Buscar

EAC ANDREIA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Resumo EAC 201
	Identificar a posição social feminina no país, considerando aspectos de gênero, empoderamento, violência contra a mulher e direitos conquistados.
Gênero são normas a partir de uma construção de conceitos e estereótipos do que é feminino e masculino, usado para diferenciar os papéis sociais entre homens e mulheres a partir de uma construção social e histórica.
Sexo diz respeito às características biológicas da pessoa baseada em características orgânicas como cromossomos, órgãos reprodutivos, níveis hormonais.
Violência é qualquer ação ou omissão baseado no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial nas relações familiares ou de intimidade. Cabe à lei Maria da Penha as punições em âmbito doméstico e intrafamiliar. 
Esferas de violência:
	De gênero: violência sofrida pelo simples fato de ser mulher.
	Doméstica: agressor convive na mesma residência que a mulher
	Intrafamiliar: praticado por pessoas que tem ou teve convivência com a vítima. 
Tipos de violência:
	A violência doméstica é a inclusão da violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. 
	A violência sexual é uma ação que obriga uma pessoa a manter contato sexual, físico ou verbal, ou participar de outras relações sexuais com uso da força, intimidação, coerção, chantagem, suborno, manipulação, ameaça ou qualquer outro mecanismo que anule o limite de vontade pessoal.
	A violência física é qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher.
	A violência psicológica é uma conduta que cause danos emocionais e diminuição da autoestima da mulher ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crença e decisões mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
	A violência patrimonial é qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
	A violência moral é entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
	A violência institucional é praticada por ação e/ou omissão nas instituições prestadoras de serviços públicos.
Nos casos de mulher em situação de violência sexual, deve-se seguir o protocolo, implementado pelo Ministério da Saúde:
	Atendimento humanizado.
	Escuta qualificada.
	Anamnese – de acordo com os dados coletados, faz a notificação compulsória da suspeita ou confirmação de violência em todas as faixas etárias, e se for de crianças e adolescentes, é obrigatório a notificação ao conselho tutelar. 
	Coleta de material e/ou realização de exames.
	Acompanhamento laboratorial.
	Avaliação de riscos:
		– Para casos de violência sexual recentes:
- Anticoncepção de emergência + profilaxias = DST + HIV + Tétano + Hepatites
- Orientações e interações medicamentosas, eficácia da administração e efeitos secundários das profilaxias.
- Alta hospitalar
		- Para casos de violência sexual crônica:
- Orientações legais sobre o direito à denúncia
- Agendamento para acompanhamento clínico e psicossocial.
- Encaminhamento para a rede de apoio intersetorial 
		– Para casos de gravidez decorrente da violência sexual:
- Orientações sobre os direitos legais da paciente conforme legislação em vigor.
- Pré-natal de alto risco posto a violência sofrida ou interrupção da gestação prevista em lei
- Procedimento clínicos, diagnósticos e administrativos conforme portaria MS/GM Nº 1.508/2005
- Alta hospitalar
Empoderamento da mulher (RESPOSTA PARA OS OBJETIVOS 1, 2 e 3):
	No século 18 aconteceu a Revolução Francesa e a reivindicação dos direitos da mulher perante voto, divórcio, educação e trabalho.
	No século 19 ocorreu a Revolução industrial e com isso foi datado o dia da mulher por conta do aumento das mulheres empregadas e da luta das operárias têxteis
	Nas décadas de 20, 30, 40, 50, 60, 70, as políticas eram limitadas à gravidez e ao parto e tinham uma visão restrita sobre a mulher como mãe e doméstica.
	De 1932 a 1933, as mulheres têm direito ao voto no Brasil
	Em 1946 as mulheres têm o direito ao voto novamente no Brasil, pois anteriormente tinha sido vetado na ditadura de Getúlio Vargas. 
	Da década de 70 a 80 o movimento feminista teve um forte crescimento.
	Em 1975 aconteceu a Primeira Conferência Mundial Sobre as Mulheres.
	Em 1980 o movimento feminista no Brasil teve o seu auge, enquanto ocorria a Segunda Conferência Mundial Sobre as Mulheres.
	Em 1984, através do ministério da saúde, foi elaborado o programa de assistência integral a saúde da mulher – PAISM, no Brasil
	Em 1985 aconteceu a Terceira Conferência Mundial Sobre as Mulheres, é criado o conselho nacional dos direitos da mulher que buscava promover políticas que visassem eliminar discriminação contra a mulher e garantir sua participação política, econômica e cultural e surge a primeira delegacia de atendimento especializado à mulher
	Em 1990 houve a implementação da PAISM.
	Em 1995 aconteceu a Quarta Conferência Mundial Sobre as Mulheres que definiu os direitos das mulheres como direitos humanos. 
	Em 1998 houve a criação das normas técnicas afins de diminuir os agravos decorrentes da violência sexual. 
	Em 2003 houve a criação da secretaria especial de políticas para as mulheres da presidência da república. 
	Em 2004 ocorreu a Primeira Conferência Nacional de Política para as Mulheres com objetivo de formar um plano nacional de política para as mulheres.
	Em 2005 foi criado a primeira PNPM; 
	Em 2006 é sancionada a Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340, que cria mecanismos de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher (Brasil)
	E 2008 foi criado a segunda PNPM
	De 2013 a 2015 teve a implementação da terceira PNPM; 
	Em 2014 teve a criação da Rede Cegonha no SUS, para melhorar o atendimento para as mulheres durante a gravidez, parto e pós-parto. 
	Em 2016 houve a extinção da secretaria especial de políticas para as mulheres.
	Descrever o Plano Nacional de Política para Mulheres, identificando sua evolução histórica.
Antes da década de 70, o Ministério da Saúde limitava a saúde da mulher à maternidade ou à ausência de agravos associados à reprodução biológica. 
 A saúde da mulher no Brasil foi incorporada às políticas nacionais início no século XX e a partir da década de 70 que teve mudanças na saúde voltada para a mulher, por conta do movimento feminista.
PAISM – A Política de Assistência Integral à Saúde da Mulher que marcou um novo tempo e uma forma de eleição de prioridades assistenciais à população feminina no Brasil e foi integrado aos princípios e diretrizes do SUS, como universalidade, integralidade, descentralização, hierarquização, regionalização etc. Ainda foram incluídas ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação que englobavam todo o ciclo de vida da mulher.
Plano Nacional de Política para as Mulheres: O Plano traduz em ações o compromisso assumido pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando de sua eleição em 2002, de enfrentar as desigualdades entre mulheres e homens em nosso país e reconhece o papel fundamental do Estado, através de ações e políticas públicas, no combate a estas e outras desigualdades sociais.
	Pressuposto que a definição dos papéis sociais de homens e mulheres é uma construção histórica, política, cultural e um componente estrutural das relações sociais e econômicas e almeja, coerentemente, o rompimento da visão corrente, que rebaixa, desqualifica
e discrimina a mulher e seu papel em nossa sociedade.
	Princípios da igualdade e respeito à diversidade, princípio da eqüidade, da autonomia das mulheres, da laicidade do Estado, da universalidade das políticas, da justiça social, da transparência dos atos públicos e da participação e controle social.
	As ações do Plano foram traçadas a partir de 4 linhas de atuação, consideradas como as mais importantes e urgentes para garantir, de fato, o direito a uma vida melhor e mais digna para todas as mulheres. São elas:
	Autonomia, igualdade no mundo do trabalho e cidadania.
	Educação inclusiva e não sexista.
	Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos.
	Enfrentamento à violência contra as mulheres.
	Identificar os marcos regulatórios da atenção à saúde da mulher no âmbito do SUS e SES-DF.
No Brasil, até o advento do SUS, a organização de atenção à saúde caracterizou-se por estar sempre voltada para a manutenção da força de trabalho, destinada exclusivamente aos assalariados urbanos, e em especial, aos operários das indústrias.
Assegurar que cada mulher tenha a condição de conquistar sua cidadania reflete viabilizar uma concepção do processo saúde-doença emitida pela OMS, na qual são incorporadas dimensões da sexualidade e da reprodução humana em uma perspectiva de direitos. 
No Brasil, a saúde da mulher só foi incorporada às políticas públicas nacionais nas primeiras décadas do século XX, mantendo-se limitadas até a década de 1970 às demandas relativas à gravidez e ao parto. 
O movimento feminista brasileiro criticou veementemente a perspectiva reducionista desses programas e contribuiu para que fossem introduzidos importantes itens na agenda política nacional, revelando as desigualdades nas condições de vida e nas relações entre homens e mulheres. 
Em 1983, o MS elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). Marcou um novo tempo e uma forma de eleição de prioridades assistenciais à população feminina no Brasil e foi integrado aos princípios e diretrizes propostos pelo SUS. Incorporam-se ainda ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, que englobavam o todo do ciclo de vida da mulher: ginecologia, pré-natal, parto, puerpério, climatério, planejamento familiar, DSTs, câncer de colo do útero e de mama e violência sexual. O objetivo maior do PAISM é atender as mulheres em sua integralidade, em todas as fases de vida, respeitando as necessidades e características de cada uma delas. 
	Descrever a anatomofisiologia feminina. 
O Sistema Reprodutor Feminino é composto por:
Vulva: é composta por monte do púbis (elevação de tecido adiposo, recoberta por pele e pelos púbicos que protegem a sínfise púbica), lábios maiores (tecido adiposo em abundância, glândulas sudoríparas e sebáceas) e menores (- glândulas sudoríparas, + glândulas sebáceas), clitóris (composto de corpos cavernosos, possui prepúcio e grande, e pode aumentar com estimulação tátil), vestíbulo (composto por hímen, óstio da vagina e da uretra, e glândulas parauretrais e de Bartholin) e bulbo do vestíbulo
. 
Ovários: encontra-se na região ilíaca; é onde ocorre a diferenciação dos folículos, que são cobertos por células tecais e granulosas; possuem córtex e medula; suspensos entre a parede da pelve e o útero, pelo ligamento suspensor do ovário lateralmente e pelo ligamento útero-ovárico medialmente; é onde ocorre a produção autócrina de estrogênio, pelas células granulosas, e de progesterona, pelas células tecais. 
Útero: é o local onde se encontra o feto; tem formato de pêra; encontra-se na posição anti-fletido; é dividido em fundo, corpo e colo, onde é no colo que se encontra o muco, que é modificado pela progesterona; possui endométrio, que possui a decídua basal e funcional, miométrio e perimétrio; possui musculatura lisa.
Tubas uterinas: são divididas em istmo, ampola, infundíbulo e fímbrias; é uma via de passagem para o óvulo, espermatozoide e oócito não fecundado; são compostas por músculo liso que realiza peristaltismo, e de células ciliadas para auxiliar no transporte do óvulo para o útero; produzem um líquido que nutre o óvulo até a nidação.
Vagina: canal condutor; realiza movimentos peristálticos.
Mamas: são órgãos pares formados por tecido glandular conjuntivo e adiposo; se encontram anteriormente ao tórax e sobre a musculatura torácica anterior, e estão ligados a essa musculatura pelo ligamento suspensor de Cooper. Dentro de cada mama existem glândulas mamárias onde cada é composta de lóbulos, onde cada lóbulo é drenado por um ducto lactífero que tem uma parte dilatada denominada seio lactífero. Nas aréolas contém glândulas sebáceas. O estrógeno é responsável pelo desenvolvimento dos ductos mamários e pela deposição de gordura. A ação combinada do estrógeno com a progesterona determina o desenvolvimento completo da glândula e a pigmentação da aréola. A ação desses dois hormônios inibe a secreção de prolactina. As mamas tem função de síntese, secreção e ejeção de leite (lactação). 
O corpo glandular é formado por dois sistemas:
	Ductal – formado por ductos que iniciam na papila e possuem várias ramificações
	Lobular – composto por lóbulos, localizados nas extremidades das ramificações ductais
	Mama  glândula mamária  lobos  lóbulos  alvéolos  túbulos secundários  ductos lactíferos  seios lactíferos  papila mamária. 
FISIOLOGIA
O ciclo menstrual da mulher é dividido em ciclo ovariano e ciclo uterino, mas ambos ciclos ocorrem simultaneamente. A quantidade de níveis hormonais no corpo da mulher, faz com que ela sofra todas as etapas do ciclo menstrual. 
	O hipotálamo recebe feedback positivo para secretar GnRH (hormônio liberador de gonadotrofinas) em impulsos, e esse hormônio estimula a adeno-hipófise a secretar os gonadotrofos, LH e FSH, que estimulam as células da teca a secretarem progesterona, e as células granulosas a secretarem estrogênio, respectivamente. 
Ciclo ovariano: dividido em duas fases, a folicular e a lútea.
Após a menstruação: Folículo primordial  folículo primário  folículo dominante  folículo maduro  ovulação  corpo lúteo.
	Baixos níveis de estrogênio, progesterona e inibina, e altos níveis de FSH o que estimula o desenvolvimento folicular; 
	Os folículos secretam estrogênio e com o alto nível de estrogênio e inibina, o FSH é suprimido; 
	O alto nível de estrogênio estimula o hipotálamo a liberar GnRH e LH, e o GnRH libera mais LH e FSH, causando assim o pico de LH; 
	Com o pico de LH é liberado prostaglandinas e enzimas proteolíticas que enfraquecem o folículo maduro, ocasionando na liberação do oócito secundário para fertilização;
	O revestimento folicular remanescente é transformado em corpo lúteo;
	Se o oócito secundário for fecundado o corpo lúteo é mantido por conta da ação do HCG que imita o LH e estimula o corpo lúteo a secretar progesterona; 
	Se o oócito secundário não for fecundado o corpo lúteo se torna corpo albicante e os níveis de estrogênio, progesterona e inibina caem novamente, resultando na menstruação.
Ciclo uterino: dividido em fase proliferativa e secretora.
Após a menstruação: crescimento mitótico da decídua funcional  ovulação  com fertilização ocorre o aumento de progesterona e estrogênio, sem a fertilização, ocorre a queda de progesterona e estrogênio  secreção glandular cessa  decomposição da decídua funcional (menstruação).
	O crescimento mitótico da decídua funcional ocorre por conta da secreção de estrogênio pelos folículos;
	No momento desse crescimento mitótico, ocorre um aumento da secreção mucosa, que pela ação da progesterona, fica favorável a passagem do espermatozoide para a fecundação; 
	Cessa a secreção glandular e ocorre a decomposição da decídua por conta dos baixos níveis de progesterona, estrogênio e inibina. 
	Descrever aspectos citológicos e histológicos do colo do útero, identificando alterações. 
A parede
do útero é formada por camadas:
	Delgada – externamente e constituída de mesotélio e tecido conjuntivo.
	Miométrio – espessa camada de músculo liso.
	Endométrio – reveste a cavidade uterina; consiste em lâmina basal e funcional. 
O colo uterino apresenta-se em duas partes:
	Endocérvice – revestida por uma camada única de epitélio colunar simples.
	Suas células epiteliais glandulares (colunar) e divididas em:
	Células de reserva – raramente vistas em esfregaços.
	Células metaplásicas
	A metaplasia escamosa é um evento fisiológico adaptativo que ocorre após a eversão do epitélio endocervical por ação estrogênica. Com o epitélio colunar em contato com o ph ácido da vagina, as células de reserva, por meio desse processo, se transformam em células escamosas, depois em células metaplásicas, ocorre a estratificação, e então a formação de uma camada basal bem definida, com formação de epitélio estratificado. 
	Ectocérvice – revestida por epitélio escamoso e estratificado.
	Suas células epiteliais são escamosas (estratificadas) e divididas em: 
	Células basais – raramente vistas nos esfregaços, exceto em casos de atrofia intensa ou ulceração da mucosa.
	Células parabasais – predominam em condições fisiológicas associadas à deficiência estrogênica. 
	Células intermediárias – são mais comuns nos esfregaços no período pós-ovulatório do ciclo menstrual, durante a gravidez e a menopausa precoce; predomínio relacionado à ação da progesterona ou aos hormônios arenocorticais.
	Células naviculares – subtipo das intermediárias. Menores e com abundante glicogênio citoplasmático. 
	Células superficiais – são as mais comuns nos esfregaços no período ovulatório do ciclo menstrual.
	Células escamosas anucleadas
	*Junção escamocolunar (JEC), terceira mucosa ou zona de transformação* - não é uma parte do colo uterino, mas encontra-se entre a endocérvice e ectocérvice, e origina-se por meio da metaplasia. 
	Interpretar o exame colpocitológico.
O diagnóstico do exame colpocitológico é de três formas: de benignidade, de suspeição e de malignidade.
Nomenclatura citopatológica 
	Normal
	Alterações benignas
	Atipias de significado indeterminado 
	LSIL – equivalente a NIC I – displasia leve
	HSIL – equivalente a NIC II – displasia moderada
	HSIL – equivalente a NIC III – displasia acentuada
	HSIL – equivalente a NIC III – carcinoma in situ
	Adenocarcinoma in situ – equivalente a NIC II – carcinoma in situ
	Carcinoma invasor
Para avaliação microscópica e diagnosticar deve-se levar em conta os seguintes pontos:
	Avaliação pré-analítica – quando a amostra é rejeitada pode ser por ausência ou erro de identificação da lâmina, identificação da lâmina não coincidente com a do formulário e lâmina danificada ou ausente.
	Adequabilidade da amostra 
	Satisfatório – amostra que apresente células em quantidade representativa, bem distribuídas, fixadas e coradas, de tal modo que a visualização permita uma conclusão diagnóstica.
	Insatisfatório – amostra cuja leitura esteja prejudicada por material acelular ou hipocelular, leitura prejudicada por presença de sangue, piócitos, artefatos de dessecamento, contaminantes externos ou intensa superposição celular. 
	Representividade – mostra qual epitélio foi examinado; devem ser dois epitélios: glandular, escamoso e *metaplásico*. 
	Microbiologia – as normais são lactobacillus sp; cocos; e outros bacilos. 
	Periodicidade – início da coleta deve ser a partir dos 25 anos até os 64; início da coleta dos 25 anos a 64 anos e depois do início da vida sexual, sendo realizado anualmente. Após 2 coletas anuais negativas, passa a ser de 3 em 3 anos. Aparecendo lesões pré-cancerigenas, refazer o exame após 6 meses, se positivo, encaminhar para tratamento especifico para a lesão. Após o tratamento, fazer exame anual durante 3 anos, se todos negativos, volta para o esquema do resultado normal.
	Aparecimento de atipias de significado indeterminado – repetição de citologia em seis meses ou 12 meses; se dois exames derem negativos, ir a rotina, mas se aparecer lesão deve realizar colposcopia. 
	Lesão intraepitelial de baixo grau – repetir citopatologia em 6 meses e se der dois exames negativos, seguir com rotina, se aparecer lesão, realizar colposcopia. 
	Lesão intraepitelial de alto grau, não podendo excluir microinvasão ou carcinoma epidermoide invasor e adenocarcinoma in situ ou invasor – encaminhar pra colposcopia.
	Lesões de epitélio escamoso
	atipias escamosas de significado indeterminado
	efeito citopáticos compatível com HPV
	displasia leve ou neoplasia intraepitelial cervical de grau I/baixo grau
	displasia moderada ou neoplasia intraepitelial cervical de grau II/alto grau
	displasia acentuada ou carcinoma escamoso in situ ou neoplasia intraepitelial cervical grau III
	carcinoma escamoso invasor de três tipos. 
	Lesões em epitélio glandular ou colunar
	atipia glandular de significado indeterminado 
	adenocarcinoma in situ e invasor. 
	Histiócitos – período menstrual e frequentes em mulheres pós-menopausa e usuárias de DIU.
	Polimorfosnucleares neutrófilos – presentes nos processos inflamatórios 
	Plasmócitos e linfócitos – indicam processo inflamatório crônico cervical ou endometrial.
	Hemácias – período menstrual ou sangramento intermenstrual, traumatismo na coleta, ulceração ou erosão.
	Muco – sem significado oncológico e funcional.
	Bactérias, fungos, protozoários – indicam condições vaginais alteradas associadas a leucorreias, desconforto e sintomatologia local. 
	Flora bacteriana do tipo lactobacilar – normal, mas exacerbada pode determinar citólise elevado, ph baixo e consequentes condições ambientais propícias para desenvolvimento de leveduras. 
	Alterações celulares benignas
	Inflamação sem identificação de agente.
	Resultado indicando metaplasia escamosa imatura
	Resultado indicando reparação
	Resultado indicando atrofia com inflamação
	Resultado indicando radiação
	Achados microbiológicos
	Calcular o período fértil nos ciclos menstruais regulares e irregulares.
Tabelinha (ogino – knaus): observação do ciclo ovariano durante seis meses a um ano.
 Considerando ciclo regular de 28 dias considera o decimo quarto dia do ciclo como sendo o dia da ovulação, conta três dias antes e três dias depois é considera período fértil. 
Ex: uma mulher teve sua ultima menstruação no dia 09/02/2016, ela possui um ciclo regular de 28 dias. Qual seu período fértil? Dia 9 + 14 dias = 23 , sendo considerado período fértil do dia 20 à 26.
Ciclo irregular observa-se durante seis meses, diminui 18 dias do ciclo mais curto ( esse é o primeiro dia da fase fértil ) diminui 11 dias do ciclo mais longo ( o ultimo dia da fase fértil ). 
Ex: uma mulher possui um ciclo irregular sendo o curto com 24 dias, e o longo com 32 dias. Qual o início e fim do período fértil? 24 – 18 = 6ª dia (sendo o inicio), 32 – 11 = 21ª dia.
PS: Se a diferença entre o ciclo mais longo e o mais curto for de 10 dias ou mais, a mulher não deve usar este método
. 
	Explicar o exame físico ginecológico.
Deve realizar anamnese:
	Identificação
	Queixa principal
	Histórico de doenças
	Histórico de medicação
	Históricos de doenças familiares
	Antecedentes obstétricos – quantidade de gestações, intervalos, partos prematuros, infecções puerperais, anormalidades durante o pré-natal, tipos de parto e abortamentos (caso houver).
	Antecedentes ginecológicos: menarca, ciclo menstrual (sinais, sintomas e fluxo), histórico conjugal, data da última menstruação (DUM), antecedentes médicos e cirúrgicos, queixas mamárias e urinárias, vida sexual – quantidade de parceiros, uso de preservativos-, histórico de infecção e contracepção.
	Fatores de risco
Exame da vulva e do períneo:
	Inspeção – observar atentamente os órgãos genitais externos,
prestando atenção à distribuição dos pelos, à integralidade do clitóris, do meato uretral, dos grandes e pequenos lábios, à presença de secreções vaginais, de sinais de inflamação, de veias varicosas e outras lesões como úlceras, fissuras, verrugas e tumorações. 
	Com dois dedos introduzidos na entrada da vagina, solicita-se o esforço e se observa que parte da vagina prolapsa. 
Exame especular 
	Introduzir o espéculo que deve ser introduzido suavemente, em posição vertical e ligeiramente inclinado de maneira que o colo do útero fique exposto completamente; fazer uma rotação deixando-o em posição transversa, de modo que a fenda da abertura do espéculo fique na posição horizontal. 
	Após a coleta de secreção vaginal para o exame a fresco, devem-se limpar as secreções que ficam à frente colo. 
	Aplicar ácido ácetico e esperar de 2 a 4 minutos, e realizar novamente a inspeção do colo uterino, à procura de lesões que foram realçadas pelo produto.
	Aplicar solução Lugol para o teste de Schiller – se o colo se cora de forma uniforme e escura, o teste é considerado normal; se há áreas que não se coram, o teste é considerado alterado. 
	Realizar o teste de Whiff (teste de odor amínico – fedor de peixe) – coletar a secreção vaginal com a extremidade arredondada da espátula de Ayre e espalhar o material sobre duas gotas colocadas nas extremidades de uma lâmina previamente preparada, uma com KOH a 10% e outra com soro fisiológico. 
Toque vaginal
	Enluvar as mãos; com um ou dois dedos lubrificados, devem ser introduzidos no canal vaginal, tentando avançar no sentido posterior, com pressão uniforme para trás. 
Papanicolaou
	A coleta do material deve ser realizada na ectocérvice e na endocérvice em lâmina única.
	Coleta da ectocérvice
	Utilizar espátula de Ayre do lado que apresenta reentrância.
	Encaixar a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo, apoiando-se firmemente, fazendo uma raspagem em movimento 360º em torno de todo o orifício cervical, para que toda superfície do colo seja raspada e representada na lâmina. 
	Coleta da endocérvice
	Utilizar a escova endocervical e recolher o material introduzindo a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 360º, percorrendo todo o contorno do orifício cervical. 
Esfregaço – depois de coletado, deve ser imediatamente fixado em álcool 95%, para evitar o dessecamento do material. A amostra deve ficar pelo menos 15 minutos na fixação, e não pode passar de 2 semanas. 
	Ectocervical – próximo a região fosca, no sentido transversal ( | ).
	Endocervical – no sentido longitudinal ( - ).
Exame físico das mamas – objetivo de detecção precoce do câncer de mama.
	Etapas:
	Inspeção estática – sentada; em disposição anatômica/com os membros superiores ao longo do corpo; deve-se atentar ao número, simetria, volume, forma, consistência, contorno, modificações da pele e modificações do mamilo. 
	Inspeção dinâmica – sentada; elevar os braços e depois colocar as mãos no quadril, imprimindo movimentos e contrações musculares, favorecendo a visualização de alterações imperceptíveis à inspeção estática. 
	Palpação – dividir a mama em 4 quadrantes (superior externo e interno, e inferior externo e interno); com a mulher sentada realiza-se a pesquisa dos linfonodos (supraclaviculares, infraclavicualres, axilares e mamários); com a mulher deitada com as mãos cruzadas atrás da nuca, palpar em sentido horário, a procura de nódulos, dor, derrame papilar. 
	Expressão – suave, com os dedos indicador e polegar faz-se a compressão e uma leve tração para cima da região, a partir da base da aréola. 
	Diferenciar climatério e menopausa relacionando com as alterações do fim do ciclo reprodutivo feminino.
	Climatério: transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva, segundo a OMS é uma fase biológica e não patológica. Ocorre uma queda do estrogênio e progesterona. Periodo de mudanças psicossociais de ordem afetiva, sexual, familiar e ocupacional.
Sintomas: fogachos, sudorese, problemas sexuais, alteração da libido, padrão de sono, etc...
	Menopausa: interrupção permanente do ciclo menstrual após um período de 12 meses consecutivos.
A idade de inicio pode variar de mulher para mulher.
Alterações com o fim do ciclo:
	Discutir o planejamento reprodutivo no âmbito do SUS.
A lei 9.263, de 12 de janeiro de 1996, traz que o SUS, em todos os seus níveis de atenção, deve garantir a assistência à concepção e contracepção, atendimento pré-natal, assistência ao parto, puerpério e ao neonato, controle das ISTs, e o controle e a prevenção dos cânceres cérvico-uterino, de mama, de próstata e de pênis. 
Para fins desta lei, entende-se planejamento familiar, agora chamado de planejamento reprodutivo, como conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal. 
O planejamento reprodutivo orienta-se por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade.
Nessa lei do planejamento reprodutivo, aborda também acerca das proibições e permissões sobre a laqueadura e vasectomia.
 Os direitos reprodutivos compreendem o direito de escolha de todo casal ou individuo de decidir livre e responsavelmente sobre o número de filhos. Contendo informações, atendimento, técnicas para ter filhos ou não e direito de exercer a sexualidade e reprodução livre de discriminação, imposição e violência segundo a lei. Eles são:
	Direitos das pessoas de decidirem, de forma livre e responsável, se querem ou não ter filhos, quantos filhos desejam ter e em que momento de suas vidas.
	Direito a informações, meios, métodos e técnicas para ter ou não ter filhos. 
	Direito de exercer a sexualidade e reprodução livre de discriminação, imposição e violência. 
Os direitos sexuais são direitos que garantem que toda ou qualquer pessoa possa viver sua vida sexual com prazer, livremente, sem discriminação e segurança. Eles são:
	Direito de viver e expressar livremente a sexualidade sem violência, discriminações e imposições e com respeito pleno pelo corpo do parceiro.
	Direito de escolher o parceiro sexual.
	Direito de viver plenamente a sexualidade sem medo, vergonha, culpa e falsas crenças. 
	Direito de viver a sexualidade independentemente de estado civil, idade ou condição física. 
	Direito de escolher se quer ou não quer ter relação sexual.
	Direito de expressar livremente sua orientação sexual.
	Direito de ter relação sexual independente da reprodução.
	Direito ao sexo seguro para prevenção da gravidez indesejada e de DST/HIV/AIDS.
	Direito a serviços de saúde que garantam privacidade, sigilo, atendimento de qualidade e sem discriminação.
	Direito à informação e à educação sexual e reprodutiva. 
	Descrever os métodos contraceptivos hormonais, não-hormonais e definitivos.
HORMONAIS
Orais combinados – contém dois hormônios sintéticos, progesterona e estrogênio. 
	Divisão:
	Monofásicas – mesma dose nos 21 ou 22 dias; nas de 28, tirando os 21 ou 22 ativos, os outros são placebo
	Bifásicas – dois tipos de comprimidos ativos, diferentes cores, mesmos hormônios, diferentes dosagens; tomadas na ordem indicada
	Trifásicas – três tipos de comprimidos ativos, diferentes cores, mesmos hormônios, diferentes dosagens; tomadas na ordem indicada.
	Mecanismo de ação: estrogênio e progesterona agem em conjunto para alterar o endométrio, para evitar a implantação; podem interferir nas contrações coordenadas do colo, útero e tubas uterinas que facilitam a fertilização e implantação.
	Estrogênio  feedback negativo para adeno-hipófise  inibição da secreção de FSH  suprime o desenvolvimento do ciclo ovariano.
	Progesterona  inibe a secreção de LH  previne ovulação e estimula a produção
de muco cervical espesso.
	Efeitos secundários – alterações de humor, náuseas, vômitos, leve ganho de peso, tonteira, mastalgia.
	Riscos: não recomendado para lactantes, e aumenta o risco para tumores de fígado.
Elegibilidade: Idade menor que 40 anos,IST( exceto HIV e Hepatite), amamentação ( mais de 6 meses do parto), obesidade, fumo ( maior que 35 anos)
Orais com progesterona/minipílulas – contém só progesterona.
	28 ou 35 comprimidos ativos, com a mesma dosagem.
	Mecanismo de ação:
	Progesterona  inibe a secreção de LH  previne ovulação e estimula a produção de muco cervical espesso.
	Ação sobre o endométrio e o muco cervical.
	Efeitos secundários – alterações no fluxo menstrual, spotting e amenorreia. 
	Indicada quando há intolerância ao estrogênio.
	Elegibilidade: idade menor /maior que 40 anos, amamentação, IST (exceto), fumo, HAS em acompanhamento
Injetáveis mensais – combinados, contém um éster de um estrogênio natural, o estradiol e um progestôgenio sintético. 
	Mecanismo de ação – inibem a ovulação, tornam o muco cervical espesso e causam alterações no endométrio.
	Efeitos secundários – spotting
	Deve ser injetado de 30 em 30 dias, sempre no 1º ao 5º dia, na do glúteo, intramuscular profunda. 
	Fertilidade volta em um tempo mais curto do que os trimestrais.
	Elegibilidade: idade menor que 40 anos,, IST( exceto), fumo, HAS em acompanhamento
Injetáveis trimestrais – com levonegetrel.
	Pode levar 7 meses após a última injeção para a fertilidade retornar. 
	Mecanismo de ação - causa atrofiação das gônadas, inibe a ovulação e espessa o muco cervical. 
	Efeitos secundários - amenorreia. 
	Elegibilidade: idade menor que 40 anos,IST( exceto), fumo, HAS em acompanhamento
Implantes subcutâneos – sistema de silicone polimerizado com hormônio no seu interior.
	Mecanismo de ação – inibem a ovulação nos primeiros dois anos de uso e a viscosidade do muco cervical é alterada.
	Dura 3 anos
Adesivos – trocado a cada 7 dias, durante 3 semanas; aplicado no braço, abdômen, tórax, nádegas e costas; mesma ação dos orais combinados. 
Anel vaginal – anel de evastane; com estrogênio e progesterona; dura 3 semanas; mesmo mecanismo de ação dos orais combinados. 
Pílula vaginal – com estrogênio e progesterona; monofásica; é de uso diário.
DIU com levonogestrel (SIU) – contém 52 mg de levonogestrel e liberra 20 ug de levonogestrel por dia; tem ação progestogênica; causa atrofia endometrial por conta dos altos níveis de levonogestrel, diminui a produção e aumenta a viscosidade do muco cervical, e inibe a ovulação. 
NÃO HORMONAIS
Camisinha masculina – envoltório de látex, poliuretano ou silicone; recobre o pênis durante o ato sexual e retém o esperma por ocasião da ejaculação, impedindo o contato com a vagina; usar somente lubrificante a base de água.
Camisinha feminina – saco transparente de poliuretano; constituído de dois anéis flexíveis em cada extremidade; menor coloca na vagina, e o maior de adapta externamente à vulva; método de proteção contra IST/HIV/Aids e de anticoncepção sob o controle da mulher, impedindo a passagem do espermatozoide; usado uma única vez.
Diafragma – capuz macio de látex ou de silicone côncavo; é necessário a medição para escolha correta do tamanho; impede a penetração dos espermatozoides no útero e trompas.
Espermaticidas – base de nonoxinol-9 a 2%; podem aumentar o risco de transmissão de ISTs; destroem ou imobilizam os espermatozoides ou ainda inativam as enzimas necessárias para a penetração deles no óvulo.
DIU de cobre – atua impedindo a fecundação tornando mais difícil a passagem do espermatozoide pelo trato reprodutivo feminino, estimulam uma reação inflamatória pronunciada ou reação à presença de corpos estranhos no útero. Duração de 5 ou 10 anos.
Tabelinha
Curva térmica basal – verificar diariamente a temperatura basal a partir do primeiro dia do ciclo e anotar em um papel quadriculado, depois ligar os pontos formando um gráfico para cada ciclo; pela ação da progesterona, acontece a elevação da temperatura basal durante o período fértil os dados devem ser colocados num gráfico por um período de seis meses. 
Muco cervical (Billings) – baseia-se na identificação do período fértil por meio da auto-observação, com relação à mudanças do muco cervical e à sensação de umidade na vagina ao longo do ciclo menstrual; fase pré-ovulatória = fase seca/ fase ovulatória = sensação de umidade, e muco esbranquiçado, turvo e pegajoso. 
Sintotérmico – junção de todos os métodos comportamentais = tabela, muco cervical, temperatura basal e sinais e sintomas (dor abdominal, sensação de peso nas mamas, mamas inchadas ou doloridas, variações de humor e/ou libido. 
Método do colar – parecido com tabelinha; colar começa com uma conta vermelha (menstruação), segue por seis contas marrom (período infértil), e as contas 8 a 19 são brancas (período fértil), depois a 20 até a 32 é marrom; feito somente para mulheres com ciclos regulares de 26 a 32 dias. 
Coito interrompido – retirada do pênis da vagina um pouco antes da ejaculação e o sêmen é depositado longe dos genitais femininos. 
Lactação – sucção frequente para promover intensa liberação de prolactina que inibe a liberação pulsátil de gonadotrofinas pela hipófise; o aleitamento deve ser a única fonte de alimento do bebê até os seis meses de idade. 
DEFINITIVO
Laqueadura – esterilização feminina; procedimento cirúrgico de oclusão da trompa de Falópio, como finalidade de interromper a sua permeabilidade e, consequentemente, a função do órgão, com fim exclusivamente contraceptivo. 
	Elaborar o processo de enfermagem na atenção integral à saúde da mulher baseado na teoria de Wanda Horta, utilizando a taxonomia de NANDA.
1-Coleta de dados
2-Agrupamento de dados
3-Inferência
4-Classificação pela Teoria das Necessidades Humanas Básicas
5-Diagnóstico
6-Intervenção fundamentada
	A teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, adotou de João Mohana as necessidades básicas que são psicobiológicas, psicossociais e psicoespiriturais, 
	fundamentou-se na teoria de Maslow da motivação humana, onde os problemas deveriam ser resolvidos de acordo com a pirâmide: 
fisiológicos  segurança -afetivo-social  auto-estima  auto-realização. 
	Essa teoria de Wanda Horte preconiza o ser humano, aonde visa assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas, tornando-o independente dessa assistência, quando possível, pelo ensino do autocuidado. 
	PE de Wanda Horta: 
-histórico de enfermagem (coleta de dados), 
-diagnóstico de enfermagem (identificação das necessidades que precisam ser atendidas), 
-plano assistencial (determinação da assistência de enfermagem), 
-plano de cuidado/prescrição (implementação do assistencial) e
-evolução de enfermagem (relato das mudanças). 
O PE é dividido em cinco etapas: 
Histórico: coleta de dados diretos = anamnese e exame físico; dados indiretos = obtidos por meio de outras fontes; dados subjetivos = o que o paciente diz; dados objetivos = o que é observado no paciente. Coleta de dados  validação dos dados  agrupamento de dados  identificação de padrões  registro de dados. 
Diagnóstico: dados coletados são analisados e identificados como problemas reais ou problemas futuros. Os diagnósticos devem ser listados e identificados de acordo com o grau de necessidade segundo a teoria das NHB. Uso da NANDA. Diagnósticos de promoção da saúde, real, de risco e de síndrome. Como montar diagnóstico segundo a NANDA: enunciado diagnóstico + fatores relacionados (só um) + características definidoras (mais de um).
Planejamento: planejamento das intervenções a serem realizadas de acordo pela priorização dos diagnósticos de enfermagem. Busca-se fazer uma intervenção fundamentada, explicando com a fisiologia ou com algum embasamento científico, o motivo de tal intervenção ser adequada ao paciente. Prescrição
de cuidados pelo enfermeiro. 
Implementação: das ações e intervenções planejadas da terceira etapa do PE. 
Avaliação: verificação de mudanças para avaliar se o resultado esperado foi alcançado.
	Descrever os riscos e agravos à saúde da mulher abordados no módulo.
As mulheres estão mais vulneráveis, pois se encontram em maior situação de pobreza, trabalham mais horas e gastam pelo menos metade de tempo em atividades não remuneradas, o que diminui seu acesso aos bens sociais e aos serviços de saúde. 
Violência
Gravidez 
Câncer de mama
	Conceito - neoplasia maligna, resulta de uma proliferação incontrolável de células anormais, que surgem em função de alteração genética. 
	Fatores de risco 
	Sexo feminino
	Menarca precoce
	Menopausa tardia
	Nuliparidade
	Primeira gestação a termo após os 30 anos
	Ciclos menstruais menores que 21 dias
	Mãe ou irmã com histórico de câncer de mama
	Na pré-menopausa, dieta rica em gordura animal, dieta pobre em fibras
	Obesidade
	Radiações ionizantes
	Etilismo
	Padrão socioeconômico elevado
	Ausência de atividade sexual
	Residência em área urbana
	Cor branca
	Etiologia – alguns casos de câncer são hereditários; as mulheres que herdam uma única cópia defeituosa dos genes de supressão tumoral BRCA1 e BRCA2 apresentam o risco maior para o desenvolvimento do câncer de mama. 
	História ambiental
	Fase pré-clínica - é o intervalo entre o surgimento da primeira célula maligna, a célula monoclonal, e o desenvolvimento do tumor.
	Fase clínica – aparecimento do tumor
	Processo de carcinogênese
	Iniciação – fase em que os genes sofrem ação de fatores cancerígenos.
	Promoção – fase em que os agentes oncopromotores atuam na célula já alterada.
	Progressão – caracterizada pela multiplicação descontrolada e irreversível da célula, pela mitose celular. 
	Sintomas
	Nodulação ou espessamento da pele na mama ou axila
	Áreas de endurecimento, depressão, protuberâncias 
	Dor em uma das mamas ou axilas
	Secreção ou fluidos inexplicado nos mamilos
	Retração mamilar
	Alteração ou assimetria de forma ou tamanho
	Hiperemia ou ardor do mamilo ou da pele
	Erosão ou ferida na pele ou aspecto de casca de laranja
	Turgência ou desenho de veias nas mamas
	Linfonodos nas axilas ou perto das clavículas palpáveis. 
	Tipos
	Carcinoma ductal in situ: intraductal, tumor local, respeita a membrana basal, é descoberto em sua maioria em fase subclínica é mais comum na pós-menopausa 
	Carcinoma invasivo da mama:
				Ductal: consistência pétrea a palpação, geralmente unilateral, capacidade maior de invasão de linfonodo.
	Lobular: área mal definida infiltrada e espessa com tendência a bilateralidade.
	Neoplasias lobulares: comprometem a unidade lobular
	Carcinoma inflamatório: comprometimento difuso da mama com características de inflamação.
	Prevenção
	Primária – através da promoção da saúde, intervém sobre fatores de riscos modificáveis para o câncer de mama.
	Secundária – rastreamento
	Terciária – auxilia na reabilitação
	Quaternária – evita ações com benefícios incertos para a paciente
	O rastreamento é feito com o exame de mamografia, uma estratégia de saúde pública.
	Os resultados da mamografia são classificados de acordo com o BI-RADS. 
	0 = exame inconclusivo
	1 = exame negativo
	2 = exame com achado tipicamente benigno
	3 = exame com achado provavelmente benigno
	4 = exame com achado suspeito
	5 = exame com achado altamente suspeito
	6 = exame com achados cuja malignidade já está comprovada
	Realização do exame clínico das mamas.
	Tratamentos 
	Local – radioterapia, cirúrgico (mastectomia total ou conservada)
	Sistêmico – quimioterapias, hormonioterapia e terapia biológica. 
Doença de Paget
	Conceito – forma rara de cancro da mama que começa a se manifestar com alterações no mamilo; é a presença de células malignas do epitélio glandular na papila mamária, provocando lesão descamativa ou erosiva no local.
	Etiologia – pode ou não estar associada a carcinoma subjacente intramamário, palpável ou não palpável, in situ ou infiltrativo.
	Quadro clínico – aparecimento da lesão eritematosa e descamativa; prurido e ardência local, podendo ter sangramento.
	Diagnóstico – mamografia, citologia com raspagem, citologia de impressão, biópsia.
	Epidemiologia – pode ocorrer de 26 a 82 anos, com maior incidência de 50 a 70 anos. 
	Tratamento 
Câncer do colo uterino
	Infecção pelo HPV
	Conceito – é um vírus DNA de dupla-hélice que infecta humanos e apresenta tropismo por pele e mucosas. É uma doença infecciosa, de transmissão sexual.
	Agente etiológico – Papiloma Vírus Humano, DNA-vírus, não cultivável do grupo papovavírus. Existem mais de 100 tipos reconhecidos atualmente, onde 20 podem agetar o trato genital, e esses 20 são divididos em 2 grupos de acordo com seu potencial de oncogenicidade:
	Baixo risco – associados às infecções benignas do trato genital; estão presentes na maioria das infecções clinicamente aparentes. Ex: 6, 11, 42, 43 e 44.
	Alto risco – possuem uma alta correlação com as lesões intra-epiteliais de alto grau e carcinomas do colo uterino, da vulva, do ânus e do pênis. Ex: 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56, 58, 59 e 68.
	Fisiopatologia – o hospedeiro não reconhece a infecção e não desencadeia uma resposta imune, permitindo que o vírus possa infectar as células.
	Ciclo do HPV está relacionado com a diferenciação celular do epitélio.
	O epitélio normal cresce em camadas estratificadas, onde as camadas basais se dividem ativamente.
	O HPV inicia o seu processo de infecção pelas camadas basais em que a divisão celular é intensa, causando replicação viral junto com a divisão celular.
	À medida que as células infectadas migram para camadas mais externas do epitélio, a quantidade de material genético do HPV é amplificada. 
	O tipo de vírus determina a persistência da infecção e sua progressão para neoplasias intraepiteliais de alto grau.
	Quadro clínico 
	Assintomáticas ou inaparentes; ou
	Lesões exofíticas – únicas ou múltiplas, restritas ou difusas, tamanho variável, podem ser dolorosas, friáveis e/ou pruriginosas; ex: condilomas acuminados, verrugas genitais e cristas de galo; ou
	Subclínica – visível apenas sob técnicas de magnificação e após aplicação de reagentes. 
	Diagnóstico – por métodos indiretos (avaliação clínica, citologia, inspeção com ácido acético e Lugol, colposcopia e histologia) e por métodos diretos (captura híbrida 2, reação em cadeia da polimerase). 
	Tratamento – remoção das lesões condilomatosas de baixo grau por meio de Podofilina, ácido tricloroacético, Podofilotoxina, Imiquimod, interferon, Eletrocauterização, eletrocoagulação ou Eletrofulguração, Criocauterização, crioterapia ou Criocoagulação, vaporização a lazer, exérese cirúrgica. 
	Profilaxias – uso de camisinha e vacinas para HPV (bivalente – 16 e 18; e quadrivalente – 16, 18, 6 e 11).
	Epidemiologia – pico de infecção por volta dos 20 a 22 anos; no Brasil o tipo que prevalece é o 16, seguido do 18. 
	Carcinoma de colo uterino
	Fisiopatologia
	Ciclo do HPV está relacionado com a diferenciação celular do epitélio.
	O epitélio normal cresce em camadas estratificadas, onde as camadas basais se dividem ativamente.
	O HPV inicia o seu processo de infecção pelas camadas basais em que a divisão celular é intensa, causando replicação viral junto com a divisão celular.
	À medida que as células infectadas migram para camadas mais externas do epitélio, a quantidade de material genético do HPV é amplificada.
	O HPV de alto risco, quando infecta a célula, acontece a interação do seu genoma ao da célula hospedeira imatura, impossibilitando
a diferenciação e maturação celular, porque as proteínas virais E6 e E7 inativam as proteínas p53 e pRb, que realizam a apoptose e regula o ciclo celular, respectivamente, e isso ocorre por conta da metaplasia, pois o carcinoma de células escamosas se origina da junção escamo colunar do colo uterino. 
	Essas proteínas virais (E6 e E7) são fatores para a transformação maligna do epitélio, por sua habilidade em ligar-se e inativar as proteínas p53 e pRb. 
	A p53 realiza a apoptose, fazendo a célula fazer a morte programada, com a sua inativação, a célula com o vírus não morre e só se prolifera. A pRb regula o ciclo celular, com a sua inativação, não é possível reconhecer agentes invasores e realizar a defesa. 
	Quadro clínico – fase inicial assintomática ou pouco sintomática; secreção vaginal amarelada, fétida e até mesmo sanguinolenta, ciclos menstruais irregulares, spotting, sangramento; cresce localmente atingindo a vagina, tecidos paracervicais e paramétrios, com isso podendo comprometer a bexiga, ureteres e reto.
	Diagnóstico – feito com a realização de citologia, colposcopia e histologia.
	Tratamento – radioterapia, quimioterapia, e retirada do colo uterino (conização).
	Estadiamento – clinico e se baseia nos resultados de exame físico, colposcopia, anatomopatológico, exames radiográficos e uretrocistocopia e retossigmoidoscopia, se for necessário. 
ISTs – corrimento vaginal, úlceras genitais e DIP
	Corrimento vaginal
	Conceito – síndrome comum, que ocorre principalmente na idade reprodutiva, podendo ser acompanhado de prurido, irritação local e/ou alteração de odor.
	Investigação da história clínica – comportamentos e práticas sexuais, características do corrimento, consistência, cor, odor, data da última menstruação, práticas de higiene, agentes irritantes locais, medicamentos tópicos ou sistêmicos. 
	Infecções do trato reprodutivo
	Endógenas – candidíase vulvovaginal e agentes da vaginose bacteriana.
	Iatrogênicas – pós-aborto e pós-parto.
	Sexualmente transmissíveis – tricomoníase. 
	Etiologia
	Vaginose bacteriana
	Candidíase vulvovaginal
	Tricomoníase 
	Material mucoide fisiológico
	Vaginite inflamatória descamativa
	Vaginite atrófica
	Presença de corpo estranho
	Aspectos específicos
	Candidíase vulvovaginal
	Infecção da vulva e vagina causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e digestiva. 
	Sinais e sintomas – prurido vaginal, disúria, dispaurenia, corrimento branco, grumoso e com aspecto cascoso (leite coalhado), hiperemia, edema vulvar, fissuras e maceração da vulva, placas brancas ou branco-acinzentadas, recobrindo a vagina e colo uterino.
	Vaginose bacteriana
	Caracterizada por um desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com diminuição acentuada ou desaparecimento de lactobacilos acidófilos e aumento de bactérias anaeróbias. 
	Sinais e sintomas – corrimento vaginal fétido, branco-acinzentado, de aspecto fluido ou cremoso, algumas vezes bolhoso e dor à relação sexual. 
	Não é IST, mas pode ser desencadeada pela relação sexual.
	Tricomoníase 
	Causada por um protozoário flagelado
	Sinais e sintomas – corrimento abundante, amarelado ou amarelo esverdeado, bolhoso, prurido e/ou irritação vulvar, dor pélvica, disúria, policiúria e hiperemia da mucosa.
	Métodos diagnósticos
	ph vaginal – normalmente é 4,5 ou menor; ph > 4,5 – vaginose bacteriana ou tricomoníase/ ph < 4,5 – candidíase vulvovaginal.
	Teste de Whiff (aminas ou odor de peixe) – coloca-se KOH a 10% sobre o conteúdo vaginal depositado numa lâmina de vidro, e se houver odor de peixe, o teste é considerado positivo ou sugestivo de vaginose bacteriana.
	Exame a fresco – esfregaço com amostra vaginal e uma gota de salina; observa-se a presença de leucócitos (presentes em candidíase vulvovaginal e tricomoníase), células parabasais, Trichomonas sp móveis, leveduras e/ou pseudo-hifas.
	Bacterioscopia por coloração de Gram – a presença de clue cells é típica de vaginose bacteriana.
	Tratamento – miconazol, nistatina e metronidazol.
	Manejo clínico
	Úlcera genital
	Conceito – síndrome clínica produzida por agentes infecciosos sexualmente transmissíveis e que se manifestam como lesões ulcerativas erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou vesículas, acompanhadas ou não de dor, ardor, prurido, drenagem de material mucopurulento, sangramento e linfadenopatia regional.
	Etiologia
	T. palladium (sífilis primária e secundária)
	HSV-1 (herpes perioral) e HSV-2 (herpes genital)
	H. ducreyi (cancroide)
	C. trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV – Linfogranuloma venéreo)
	K. granulomatis (donovanose)
	Aspectos específicos 
	Sífilis primária ou cancro duro
	Ocorre após o contato sexual com o indivíduo infectado.
	Período de incubação = 10 a 90 dias. 
	A primeira manifestação é caracterizada por uma ulcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada da bactéria, indolor, com base endurecida e fundo limpo, rica em treponemas. 
	Sífilis secundária 
	Surge em média entre 6 semanas a 6 meses após a infecção.
	Podem ocorrer erupções cutâneas em forma de maculas e/ou pápulas, principalmente no tronco; eritemata palmo-plantares; placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas; lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas; alopecia em clareira e madarose. 
	Herpes genitais
	As manifestações da infecção pelo HSV podem ser divididas em primo-infecção herpética ou surtos recidivantes. 
	Geralmente as manifestações são dolorosas, atípicas e de maior duração.
	Primoinfecção herpética – período de incubação = 6 dias; mais severa, caracterizada pelo surgimento de lesos eritemato-ppaulosas, que evoluem para vesículas sobre base eritematosa, muito dolorosas e de localização variável na região genital; pode causar febre, mal-estar, mialgia e disúria, com ou sem retenção urinária. 
	Surtos recidivantes – sintomas padrômicos característicos = prurido leve ou sensação de queimação, mialgias e fisgadas nas pernas, quadris e região anogenital; tende a ser na mesma localização da lesão inicial; as lesões são cutâneas e /ou mucosas, vesículas agrupadas sobre base eritematosa, que evoluem para pequenas úlceras arredondadas ou policíclicas. 
	Cancroide
	Afecção de transmissão exclusivamente sexual
	Lesões múltiplas e habitualmente dolorosas, mais frequentes no sexo masculino. Com borda irregular, apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo irregular, recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido e que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil. 
	Período de incubação = 3 a 5 dias, estendendo-se até 2 semanas.
	Linfrogranuloma venéreo
	Manifestação clínica – linfadenopatia inguinal e/ou femoral.
	3 fases:
	Inoculação – inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela.
	Disseminação linfática regional – a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação.
	Sequelas – comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, fundidos numa grande massa. 
	Donovanose
	IST crônica progressiva
	Ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil; evolui lenta e progressivamente, podendo tornar-se vegetante ou úlcero-vegetante, as lesões costumam ser múltiplas, configuração em espelho, em bordas cutâneas e/ou mucosas.
	Métodos diagnósticos 
	Exame a fresco do exsudato da lesão 
	Exame em campo escuro
	Tratamento – aciclovir (herpes), azitromicina ou ceftriaxona (cancroide) e doxiciclina (LGV e donovanose)
	Manejo clínico
Gonorreia e clamídia
	Frequentemente
assintomáticas e nos casos sintomáticos as principais queixas são corrimento vaginal, sangramento intermenstrual, dispaurenia e disúria. 
	Ao exame físico, podem estar presentes dor à mobilização do colo uterino, material mucopurulento no orifício externo do colo e sangramento ao toque de espátula ou swab. 
	Principais complicações – dor pélvica, DIP, gravidez ectópica e infertilidade. 
Doença Inflamatória Pélvica – DIP
	Conceito – é uma síndrome clínica atribuída à ascensão de microrganismos do trato genital inferior, espontânea ou devida a manipulação, comprometendo o endométrio, trompas de Falópio, anexos uterinos e/ou estruturas contíguas; complicações de ISTs.
	Etiologia – polimicrobiana 
	C. trachomatis
	N. gonorrohoae
	Bactérias facultativas anaeróbias que compõem a flora vaginal
	CMV
	M. genitalium
	M. hominis
	U. urealyticum
	Fatores de risco
	ISTs prévias ou atuais
	Múltiplas parcerias sexuais e parceria sexual atual com uretrite
	Uso de método anticoncepcional – DIU
	Quadro clínico – baseado em critérios maiores, menores e elaborados; tem confirmação clínica se tiver 3 critérios maiores e um menor, ou um critério elaborado.
	Critérios maiores – dor no hipogástrio, dor à palpação dos anexos, dor à mobilização de colo uterino.
	Critérios menores – temperatura axilar maior que 37,5º C ou maior que 38,3º C, conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal, massa pélvica, mais de cinco leucócitos por campo de imersão em material de endocérvice, leucocitose em sangue periférico, proteína C reativa ou velocidade de hemossedimentação elevada, comprovação laboratorial de infecção cervical por gonococo, clamídia ou micoplasmas. 
	Critérios elaborados – evidencia histopatológica de endometrite, presença de abcesso tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem, e laparoscopia com evidência de DIP.
	Sintomas – spotting, dispaurenia, corrimento vaginal, dor pélvica ou do no abdômen inferior, dor à mobilização do colo do útero ao toque. 
	Métodos diagnósticos
	Hemograma completo
	VHS
	Proteína C reativa
	Exame bacterioscópico para vaginose bacteriana
	Cultura de material de endocérvice com antibiograma ou NAAT para N. gonorrhoeae
	Pesquisa de clamídia no material de endocérvice, da uretra, de laparoscopia ou de punção do fundo do saco posterior
	Exame qualitativo de urina e urocultura
	Hemocultura
	Teste de gravidez para descartar gravidez ectópica
	Exames de imagem
	Critérios para referenciar
	Abcesso tubo-ovariano
	Gravidez
	Ausência de resposta clínica após 72 horas no início do tratamento com antibioticoterapia oral
	Intolerância a antibióticos orais ou dificuldade para seguimento ambulatorial
	Estado geral grave, com náuseas, vômitos e febre
	Dificuldade em exclusão de emergência cirúrgica
	Tratamento
	Ambulatorial
	Ceftriaxona
	Doxiciclina 
	Metronidazol
	Cefotaxima
	Doxiciclina
	Metronidazol
	Hospitalar
	Cefoxitina
	Doxiciclina
	Clindamicina
	Gentamicina
	Ampicillina
	Doxiciclina
	Manejo clínico 
	Identificar os aspectos relacionados à Vigilância em Saúde dentro das temáticas do módulo.
SINAN é o Sistema de Informações de Agravos de Notificação, serve para notificar casos de AIDS, hepatites virais e algumas ISTs, além de controlar o registro e o processamento desses dados em todo território nacional, fornecendo informações para análise do perfil da morbidade e contribuindo para a tomada de decisões. Foi implantado de forma gradual, em 1998. 
A notificação compulsória é obrigatória aos profissionais que prestam assistência ao paciente; e tal notificação será realizada diante da suspeita ou confirmação de doença ou agravo. 
Deve ser notificado todos os casos de:
	Hepatites virais – B e C
	HIV/ADIS – Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
	Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV
	Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
	Sífilis – adquirida, congênita e em gestante
	estupro
	Descrever a terapêutica farmacológica dos grupos específicos abordados no módulo, com ênfase farmacocinética e farmacodinâmica e suas indicações. 
Anticoncepcional
	Oral combinado:
	Farmacodinâmica – estrogênio inibe a secreção de FSH e a progesterona inibe a secreção de LH, suprimindo o desenvolvimento do ciclo ovariano, estimulando o espessamento do muco cervical, prevenindo a ovulação, alterando o endométrio e interferindo nas contrações coordenadas do colo, útero e tubas uterinas. 
	Farmacocinética - absorção pelo trato gastrointestinal, metabolizados pelas enzimas citocromo P450 hepáticas, pelo fígado, e tem excreção renal através da urina em forma de glicuronídeos e sulfatos.
	Injetáveis mensal
	Farmacodinâmica – o estrogênio inibe o FSH e a progesterona inibe o LH, causando a inibição da ovulação, tornando o muco cervical espesso e fazendo alterações no endométrio. 
	Farmacocinética - por ser IM não tem a primeira passagem no fígado; a absorção ocorre do músculo para corrente sanguínea e a excreção é renal.
	Minipílula
	Farmacodinâmica – ação sobre o endométrio e o muco cervical, promovendo o espessamento do muco cervical, dificultando a penetração dos espermatozoides.
	Farmacocinética - absorção pelo trato gastrointestinal, metabolizados pelas enzimas citocromo P450 hepáticas, pelo fígado, e tem excreção renal através da urina em forma de glicuronídeos e sulfatos.
	Injetáveis trimestral
	Farmacodinâmica - age bloqueando a ovulação pela inibição de secreção de LH, aumentando a viscosidade do muco e promovendo atrofia endometrial.
	Farmacocinética - por conta, da sua apresentação em microcristais a sua absorção é mais lenta, durando 3 meses, e por ser IM não tem a primeira passagem no fígado, sendo assim a absorção ocorre do musculo para corrente sanguínea e a excreção é renal. 
	Anel vaginal
	Farmacodinâmica – a mesma dos orais combinados
	Farmacocinética – absorção é pela mucosa, passando pelo sangue e depois excretado pelos rins.
	Adesivo combinado
	Farmacodinâmica – é o mesmo dos orais combinados, mas depende do contato com a pele.
	Farmacocinética – absorção dérmica para a corrente sanguínea. 
Quimioterápicos
	Especificidade no ciclo celular
	Ciclo específico
	Agem na fase G1 – quimioterápico asparaginase (agentes múltiplos)
	Agem na fase G2 – quimioterápicos bleomicina (agentes múltiplos) e etoposide (plantas alcaloides)
	Agem na fase S – quimioterápicos hidrouréia (agentes múltiplos), mercaptopurina, metotrexato, trioguanina, ara C, fludarabina. (antimetabólitos)
	Agem na fase M – quimioterápicos vincristina e vimblastina (plantas alcaloides)
	Ciclo inespecífico 
	Agentes alquilantes – bussulfan, cisplatina, ciclofosfamida, ifosfamida, melfalan, dacarbazina, carmustina.
	Antibióticos antitumorais – daunoblastina, doxorrubicina, idarrubicina e mitoxantrona.
	Fármacos citotóxicos 
	Agentes alquilantes – formam ligações covalentes com o DNA e impedem a sua replicação.
	Antimetabólitos – bloqueiam ou subvertem uma ou mais vias metabólicas envolvidas na síntese do DNA/RNA.
	Antibióticos citotóxicos – evitam a divisão celular e causa múltiplos efeitos na síntese de DNA/RNA e na ação da topoisomerase. 
	Derivados de plantas – afeta de forma específica a função microtubular e, portanto, a formação do fuso mitótico e inibição da topoisomerase. 
	Hormônios – atuam como antagonistas fisiológicos, antagonistas ou inibidores da síntese de hormônios para interromper o crescimento de tumores hormônio-independentes.
	Inibidores de proteína quinase – inibem as proteínas quinases
que transduzem os sinais de crescimento nas células com divisão rápida. 
	Anticorpos monoclonais – bloqueia a proliferação celular, inibe a proliferação de linfócitos e previne a angiogênese.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando