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Aula 1 História do direito

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História do Direito
O que é História? 
É o estudo dos seres humanos e da sucessão temporal de seus atos.
O que é o Direito? 
Termo de origem romana – DIS (muito) + RECTUM (reto, justo, certo) significando “o que é muito justo”/ “o que tem justiça”
O Direito é o conjunto de normas para a aplicação da justiça e a minimização de conflitos em uma sociedade. Essas regras pressupõe a coexistência social do homem.
O que a História e o Direito têm em comum? 
 Por qual motivo se estuda a História do Direito? 
O homem naturalmente produz cultura, acumulando experiências. Entretanto, essa cultura é histórica, pois depende do momento em que se está vivendo. Com o tempo, algumas questões deixam de ser relevantes historicamente para o Direito (ex: adultério – agosto de 2008) 
O estudo da História do Direito auxilia na compreensão das conexões existentes entre a sociedade, suas características e o que o Direito produziu, fazendo com que não se analise apenas o que o Direito tem feito, mas sim o que o Direito é.
As primeiras leis escritas e o Código de Hamurabi
Mesopotâmia (o Crescente Fértil – Iraque, parte do Irã e alguns vizinhos). Lá surgiu a divisão do tempo em horas, minutos e segundos; surgiram os tijolos e as grandes construções; a jardinagem; o Estado e o Governo; as primeiras escolas; a cerveja.
Principal invenção: símbolos que expressam ideias – escrita cuneiforme. 
O corpo de leis mais antigo que se tem conhecimento é o Ur-Nammu (da dinastia de 2111 – 2094 a.C) – encontrados apenas seus fragmentos (pouco se pode extrair dele) / da mesma forma ocorreu posteriormente com as leis de Eshunna.
Tanto Ur-Nammur quanto Eshunna foram reis de Cidades Estado na região do Crescente Fértil. O rei sumeriano Ur-Nammur influenciou as lei de Eshunna e as duas influenciaram o Código de Hammurabi.
Nessas duas legislações a mulher tinha alguma independência em relação ao marido, sendo que o divórcio era realizado por uma decisão judicial e poderia favorecer a qualquer um dos cônjuges. O adultério era um crime, mas não gerava consequências se recebido o perdão do marido. O filho que renegava seu pai podia ter sua mão cortada ou ser vendido como escravo. A esposa era responsável pelas dívidas do marido. 
Entretanto, o primeiro conjunto de leis que se tem conhecimento foi encontrado na França, por arqueólogos, entre os anos de 1901 e 1902, insculpida em pedra por símbolos (escrita cuneiforme), com 282 artigos organizados, chamado de Código de Hamurabi, em homenagem ao rei que governou a Babilônia entre 1792 e 1750 a. C.
Hamurabi ficou conhecido pela imensa habilidade de realizar alianças, foi grande estrategista e conquistador, ampliando em mais que o dobro o território deixado por seu pai, além de ser excelente administrador.
Com as conquistas, Hamurabi possuía o domínio sobre povos diferentes (línguas, raças e culturas diversas) e exerceu seu poder unificando o território pela língua, religião e pelo direito.
 
Surge o Código de Hamurabi – organizava a justiça em moldes muito semelhantes aos que temos hoje (tribunais civis dependentes do soberano). Foi dada supremacia à justiça real em relação à sacerdotal; foi organizada de forma uniforme e regulamentava o processamento das ações (propositura, recebimento ou não pelo juiz, instrução com o depoimento de testemunhas e diligências in loco, finalizada com a sentença); estabeleceu-se a organização judiciária, incluindo o Ministério Público e o direito processual.
O Código dividia a sociedade em três camadas sociais:
Awilum – o homem livre;
Muskênum – não é unânime, mas acredita-se ser uma camada intermediária, formada por funcionários públicos, com direitos e deveres específicos;
Escravos – minoria da população (geralmente presos de guerras). 
Algumas questões sobre a codificação de Hamurabi
Pena de Talião: considerada a primeira forma que as sociedades encontraram para estabelecer pena para os delitos. Consta na Bíblia, exemplificada pela frase: “Olho por olho, dente por dente.” Consiste em impor o mesmo sofrimento ao criminoso do que o que ele impôs à vítima.
Danos físicos: era aplicado radicalmente, podendo penalizar outas pessoas que não o culpado. Não se aplicava aos escravos, pois eram considerados mercadorias;
Falso testemunho: era tratado com severidade, ante a dificuldade da obtenção de provas materiais. Poderia ter aplicada pena pecuniária ou a de morte;
Roubo ou receptação: penalizava tanto quem roubou quando quem recebe a mercadoria roubada;
Estupro: só era punido se praticado contra as virgens casadas (tinham contrato de casamento, mas ainda não coabitavam com os maridos). 
Família: patriarcal e de casamento monogâmico, admitindo-se o concubinato (a concubina não tinha os mesmos direitos da esposa). Permitia-se o casamento entre membros de diferentes camadas sociais e o regime se assemelhava ao da comunhão de bens;
Escravos: presos de guerra ou indivíduos que não conseguiam pagar suas dívidas (podendo ter que entregar, inclusive, esposa e filhos). Contudo, havia limite para o tempo da escravidão por dívidas.
Obs: Se a escrava virasse concubina e desse filhos ao seu senhor, que por ele fossem reconhecidos, não poderia mais ser vendida. 
Divórcio: o marido podia repudiar a mulher no caso de recusa ou negligência nos seus deveres de esposa e de dona de casa. Qualquer dos cônjuges podia repudiar o outro por má conduta (mas a mulher só poderia fazê-lo se ela tivesse conduta ilibada);
Adultério: Somente a mulher o cometia, sendo o homem, no máximo, cúmplice. A pena prevista era a de morte, salvo se o marido a perdoasse;
Adoção: se o adotado fosse “mais velho” e reclamasse por seus pais, deveria a eles ser devolvido; se o adotado renegasse sua adoção, seria severamente punido; se o casal que adotasse, posteriormente tivesse filhos e quisesse romper a adoção, o adotado teria direito a uma parte de seu patrimônio;
Herança: não previa a primogenitura, mas o primogênito podia ser o primeiro a escolher sua parte. Eram excluídas da herança as filhas casadas, por já terem recebido o dote. As solteiras, quando casassem, deveriam receber seu dote dos irmãos. Mesmo os filhos legítimos poderiam ser deserdados;
Processo: misturava-se o sagrado e o profano no julgamento. Um juiz podia ser leigo, sacerdote ou até mesmo utilizar forças da natureza para decidir (como por exemplo, o julgamento de um rio). O juiz leigo não podia alterar seu julgamento após o encerramento do processo;
Trabalho: previa leis de trabalho. Existia a punição para o erro médico. Primeiro código a indicar a necessidade de pagamento de médicos, lavradores, pastores, tijoleiros, alfaiates, carpinteiros, etc...;
Defesa do consumidor: protegia-se o cidadão da má prestação de serviços (se o pedreiro construísse um muro e o muro caísse, ele quem deveria reforçá-lo, as suas custas).

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