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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Disciplina: Seminário Integrador III Nome da Atividade: Trabalho de Pesquisa 2 (TP2) Nomes dos Alunos: Leandro Silva Barbosa e Bruno Mário Corrêa de Souza Pólo: Campo Grande Matrículas: 16213110230 e 16213110143 Trabalho de Pesquisa 2 (TP2) 1. Releia o Artigo 1 “Estratégias de estudos e elaboração de fichamentos, resumos e Resenhas” (Santos, 2009). Através dessa leitura, você terá indicações e orientações sobre os procedimentos referentes à construção de uma resenha, fichamento ou resumo. Você não deve apresentar resumo desse texto; é uma leitura de orientação Fundamental para que você faça a resenha crítica do texto obrigatório. R: Leitura efetuada. 2. Considerando as orientações de Santos (2009), escreva uma única resenha crítica de um dos dois artigos disponíveis. Ou seja, você deverá, após a leitura dos artigos obrigatórios 2 e 3, escolher apenas um e escrever a resenha. R: As origens da escravidão no Brasil ainda persistem, sendo muito comum na zona rural do país. Em sua origem escravidão foi conceituada como a prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, imposta por meio da força, e também, através do cerceamento de sua liberdade. Conceituação esta que permanece até os dias de hoje, na nossa atual sociedade. A escravidão ocorre pelo fato do “grandes empresários” desejarem a todo o custo ampliar os seus lucros às custa da exploração do trabalhador. No país, em 2003, foi lançado pelo governo o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, que tinha e ainda tem por objetivo, a erradicação da pobreza. Através deste Plano foi elaborado o artigo no intuito de produzir informações relevantes para o aprimoramento de ações governamentais, onde se buscou informações consistentes através de dados estruturados de natureza quantitativa e qualitativa. Após mais de 100 anos da elaboração da conhecida Lei Áurea, ainda são comuns em todo o mundo notícias de trabalhadores libertados em condições análogas às de escravo. O trabalho escravo contemporâneo, continua tendo a mesma conotação do passado, e a prática continua sendo tão vantajosa para os “empresários” quanto a época em que o país era uma colônia, e também, no império, se contemplados o ponto de vista financeiro e operacional. O trabalhador é mantido sob controle e vigilância tendo por objetivo máximo a produção, sendo mantido sob aquela condição enquanto produz, após é descartado e deixado de lado. No Brasil a forma mais comum de condição de escravidão é através da dívida, Este trabalho em condição de escravidão fere o estado democrático de direito em sua essência, e é uma grave violação dos princípios fundamentais e dos direitos e garantias elencados na Constituição Federal de 1988. Tem-se nos Estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso a maior incidência de trabalho escravo, sendo quase impossível a sua contabilização exata pelo fato das contratações serem efetuadas de maneira informal. O Brasil foi uma das primeiras nações a reconhecer que a exploração do trabalho ainda existe. Através deste reconhecimento elaborou 76 ações no Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, que tem como seu principal eixo, a fiscalização das denúncias de trabalho escravo, realizadas por grupos criados para fazer a fiscalização. A implementação do programa é baseada em ações de fiscalização, inclusão dos trabalhadores libertos em políticas públicas compensatórias e criação de estruturas públicas para sustentação da sociedade e impedimento a prática criminosa de trabalho de escravidão. As fiscalizações tem a sua origem no recebimento e triagem da denúncia, partindo daí para a averiguação das informações recebidas nos locais indicados nas denúncias. Após a libertação dos trabalhadores, os mesmos são inseridos no programa tendo direito a inúmeras assistências e os “patrões” são submetidos a procedimentos judiciais, que sendo condenados, devem pagar multas e quitar todos os débitos trabalhistas. Ainda que passados um século da abolição formal da escravatura no país, suas implicações culturais não foram totalmente superadas, observando-se muito um vazio entre o direito formal e as relações cotidianas de trabalho. Onde a escravidão em si ultrapassa o UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro descumprimento da lei, através das ações desumanas a que os trabalhadores são submetidos, e também, a falta de reconhecimento a qualquer direito à cidadania. Mesmo o Brasil sendo amplamente reconhecido perante a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e, após a implementação do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, verifica-se que a o programa em si apresenta algumas falhas, onde cita-se o cumprimento de ações de combate à impunidade, sendo necessárias ações estruturais nas regiões afetadas para a inclusão de políticas de desenvolvimento, reinserção social através da promoção de trabalhos, empregos e rendas, da reforma agrária e oferecendo mais educação. O mesmo gera aprendizado institucional, mas não são tratados de maneira adequada para gerar uma erradicação total. 3. Indique na sua resenha: o objetivo, a justificativa, questões-chave, elementos, conceitos e informações mais importantes do artigo. Dê preferência ao uso de suas próprias palavras respeitando as normas da escrita acadêmica formal e ao parafrasear o autor ou transcrever trechos do texto, respeite as regras de citação apresentadas no Manual de Monografia (módulo I). Lembre-se de não incorrer em plágio, nem realizar a chamada “colcha de retalhos”. R: Objetivo: Produção de informações relevantes para o aprimoramento de ações governamentais; Justificativa: Metodologia de monitoramento e avaliação do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo; Questões-chave: Principais medidas governamentais e práticas de monitoramento e avaliação do programa; Elementos: trabalhadores e empresários; Conceito: prática social em que um ser humano assume direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, imposta por meio da força, e também, através do cerceamento de sua liberdade; Informações importantes: a escravidão em si ultrapassa o descumprimento da lei, através das ações desumanas a que os trabalhadores são submetidos, e também, a falta de reconhecimento a qualquer direito à cidadania. 4. Ao fim do texto, escreva dois parágrafos apontando suas percepções sobre o conteúdo dos textos, especificamente sobre a temática dos Direitos Humanos no Brasil atual, justificando suas observações com argumentos. R: A CAUSA E AS POLÍTICAS DE DIREITOS HUMANOS NO BRASIL. Fabiano Engelmann. Lígia Mori Madeira. Pretende-se analisar a emergência e consolidação da causa dos direitos humanos no Brasil nas últimas décadas. O argumento principal é que o movimento dos direitos humanos emerge, como em outros contextos da América latina, a partir da contestação do regime militar-autoritárioe consolida-se a partir de marcos institucionais após a redemocratização do país. Um dos indicadores mais forte dessa transformação é a articulação entre os movimentos militantes e a burocracia governamental e a expansão de programas de direitos humanos principalmente nas regiões sul, sudeste e norte. Nesse histórico, percebe-se a migração de um ativismo contestatório de estruturas autoritárias, ancorado, principalmente, no trabalho de advogados de perfil criminalista, que se empenhavam contra as prisões arbitrárias, com apoio nas organizações da Igreja Católica, para estruturas institucionais que promovem políticas de direitos humanos nas décadas de 90 e 2000. A “causa” diversifica-se com o restabelecimento dos direitos políticos e o fim do regime militar. Entram em cena outras espécies de militantíssimo, fortemente ancoradas na agenda de luta pela igualdade racial, na defesa dos direitos da infância e adolescência, direitos das mulheres e minorias sexuais e combate a violência policial. Esse segundo momento se faz acompanhar da entrada em cena de outros padrões de militantíssimo, ancorados em parâmetros institucionais consolidados e na chegada ao poder político de ex-militantes da década de 70. A transformação dos direitos humanos em uma “política de Estado”, com a concretização de políticas em diversos caminhos, acompanha um avanço de novos perfis de reivindicações em torno dessa causa, com maior articulação com as burocracias públicas nacionais e regionais. Também fica evidenciada a relativa autonomia obtida pelas estruturas burocráticas, marcos legais e agentes que ocupam posições públicas nesse espaço em relação às oscilações eleitorais e às conjunturas dos governos. A continuidade das políticas específicas articuladas, assim como das iniciativas e movimentos ancorados fora da burocracia governamental são uma importante dimensão para a análise da consolidação política e simbólica dos direitos humanos no Brasil. UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – PÓLO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Os efeitos da construção institucional do regime militar com a restrição do espaço político encolhem o campo estatal para as elites civis contrárias ao regime e contribuem para a emergência da “causa dos direitos humanos” através da articulação fora do espaço estatal de grupos políticos, religiosos e de juristas em torno da contestação do regime. A causa coletiva, que advém das mobilizações contra o regime militar, prossegue após a transição, sendo redefinida de diversas maneiras. Seja em direção à defesa dos direitos dos presos comuns, ou de movimentos sociais, como os trabalhadores sem-terra, seja nas mobilizações pela revisão da Lei da Anistia na década de 2000, ou, ainda, nos processos judiciais individuais e coletivos propostos por organizações ou famílias de vítimas da repressão militar, visando indenizações e o reconhecimento da culpabilidade do Estado. O conceito de direitos humanos assumido pelo primeiro PNDH reconhece o papel e a obrigação do Estado como órgão promotor dos direitos humanos, bem como a universalidade e indivisibilidade de tais direitos. A adoção de um conceito largo de direitos humanos, que engloba direitos civis e políticos, mas, também, econômicos, sociais e culturais – pelo governo brasileiro – reforça perspectivas defendidas por organismos internacionais. (Pinheiro; Mesquita Neto, 1997, p. 123). Não houve referência aos direitos à livre orientação sexual e identidades de gênero, tendo sido privilegiada a preocupação com a redução da violência e do crime através de medidas ligadas à segurança pública. Dentre essas medidas, destacam-se a transferência de julgamento de crimes dolosos contra a vida cometidos por policiais militares para a justiça comum, a tipificação do crime de tortura, a criminalização do porte ilegal de armas e a criação do Estatuto dos Refugiados. Monitoramento e avaliação do Programa de Erradicação do Trabalho Escravo. Samuel A. Antero O texto traz a temática do trabalho escravo e a necessidade da erradicação dessa forma de trabalho. Uma abordagem proposta na necessidade de avaliação formal da ferramenta de transparência da ação pública e de gestão de políticas e programas, apontando as medidas necessárias para sua sustentabilidade, otimização dos recursos e controle social. Propõe uma postura fora das abstrações e foco em ações para erradicar esse tipo de violação dos direitos humanos, apontou erro em uma postura de mero acompanhamento, para partir à devidas investigações, bem como monitoramento sistemático das ações. Os dados fornecidos advindos dessa nova postura, são tratados e se aplica as devidas e adequadas ações. Os dados disponíveis, abundantes, necessitam de tratamento prático para se transformarem em instrumentos de monitoramento e avaliação.
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