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Biossegurança na manipulação de vírus

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Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO/RJ
Disciplina: BIOSSEGURANÇA – Prof.: ARNALDO COUTO
Aluna: Camili Gomes Pereira 
Biossegurança e manipulação de vírus
 A caxumba é causada pelo vírus Paramyxovirus, membro da família Paramyxoviridae, compõem um grupo de vírus envelopados com genoma de RNA simples de sentido negativo (é a cópia que é usada para a síntese proteica). A caxumba é uma doença que provoca não só inflamação nas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais. A caxumba pode causar também epididimorquite que acomete até 38% dos homens em fase pós-puberal infectados pelo vírus da caxumba, sendo geralmente unilateral. A subsequente esterilidade é pouco comum, embora possa haver atrofia testicular.
 É uma doença altamente contagiosa, a transmissão se dá pelo contato direto com as secreções das vias aéreas superiores da pessoa infectada, a partir de dois dias antes até nove dias depois do aparecimento dos sintomas. 
Raros são os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba. Em geral, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. No entanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro pode ser afetado em outra ocasião. Costumam ocorrer surtos da doença no inverno e na primavera e as crianças são as mais atingidas. 
 A vacina contra caxumba é produzida com o vírus vivo atenuado da doença e faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Pode ser aplicada isoladamente. No entanto, em geral, está associada às vacinas contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral. A primeira dose deve ser administrada aos doze meses e a segunda, entre 4 e 6 anos. Exceção feita aos imunodeprimidos e às gestantes, adultos que não foram infectados nem tomaram a vacina na infância e adolescência devem ser imunizados. 
 No laboratório o risco de infecção individual é baixo, pois mesmo que haja manipulação com sangue de contaminados, a doença é transmitida por secreções, os exames de sangue ajudam somente na identificação dos anticorpos contra o vírus da caxumba.
 A caxumba não tem tratamento, o próprio organismo se encarrega de resolver a infecção. O tratamento é para aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e repouso.
Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO/RJ
Disciplina: BIOSSEGURANÇA – Prof.: ARNALDO COUTO
Aluna: Diandra Silveira Machado
Biossegurança e manipulação de vírus
 A hepatite C é uma doença infecciosa causada pelo vírus da hepatite C (VHC) que afeta sobretudo o fígado. O vírus da hepatite C é constituído por RNA de fita simples e pertence à família Flaviviridae. Sua detecção se dá por meio de exames de biologia molecular (HCV-RNA) que também são capazes de identificar o seu tipo (genótipo) e quantidade no sangue (carga viral).  No momento da infeção inicial, é frequente que as pessoas não manifestem sintomas ou que manifestem apenas sintomas muito ligeiros. Ocasionalmente pode verificar-se febre, urina mais escura, dor abdominal ou icterícia. Após a infeção inicial, o vírus permanece no fígado de 75% – 85% das pessoas inicialmente infetadas, tornando-se uma infeção crónica. No início da fase crónica geralmente não se manifestam sintomas. No entanto, ao longo dos anos a infeção pode levar ao aparecimento de doenças hepáticas e ocasionalmente cirrose. Em alguns casos, os indivíduos com cirrose manifestam complicações como Insuficiência hepática ou cancro do fígado, podendo ainda ocorrer complicações que apresentam risco imediato de vida, como varizes esofágicas ou gástricas.
 Entre as causas de transmissão estão:
. Transfusão de sangue;
. Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings;
. Da mãe infectada para o filho durante a gravidez (mais rara);
. Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (mais rara).
 Na ausência de uma vacina contra a hepatite C, o melhor é optar pela prevenção, evitando, acima de tudo, o contato com sangue contaminado. Alguns dos cuidados passam por não partilhar escovas de dentes, lâminas, tesouras ou outros objetos de uso pessoal, nem seringas e outros instrumentos usados na preparação e consumo de drogas injetáveis e inaláveis, desinfetar as feridas que possam ocorrer e cobri-las. Devem ser sempre usados preservativos nas relações sexuais.
 A hepatite c tem classe de risco 2, os profissionais precisam adotar boas práticas e usar barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e EPI) e secundárias (organização do laboratório) para evitar o contagio, atentar bastante ao trabalhar com material perfuro-cortante e amostras de sangue contagiadas.
 As hepatites têm tratamento e grande chance de cura.
O tratamento é um pouco duro, mas é tolerável e cura cerca de 50% das pessoas infectadas. O Interferon é uma injeção subcutânea, de agulha super fina, que deve ser aplicado 1 vêz por semana.
A Ribavirina é uma cartela de cápsulas e a indicação é de aproximadamente 4 comprimidos por dia. A dose varia de pessoa a pessoa, de acordo com o peso e resistência aos efeitos colaterais que cada um apresenta. O protocolo de tratamento prevê uma duração de 6 meses de tratamento para os infectados com os genótipos 2 e 3. Para os de genótipo 1, a duração é de 1 ano.

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