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As novas manifestações do sofrimento psíquico - Clinica Psicanalítica Estácio

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AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
Clínica Psicanalítica 
 Aula 13: As novas manifestações do 
sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
Freud é um grande pensador da modernidade; seus estudos abarcam tanto a sociedade como o homem. 
Seu pensamento sobre a mente humana teve início no século XIX e começo do século XX. 
 
Os seus registros abordam os primeiros momentos da vida de uma criança e, como tudo em nossa vida, 
se registra em algum espaço de nossa mente, consciente ou subconsciente. 
 
Os trabalhos de Freud tem sido vistos, revistos e estudados até hoje. Entre os conceitos mais importantes 
de sua obra estão os de luto e melancolia, que abordaremos aqui. 
O que é luto e melancolia para Sigmund Freud? 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
Para Freud (1915/1917), em Luto e Melancolia, o luto envolve graves afastamentos daquilo que 
constitui a atitude normal para com a vida. Contudo, jamais ocorre considerá-lo como sendo uma 
condição patológica e submetê-lo a tratamento médico. 
 
O Luto encerra um estado de espírito penoso, a perda de interesse pelo mundo externo – na 
medida em que este não evoca esse alguém –, a perda da capacidade de adotar um novo objeto de 
amor (o que significaria substituí-lo) e o afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja 
ligada a pensamentos sobre ele. 
O luto, de maneira geral, é o sentimento de perda de um objeto amado. 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
O luto, nesse sentido, consiste nas etapas em que um sujeito passa na superação deste sentimento que 
tem, necessariamente, um período de tempo determinado, mesmo que variado. 
 
 O que compõe o luto, no caso, é a manifestação externa de que “algo precisa ser feito” em relação a 
esse objeto ou pessoa. 
 
O trabalho de luto implica um remanejamento complexo de objeto: 
• Estão em ação processos de tradução, de teorização e de temporalização. 
• Espera-se no luto uma manifestação depressiva, uma afetação, um conflito. 
• O luto é um olhar para o que “não se entende”, produz uma instabilidade, uma ruptura. 
 
Deixa-nos frente a perguntas: 
O que é isso? 
O que aconteceu comigo? 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
Coloca-nos onde o “sentido” não está dado e traz um enorme desassossego. 
 
Assim, o luto é uma reação à perda de algo e não implica condição patológica, desde que seja superado 
após certo período de tempo. 
 
Embora o luto envolva graves afastamentos daquilo que constitui a atitude normal para com a vida, 
jamais nos ocorre considerá-lo como sendo uma condição patológica e submetê-lo a tratamento 
médico. Quando superado após certo lapso de tempo, julgamos inútil ou mesmo prejudicial qualquer 
interferência em relação a ele. 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
O luto se parece em larga medida à melancolia, com a diferença de que, neste caso, há o objeto 
perdido, e na melancolia o objeto nem sempre é algo definido. 
 
A característica de maior peso na diferenciação dos dois estados é: 
Na Melancolia No luto normal 
Um desânimo profundamente penoso, a cessação 
de interesse pelo mundo externo, a perda da 
capacidade de amar, a inibição de toda e 
qualquer atividade, e uma diminuição dos 
sentimentos de autoestima a ponto de encontrar 
expressão em autorecriminação e 
autoenvilecimento, culminando em uma 
expectativa delirante de punição. 
Os mesmos traços são encontrados no luto, 
exceto a perturbação da autoestima que é 
ausente. 
 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
No luto profundo – a reação à perda de alguém que se ama encerra o mesmo estado de espírito 
penoso: 
• A mesma perda de interesse pelo mundo externo – na medida em que este não evoca esse 
alguém. 
• A mesma perda da capacidade de adotar um novo objeto de amor (o que significaria 
substituí-lo) e o mesmo afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja ligada a 
pensamentos sobre ele. 
 Em que consiste, portanto, o trabalho que o luto realiza? 
O teste da realidade revelou que o objeto amado não existe mais, passando a exigir que toda a 
libido seja retirada de suas ligações com aquele objeto. 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
Esta oposição pode ser tão intensa, que dá lugar a um desvio da realidade e a um apego ao objeto por 
intermédio de uma psicose alucinatória carregada de desejo. 
A ausência do objeto exige grande esforço para redirecionamento do desejo, ou libido como diria 
Freud, aquilo que nos move em direção a vida. A oposição a esse redirecionamento da libido pode 
acontecer de maneira tão intensa que dá lugar a um desvio de realidade (psicose alucinatória), 
entretanto, essa manifestação não ocorre no luto normal. 
Com relação ao luto normal é importante salientar que a perda do ente amoroso não constitui presença 
de autorecriminação, mas, em pessoas nas quais existe pré-disposição para neurose obsessiva pode 
haver a culpa pela perda. O sujeito pode ter a sensação que pode ter ajudado no processo de perda, 
pode vir a achar que a desejou. 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
A superação do luto é realizada pouco a pouco e com grande gasto de energia. O desligamento do 
objeto perdido se dá por meio da evocação de cada lembrança relativa ao objeto em espécies de ritos 
cotidianos. Quando o trabalho de luto se conclui, o ego fica outra vez livre e desinibido. 
 
As reações de luto, que se estabelecem em resposta à perda de pessoas queridas, caracterizam-se pelo 
sentimento de profunda tristeza, exacerbação da atividade simpática e inquietude. As reações de luto 
normal podem estender-se até por um ou dois anos, devendo ser diferenciadas dos quadros 
depressivos propriamente ditos. 
 
No luto normal, a pessoa usualmente preserva certos interesses e reage positivamente ao ambiente, 
quando devidamente estimulada. Não se observa, no luto, a inibição psicomotora característica dos 
estados melancólicos. Os sentimentos de culpa, no luto, limitam-se a não ter feito todo o possível para 
auxiliar a pessoa que morreu; outras ideias de culpa estão geralmente ausentes (DEL PORTO, 1999). 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
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Clínica Psicanalítica 
Melancolia 
Em um conjunto de casos é evidente que a melancolia também pode constituir reação à perda de um 
objeto amado – perda de natureza mais ideal. 
O objeto talvez não tenha realmente morrido, mas tenha sido perdido enquanto objeto de amor (como 
no caso, por exemplo, de uma noiva que tenha levado o fora). 
Em alguns casos pode-se constatar a perda, entretanto, não se sabe exatamente o que se perdeu (sabe-
se, por exemplo, quem se perdeu, mas não se sabe o que se perdeu nessa pessoa). No melancólico não 
se pode ver exatamente qual o conteúdo da perda. 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
Melancolia 
Mesmo que o paciente esteja cônscioda perda que deu origem à sua melancolia, mas apenas no 
sentido de que sabe quem ele perdeu, mas não o que perdeu nesse alguém. Isso sugeriria que a 
melancolia está, de alguma forma, relacionada a uma perda objetal retirada da consciência, em 
contraposição ao luto, no qual nada existe de inconsciente a respeito da perda. 
 
• No luto, verificamos que a inibição e a perda de interesse são plenamente explicadas pelo trabalho 
do luto no qual o ego é absorvido. 
• Na melancolia, a perda desconhecida resultará em um trabalho interno semelhante, e será, 
portanto, responsável pela inibição melancólica. 
 
A diferença consiste em que a inibição do melancólico nos parece enigmática porque não podemos ver 
o que é que o está absorvendo tão completamente. O melancólico exibe ainda uma outra coisa que 
está ausente no luto – uma diminuição extraordinária de sua autoestima, um empobrecimento de seu 
ego em grande escala. 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
Melancolia Luto 
A inibição do melancólico nos parece enigmática 
porque não podemos ver o que é que o está 
absorvendo tão completamente. 
Perda real. 
Exibe diminuição de sua autoestima, um 
empobrecimento de seu ego em grande escala. 
Ausente no luto – diminuição da autoestima. 
É o próprio ego. É o mundo que se torna pobre e vazio. 
Diferenças 
Diferentemente do processo de luto, apresenta o ego como desprovido de valor, incapaz de 
qualquer realização. A baixa autoestima pode estar associada à insônia e à recusa em se alimentar. 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
Melancolia 
A gênese da melancolia, segundo Freud, estaria em uma ligação objetal que mostrou ser uma catexia 
de pouco poder de resistência sendo logo liquidada. 
 
A libido, nesse caso, sem ter direcionamento, desloca-se para o ego, estabelecendo uma espécie de 
identificação deste com o ente perdido. A perda objetal passa a ser uma perda do próprio ego. 
Existe, em um dado momento, uma escolha objetal, uma ligação da libido a uma pessoa particular; 
então, devido a uma real desconsideração ou desapontamento proveniente da pessoa amada, a relação 
objetal foi destroçada. O resultado não foi o normal – uma retirada da libido desse objeto e um 
deslocamento da mesma para um novo, mas algo diferente, para cuja ocorrência várias condições 
parecem ser necessárias. A catexia objetal provou ter pouco poder de resistência e foi liquidada. Mas a 
libido livre não foi deslocada para outro objeto; foi retirada para o ego. Ali, contudo, não foi empregada 
de maneira não especificada, mas serviu para estabelecer uma identificação do ego com o objeto 
abandonado. 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
As novas manifestações do sofrimento psíquico 
Melancolia 
O amor pelo objeto não pode ser renunciado, mesmo que o próprio objeto o seja. Sendo assim, o afeto 
volta-se contra o ego como substitutivo, fazendo-o sofrer e tirando satisfação sádica de seu sofrimento. 
Esse aspecto solucionaria o enigma do suicídio. Isso só ocorre, no entanto, quando o ego trata a si 
mesmo como objeto de forma a encaminhar-lhe toda a hostilidade originalmente pertencente ao 
mundo exterior. 
AULA 13: AS NOVAS MANIFESTAÇÕES DO SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Clínica Psicanalítica 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
 
A clínica psicanalítica na atualidade; 
 
Término da análise e a reanálise; 
 
Psicanálise e Psicofarmacologia.

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