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Reuso comunitário de textos acadêmicos no âmbito do IESA/UFG 2017
MARINHO, Rômulo 
SANT’ANA, Glauciane
COSTA, Daniel
Resumo:
         O presente projeto teve como objetivo propor uma alternativa solidária para uma demanda ambiental que trata especificamente do consumo de papéis em formato de textos, no Instituto de Estudos Socioambientais(IESA) da Universidade Federal de Goiás(UFG). Com a pretensão de compartilhar os textos e livros utilizados pelos estudantes com a comunidade acadêmica do curso de Geografia, o projeto visa disponibilizar um local no Centro Acadêmico do curso para que ali os mesmos sejam socializados. A ação pretende beneficiar principalmente os calouros cotistas e estudantes de baixa renda, com intuito de auxiliá-los em sua permanência nos estudos, além de trazer luz ao debate sobre o individualismo e o consumo como também trazer soluções para as questões ambientais na universidade 
Palavras-chave: Consumo, Universidade, Ecosofia, Educação ambiental
1 – Introdução:
A atual fase da modernidade, analisando o recorte brasileiro, é caracterizada pela adesão à política de cotas, esta prática proporciona cada vez mais a entrada de novos discentes com baixa renda nas universidades públicas. Estes calouros encontram dificuldades em custear sua permanência nas nos estudos, mesmo que pública, a universidade não oferece totais condições para todos os estudantes. Essa proposta visa estabelecer o sentimento de responsabilidade e solidariedade coletiva aos colegas ingressantes na Universidade Federal de Goiás(UFG) e no Instituto de Estudos Socioambientais (IESA). 
Por estarmos conscientes da necessidade de preservar o meio ambiente, por conhecermos a acelerada destruição dos recursos naturais do nosso planeta e por entendermos que reduzir ou reutilizar, no sentido de diminuir a quantidade de lixo produzido, pode ajudar a amenizar o desperdício, propusemos o presente projeto com a intenção de diminuirmos o desperdício de papel no IESA e na copiadora do Centro Acadêmico de Geografia. 
Reutilizar, dar nova utilidade a materiais que na maioria das vezes consideramos inúteis e jogamos no lixo, dar “nova vida” a materiais a partir da reutilização. Nos propusemos a desenvolver um projeto de Educação Ambiental para a universidade a partir  da reutilização dos textos e livros, uma vez que entendemos que estes mecanismos são saídas ecologicamente corretas de preservação ambiental, pois assim estaremos contribuindo com os colegas  e criando mecanismos que possam assegurar um mundo habitável para as gerações futuras.
Os estímulos ao desperdício que ocorrem nos vários setores da sociedade, impulsionam a necessidade de desenvolver, desde cedo, uma educação ambiental coerente que leve em conta as múltiplas dimensões das relações socioambientais. O objetivo do projeto é fornecer subsídios teóricos e práticos para fortalecer as atividades educativas no IESA, desenvolvendo a partir dos princípios de reduzir e reutilizar.  
2 – Metodologia
Em um primeiro momento, os procedimentos metodológicos serão baseados em revisão bibliográfica e reflexão acerca das práticas institucionais na graduação em Geografia/UFG. Posteriormente, ocorrerá a aplicação de uma pesquisa virtual na plataforma com alunos acerca da pauta, se concordam em doar textos ociosos já utilizados e se sentiam que a aplicação do projeto contribuiria com sua permanência na universidade. 
Os resultados da pesquisa, juntamente com a proposta, serão organizados, tabulados e apresentados como pautas em reunião aberta do centro acadêmico e do conselho diretor do instituto. Isso possibilitará o envolvimento de mais pessoas no projeto, fundamental na política de autogestão. 
É necessário, para tanto, a disponibilização de um espaço de uso coletivo para o recolhimento dos textos. À priori, sugerimos o próprio espaço do centro acadêmico. Deve-se ressaltar também, que essa coleta deve ser seletiva, indicada de acordo os plano de ensino elaborado pelos professores em cada semestre. 
A partir daí, é fundamental o uso de canais de comunicação (informação) para que o projeto tenha êxito. Assim, serão articulados posts nas redes sociais e e-mails que serão encaminhados a todos pela secretaria do curso. Também, será interessante a visita nos momentos de aula para informar os alunos a respeito da campanha. 
3 – A ecosofia no ambiente acadêmico: uma nova abordagem 
O cotidiano social formado ao longo da modernidade é carregado de contradições na perspectiva ambiental. A emergência de um modo de vida consumista na europa a partir das revoluções burguesas, distribuído mundialmente pelas políticas coloniais e imperialistas, alterou a relação do sujeitos com o meio. Conforme indica Santos (1999), o meio deixa de ser considerado natural e passa a ser técnico no sentido da relação do sujeitos com a natureza. 
Santos (1999)  ainda aponta que com o decorrer da história e o acontecimento de grandes eventos, como a segunda guerra mundial, o meio se torna ainda mais complexo. O avanço da produção científica na segunda metade do século XX e o desenvolvimento de sistemas informacionais de comunicação possibilitam uma nova perspectiva para o meio, que passa a ser técnico-científico-informacional. 
O surgimento desse meio potencializou nos países periféricos a política da modernização nos diversos territórios. A formulação ideológica do discurso da globalização enquanto fenômeno de reprodução capitalista, configura uma neocolonialidade. De acordo com Porto-Gonçalves (2006), o ideal de uma colonialidade e a submissão permanece no pensamento coletivo contemporâneo periférico. 
A execução social dessa lógica capitalista, produz culturalmente (des)valores como o individualismo, a segregação, o competitivismo, o preconceito, o consumismo. Para tanto, Guattari (2000) indica a necessidade de uma revisão desse modo de vida, que implica na ecosofia das 3 relações ecológicas: a do sujeito e sua interioridade, bem como a das relações sociais e a do meio ambiente. 
Considerando a fundamental importância da universidade, enquanto espaço destinado a ciência, na atual composição do meio é justo que práticas contra-individualismo sejam debatidas e realizadas. Dessa forma, a proposta metodológica apresentada busca essa nova elaboração ético-política que possa implicar na reestruturação das três ecologias. 
Nesse sentido, o estímulo a alteração no ciclo da impressão de textos acadêmicos que outrora seriam descartados e passam a ser novamente úteis evita o consumo excessivo de papel. Também, pode auxiliar na permanência de alunos com baixa renda no âmbito da universidade pois terão menos gastos com  xerox. Assim, a efetivação de práticas solidárias como essa, podem ser um exemplo incorporado na subjetividade e aplicado em outros espaços sociais.    
Práticas solidárias assim são fundamentais, segundo Guattari (2000), para o  movimento de resposta para a atual crise ecológica.   
“...é concebível em compensação que a nova referência ecosófica indique linhas de recomposição das práxis humanas nos mais variados domínios. Em todas as escalas individuais e coletivas, naquilo que concerne tanto à vida cotidiana quanto à reinvenção da democracia....” (GUATTARI, 2000)
Esse projeto, todavia, reconhece as limitações teórico-metodológicas tradicionais dos processos de construção do conhecimento científico com relação ao ambiente (CARVALHO, 2004).  Para tanto, essa proposta de realização do projeto corresponde a um novo modelo de educação ambiental. Assume-se um viés crítico na análise do contexto que sugira a importância social de noções como o cooperativismo, a solidariedade e a inclusão.             
4 – Considerações Finais:
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Referências bibliográficas:
GUATTARI, Félix.. As Três Ecologias.. . apirus. 2000
PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter.. A globalização da natureza e a natureza da globalização.. . Civilização Brasileira. 2006
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: espaço e tempo, razão e emoção.. . Hucitec. 1999
CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico - São Paulo: Cortez, 2004.

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