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UNIVERSIDADE ESTÁCIODE SÁ
Pós-graduação em Direito Civil e Processual Civil
 
Resenha do Artigo Novo CPC ampliou sobremaneira os poderes do juiz
Mariana Pereira Zanella
Trabalho da disciplina: Cumprimento de sentença e processo de execução  
Tutor: Prof. Maria Carolina Cancella De Amorim
Campo Grande - MS 
2018
Novo CPC ampliou sobremaneira os poderes do juiz
Alexandre Freitas Câmara
O autor não concorda com os comentários de que o novo Código de Processo Civil seria o “código dos advogados”, porque entende que o novo CPC deu muitos poderes aos juízes, conforme analisa o artigo 139 do novo CPC. 
Por isso, considera a necessidade de estudar as modificações que ocorreram com o advento do Novo CPC, a partir da análise dos inovadores incisos ao artigo 139.
Partindo desse rumo, o autor analisou o inciso IV do artigo 139, o qual incumbe ao juiz “determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária”. E assim, resolveu que há aí uma grande novidade: a expressa previsão da possibilidade de utilização de meios atípicos para assegurar o cumprimento de decisões que impõem obrigações pecuniárias. 
Desta forma, o autor conjecturou que todas as medidas atípicas que poderão ser usadas, sem dúvida a mais empregada será, na prática, a fixação de astreinte, isto é, de multa diária pelo atraso no cumprimento da decisão. Deixar de cumprir a decisão judicial tempestivamente passaria, assim, a ser um péssimo negócio.
Seguindo o estudo, revelou duas grandes novidades inseridas pelo inciso VI do artigo 139 o qual prevê que o juiz tem o poder de “dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito”.
Segundo ele, a primeira é o reconhecimento do poder do juiz de, gerenciando o processo, dilatar prazos processuais quando os fixados em lei não se revelem adequados às características do caso concreto, como também, poderá o juiz inverter a ordem dos atos probatórios. Dessa maneira, o juiz possui o poder de flexibilizar o procedimento (dentro dos limites estabelecidos pelo artigo 139, VI, do CPC), o que permite a observância de princípios constitucionais como o da isonomia (tratando-se situação desiguais de forma desigual através da modificação de prazos previstos em sede legislativa) e da eficiência (com a inversão da ordem dos atos de produção de prova).
Sobre o inciso IX do artigo 139, salientou que este prevê o poder do juiz de “determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais”. Trata-se aí de previsão destinada a viabilizar a concretização do princípio da primazia da resolução do mérito, que resulta do artigo 4º do novo CPC. 
Sendo assim, justificou que o novo Código de Processo Civil ampliou sobremaneira os poderes do juiz. E isto só confirma que não se está diante de um “código dos advogados”. O que se tem com o novo Código é uma legislação equilibrada, que não dá primazia nem aos juízes nem aos advogados ou a qualquer outro participante do processo. Na verdade, o novo CPC é o “código do jurisdicionado”. Afinal, um sistema processual não pode ser construído nem para juízes nem para advogados (ou promotores, ou serventuários, ou quaisquer outros profissionais que atuam no processo). No Estado Democrático de Direito, um sistema processual não pode senão ser pensado em favor dos jurisdicionados. 
O Estado Democrático brasileiro exige um processo civil democrático. Um processo civil que seja construído para os jurisdicionados, que somos todos nós. Através de um processo cooperativo, que se desenvolve com observância de um contraditório prévio e efetivo, com todos os sujeitos nele atuando de boa-fé, sendo tratados de forma isonômica, no qual se observe a primazia do mérito e se produzam decisões verdadeiramente fundamentadas, ter-se-á respeitado o que consta do artigo 1º do novo CPC, e que nada mais é do que a reafirmação do que está à base do modelo constitucional de processo civil brasileiro: o devido processo constitucional.
CRÍTICA: O autor conseguiu demonstrar que o novo CPC não se trata de um código formulado para advogados, nem tão pouco para juízes, pois trata-se de um código que foi constituído pautado nas necessidades reais de todos os jurisdicionados. O qual preocupou-se em acertar no que se espera de um processo civil em um Estado Democrático de Direito. Assim, quando o autor considera os incisos inovadores do artigo 139 do CPC/15, podemos extrair que o fim de todas as inovações é dar efetividade aos princípios processuais constitucionais, que estão reafirmados no art. 1º do Novo CPC.
REFERÊNCIA:
CÂMARA, Alexandre Freitas. Novo CPC ampliou sobremaneira os poderes do juiz. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2016-jun-23/alexandre-freitas-camara-cpc-ampliou-poderes-juiz>. Acessado em: 12 de maio de 2018.
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