 
cláusulas do próprio contrato de consórcio público. 
A fim de alcançar os limites mínimos, também se admite a celebração 
de convênios que englobem vários programas e ações federais a serem 
executados de forma descentralizada, devendo o objeto conter a 
descrição pormenorizada e objetiva de todas as atividades a serem 
realizadas com os recursos federais. 
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 Falta de correlação entre o objeto social as características do 
programa 
Também é vedada a celebração de convênios ou contratos de repasse 
com entidades públicas ou privadas cujo objeto social não se 
relacione às características do programa. 
 Falta de condições técnicas 
É vedada a celebração com entidades privadas sem fins lucrativos 
que não comprovem ter desenvolvido, nos últimos 3 anos, atividades 
referentes à matéria objeto do convênio ou contrato de repasse. 
 Inadimplência com outros convênios 
É ainda vedada a celebração de convênios com órgãos ou entidades, de 
direito público ou privado, que estejam em mora com outros convênios ou 
contratos de repasse celebrados com órgãos ou entidades da Administração 
Pública Federal. 
Além das vedações acima, também é proibido celebrar convênios com 
entidades privadas sem fins lucrativos que tenham, em suas relações 
anteriores com a União, incorrido em pelo menos uma das seguintes 
condutas: 
ƒ Omissão no dever de prestar contas;
ƒ Descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos de repasse
ou termos de parceria;
ƒ Desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos;
ƒ Ocorrência de dano ao erário; ou
ƒ Prática de outros atos ilícitos na execução de convênios, contratos de repasse
ou termos de parceria.
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16. (ESAF ± MPOG 2015) No que se refere às transferências de recursos da União,
é correto afirmar: 
a) uma vez que cabe ao concedente acompanhar a execução do objeto do convênio
ou contrato de repasse, é vedado à CGU realizar auditorias periódicas nesses 
instrumentos. 
b) Termo de Cooperação é o instrumento jurídico previsto para a transferência de
recursos às Organizações Sociais de Interesse Público (OSCIPs). 
c) aos consórcios públicos é vedado se constituírem sob a forma de pessoa jurídica de
direito privado. 
d) o repasse fundo a fundo pode ser considerado contrato de repasse. 
e) é vedada a celebração de convênios e contratos de repasse com pessoas físicas ou
entidades privadas com fins lucrativos. 
Comentários: vamos analisar cada item: 
a) ERRADA. A CGU, agora denominada Ministério da Fiscalização,
Transparência e Controle, é o órgão de controle interno do Poder Executivo 
Federal. Logo, o órgão pode sim realizar auditorias para verificar a aplicação dos 
recursos públicos federais repassados mediante convênio. 
b) ERRADA. O instrumento jurídico previsto para a transferência de
recursos às OSCIPs é o termo de parceria. O termo de cooperação, por sua vez, 
é previsto na Lei 13.019/2014, sendo utilizado para formalizar os acordos entre o 
Estado e entidades privadas sem fins lucrativos quando o pleno de trabalho é 
proposto pela Administração. 
c) ERRADA. Os consórcios públicos podem sim se constituírem sob a
forma de pessoa jurídica de direito privado, assim como de direito público. 
d) ERRADA. As transferências fundo a fundo são utilizadas no âmbito do
Sistema Único de Saúde, e servem para repassar recursos diretamente do Fundo 
Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde. Esse tipo 
de transferência não é uma modalidade de contratode repasse, ainda que 
contem com a intermediação da Caixa Econômica Federal. 
e) CERTA. Para que possa ocorrer o repasse direto de recursos públicos
para entidades privadas, essas entidades devem ser sem fins lucrativos. Afinal, 
em vista dos princípios da impessoalidade e do interesse público, não seria 
admissível retirar recursos que pertencem a toda a sociedade para favorecer o 
enriquecimento de alguns. Lembrando que a possibilidade de celebração de 
convênios com entidades privadas sem fins lucrativos ficou bastante restringida 
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a partir da vigência da Lei 13.019/2014. Atualmente, como regra, as parcerias 
com essas entidades são firmadas por meio dos instrumentos previstos na 
referida lei. 
Gabarito: DOWHUQDWLYD�³H´ 
17. (Cespe ± Anatel 2014) É vedada a celebração de convênio com entidades
públicas ou privadas cujo objeto social não esteja relacionado com as características 
do programa que se pretende executar. 
Comentário: A questão está em conformidade com o art. 10 da Portaria 
Interministerial 507/2011: 
Art. 10. É vedada a celebração de convênios: 
I - com órgãos e entidades da administração pública direta e indireta dos Estados, 
Distrito Federal e Municípios cujo valor seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou, 
no caso de execução de obras e serviços de engenharia, exceto elaboração de projetos 
de engenharia, nos quais o valor da transferência da União seja inferior a R$ 250.000,00 
(duzentos e cinquenta mil reais); 
II - com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como dirigente agente 
político de Poder ou do Ministério Público, tanto quanto dirigente de órgão ou entidade 
da administração pública, de qualquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge ou 
companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo 
grau; 
III - entre órgãos e entidades da Administração Pública federal, casos em que deverão 
ser firmados termos de cooperação; 
IV - com órgão ou entidade, de direito público ou privado, que esteja em mora, 
inadimplente com outros convênios celebrados com órgãos ou entidades da 
Administração Pública Federal, ou irregular em qualquer das exigências desta Portaria; 
V - com pessoas físicas ou entidades privadas com fins lucrativos; 
VI - visando à realização de serviços ou execução de obras a serem custeadas, ainda 
que apenas parcialmente, com recursos externos sem a prévia contratação da operação 
de crédito externo; 
VII - com entidades públicas ou privadas cujo objeto social não se relacione às 
características do programa ou que não disponham de condições técnicas para 
executar o convênio; e 
VIII - com entidades privadas sem fins lucrativos que não comprovem ter desenvolvido, 
nos últimos três anos, atividades referentes à matéria objeto do convênio; e 
IX - com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham, em suas relações anteriores 
com a União, incorrido em pelo menos uma das seguintes condutas: 
a) omissão no dever de prestar contas;
b) descumprimento injustificado do objeto de convênios, contratos de repasse ou termos
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de parceria; 
c) desvio de finalidade na aplicação dos recursos transferidos;
d) ocorrência de dano ao Erário; ou
e) prática de outros atos ilícitos na execução de convênios, contratos de repasse ou
termos de parceria. 
Ressalto que é importante conhecer bem a lista de vedações acima. 
Gabarito: Certo 
18. (Cespe ± Antaq 2014) É vedada a celebração de convênio com entidades
privadas sem fins lucrativos cujo dirigente seja agente político de Poder ou do 
Ministério Público. 
Comentário: O quesito está de acordo com o art. 10, II da Portaria 
Interministerial 507/2011: 
Art. 10. É vedada a celebração de convênios: 
(...) 
II - com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como dirigente agente 
político de Poder ou do Ministério Público, tanto quanto dirigente de órgão ou 
entidade da administração pública, de qualquer esfera governamental, ou respectivo 
cônjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade, 
até o segundo grau; 
Gabarito: Certo 
19. (Cespe ± Antaq 2014) Recursos de convênio não podem ser utilizados na
contratação de pessoas naturais condenadas por crimes contra a administração 
pública ou o patrimônio público, crimes eleitorais punidos com pena privativa de 
liberdade e crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. 
Comentário: O quesito está de acordo com o art. 11-B, §4º do Decreto 
6.170/2007: 
§4º Não poderão ser contratadas com recursos do convênio ou contrato de repasse as
pessoas naturais que tenham sido condenadas por crime: 
I - contra a administração pública ou o patrimônio público; 
II - eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; ou 
III - de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. 
Gabarito: Certo 
20. (Cespe ± Bacen 2013) A administração pública federal pode celebrar convênios
com outros órgãos ou entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos para a 
execução de programas e projetos de seu interesse. Acerca desse tema, julgue o item 
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subsequente. 
É vedada a celebração de convênios, pelos órgãos e entidades da administração 
pública federal, com órgãos e entidades da administração pública direta e indireta dos 
estados, dos municípios e do Distrito Federal, cujo valor seja superior a cem mil reais. 
Comentário: É vedada a celebração de convênios, pelos órgãos e entidades 
da administração pública federal, com órgãos e entidades da administração 
pública direta e indireta dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, cujo 
valor seja inferior a cem mil reais. Isso está previsto no art. 2º, I do Decreto 
6.170/2007: 
Art. 2º É vedada a celebração de convênios e contratos de repasse: 
I - com órgãos e entidades da administração pública direta e indireta dos Estados, 
Distrito Federal e Municípios cujo valor seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) 
ou, no caso de execução de obras e serviços de engenharia, exceto elaboração de 
projetos de engenharia, nos quais o valor da transferência da União seja inferior a R$ 
250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais); 
Gabarito: Errado 
FASES DO CONVÊNIO 
Normalmente, um convênio envolve quatro fases: 
¾ Proposição
¾ Celebração/Formalização
¾ Execução
¾ Prestação de Contas
A seguir, passemos ao estudo de cada uma dessas etapas. 
PROPOSIÇÃO DO CONVÊNIO 
O início do processo de solicitação de verbas federais para aplicação em 
projetos de interesse comum se dá com a identificação das necessidades 
existentes na comunidade. A partir do conhecimento da realidade 
socioeconômica local em que se definem as áreas mais carentes que 
necessitam de mais atenção e ação imediata do Poder Público. 
Normalmente, as áreas que sempre demandam recursos são educação, 
saúde, saneamento, construção e recuperação de estradas, abastecimento 
de água, energia urbana e rural e habitação. 
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Identificadas as carências e as prioridades locais, compete ao 
interessado buscar, no órgão ou na entidade apropriados, os recursos 
necessários para implementar o projeto desejado. 
Com o objetivo de selecionar a melhor proposta, bem como de aferir a 
capacidade técnica e operacional do proponente para realizaro objeto do 
convênio, atendendo ao princípio da impessoalidade, os órgãos federais 
realizam chamamento público ou concurso de projetos. 
A publicidade do chamamento ou do concurso de projetos é feita no 
Portal dos Convênios e por intermédio da divulgação na página inicial do 
sítio oficial do órgão repassador de recursos. 
A realização do chamamento público não é obrigatória (é facultativa) 
para os convênios celebrados com estados ou municípios. Essa decisão 
compete às autoridades responsáveis pela concepção e gestão de cada 
programa federal. Contudo, se o beneficiário for entidade privada sem 
fins lucrativos, o chamamento público ou concurso de projetos é 
obrigatório. 
O chamamento público não é obrigatório 
para os convênios celebrados com estados 
ou municípios, mas apenas com entidades 
privadas sem fins lucrativos. 
O Ministro de Estado ou o dirigente máximo da entidade da 
administração pública federal concedente poderá, mediante decisão 
fundamentada, deixar de realizar chamamento público ou concurso de 
projetos para a celebração de convênios com entidades privadas nas 
seguintes situações: 
ƒ nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada
situação que demande a realização ou manutenção de convênio, termo de
parceria ou contrato de repasse pelo prazo máximo de 180 dias consecutivos
e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade,
vedada a prorrogação da vigência do instrumento;
ƒ para a realização de programas de proteção a pessoas ameaçadas ou em
situação que possa comprometer sua segurança; e
ƒ nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do convênio ou
contrato de repasse já seja realizado adequadamente mediante parceria com
a mesma entidade há pelo menos cinco anos e cujas respectivas
prestações de contas tenham sido devidamente aprovadas.
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Identificado o programa de governo de interesse local, bem como a 
possibilidade de atendimento aos critérios especificados do edital da seleção 
pública, o proponente deverá manifestar a intenção em celebrar o 
convênio, mediante apresentação de proposta de trabalho no Siconv. 
A proposta de trabalho deverá conter, no mínimo: 
ƒ Razões que justifiquem a celebração do instrumento, ou seja,
justificativa contendo a caracterização dos interesses recíprocos do
proponente e do concedente, a relação entre a proposta apresentada e os
objetivos e diretrizes do programa federal e indicação do público alvo, do
problema a ser resolvido e dos resultados esperados.
ƒ Descrição completa do objeto a ser executado. Objeto é o produto do
convênio, contrato de repasse ou termo de parceria, observados o programa
de trabalho e as suas finalidades.
ƒ Descrição das metas a serem atingidas, qualitativa e quantitativamente,
com definição das etapas da execução. Entende-se por meta a parcela
quantificável do objeto e por etapa a divisão existente na execução de uma
meta.
ƒ Previsão de prazo para a execução consubstanciada em um cronograma de
execução do objeto, no respectivo cronograma de desembolso e no
plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pelo concedente
e da contrapartida financeira do proponente, se for o caso, com estimativa
dos recursos financeiros, discriminando o repasse a ser realizado pelo
concedente ou contratante e a contrapartida prevista para o
proponente, especificando o valor de cada parcela e do montante de todos
os recursos.
ƒ Informações relativas à capacidade técnica e gerencial do proponente
para a execução do objeto.
Eventuais imprecisões ou irregularidades poderão ser resolvidas, 
devendo o proponente manifestar-se no prazo estipulado, pois a ausência de 
manifestação será entendida como desistência quanto ao prosseguimento do 
processo. 
Uma vez aceita, a proposta passa a denominar-se plano de 
trabalho, que é o documento por meio do qual o gestor define como o 
objeto do convênio ou contrato de repasse será realizado. 
Segundo art. 116, §1º, da Lei 8.666/1993, a celebração de convênio 
exige prévia aprovação de competente plano de trabalho proposto pela 
organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes 
informações: 
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ƒ Identificação do objeto a ser executado;
ƒ Metas a serem atingidas;
ƒ Etapas ou fases de execução;
ƒ Plano de aplicação dos recursos financeiros;
ƒ Cronograma de desembolso;
ƒ Previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das
etapas ou fases programadas;
ƒ Se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de
que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão
devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair
sobre a entidade ou órgão descentralizador.
O plano de trabalho será analisado quanto à viabilidade e à adequação 
aos objetivos do programa governamental e, no caso das entidades privadas 
sem fins lucrativos, será avaliada a qualificação técnica e a capacidade 
operacional para gestão do instrumento, de acordo com critérios 
estabelecidos pelo órgão ou entidade repassador dos recursos. 
Ressalte-se que os eventuais ajustes realizados durante a execução do 
objeto deverão ser registrados no plano de trabalho, desde que submetidos 
e aprovados previamente pela autoridade competente. 
Como condição para a celebração do convênio, devem ser 
apresentados, ainda, o projeto básico e o termo de referência. 
Projeto básico é o documento por meio do qual o proponente deve 
caracterizar precisamente a obra, a instalação ou o serviço objeto do 
convênio, inclusive quanto sua viabilidade técnica, custo, etapas e prazos de 
execução. Deve ser elaborado com base em estudos técnicos preliminares e 
assegurar o adequado tratamento do impacto ambiental do 
empreendimento. 
Quando o objeto do convênio envolver aquisição de bens ou 
prestação de serviços, o projeto básico recebe o nome de termo de 
referência, o que não altera a necessidade de o documento contemplar a 
descrição do bem ou serviço, o orçamento detalhado, a definição dos 
métodos e o prazo de execução do objeto. 
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Tais instrumentos não se destinam a disciplinar a execução da obra ou 
do serviço (esse é o papel do projeto executivo), mas demonstrar a 
viabilidade e a conveniência de sua execução. Devem ser apresentados 
antes da celebração do instrumento, sendo facultado ao concedente exigi-lo 
depois, desde que antes da liberação da primeira parcela dos 
recursos. Ademais, quando houver, no plano de trabalho, a previsão de 
transferência de recursos para contratar a própria elaboração do projeto 
básico ou do termo de referência, é facultada a liberação do montante 
correspondente ao custo do serviço. 
Nos casos em que o concedente facultar a apresentação posterior do 
projeto básico ou do termo de referência, o documento deverá ser 
apresentado em prazo não superior a 18 meses, prorrogável uma única 
vez por igual período, a contar da data da celebração, conforme a 
complexidade do objeto. Caso não seja entregue no prazo estabelecido ou 
receba parecer contrário à sua aprovação, o convênio ou contrato de 
repasse deverá ser extinto. 
É importante destacar que a autoridade competente do órgão ou 
entidade concedente pode dispensar, em despacho fundamentado, a 
apresentação de projeto básico nos casos de padronização de objetos. 
A padronização de objetos é o estabelecimento de critérios a serem 
seguidos nos convênios com o mesmo objeto,definidos pelo concedente ou 
contratante, especialmente quanto às características do objeto e ao seu 
custo. Assim, quem quiser obter recursos para adquirir tais objetos, deverá 
seguir a padronização estabelecida, o que torna a elaboração do projeto 
básico/termo de referência desnecessária. Os órgãos concedentes são 
responsáveis pela seleção e padronização dos objetos mais frequentes nos 
convênios. 
Nos convênios em que o objeto consista na aquisição de bens que 
possam ser padronizados, os próprios órgãos e entidades da 
administração pública federal poderão adquiri-los e distribuí-los aos 
Projeto básico = obras
Termo de referência = bens e serviços
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convenentes. Ou seja, não precisa haver a transferência de recursos para 
que o estado ou município adquira tais bens; a própria administração federal 
pode adquiri-los e, depois, transferi-los para o convenente. 
Para calcular o custo do objeto proposto para fins de elaboração do 
projeto básico ou termo de referência, o interessado realizará prévias 
pesquisas de preços no mercado fornecedor dos produtos ou dos serviços 
pleiteados. Também poderá se valer de informações contidas em bancos de 
dados informatizados, pesquisas na internet, publicações especializadas e 
outras fontes. Preferencialmente, a pesquisa de preços deverá envolver o 
mercado mais próximo ao estado ou ao município convenente, 
espelhando os valores vigentes nas respectivas localidades. No entanto, 
nada impede a realização de pesquisa de preços com produtores ou 
fornecedores situados em outros locais. 
Com a inserção do projeto básico ou do termo de referência no Siconv, 
a proposta está pronta para ser enviada para análise do concedente. 
21. (Cespe ± Anatel 2014) Acerca das transferências de recursos da União para
órgãos e entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos para a execução de 
programas de interesse recíproco, julgue o seguinte item. 
Em atenção ao princípio da publicidade, o chamamento público deve ser divulgado no 
sítio oficial do órgão ou entidade responsável pelo objeto do convênio. 
Comentário: O chamamento público, segundo o art. 4º do Decreto 
6.170/2007, é um procedimento necessário para a celebração de convênio ou 
contrato de repasse com entidades privadas sem fins lucrativos. 
Conforme o §1º do referido dispositivo, ³GHYHUi� VHU� GDGD� SXEOLFLGDGH� DR�
chamamento público, inclusive ao seu resultado, especialmente por intermédio 
da divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão ou entidade 
concedente, bem como no Portal dos Convênios´. 
Gabarito: Certo 
22. (Cespe ± Anatel 2014) O órgão da administração pública federal que decida
firmar um convênio com entidade privada sem fins lucrativos, visando à seleção de 
projeto que assegure a realização do objeto do ajuste, deverá proceder, previamente, 
a um chamamento público. 
Comentário: O quesito está em conformidade com o art. 4º do Decreto 
6.107/2007: 
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Art. 4o A celebração de convênio ou contrato de repasse com entidades privadas sem 
fins lucrativos será precedida de chamamento público a ser realizado pelo órgão ou 
entidade concedente, visando à seleção de projetos ou entidades que tornem mais 
eficaz o objeto do ajuste. 
§ 1o Deverá ser dada publicidade ao chamamento público, inclusive ao seu resultado,
especialmente por intermédio da divulgação na primeira página do sítio oficial do órgão 
ou entidade concedente, bem como no Portal dos Convênios. 
Sobre o tema, é importante lembrar que o Ministro de Estado ou o dirigente 
máximo da entidade da administração pública federal poderá, mediante decisão 
fundamentada, excepcionar a exigência do chamamento público nas seguintes 
situações: 
I - nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada situação 
que demande a realização ou manutenção de convênio ou contrato de repasse pelo 
prazo máximo de cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, contados da 
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação da vigência do 
instrumento; 
II - para a realização de programas de proteção a pessoas ameaçadas ou em 
situação que possa comprometer sua segurança; ou 
III - nos casos em que o projeto, atividade ou serviço objeto do convênio ou contrato de 
repasse já seja realizado adequadamente mediante parceria com a mesma entidade 
há pelo menos cinco anos e cujas respectivas prestações de contas tenham sido 
devidamente aprovadas. 
Gabarito: Certo 
23. (Cespe ± Caixa 2014) A celebração de contrato de repasse ² instrumento
administrativo, de interesse recíproco, por meio do qual se processa, por intermédio de 
instituição ou agente financeiro público federal que atua como mandatário da União, a 
transferência de recursos financeiros com entidades privadas sem fins lucrativos ² 
deverá ser precedida de chamamento público. 
Comentário: O contrato de repasse, segundo o art. 1º, §1º, II do Decreto 
6.170/2004, é o instrumento administrativo, de interesse recíproco, por meio do 
qual a transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de 
instituição ou agente financeiro público federal, que atua como mandatário da 
União. 
Ele pode ser utilizado para processar a transferência de recursos federais 
para órgãos ou entidades estaduais, distritais ou municipais ou para entidades 
privadas sem fins lucrativos. Neste último caso ± transferência de recursos para 
entidades privadas sem fins lucrativos ±, que é a hipótese tratada no item em 
comento, a celebração do contrato de repasse deve ser precedida de 
chamamento público. 
Gabarito: Certo 
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24. (Cespe ± DPU 2013) Caso a DPU pretenda celebrar convênio administrativo,
visando transferir recursos financeiros à DP/DF para a prestação de serviço de 
interesse recíproco, em regime de mútua cooperação, a celebração do ajuste 
administrativo deverá ser precedida de chamamento público. 
Comentário: A realização de chamamento público é obrigatória apenas para 
a celebração de convênios com entidades públicas sem fins lucrativos, 
conforme art. 4º do Decreto 6.170/2007. A questão, por outro lado, trata da 
transferência de um órgão da União e para outro órgão público, no caso, a 
Defensoria Pública do Distrito Federal, de modo que não existe a 
obrigatoriedade do chamamento público, daí o erro. 
Gabarito: Errado 
25. (Cespe ± Anatel 2014) No caso de convênios cuja duração ultrapasse um
exercício financeiro, será indicado o crédito e efetuado um empenho global, 
correspondente à despesa autorizada para a plena consecução do objeto do convênio, 
lançando-se em Restos a Pagar as parcelas da despesa relativas às partes a serem 
executadas em exercícios futuros. 
Comentário: Conforme o art. 12 da Portaria Interministerial 507/2011, nos 
convênios cuja duração ultrapasse um exercício financeiro, a União, enquanto 
concedente, indicará o crédito e respectivo empenho para atender à despesa no 
exercício em curso, bem como cada parcela da despesa (e não um empenho 
global) relativa à parte a ser executada em exercício futuro, mediante registro 
contábil. Neste caso, o registro contábil acarretará a responsabilidade de o 
concedente incluir em suas propostas orçamentárias dos exercícios seguintes a 
dotação necessária à execução do convênio. 
Gabarito: Errado 
CELEBRAÇÃO/FORMALIZAÇÃO DO CONVÊNIO 
Condições para celebração 
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e outras normas federais 
dispõem que estados,Distrito Federal e municípios, para receberem 
transferências voluntárias, devem atender as seguintes condições: 
 Contas do exercício: enviar suas contas ao Poder Executivo 
Federal, nos prazos previstos, para consolidação nacional e por esfera de 
governo, relativas ao exercício anterior. Os estados devem encaminhar suas 
contas até 31 de maio. Os municípios, até 30 de abril de cada ano, com 
cópia para o Poder Executivo do respectivo estado. 
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 Relatório da execução orçamentária: publicar o relatório 
resumido da execução orçamentária até 30 dias após o encerramento de 
cada bimestre. 
 Relatório de gestão fiscal: publicar o relatório de gestão fiscal 
até 30 dias após o encerramento de cada quadrimestre. É facultado aos 
municípios com população inferior a 50 mil habitantes optar por divulgar o 
relatório de gestão fiscal semestralmente, até 30 dias após o encerramento 
do semestre. 
 Limites de gastos com pessoal: observar os limites de gastos 
com pessoal, verificados ao final de cada quadrimestre (caso os limites 
sejam ultrapassados, não havendo redução no prazo estabelecido e 
enquanto perdurar o excesso, o ente da Federação não poderá receber 
transferências voluntárias). 
 Regularidade na gestão fiscal: demonstrar a instituição, 
regulamentação e arrecadação de todos os tributos previstos nos artigos 155 
e 156 da Constituição Federal. 
 Adimplência com a União: estar em dia com os pagamentos de 
tributos, empréstimos e financiamentos devidos à União. 
 Adimplência com outros convênios: estar adimplente com o 
dever de prestar contas no tocante a recursos anteriormente recebidos. 
 Limites constitucionais de aplicação em educação e saúde: 
cumprir os limites constitucionais de aplicação de recursos em educação e 
saúde. 
 Limites da dívida pública: observar os limites das dívidas 
consolidada e mobiliária, das operações de crédito, inclusive por antecipação 
de receita, de inscrição em restos a pagar e da despesa total com pessoal (o 
estado, o Distrito Federal ou o município ficará impedido de receber 
transferências voluntárias, se a respectiva dívida consolidada ultrapassar o 
limite que a ela corresponde ao final de um quadrimestre). Da mesma 
forma, assim ocorrerá uma vez vencido o prazo para retorno da dívida a seu 
limite ± até o término dos três quadrimestres subsequentes e enquanto 
perdurar o excesso. 
 Contrapartida: estabelecer previsão orçamentária de 
contrapartida compatível com a capacidade financeira do convenente e de 
acordo com seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a qual poderá 
ser atendida por meio de recursos financeiros, ou de bens/serviços, se 
economicamente mensuráveis. 
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Cabe destacar que contrapartida é a parcela de colaboração 
financeira do convenente para a execução do objeto do convênio. Assim, 
não é apenas a União que entra com dinheiro; a outra parte (estado ou 
município) também deve contribuir, destinando recursos do seu 
orçamento ou bens/serviços economicamente mensuráveis para a 
execução do objeto do convênio. 
 Cadin: comprovar a inexistência de pendências pecuniárias junto 
ao Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal 
(Cadin). 
 Regularidade junto ao INSS e ao FGTS: apresentar o 
Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) e a comprovação de 
regularidade quanto ao depósito das parcelas do Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço (FGTS). 
 Cadastramento no Siconv: atualizar o cadastro do convenente 
ou contratado no Siconv-Portal dos Convênios. 
 Plano de Trabalho: ter aprovado seu plano de trabalho. 
 Licença Ambiental: obter a licença ambiental prévia quando o 
convênio envolver obras, instalações ou serviços que exijam estudos 
ambientais. 
 Propriedade do imóvel: comprovar o exercício pleno dos poderes 
inerentes à propriedade do imóvel, ou da ocupação regular de imóvel, 
quando o convênio tiver por objeto a execução de obras ou benfeitorias no 
imóvel. 
 Observância dos limites de despesas comprometidos com as 
parcerias público-privadas: comprovar que as despesas de caráter 
continuado derivadas do conjunto das parcerias já contratadas limitam-se, 
no ano anterior, a 5% da receita corrente líquida do exercício ou se as 
despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 anos subsequentes não 
excederem a 5% da receita corrente líquida projetada para os respectivos 
exercícios. 
 Regularidade quanto ao pagamento de precatórios judiciais: 
apresentar o certificado emitido pelo Cadastro de Inadimplentes do Conselho 
Nacional de Justiça (Cedin), acessível através do sítio do Conselho Nacional 
de Justiça (CNJ) na internet. 
 Disponibilização de informações relativas à gestão fiscal do 
ente federado por meio eletrônico de acesso público. 
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 Não realização de operação de crédito com infração ao 
disposto no art. 33 da LRF. 
As entidades sem fins lucrativos, por sua vez, devem atender as 
seguintes condições para celebração de convênios: 
9 Adimplência com a União
9 Adimplência com outros convênios
9 Contrapartida
9 Cadin
9 Regularidade INSS e FGTS
9 Cadastro Siconv
9 Plano de trabalho aprovado
9 Licença ambiental
9 Propriedade do imóvel
Formalização 
Constitui cláusula necessária em qualquer convênio ou contrato de 
repasse celebrado pela União e suas entidades: 
ƒ A indicação da forma pela qual a execução do objeto será acompanhada pelo
concedente; e
ƒ A vedação para o convenente de estabelecer contrato ou convênio com
entidades impedidas de receber recursos federais.
Detalhe importante é que os convênios ou contratos de repasse com 
entidades privadas sem fins lucrativos deverão ser assinados pelo 
Ministro de Estado ou pelo dirigente máximo da entidade da 
administração pública federal indireta concedente, competência que 
não poderá ser delegada. 
As mesmas autoridades (Ministro de Estado e dirigente máximo das 
entidades) também são responsáveis (i) por decidir sobre a aprovação da 
prestação de contas e (ii) por suspender ou cancelar o registro de 
inadimplência nos sistemas da administração pública federal. Tais 
competências, ao contrário da assinatura, podem ser delegadas. 
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26. (Cespe ± Anatel 2014) Os convênios e os contratos de repasse firmados com
entidades privadas sem fins lucrativos devem ser assinados pessoalmente pelo 
ministro de Estado ou pelo dirigente máximo da entidade concedente, autoridades 
competentes para decidir sobre a aprovação da prestação de contas relativa ao ajuste. 
Comentário: O item está correto. Trata-se de regra aplicável aos convênios 
e contratos de repasse firmados com entidades privadas sem fins lucrativos, 
prevista no art. 6º-A do Decreto 6.170/2007: 
Art. 6o-A. Os convênios ou contratos de repasse com entidades privadas sem fins 
lucrativos deverão ser assinados pelo Ministro de Estado ou pelo dirigente máximo 
da entidade da administração pública federal concedente. 
Ressalte-se que o Ministro de Estado e o dirigente máximo da entidade da 
administração pública federal não poderão delegar a referida competência. 
Gabarito: Certo 
Publicidade da celebração 
A eficácia de convênios, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres 
fica condicionada à publicação do respectivo extrato no DiárioOficial da 
União, que será providenciada pelo concedente, no prazo de até 20 dias 
a contar de sua assinatura. 
Além da publicação dos extratos dos convênios no DOU, será dada 
publicidade de todos os atos relativos à operacionalização no Portal de 
Convênios. 
Ademais o convenente ou contratado deve dar ciência da celebração 
ao conselho local ou instância de controle social da área vinculada ao 
programa de governo que originou a transferência, e o concedente ou 
contratante deve notificar a celebração do instrumento e a liberação dos 
recursos à Assembleia Legislativa, à Câmara Legislativa ou à Câmara 
Municipal, conforme o caso. 
Os convenentes ou contratados deverão disponibilizar, ainda, por 
meio da internet ou, na sua falta, em sua sede, em local de fácil visibilidade, 
consulta ao extrato do convênio ou outro instrumento utilizado, contendo, 
pelo menos, objeto, a finalidade, os valores e as datas de liberação e 
detalhamento da aplicação dos recursos, bem como as contratações 
realizadas para a execução do objeto pactuado. 
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EXECUÇÃO DO CONVÊNIO 
Execução financeira 
Cada convênio ou instrumento congênere deverá possuir uma conta 
bancária específica, aberta em instituição financeira oficial, por meio 
da qual serão efetuadas todas as movimentações financeiras relacionadas ao 
instrumento, desde as transferências da União até a contrapartida do 
convenente e os pagamentos dos fornecedores e prestadores de serviços. 
A abertura dessa conta bancária é feita após a aprovação da proposta 
de trabalho e a celebração do convênio, mediante solicitação no Siconv. 
Dessa forma, os recursos liberados pelo repassador deverão ser 
mantidos e geridos na conta bancária específica do convênio e somente 
poderão ser utilizados para pagamento de despesas constantes do 
plano de trabalho. Em nenhuma hipótese, os recursos podem ser 
transferidos para movimentação em outras contas do convenente ou 
gerenciados recursos de diversos convênios em uma mesma conta. 
A utilização de recursos para finalidade diversa da pactuada em 
convênio implica irregularidade grave. Sequer o caráter emergencial de 
uma despesa autoriza o gestor a utilizar os recursos para outra finalidade. 
Conforme o art. 116, §3º da Lei 8.666/93, as parcelas do convênio 
serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação 
aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas 
até o saneamento das impropriedades ocorrentes: 
ƒ Quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da
parcela anteriormente recebida, na forma da legislação aplicável,
inclusive mediante procedimentos de fiscalização local, realizados
periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo
órgão competente do sistema de controle interno da Administração Pública;
ƒ Quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos,
atrasos não justificados no cumprimento das etapas ou fases
programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais de
Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na
execução do convênio, ou o inadimplemento do executor com relação a
outras cláusulas conveniais básicas;
ƒ Quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas
pelo partícipe repassador dos recursos ou por integrantes do respectivo
sistema de controle interno.
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É importante ressaltar que os recursos de convênio, enquanto não 
utilizados, serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de 
poupança de instituição financeira pública federal se a previsão de seu 
uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira 
de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos 
da dívida pública, quando a utilização desses recursos verificar-se em 
prazos menores que um mês. 
As rendas (juros) dessas aplicações serão obrigatoriamente 
computadas a crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de 
sua finalidade, e não poderão ser computadas como parcela da contrapartida 
devida pelo convenente. Detalhe é que as contas bancárias utilizadas para 
realizar as aplicações serão isentas de cobrança de tarifas. 
 Onde aplicar os recursos do convênio ainda não utilizados: 
27. (Cespe ± Anatel 2014) Os rendimentos das aplicações financeiras efetuadas
pelo convenente com recursos oriundos do convênio poderão ser utilizados em 
programas similares mantidos pelo convenente ou como parcela da contrapartida 
devida ao contratante a que estiver obrigado. 
Comentário: Os rendimentos das aplicações financeiras somente poderão 
ser aplicados no objeto do convênio, e não poderão ser computados como 
parcela da contrapartida devida pelo convenente (Portaria Interministerial 
507/2011, art. 54, §§2º e 3º). 
Gabarito: Errado 
28. (Cespe ± Antaq 2014) O saldo de convênio, enquanto não utilizado, deverá ser
aplicado em caderneta de poupança ou em fundo de aplicação financeira de curto 
prazo, se a previsão de seu uso for superior a um mês. 
Comentário: Se a previsão do uso for igual ou superior a um mês, a 
aplicação deve ser feita, obrigatoriamente, em caderneta de poupança, e não em 
Maior ou igual a 1 mês
ͻCadernetas de poupança de
instituição financeira federal
Menor que 1 mês
ͻFundos de curto prazo ou
operação lastreada em títulos
públicos
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fundo de curto prazo. Por sua vez, para prazos inferiores a um mês, o recurso 
deve ser aplicado em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação 
de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública. Isso está previsto no 
art. 10, §4º do Decreto 6.170/2007: 
§ 4º Os recursos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente aplicados
em cadernetas de poupança de instituição financeira pública federal se a previsão de 
seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto 
prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a 
utilização desses recursos verificar-se em prazos menores que um mês. 
Gabarito: Errado 
Licitação 
Os órgãos e entidades públicas que receberem recursos da União 
por meio de convênios, contratos de repasse ou termos de cooperação são 
obrigados a observar as disposições da Lei de Licitações e Contratos 
(Lei 8.666/93), e as demais normas federais pertinentes, incluindo a Lei do 
Pregão para aquisição de bens e serviços comuns. 
Quanto às entidades privadas sem fins lucrativos, a aquisição de 
produtos e a contratação de serviços com recursos da União deverá observar 
os princípios da impessoalidade, moralidade e economicidade, sendo 
necessária, no mínimo, a realização de cotação prévia de preços no 
mercado antes da celebração do contrato. Ou seja, as entidades 
privadas não precisam realizar licitação segundo as regras da Lei 8.666 para 
aplicar os recursos do convênio, mas devem observar os princípios da 
Administração Pública e realizar cotação prévia de preços. 
Pagamentos de despesas 
Os pagamentos com recursos oriundos do convênio devem seguir todos 
os estágios de pagamento de despesas na administração pública, quais 
sejam: empenho, liquidação e pagamento. 
Os pagamentos, que, antes da vigência do Decreto 6.170/2007, podiam 
ser realizados mediante a emissão de cheques nominativos, ordem bancária, 
DOC ou TED, agora só podem ser feitos exclusivamente mediante 
crédito em conta bancária dos fornecedores e prestadores de 
serviços,

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