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AGENTES INFECCIOSOS


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FACULDADE DAS AMÉRICAS - FAM BACHAREL EM ENFERMAGEM
AGENTES INFECCIOSOS: INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
SÃO PAULO - SP
2022
Aline Vitória RA 00340555
Amanda Aguiar de Mattos Cruz RA 00342414
André Filipe Morais de Melo Silva RA 00342268
Aryane Viana da Silva RA 00343257
Bárbara Almeida RA 00339932
Barbara Jéssica e Silva Golday RA 00347084
Barbara Lima Vieira Lima RA 00343452
Bruna Souza Annibale Soares De Melo RA 00346451
Bruno Sérgio Souza Oliveira RA 00347056
Camily Koren Ciconello RA 00340735
Cinerlandia Berto RA 00345313
Daiane Patricia Lima de Almeida RA 00345731
David Bezerra Gomes RA 00342136
Elizete de Oliveira Pereira Santos RA 00308644
Emilly da Silva Pereira RA 00341532
Erick da Silva dos Santos RA 00345400
Gabriela Delgado RA 00342161
Gabrielle Cristina Sotero Falcão RA 00345040
Geovanna Freitas Lima da Silva Santos RA 00346944
Isabelly Eduarda de Lima RA 00341025
Jaqueline Jesus de Almeida RA 00343071
Jaqueline Mourão RA 00341646
Jheniffer Araujo Noronha RA 00345698
Jenniffer Christine RA 00346521
João Pedro Gil RA 000343204
João Vitor Alves Leite RA 00345205
Karina Samara de Oliveira RA 00344263
Letícia Siegrist Moraes RA 00346276
Lucas Bastos Reis RA 00343065
Maria Alice Alves Sobreira RA 00345637
Maria Fernanda Silva Alves RA 00347091
Maria Rosa dos Santos Silva RA 00347242
Nicole Della Posta RA 00342868
Paulo Henrique Costa Ledo RA 00346924
Priscila de Amorim Leite RA 00347124
Robert José Sousa de Paula RA 00223926
Stephany Nascimento RA 00341662
Talita de Oliveira RA 012617
Thays Aparecida Silva dos Santos RA 00341082 
AGENTES INFECCIOSOS: INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Artigos apresentados à Faculdade das Américas FAM com proposta integradora e disseminação de informações sobre IST 's. 
Orientadora: Professora Sandra Maria da Penha Conceição.
SÃO PAULO – SP
2022
RESUMO
AUTOR Agentes infecciosos: Infecções sexualmente transmissíveis 2022.48f.
Trabalho IPI - Bacharel em Enfermagem - Faculdade das Américas, São Paulo, 2022.
O trabalho tem como objetivo e proposta educacional acadêmica. Pesquisas tratadas IST’s com profissionais pesquisadores atuantes na área, pesquisas de campo e artigos com intuito de validar o conhecimento proposto.
ABSTRACT
AUTHOR Infectious Agents: Sexually Transmitted Infections 2022.48f. Work IPIBachelor of Nursing - Faculdade das Américas, São Paulo, 2022.
The work has an objective and academic educational proposal. Research dealt with IST’s with professional researchers working in the area, field research and articles in order to validate the proposed knowledge.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................08
2. AGENTES INFECTOCONTAGIOSOS.......................................................09
3. CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO-DST/AIDS-SP................09
4. HERPES.....................................................................................................12
5. GONORRÉIA..............................................................................................14
6. CLAMÍDIA...................................................................................................16
7. HEPATITE C...............................................................................................18
8. HEPATITE B...............................................................................................20
9. SÍFILIS........................................................................................................23
10. HPV............................................................................................................26
11. HIV..............................................................................................................29
12. CANCRO MOLE.........................................................................................36
13. ABORDAGEM DE ENFERMAGEM EM IST’s............................................38
14. CONCLUSÃO.............................................................................................41
15. REFERÊNCIAS..........................................................................................42
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Professora Sandra Maria da Penha Conceição, por ter sido nossa orientadora neste trabalho, nos instruindo, permitindo assim um melhor desempenho no resultado. 
A Enf. Jucimara Ferreira, pela atenção e colaboração na entrevista, pelo fornecimento de informações e esclarecimento de dúvidas. 
E a todos os membros da turma que se uniram e contribuíram para a realização deste trabalho. 
Gratidão a todos!
1. INTRODUÇÃO
As Infecções Sexualmente transmissíveis (IST’s), são causadas por patógenos como vírus, bactérias e outros microrganismos. A forma de transmissão geralmente se dá pelo contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada, porém existem outras formas de transmissão. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de um milhão de novos casos de infecções sexualmente transmissíveis são contraídas todos os dias.
Este trabalho irá retratar algumas IST’s, abordando questões como: origem, transmissão, sintomas, prevenção, tratamento e incidência. Além de destacar a importância do profissional de enfermagem, que atua permanentemente na disseminação de informações para a promoção de saúde, acompanhamento, combate e tratamento de infecções, dando destaque ao acolhimento e abordagem de forma humanizada. 
2. AGENTES INFECTOCONTAGIOSOS
São considerados agentes infecciosos, microrganismos responsáveis por causar doenças infecciosas com potencial de transmissão para outros seres vivos da mesma espécie ou não. São consideradas doenças infectocontagiosas aquelas de fácil e rápida transmissão. As principais doenças infecciosas com quadro de persistência no Brasil são a gripe, infecções de pele. AIDS/HIV, às hepatites virais tipo B e C, a tuberculose e as doenças respiratórias e diarreicas. As Infecções Sexualmente Transmissíveis são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. As IST’s também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
3. CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO-DST/AIDS-SP
O Centro de Referência e Treinamento-DST/AIDS-SP (CRT) nasceu na década de 80 e funcionava no Hospital Emílio Ribas. Após surgir os primeiros casos de AIDS, por ser algo novo, os pacientes assim que chegavam no hospital vinham a óbito. Com o aumento de casos, foi criado o Hospital Emílio Ribas 2. A única informação confirmada era que se tratava de doença sexualmente transmissível. Com o tempo, e o aumento de casos, logo começaram a surgir pesquisas e descobriram que o vírus causava diminuição do sistema imunológico. Na época foi instalado uma linha telefônica onde as pessoas ligavam para esclarecer dúvidas sobre a infecção. Após ser desvinculado do Hospital Emílio Ribas ficou conhecido como Centro de Referência e Treinamentos DST/AIDS.
Atualmente em São Paulo o centro tem dois projetos:
O CTA-DST/AIDS- Centro de Testagem e Aconselhamento e o SAE
–DST/AIDS que são municipais. A primeira porta de entrada no Centro de Referência é o CTA – Centro de Testagem e Aconselhamento que é onde os pacientes chegam devido a um rompimento de preservativo, uma relação sem proteção ou sinais e sintomas aparentes. Nesse local é feito teste de HIV, Hepatite B, C e Sífilis. Enquanto o SAE-DST/AIDS tem as mesmas funções, porém também realiza o tratamento.
O CRT tem duas pesquisas em andamento, a primeira iniciada em 2001 em parceria com a rede norte-americana HIV Vaccines Trial Network que aborda sobre a vacina anti-HIV, e outra nacional sobre um antirretroviral injetável. A internação e a remoção funcionam 24h, recebendopacientes encaminhados do Hospital Emílio Ribas e outros hospitais, enquanto o ambulatório e a farmácia funcionam das 8h às 20h de segunda a sexta.
O que destaca e diferencia o CRT é a assistência humanizada, projetos que visam a promoção da saúde, programas de vinculação e retenção dos usuários, prevenção combinada, qualidade de vida, hormonização para usuários que fizeram troca de sexo, vacinação extramuros (que tem como objetivo alcançar grupos de usuários que não tem disponibilidade de se dirigir a uma unidade de saúde) e ações contra todo o preconceito que envolvem as IST's.
A maioria dos casos que chegam de HIV vem acompanhado de outras ISTs, como a sífilis. O público alvo não inclui somente pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+ e profissionais do sexo como muitos pensam, o centro trata de todos os cidadãos que compõe a sociedade e foram expostos ao vírus. O centro trabalha em conjunto com várias ONGs, para ter melhor recebimento e encaminhamento de pacientes.
Uma das ONGs que é parceira do centro é a BARONG, que realiza testes rápidos, aplicação de vacinas e distribuição de preservativos. As empresas parceiras agem fornecendo produtos como camisinhas, géis lubrificantes, materiais para os kits de redução de danos, e as parcerias com hospitais agem no âmbito cirúrgico realizando cirurgias de troca de sexo e enxertos odontológicos.
A equipe multidisciplinar que trabalha na instituição faz o uso de EPI’s e EPC's. Para que usem de forma correta participam de treinamentos e reciclagens internamente, além de serem capacitados para funções específicas através do Telelab, plataforma onde é realizada capacitação de testes rápidos e informações sobre IST's.
As medicações, testes e a coleta da carga viral, são protocolos que sempre estão disponíveis no CRT. Assim que o paciente realiza o teste, é disponibilizado a medicação para que haja diminuição da carga viral, para que quando o paciente retornar a carga viral esteja diminuída, evitando a transmissão. Em casos onde os pacientes não se adaptam a medicação é realizado um exame chamado Genotipagem, e também a troca de antirretroviral.
Além dos testes de carga viral, o instituto fornece exames de colonoscopia, endoscopia, e ultrassom juntamente com o CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde).
Se a pessoa que possui HIV, estiver seguindo o tratamento e o vírus estiver indetectável no seu corpo, ela não transmite o vírus nem mesmo através de relações sexuais. Para isso o tratamento precisa estar sendo seguido corretamente, realizando o acompanhamento trimestralmente. Vale ressaltar que mesmo assim, ela pode transmitir ou contaminar com outro tipo de vírus, inclusive uma mutação do HIV.
Mulheres soropositivas, podem sim ter filhos, mas devem estar indetectáveis para o vírus, evitando o risco de o bebê contrair a patologia durante a gestação. Além disso, é necessário ter orientação da maternidade indicada para o parto e após o nascimento o RN precisa começar a fazer o uso do antirretroviral.
A mulher com o vírus HIV não pode amamentar, deve ter um acompanhamento específico, com isso receberá medicação para ajudar a secar o leite materno. O CRT também fornece o leite para o recém-nascido e acompanhamento pediátrico até os 2 anos de idade. Para uma pessoa que se contaminou, a orientação a ser seguida é procurar um serviço de saúde até 72 horas após o ocorrido, se for acidente com perfuro cortante ou pessoa vulnerável.
Para o uso do antirretroviral é necessário entender o que houve, pois existem casos em que não há exposição. O fluxo a ser seguido é realizar o teste, se der positivo, deve-se iniciar o tratamento com medicação por 28 dias (O CRT disponibiliza 30 comprimidos por pessoa, para casos de perda), após 60 dias será necessário voltar ao serviço de saúde para acompanhamento. Caso a pessoa tenha se exposto novamente durante o tratamento será necessário complementar a medicação por mais 28 dias.
Caso o usuário permanecer se expondo consecutivamente será necessário avaliar a possibilidade de iniciar com o PrEP: profilaxia préexposição. A medicação deverá ser tomada todos os dias, pois se o indivíduo tiver contato com o vírus HIV, por conta da medicação será inibido de entrar na célula. O usuário que realiza esse tratamento permanece sendo monitorado, pois o PrEP pode causar alterações no fígado e nos rins.
4. HERPES
O Herpes genital é uma Infecção sexualmente transmissível de alta prevalência, causada pelo vírus do herpes simples (HSV), que provoca lesões na pele e nas mucosas dos órgãos genitais masculinos e femininos. Uma vez dentro de um organismo, dificilmente esse vírus será eliminado, passando por períodos de remissão (adormecimento do vírus, sem causar sintomas) e recidivas (manifestação da doença clinicamente). Além disso, como ele permanece dentro das raízes nervosas, o sistema imunológico não tem acesso a ele. O herpes genital origina-se pelo vírus do herpes simples (HSV), a infecção está relacionada às duas cepas diferentes do HSV o tipo 1 e o tipo 2, na maioria dos casos é provocada pelo tipo 2. O HSV é um vírus de DNA pertence à família Herpesviridae.
O herpes é transmitido através do contato com a pele ou mucosa infectada, secreções da vagina, pênis ou ânus ou fluido oral de alguém infectado pelo vírus. Isso inclui tocar, beijar e contato sexual (vaginal, anal, peniano e oral). Áreas úmidas da boca, garganta, ânus, vulva, vagina e olhos são facilmente infectadas. O herpes pode ser transmitido de um parceiro para outro ou de uma parte do seu corpo para outra parte. Se um parceiro tem herpes labial oral, ele transmitir o vírus durante o sexo oral e causar herpes genital. O herpes é mais facilmente transmitido quando há feridas abertas, mas também pode ser transmitido antes que as bolhas realmente se formem ou mesmo de pessoas sem sintomas.
Apesar das lesões regrediram espontaneamente nas pessoas com resposta imune satisfatória e as recidivas serem menos graves do que a primeira infecção, elas podem continuar transmitindo o vírus do herpes genital. Depois, essas pequenas bolhas (lesões) cheias de líquido se rompem, criam uma crosta e cicatrizam, mas o vírus migra pela raiz nervosa até alojar-se num gânglio neural, onde permanece latente (adormecido) até a recidiva seguinte. É muito improvável que o herpes se espalhe por assentos sanitários, piscinas, banheiras de hidromassagem ou toalhas úmidas. Uma mãe infectada pode transmitir o vírus para o bebê durante ou após o parto.
As primeiras estimativas globais sobre infecção pelo vírus do herpes foram descobertas recentemente, os resultados foram:
Herpes simples tipo 1: mais de 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos, ou 67% da população está infectada com o HSV-1.
Herpes genital tem como sintomas: ardor, prurido (coceira), formigamento e gânglios inflamados, estes sintomas normalmente antecedem as erupções de pele. As manchas vermelhas que aparecem alguns dias mais tarde evoluem para vesículas agrupadas em forma de buquê. Às vezes, elas estão presentes dentro do meato uretral ou, por contiguidade, podem atingir a região anal e perianal, de onde se disseminam, se o sistema imunológico estiver debilitado. Na grande maioria das vezes as lesões do herpes genital costumam regredir espontaneamente, mesmo sem tratamento. Além da disseminação do vírus, o herpes genital na gravidez pode provocar aborto espontâneo, uma vez que existe a transmissão vertical do vírus, sendo uma doença congênita (que passa da mãe para o feto), extremamente grave e letal.
A herpes genital não tem cura, no entanto o tratamento ajuda a diminuir a gravidade e a duração dos sintomas. Para isso, deve ser iniciado nos primeiros 5 dias desde o surgimento das primeiras lesões na região genital. O tempo de tratamento varia de acordo com a medicação e geralmente é de 7 a 10 dias. Normalmente, o urologista ou a ginecologista receita o uso de antivirais em comprimidos e pomadas antivirais para aplicar nas lesões.
A melhor maneira de prevenir o herpes genital é através do uso de preservativo em todasas relações sexuais. Lembrando que apesar das lesões regrediram espontaneamente nas pessoas com resposta imune satisfatória e as recidivas serem menos graves do que a primeira infecção, elas podem continuar transmitindo o vírus do herpes genital.
5. GONORRÉIA
A gonorreia é uma infecção causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, tendo em vista o número de casos no Brasil, que gira em torno de 2 milhões anualmente. E acomete, principalmente, jovens de 15 a 24 anos, idade em que é comum haver intensa atividade sexual sem a devida proteção.
Em um estudo feito com 95 adolescentes, com faixa etária entre 15 e 21 anos, revela-se que quase 50% dos indivíduos não conhecem a gonorreia e as suas formas de transmissão. Destacando assim, um quadro preocupante de desinformação e, consequentemente, de transmissão.
A contaminação ocorre através, quase exclusivamente, do contato sexual ou perinatal, portanto, pela via sexual (oral, vaginal ou anal), sem o uso de preservativo, ou entre mãe e filho no momento do parto. A contaminação através de toalhas ou roupas íntimas é pouco comum. Após um episódio de intercurso sexual vaginal sem preservativo, a chance de transmissão é de cerca de 50% a 70%.
A gonorreia pode ser transmitida mesmo quando o paciente infectado não apresenta sintomas. Também não é necessário haver ejaculação para ocorrer a transmissão, basta o ato sexual. Não existem dados consolidados em nível nacional de infecções causadas por Neisseria gonorrhoeae, por não serem agravos de notificação compulsória. Estudo conduzido em seis estados brasileiros encontrou prevalências 0,9% de gonorreia.
A sua prevenção se resume a, principalmente, usar camisinha masculina ou feminina nas relações sexuais vaginais e orais. É importante também oferecer informações sobre as infecções, incluindo detalhes sobre transmissão, prevenção e complicações, assim como aconselhamento a todas as parcerias sexuais. Recomenda-se fornecer informações verbais e escritas, além de testes para IST’s.
Os sintomas são menos visíveis no sexo feminino. O microrganismo infecta o revestimento da uretra, do colo do útero, do reto e da garganta ou das membranas que cobrem a parte frontal do olho (conjuntiva e córnea). Eventualmente, se dissemina pela corrente sanguínea (infecção gonocócica disseminada), mas esses são casos menos frequentes. Durante o parto, após a transmissão à criança, a mesma pode desenvolver conjuntivite (oftalmia neonatal).
Após contato sexual, com o parceiro infectado, o período de incubação é relativamente curto (2 a 5 dias) e a infecção evolui para doença. Os sintomas da doença podem variar-se, sendo mais evidente nos homens. Entre os sinais mais comuns estão:
• Dor leve a intensa ao urinar (disúria);
• Inflamação no canal da uretra;
• Saída de secreção purulenta amarelo-esverdeada pela uretra;
• Urgência para urinar.
Os sintomas na garganta (faringite gonocócica) incluem dor e alterações da fala.
Sobre as complicações, nos homens, a mais comum é a infecção dos testículos e da próstata, nas mulheres, a pior complicação é a doença inflamatória pélvica, uma infecção grave dos órgãos reprodutores, que acomete o útero, ovários e tubas uterinas. Em ambos os sexos pode ocorrer estreitamento da uretra e infertilidade. Na gravidez, pode levar a aborto espontâneo, parto prematuro e baixo peso ao nascer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alerta sobre o surgimento de "super gonorreias", e os tratamentos disponíveis não são efetivos contra elas, a gonorreia é causada por uma bactéria com alta capacidade de mutação e de troca de gene de resistência, e por isso existem programas mundiais de controle do gonococo.
A importância do diagnóstico e do tratamento adequado se dá pelo fato de que esses agentes microbianos são os principais causadores das infecções femininas. O diagnóstico pode ser feito pela detecção do material genético dos agentes infecciosos por biologia molecular, em mulheres utilizando o primeiro jato de urina, ou por coleta de swabs da endocérvice ou vagina. Os testes de amplificação de ácidos nucléicos (nucleic acid amplification testing, NAAT) são os testes mais sensíveis para esse tipo de material.
Como exemplo de NAAT, citam-se a reação em cadeia da polimerase e à amplificação mediada por transcrição.
Tendo o resultado, o tratamento utilizado é através de uma dose única de antibiótico, habitualmente feito com Ceftriaxona intramuscular na dose de 250mg. Esse esquema tem taxa de cura de 99%, sendo de fácil acesso e estando disponível gratuitamente na maioria dos postos de saúde. Já nos casos de oftalmia neonatal, um medicamento em forma de colírio deve ser aplicado em todos os recém-nascidos na primeira hora de nascimento para prevenir o problema. Caso o recém-nascido apresente sinais da infecção, ele deverá ser hospitalizado para receber o tratamento antibiótico adequado, pois há risco de lesões na córnea e cegueira.
6. CLAMÍDIA
A infecção sexual por Chlamydia Trachomatis é a infecção bacteriana sexualmente transmissível mais prevalente do mundo. É assintomática em até 80% dos casos e está associada à doença inflamatória pélvica, infertilidade tubária, parto prematuro, aborto, gravidez ectópica, doença respiratória no recém-nascido e mortalidade neonatal.
A infecção por clamídia pode ser transmitida por via sexual anal, vaginal ou oral e durante o momento do parto de mãe para filho, quando o bebê passa pelo canal vaginal. Também é possível a contaminação ocular pela clamídia se as mãos da paciente estiverem contaminadas com secreções vaginais quando ela coçar os olhos.
Como já foi referido, a maioria dos pacientes que se contaminam com clamídia não apresenta sinais da doença. Nas mulheres apenas 10% desenvolvem sintomas; nos homens, o número é um pouco maior, ao redor dos 30%. Entretanto, é bom destacar que mesmo sem sintomas, o paciente contaminado é capaz de transmitir a doença para seus parceiros.
Nos pacientes que desenvolvem sintomas, os mesmos costumam surgir entre 1 e 3 semanas após a contaminação.
Nas mulheres, os principais sintomas da Chlamydia Trachomatis são:
• Corrimento vaginal;
• Coceira vaginal;
• Sangramento vaginal;
• Dor abdominal;
• Dor durante o sexo;
• Ardência ou dor ao urinar.
Nos homens, os sintomas mais comuns de clamídia incluem:
• Ardência ou dor ao urinar;
• Saída de corrimento purulento pela uretra;
• Dor nos testículos;
• Inchaço do saco escrotal;
• Proctite (inflamação do ânus que ocorre em homens homossexuais passivos);
As complicações da infecção pela Chlamydia trachomatis costumam ocorrer nos pacientes com poucos ou nenhum sintoma, que por isso mesmo, acabam não procurando tratamento médico.
As mulheres com infecção por Chlamydia trachomatis (especialmente a causada por sorotipo G) apresentam 6 vezes mais riscos para o desenvolvimento de câncer do colo do útero.
Nas grávidas, infecções por clamídia podem levar a parto prematuro. Bebês que nascem de mães infectadas podem se infectar e desenvolver complicações precoces. A clamídia é uma das principais causas de pneumonia e conjuntivite em recém-nascidos. Nos homens a complicação mais comum é a prostatite, infecção da próstata. Infecção do epidídimo, estrutura localizada logo acima dos testículos, também pode ocorrer.
A prevalência dessa infecção, de acordo com estudos clínicos com mulheres que receberam atendimento médico em ambulatórios ginecológicos e nos consultórios de ginecologistas, variou de 4,3% a 31%. A prevalência pode variar de acordo com a região.
Para o tratamento é para C trachomatis a azitromicina 1g, via oral, em dose única, ou doxiciclina 100mg, duas vezes por dia, por sete dias.
A forma mais eficaz de prevenir a infecção por clamídia é através da prática do sexo seguro, usando preservativos em todo encontro sexual, principalmente com parceiros novos.
Antes de começar a ter relações com um novo parceiro é sempre aconselhável que os dois façam testes para a presença de clamídia e de outras infecções sexualmente transmissíveis.
7. HEPATITE C
O vírus da hepatite C foi identificado em 1989, conhecida comouma das principais doenças hepáticas no mundo. O agente etiológico é um vírus RNA da família flaviviridae. Pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo esta segunda a forma mais comum. A distinção entre a infecção aguda e crônica para a hepatite C é diferenciada pelo tempo em que o HCV permanece detectável no portador, ou seja, para ser diagnosticada como hepatite crônica o vírus deve ser detectado por tempo superior a seis meses.
Caracteriza-se por um processo inflamatório persistente no fígado. Na hepatite aguda, a clínica pode variar desde formas subclínicas, apresentando poucos sintomas ou nenhum, cerca de 80% das pessoas não apresentam qualquer manifestação.
Na fase Crônica muitos pacientes são assintomáticos e não têm icterícia, embora alguns apresentem mal-estar, anorexia, fadiga e desconforto abdominal superior inespecífico. Muitas vezes, os primeiros achados são sinais de cirrose (esplenomegalia, nevos araneiformes, eritema palmar) ou complicações da cirrose (hipertensão portal, ascite, encefalopatia).
• A infecção é mais comumente transmitida pelo sangue, principalmente quando usuários de drogas parenterais compartilham agulhas, mas também por tatuagens e aplicação de piercings com equipamentos não estéreis.
• A transmissão sexual e a transmissão vertical da hepatite C da mãe para o lactente são relativamente raras.
• A transmissão da hepatite C pela transfusão de hemoderivados tornou-se muito rara após o advento dos testes de triagem no sangue doado. 
O HCV diagnóstico da infecção se baseia principalmente na detecção de anticorpos contra os do vírus (anti-HCV) e para detectar o RNA viral do HCV, que é o primeiro marcador a aparecer é de uma a duas semanas após a infecção. Se o anti-VHC for positivo, fazer a carga viral do RNA do HCV para diferenciar a infecção ativa da infecção progressiva.
A biópsia do fígado é útil para graduar atividade inflamatória, estadiamento da fibrose e excluir outras causas de doença hepática.
O diagnóstico tardio pode levar a complicações graves, maltratadas e em estágios avançados, como a cirrose e o carcinoma hepatocelular. As hepatites C podem se apresentar como hepatite aguda e crônica. Em ambas as manifestações clínicas são escassas, podendo ser até assintomáticas. O diagnóstico confirmatório só é possível por meio de exames sorológicos específicos e/ou exames de biologia molecular para detecção do vírus.
Pacientes com resposta Viral Sustentada (RVS), têm uma probabilidade menor de 99% de permanecerem negativos para HCV-RNA e normalmente são considerados curados. Quase 95% dos pacientes com RVS têm melhores resultados histológicos, incluindo fibrose e índice de atividade histológica; além disso, o risco de progressão para cirrose, insuficiência hepática e morte relacionada ao fígado é menor. Pacientes com cirrose e hipertensão portal e que foram tratados com regimes à base de interferon, um RVM mostrou reduzir as pressões portais e reduzir significativamente o risco de descompensação hepática, morte relacionada ao fígado, mortalidade por todas as causas e carcinoma hepatocelular.
O tratamento da hepatite C é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. Os DAA revolucionaram o tratamento da hepatite C, e possibilitam a eliminação da infecção. Além disso medicamentos para tratamento sintomático de vômitos e febre quando pertinente, evitando-se os fármacos com potencial hepatotóxico, e aconselhando-se repouso, dieta de fácil digestão e abstinência ao consumo alcoólico.
Atualmente, no Brasil, as opções farmacológicas preconizadas pelo Ministério da Saúde, sendo base do tratamento é a inibição da multiplicação viral nas células do hospedeiro, agindo em vários níveis desde a replicação viral, entrada do vírus nas células do hospedeiro, a incorporação do material genético viral no núcleo e a sua reprodução, até a produção de mensageiros, enzimas e proteínas para a formação de novos vírus.
ADDs atualmente utilizados para tratar HCV incluem:
Simeprevir, sofosbuvir, paritaprevir, ledipasvir, dasabuvir, ombitasvir, daclatasvir, elbasvir, grazoprevir, velpatasvir, glecaprevir, pibrentasvir, voxilaprevir.
AADs não são usados em monoterapia, mas em combinações específicas para maximizar a eficácia.
De 1999 a 2020, foram notificados no Brasil 262.815 casos confirmados de hepatite C no Brasil, sendo 58,9% no Sudeste, 27,5% no Sul, 6,5% no Nordeste, 3,6% no Centro-Oeste e 3,5% no Norte.
A taxa de detecção dos casos confirmados de hepatite C, em 2020, foi de 4,4 por 100 mil habitantes no país. Considerando as taxas segundo regiões, observa-se a maior taxa na região Sul (com 12,1 casos para cada 100 mil habitantes), seguida pelo Sudeste (4,5), Centro-Oeste (3,0), Norte (2,6) e Nordeste (1,1).
Considerando as faixas de idade, em todo o período, observa-se que o maior percentual dos casos notificados de hepatite C ocorreu na faixa etária acima de 60 anos: 22,0% do total de casos, 26,7% entre as mulheres e 18,5% entre os homens. Em 2020, as maiores taxas de detecção foram observadas, em ambos os sexos, na faixa etária de 55 a 59 anos, chegando a uma taxa de detecção de 34,5 casos por 100 mil habitantes entre homens e 19,7 entre mulheres.
8. HEPATITE B
Doença infecciosa viral, contagiosa, causada pelo vírus da hepatite B (HBV), conhecida anteriormente como soro-homóloga. O agente etiológico é um vírus DNA, hepatovirus da família Hepadnaviridae, podendo apresentar-se como infecção assintomática ou sintomática. Em pessoas adultas infectadas com o HBV, 90 a 95% se curam; 5 a 10% permanecem com o vírus por mais de seis meses, evoluindo para a forma crônica da doença. Os pacientes com a forma crônica podem apresentar-se em uma condição de replicação do vírus (HBeAg reagente), o que confere maior propensão de evolução da doença para formas avançadas, como a cirrose, ou podem permanecer sem replicação do vírus (HBeAg não reagente e anti-HBe reagente), o que confere taxas menores de progressão da doença. Percentual inferior a 1% apresenta quadro agudo grave (fulminante). A infecção em neonatos apresenta uma taxa de cronificação muito superior àquela que encontramos na infecção do adulto, com cerca de 90% dos neonatos, evoluindo para a forma crônica e podendo, no futuro, apresentar cirrose e/ou carcinoma hepatocelular.
A evolução de uma hepatite aguda consiste de três fases:
• Prodrômica ou pré-ictérica: com aparecimento de febre, astenia, dores musculares ou articulares e sintomas digestivos, tais como: anorexia, náuseas e vômitos, perversão do paladar, às vezes cefaleia, repulsa ao cigarro. A evolução é de mais ou menos quatro semanas. Eventualmente essa fase pode não acontecer, surgindo a icterícia como o primeiro sinal;
• Ictérica: abrandamento dos sintomas digestivos e do surgimento da icterícia que pode ser de intensidade variável, sendo, às vezes, precedida de colúria. A hipocolia pode surgir por prazos curtos, sete a dez dias, e às vezes se acompanhada de prurido;
• Convalescença: desaparece a icterícia e retorna à sensação de bem-estar. A recuperação completa ocorre após algumas semanas, mas a astenia pode persistir por vários meses. Noventa a 95% dos pacientes adultos acometidos podem evoluir para a cura.
Quando a reação inflamatória do fígado nos casos agudos sintomáticos ou assintomáticos persiste por mais de seis meses, considera-se que a infecção está evoluindo para a forma crônica. Os sintomas, quando presentes, são inespecíficos, predominando fadiga, mal-estar geral e sintomas digestivos. Somente 20 a 40% dos casos têm história prévia de hepatite aguda sintomática. Em uma parcela dos casos crônicos, após anos de evolução, pode aparecer cirrose, com surgimento de icterícia, edema, ascite, varizes de esôfago e alterações hematológicas. A hepatite B crônica pode também evoluir para hepatocarcinoma sem passar pelo estágio de cirrose.
A transmissão ocorre por meio de:
• relações sexuais desprotegidas, pois o vírus encontra-se no sêmen e secreções vaginais. Háque se considerar que existe um gradiente de risco decrescente desde o sexo anal receptivo, até o sexo oral sem ejaculação na boca;
• realização dos seguintes procedimentos sem esterilização adequada ou utilização de material descartável: intervenções odontológicas e cirúrgicas, hemodiálise, tatuagens, perfurações de orelha, colocação de piercings; 
• uso de drogas com compartilhamento de seringas, agulhas ou outros equipamentos;
• transfusão de sangue e derivados contaminados;
• transmissão vertical (mãe/filho) e aleitamento materno;
• acidentes perfuro cortantes. Em acidentes ocupacionais perfuro cortantes, o risco de contaminação pelo vírus da Hepatite B (HBV) está relacionado, principalmente, ao grau de exposição ao sangue no ambiente de trabalho e também à presença ou não do antígeno HBeAg no paciente-fonte.
Em exposições percutâneas envolvendo sangue sabidamente infectado pelo HBV e com a presença de HBeAg (o que reflete uma alta taxa de replicação viral e, portanto, uma maior quantidade de vírus circulante), o risco de hepatite clínica varia entre 22 a 31% e o da evidência sorológica de infecção de 37 a 62%. Quando o paciente-fonte apresenta somente a presença de HBeAg (HBeAg não reagente), o risco de hepatite clínica varia de 1 a 6% e o de soro conversão 23 a 37%.
A maioria dos pacientes, especialmente crianças, são assintomáticas. Entretanto, são comuns sintomas como mal-estar, anorexia e fadiga, algumas vezes acompanhados de febre baixa e desconforto no abdome superior. Em geral, não há icterícia.
Muitas vezes, os primeiros resultados são:
• Sinais de doença hepática crônica ou cirrose (p. ex., esplenomegalia, nevos aracneiformes, eritema palmar).
O tratamento difere entre hepatite aguda e crônica:
Hepatite aguda: acompanhamento ambulatorial, com tratamento sintomático, repouso relativo, dieta conforme a aceitação, normalmente de fácil digestão, pois frequentemente os pacientes estão com um pouco de anorexia e intolerância alimentar; abstinência de consumo alcoólico por pelo menos seis meses; e uso de medicações para vômitos e febre, se necessário.
Hepatite crônica: a persistência do HBsAg no sangue por mais de seis meses, caracteriza a infecção crônica pelo vírus da hepatite B. O tratamento medicamentoso está indicado para algumas formas da doença crônica e, devido à sua complexidade, deverá ser realizado em ambulatório especializado.
A principal forma de prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, que está disponível no SUS para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade.
Para crianças, a recomendação é que se façam quatro doses da vacina, sendo: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, via de regra, o esquema completo se dá com aplicação de três doses. Para população imunodeprimida deve-se observar a necessidade de esquemas especiais com doses ajustadas, disponibilizadas nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Outras formas de prevenção devem ser observadas, como usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O preservativo está disponível na rede pública de saúde.
9. SÍFILIS
Existem duas teorias sobre a origem da sífilis. Alguns argumentaram que esta seria uma doença americana, trazida da América para a Europa, por Colombo ou seus sucessores. Outra teoria é que a sífilis é uma doença antiga do velho mundo que sofreu uma mutação no século XVI que tornaram mais contagiosa. O agente causador da sífilis foi identificado há 100 anos por Fritz Richard Schaudinn, que nasceu em 19 de setembro de 1871 em Rosenkenken, Prússia Oriental, em Friedrich-Wilhelm. Estudou zoologia na Universidade e morreu em 22 de junho de 1906.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, um subtipo de doença sexualmente transmissível. A transmissão é principalmente sexual (oral, vaginal ou anal). Seguido pela transmissão vertical para o feto durante o período de gestação de uma mãe com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente. Também pode ser transmitida por transfusão sanguínea.
Apesar da fácil suspeita clínica, dos exames laboratoriais comparativamente acessíveis e do tratamento barato e amplamente disponível. Sua incidência tem aumentado nas últimas décadas, principalmente entre homens que fazem sexo com homens. Também pode se alastrar, com mais de 40% de mortalidade fetal. No país como um todo, o aumento foi de 31,8%. De acordo com a organização Mundial da saúde (OMS 2018.).
A infecção por sífilis é dividida nos estágios mais recentes da sífilis (primeira, segunda e latente tardia).
A sífilis primária se manifesta de 2 a 3 semanas após a inoculação do Treponema como lesão ulcerada e indolor em região genital, apresentando duração média de 2 a 8 semanas e, em geral, evolui com o desaparecimento espontâneo das lesões. O segundo local mais comum do acometimento das lesões é a cavidade oral, mais frequentemente nos lábios, seguido pela língua e tonsilas palatinas.
A sífilis secundária, é clinicamente muito abundante. Isso geralmente acontece de 2 a 8 semanas após o desaparecimento das lesões. Esta fase pode apresentar sintomas sistêmicos, linfonodos dolorosamente inchados e uma erupção cutânea que afeta as regiões palmares e plantares e isso pode persistir por mais de 5 anos, se não houver tratamento. Manifestações raras que podemos encontrar na Sífilis secundária é a hepatite sifilítica representando cerca de 3% dos casos. Pode ser assintomática, resultando apenas em elevação das transaminases.
A sífilis não tratada pode levar a muitas outras doenças e complicações, incluindo a morte. Podemos classificar o estágio da sífilis como Neurossífilis, é a invasão do Treponema no SNC, ocorre no decorrer da infecção, podendo surgir em qualquer estágio. Afetam meninges e vasos sanguíneos, incluindo meningite sifilítica sintomática e assintomática. Os sintomas variam dependendo da condição incluindo cefaleia, rigidez de nuca, náuseas, vômitos, papiledema, convulsões e níveis modificados de consciência, e distúrbios dos nervos cranianos. Pode acometer a coluna vertebral, levando à meningomielite, além de causar artrite e infarto cerebral ou medular.
Para o diagnóstico de sífilis é necessário combinar dados clínicos, resultados de exames diagnósticos, história de infecções prévias e investigação de exposição sexual de risco recente. A análise da história sexual é relevante para esclarecer o diagnóstico isso requer experiência profissional e segurança para a confidencialidade. Permanece um desafio devido às limitações do teste e às diversas patologias associadas que dificultam a suspeita da doença.
A detecção direta de treponemas por microscopia de campo escuro e imunofluorescência do material coletado das lesões é altamente específica, mas tem baixa sensibilidade e varia de acordo com a habilidade técnica do avaliador e não está disponível em muitos centros de saúde.
Os testes sorológicos continuam sendo o principal método de detecção, diagnóstico e resposta ao tratamento da sífilis. Dois tipos diferentes de testes são usados para o diagnóstico geralmente em sequência. O primeiro identifica com alta sensibilidade aqueles indivíduos que podem ter a infeção e o segundo tem maior especificidade para confirmar o primeiro teste, reduzindo assim o número. Em ambientes clínicos, os imunes ensaios (treponêmicos e não treponêmicos) são mais usuais para triagem de indivíduos assintomáticos e diagnóstico de indivíduos sintomáticos é caracterizado por encontrar todos os anticorpos em amostras de sangue total, soro ou plasma. A síntese de anticorpos IgM específicos ocorre durante os estágios iniciais da infecção, mas esses anticorpos também estão presentes mais tarde na infecção, portanto, testes que detectam apenas IgM não são recomendados. Testes treponêmicos são testes que empregam como antígeno Treponema pallidum, e detectamanticorpos antitreponêmicos. Esses testes são feitos apenas qualitativamente. Testes não treponêmicos são testes que detectam anticorpos não treponêmicos. Esses anticorpos não são específicos para Treponema pallidum, porém estão presentes na sífilis. São testes que podem ser classificados como qualitativo e quantitativo. A diferença principal é que os testes não treponêmicos detectam anticorpos que não são específicos contra Treponema pallidum e os testes treponêmicos detectam anticorpos específicos para antígenos de T. pallidum. 
A sífilis é uma infeção sexualmente transmissível curável. O exame e o tratamento corretos são muito importantes, pois nem sempre apresentam sintomas, principalmente nos estágios iniciais. O indivíduo tem como opção procurar a Unidade Básica de Saúde fazer o teste rápido de sífilis ou o teste de sorologia. Muitos anos após o advento da penicilina benzatina e embora seja usado regularmente no tratamento da sífilis, continua sendo o fármaco de escolha para quase todos os estágios da doença. A penicilina benzatina apresenta uma taxa de eficaz acima de 95%, para pacientes que têm alergia ao antibiótico, e o paciente é submetido ao uso de dessensibilização.
A principal forma de prevenção da sífilis é o uso do preservativo em todas as relações sexuais, seja ele masculino ou feminino. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita, todo o tratamento poderá ser realizado no SUS.
10. HPV
O Papilomavírus humano, é um vírus capaz de infectar a pele e/ou mucosas através do contato direto durante qualquer contato sexual (genital-genital, oral, genital e manual-genital), mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal, podendo desencadear verrugas e até câncer.
Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que 40 deles atingem especificamente a mucosa genital.
Baixo risco oncogênico:
São numerados de acordo com a sequência
(6,11,40,42,43,44,54,61,70,72,81)
Apresentam lesões benignas e intraepiteliais escamosas de baixo grau.
Alto risco oncogênico:
São numerados de acordo com a sequência
(16,18,31,33,35,39,45,51,52,56,58,59,68,73,82)
Apresentam lesões intraepiteliais escamosas de alto grau e carcinomas.
É a IST de maior transmissibilidade, superando Herpes genital e HIV.
Lesões verrucosas e papilomatosas que comprometem a pele são descritas desde a Grécia antiga. No começo do século XX, iniciaram-se as pesquisas sobre o papilomavírus (PV). Em 1933, o PV foi isolado como possível agente etiológico de verrugas em coelhos, desde então essa classe viral tem sido considerada como agentes Infecciosos naturais, responsáveis pelo desenvolvimento de verrugas em diferentes grupos de mamíferos, inclusive no homem.
Em 1949 ocorreu a primeira observação das partículas de PV em verrugas nos humanos. Em 1950 foi descoberto o potencial carcinogênico dos HPV em pacientes com epidermodisplasia verruciforme, mas a estrutura do genoma viral foi desvendada por Crawford em 1963. Em 1979, pesquisadores descreveram a diversidade dessa classe viral e Zur Hausen propôs a hipótese de que os HPV’s participavam da etiologia dos cânceres e de colo de úteros. A partir de 1987, com vários estudos moleculares e epidemiológicos foi confirmado que a infecção cervical decorre de certos tipos de HPV, proporcionando neoplasia de colo uterino.
O HPV infecta o epitélio escamoso e pode induzir a formação de diversos tipos de lesões cutaneomucosas, atingindo principalmente a região genital. Apesar da menor frequência, o HPV também pode ser transmitido no momento do parto e por meio do contato com objetos contaminados por secreções que apresentem o vírus, tais como roupas e toalhas.
A principal manifestação desse tipo de infecção é o aparecimento de verrugas ou lesões na pele ou na mucosa, causando coceira e/ou irritação. Essas lesões costumam ter aspecto de “couve-flor” e tamanhos variados. Surgem na região genital ou no ânus de ambos os sexos, mas podem aparecer também na boca e na garganta.
Cerca de 2% a 5% das mulheres apresentam alterações na colpocitologia oncótica. É um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero, conhecido como Papanicolau.
Nos homens as lesões ocorrem com maior frequência no folheto interno do prepúcio, ou na glande. Pode ser localizada na pele do pênis e do escroto.
Enquanto na mulher costuma se localizar na vulva, vagina e cérvice.
Fatores predisponentes ao aparecimento das lesões:
• Tabagismo;
• Deficiência imunológica (incluindo o HIV);
• Desnutrição;
• Cânceres;
• Uso de imunossupressores.
Algumas possíveis complicações:
• Pessoas que convivem com HIV referem maior frequência de infecções múltiplas decorrentes do HPV;
• Lesões genitais de alto risco;
• Câncer de colo do útero e do pênis;
• Formação de verrugas na pele;
• Formação de tumores malignos.
O tratamento é feito para erradicar as lesões visíveis (condilomas). É possível realizar através da autoaplicação de medicamentos tópicos como:
• Creme imiquimode 5%
• Solução de podofilotoxinas 0,5%
• Creme de podofilotoxinas 0,15%
E da aplicação de medicamentos tópicos por médicos, como:
• Ácido Tricloroacético 60% a 80%
• Solução de podofilina 10% a 25% (não disponível no SUS, nem no Brasil)
• Métodos utilizados em lesões queratinizadas: Eletroterapia, crioterapia e laser. 
Se não houver melhora significativa após 3 sessões ou se as verrugas não desaparecerem após 6 a 8 meses é possível combinar o tratamento tópico com o uso de imunossupressores para controlar os efeitos inflamatórios sobre os tecidos normais.
A vacina do HPV é profilática que age contra o câncer no colo do útero e é realizada em meninas de 9 a 14 anos e em meninos de 12 a 13 anos. Faixa etária escolhida para que seja possível realizar a prevenção antes do início da ativação da vida sexual de cada indivíduo.
A prevalência da infecção é maior em mulheres com menos de 30 anos (sendo adolescentes em sua maioria) e possui resolução espontânea em um período aproximado de 4 meses.
A faixa etária de maior acometimento situa-se entre 20 e 40 anos, com o pico de incidência entre 20 e 24 anos, tanto na população feminina como na masculina.
O diagnóstico é tido através da avaliação clínica dos condilomas (verrugas visíveis) e da coleta citológica das lesões.
11. HIV
HIV é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana, é um retrovírus da subfamília dos Lentiviridae. É o vírus causador da AIDS (Acquired
Immunodeficiency Syndrome) sigla em inglês para a SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T
CD4 +, que é um dos tipos de célula de defesa produzida pela glândula timo. Essa célula é responsável por organizar e comandar a resposta do sistema imunológico, pois consegue memorizar os tipos de micro-organismos que já infectaram o corpo e, assim, podem reconhecê-los e destruí-los. O HIV também invade outros tipos de células, como as células do intestino e do cérebro. O vírus do HIV altera o DNA do linfócito para que crie cópias do vírus. Depois de se multiplicar, rompe e destrói o linfócito se ligando a outros para continuar sua multiplicação. Na medida em que se multiplica e destrói os linfócitos TCD4+, o vírus HIV vai enfraquecendo o sistema imunológico da pessoa, o tornando cada vez mais vulnerável a desenvolver outras doenças, que são chamadas de doenças oportunistas, onde ocorre o estágio avançado da AIDS. Mas isso leva um tempo para acontecer desde o momento em que a pessoa é infectada pelo HIV – podendo variar. Quando a pessoa é contaminada, passa a ser soropositiva, porém, há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença.
No entanto, mesmo sem desenvolver a doença, quem tem o vírus HIV pode transmitir a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez que você contrai o HIV, você viverá com o vírus para sempre.
A origem do vírus HIV foi encontrada em chimpanzés vivendo no sul de Camarões, afirmam pesquisadores de uma equipe das universidades de
Nottingham na Grã-Bretanha, Montpellier na França e Alabama nos Estados Unidos. Acreditam que um vírus batizado de SIVcpz (sigla em inglês para Vírus da Imunodeficiência Símia para chimpanzés) era a origem do HIV. Até agora, somente animais em cativeiro haviam sido testados.
Há uma teoria que acredita que caçadores de chimpanzés foram os primeiros seres humanos a contrair o vírus, e que casos de AIDS teriam aparecido primeiramente em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo na década de 30. De acordo com cientistas, como os casos eram raros e os sintomas de AIDS diferentes entre indivíduos, demorou 50 anos para que o HIV fosse identificado.
Alguns dos vírus analisados tinham grande semelhança com cepas de HIV. Os chimpanzés do sudeste de Camarões foram os que demonstraram ter os vírus mais parecidos com a forma de HIV mais comum em todo o mundo. O SIVcpz, no entanto, não causa nenhuma doença parecida com a AIDS nos chimpanzés, e os cientistas estão tentando descobrir por que, apesar de seres humanos e chimpanzés serem geneticamente semelhantes, estes não têm sintomas.
Todas as descobertas relacionadas à história e à origem do HIV podem ser de grande importância para os cientistas que buscam desenvolver uma vacina contra este vírus, de acordo com Yusef Azad, do National Aids Trust britânico.
Somente em secreções como sangue, esperma, secreção vaginal e leite materno, o vírus aparece em quantidade suficiente para causar a contaminação. Para haver a transmissão, o líquido contaminado de uma pessoa tem que penetrar no organismo de outra. Isto se dá por meio de relações sexuais vaginal, anal e oral sem camisinha com pessoa soropositiva independentemente da orientação sexual, na transmissão vertical da mãe soropositiva sem tratamento para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação e pelo compartilhamento de objetos perfurocortantes contaminados, como:
• Seringas;
• Alicates;
• Agulhas;
• Escalpes;
• Ampolas;
• Vidros de um modo geral ou qualquer material pontiagudo que contenha fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes.
Não há transmissão em beijo na boca ou no rosto, suor ou lágrima, picada de inseto, aperto de mão ou abraço, sabonete, talheres ou copos, assento de ônibus, piscina ou pelo ar.
É difícil dizer que uma pessoa foi infectada pelo HIV ou tem AIDS apenas pelos sintomas, pois eles variam de acordo com a fase da infecção. A infecção do HIV se desenvolve em diferentes fases. O vírus pode ser transmitido em qualquer uma dessas etapas, e por isso a ausência de sintomas não significa que a pessoa não tenha HIV.
A infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro fases clínicas:
1ª fase – A infecção aguda, também chamada de infecção primária, ocorre em cerca de 50% a 90% dos pacientes. Seu diagnóstico é pouco realizado devido baixo índice de suspeita. O tempo entre a exposição e os sintomas variam de 5 a 30 dias, que se refere a janela imunológica.
Os sintomas frequentemente associados à síndrome viral aguda causada pelo HIV são: febre (80 a 90%), fadiga (70 a 90%), erupção cutânea (40 a 80%), cefaleia (32 a 70%), linfadenopatia (40 a 70%), faringite (50 a 70%), Mialgia e/ou artralgia (50 a 70%) náusea, vômito e/ou diarreia (30 a 60%), suor noturno (50%) ulcera oral (10 a 20%). Como a taxa de multiplicação do vírus é altíssima na infecção aguda, a possibilidade de transmitir o HIV também é muito alta. Porém, o teste para o HIV ainda não é capaz de detectá-lo devido à janela imunológica.
2ª fase – Na fase assintomática, também chamada de latência clínica, o vírus não está “dormindo” nem inativo, mas devido à ação do sistema imunológico, ele se reproduz em um ritmo mais lento. Por conta disso, a maior parte das pessoas infectadas pelo HIV não apresenta sintomas, pois o organismo não fica debilitado.
3ª fase (sintomática inicial) – Apesar do vírus HIV se tornar menos ativo por um período, o ataque às células do sistema imunológico continua acontecendo.
Assim, com tempo ocorrem prejuízos na capacidade de defesa do organismo. É nessa fase que surgem os sintomas mais conhecidos da infecção, como a perda de peso e as manchas vermelhas na pele, fazendo com que essa etapa seja conhecida como fase sintomática.
Além disso, como acontece uma redução no número de linfócitos TCD4+, a pessoa fica muito mais sujeita a adquirir outras doenças infecciosas, como diarreia, sinusite, candidíase oral e vaginal, gengivite, aftas, herpes simples e herpes-zoster, entre outras e devido aos sintomas e às infecções, a pessoa tende a procurar o médico, fazendo com que o diagnóstico de HIV seja mais comum nessa fase.
4ª fase – Com o avanço da fase sintomática, acontece a transição entre a infecção pelo HIV para a AIDS propriamente dita. Esse momento pode ser definido de duas formas:
• Contagem de linfócitos TCD4+: em pessoas soronegativas, a contagem de linfócitos TCD4+ varia entre 800 e 1.200 células por mm³ (milímetro cúbico) de sangue. Mas, para pessoas soropositivas na fase sintomática, esse número pode ser menor do que 200 células/mm³, caracterizando a evolução da infecção do HIV para a AIDS;
• Doenças oportunistas: o desenvolvimento de algumas doenças oportunistas também pode definir a AIDS, mesmo que a contagem de linfócitos TCD4+ esteja acima de 200 células/mm 3.
As doenças oportunistas se desenvolvem em decorrência de uma alteração imunitária. Estas são geralmente de origem infecciosa, porém várias neoplasias também podem ser consideradas oportunistas. As infecções oportunistas (IO) podem ser causadas por microrganismos não considerados usualmente patogênicos, ou seja, não capazes de desencadear doença em pessoas com sistema imune normal. Entretanto, microrganismos normalmente patogênicos também podem, eventualmente, ser causadores de IO. Porém, nesta situação, as infecções necessariamente assumem um caráter de maior gravidade ou agressividade para serem consideradas oportunistas. As doenças oportunistas associadas à AIDS são várias, podendo ser causadas por vírus, bactérias, protozoários, fungos e certas neoplasias:
• Vírus: Citomegalovirose, Herpes simples, Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva;
• Bactérias: Micobacterioses (tuberculose e complexo Mycobacterium Avium intracelular), Pneumonias (S. pneumoniae), Salmonelose;
• Fungos: Pneumocistose, Candidíase, Criptococose, Histoplasmose;
• Protozoários: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporíase. → Neoplasias: sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, neoplasias intraepiteliais anal e cervical.
O tratamento para a infecção pelo vírus HIV é feito por meio de medicamentos antirretrovirais (ARV) que surgiram na década de 1980, que impedem a multiplicação do vírus no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico, e por isso o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas. O tratamento da infecção pelo HIV deve ser iniciado assim que for estabelecido o diagnóstico.
Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente pelo SUS os ARV para todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas. Como por exemplo 
Medicamento Antirretroviral (ARV) Unidade, Abacavir (ABC) 300mg comprimido; Enfuvirtida (T-20) pó liofilizado injetável 90mg/mL Conjunto Frasco-
Ampola; Lamivudina (3TC) 150mg Comprimido revestido; Lopinavir + Ritonavir (LPV/r) 100mg + 25mg Comprimido revestido; Nevirapina (NVP) 200 mg Comprimido simples; Ritonavir (RTV) 100mg Comprimido revestido; Zidovudina (AZT) 100mg Cápsula gelatinosa dura, entre outros.
O meiomais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais, utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão. As mães infectadas pelo vírus devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão vertical e evitar amamentar seus filhos. Caso a exposição sexual de risco tenha acontecido, informe-se sobre a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP), que é um tratamento de urgência para prevenir a infecção pelo vírus depois de uma situação de risco, como em relações sexuais sem preservativo ou se o preservativo estourar, violência sexual ou acidentes biológicos laborais. A PEP consiste em tomar medicamentos diariamente por 28 dias e deve ser iniciada em até 72 horas depois da exposição.
O Brasil tem registrado queda no número de casos de infecção por AIDS nos últimos anos. Desde 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção da doença no país, que passou de 21,9 mil a cada 100 mil habitantes em 2012 para 17,8 mil a cada 100 mil habitantes em 2019, representando um decréscimo de 18,7%. A taxa de mortalidade por AIDS apresentou queda de 17,1% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registrados 12.667 óbitos pela doença e em 2019 foram 10.565. Ações como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos.
Atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmite o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável. Em 2020, até outubro, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento antirretroviral.
No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.919 novos casos de HIV e 37.308 casos de AIDS. O Ministério da Saúde estima que cerca de 10 mil casos de AIDS foram evitados no país, no período de 2015 a 2019. A maior concentração de casos de AIDS está entre os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos registrados.
O enfrentamento à doença não parou durante a pandemia da Covid-19. O Ministério da Saúde expandiu a estratégia de dispensação ampliada de antirretrovirais (ARV) de 30 para 60 ou até 90 dias. Hoje 77% dos pacientes em tratamento têm dispensação para 60 e 90 dias, em 2019 eram 48%. Além disso, o uso de autotestes foi ampliado com o objetivo de reduzir o impacto na identificação de casos de HIV por conta da pandemia. A pasta também garantiu a oferta de teste anti-HIV para pacientes internados com síndrome respiratória. Neste ano, até outubro, o Ministério da Saúde distribuiu 7,3 milhões de testes rápidos de HIV, 332 milhões de preservativos masculinos e 219 milhões femininos.
O maior número de gestantes infectadas com HIV está entre jovens de 20 a 24 anos. Em um período de 10 anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes que pode ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a melhoria da vigilância na prevenção da transmissão vertical do HIV. Em 2019 foram identificadas 8.312 gestantes infectadas com HIV no Brasil. O Ministério da Saúde atualizou o protocolo para prevenção de transmissão vertical do HIV.
Vale lembrar que o Brasil é assinante do compromisso mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma estratégia gradativa de certificação de municípios. A eliminação da transmissão vertical do HIV, assim como a redução da sífilis e da hepatite B, é uma das seis prioridades do
Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente
Transmissíveis (DCCI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
De 2015 a 2019, houve redução de 22% na taxa de detecção de AIDS em menores de 5 anos. Passando de 2,4 em 2015 (348 casos) para 1,9 casos (270 casos) por 100 mil habitantes em 2019. A taxa de detecção de AIDS em menores de 5 anos tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV.
No mundo, mulheres e meninas constituem mais da metade dos 37,7 milhões de pessoas que vivem com HIV. O fim da AIDS até 2030 exige que abordamos os diversos papéis das mulheres e meninas, colocando-as no centro da resposta. Ao todo, 20,2 milhões de mulheres e meninas vivem com HIV no mundo.
12. CANCRO MOLE
O Cancro mole é causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, que se manifesta tipicamente como úlcera na região genital, também conhecido como cancróide, úlcera mole, venérea entre outros nomes.
Estima-se que anualmente ocorra 6 milhões de novos casos de cancro mole no mundo, sendo esta doença, mas comum em regiões mais pobres como África, Ásia e América Latina.
A Haemophilus Ducreyi é uma bactéria altamente contagiosa capaz de penetrar a pele através de microscopicas feridas, como aquelas causadas pelo atrito ao ato sexual. Não é preciso haver ejaculação para ocorrer a transmissão, a bactéria pode ser transmitida através do sexo pela via anal, vaginal ou oral.
Mas o Haemophilus ducreyi também pode ser transmitido por vias não sexuais, pelo contato direto com as lesões, apesar desse modo ser bem menos comum. Tocar em uma ferida de cancróide pode contaminar as mãos, que por sua vez podem transportar a bactéria até outros pontos do corpo, como a cavidade oral. O cancro mole é cerca de 20 vezes mais comum em homens do que em mulheres. Entre os homens, a doença é mais comum naqueles não circuncidados.
O período médio de incubação do cancro mole é de 4 a 10 dias, porém há casos em que a lesão surge já no dia seguinte e casos que demoram mais de
30 dias para aparecer. O quadro inicia-se com uma pequena lesão avermelhada, que rapidamente se transforma em uma pústula (ferida com pus) e posteriormente em uma úlcera, a lesão típica do cancroide.
A úlcera do cancro mole costuma medir 1 a 2 cm de diâmetro e é muito dolorosa. A base da lesão costuma ser inflamada e purulenta, sangrando facilmente com atrito. O paciente contaminado normalmente apresenta mais de uma úlcera em sua região genital, tipicamente 1 a 4 lesões simultaneamente. No homem, as úlceras do cancro mole acometem principalmente o prepúcio, o sulco balanoprepucial e a região perianal (em homossexuais passivos); nas mulheres, grandes e pequenos lábios, fúrcula, colo uterino e região perianal são os locais mais acometidos.
As úlceras do cancróide podem ser confundidas com as da sífilis por leigos ou profissionais menos experientes. A lesão da sífilis, porém, costuma ser única, indolor e sem secreção purulenta.
Em cerca de 50% dos casos também há o bubão inguinal, que é o envolvimento dos linfonodos da região inguinal (virilha) pelo cancro mole. O bubão costuma ser unilateral e surge de 1 a 2 semanas após as úlceras do cancro mole; é uma lesão dolorosa e inchada, que quando estoura, drena uma grande quantidade de pus. Tanto a úlcera quanto o pus do bubão são altamente contagiosos.
Sendo assim, a maioria dos diagnósticos de cancróide acaba sendo feito com base no quadro clínico: múltiplas úlceras dolorosas e purulentas, aumento dos linfonodos da virilha e pesquisa negativa para sífilis e herpes genital. O diagnóstico laboratorial do cancro mole pode ser feito através de coleta de material da úlcera para cultura ou pesquisa do H. ducreyi por PCR (Polymerase chain reaction). Ambos os métodos, porém, não são simples e não costumam estar disponíveis na maioria dos laboratórios.
O tratamento do cancróide é simples e apresenta taxas de cura acima de 90%.
Atualmente as três opções mais usadas são:
• Azitromicina 1 g por via oral, dose única;
• Ceftriaxona 250 mg intramuscular, dose única;
• Ciprofloxacino 500 mg via oral, 12/12 horas por 3 dias.
As úlceras começam a melhorar com 48 horas de tratamento.
Se após 7 dias não houver sinais de melhora, é preciso voltarao médico para reavaliar o tratamento. Os motivos mais comuns para falha no tratamento são:
• Diagnóstico errado de cancro mole.
• Cancro mole em pacientes com HIV.
• Coinfecção por outras IST’s que também cursa com úlceras.
• Resistência ao antibiótico.
Sua incidência é mais frequente em regiões tropicais e consequentemente em regiões mais pobres, como África, Ásia e América Latina. Isso se caracteriza devido ao clima e também a falta de saneamento básico; o que proporciona maior índice de proliferação e disseminação do agente etiológico responsável pela infecção.
13. ABORDAGEM DE ENFERMAGEM EM IST’s
As IST’s são consideradas um problema de saúde pública, no Brasil a abordagem de enfermagem é uma ferramenta importante para a realização de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento.
As dificuldades podem surgir em função do entendimento equivocado das pessoas com as quais o indivíduo convive. Muitas pessoas ao redor podem se afastar, por medo de contrair a infecção ou por discriminar o caráter do portador. A ausência de informações leva a conclusões preconceituosas, que precisam ser enfrentadas.
Como profissionais de saúde, temos um papel importante na política de prevenção, por meio de planos de ação, divulgação, e educação em relação a IST’s. Sendo educador, orientando os pacientes quanto as formas de prevenção, e o impacto que elas podem gerar na vida das pessoas. Com relação ao diagnóstico, o enfermeiro é o profissional qualificado para avaliar sinais, sintomas e queixas e deve ter um olhar individualizado e holístico, para cada paciente, além de ser qualificado para apresentar as possibilidades e prestar apoio nesse momento de incertezas. Durante o tratamento é fundamental orientar e interromper a cadeia de transmissão, realizar acompanhamento do portador da infecção, e acolhê-lo de forma humanizada, encontrando meios para que o paciente não desista do tratamento, além prestar apoio sob as dúvidas, inseguranças e dificuldades que podem surgir ao longo do tratamento.
Comportamentos que favorecem o acolhimento:
• agir com educação e mostrar interesse, por meio da atenção e do contato visual;
• chamar a pessoa pelo nome (ou pelo seu nome social, assegurando o uso de sua preferência;
• criar uma relação de segurança e tranquilidade, permitindo que esta seja a mais verdadeira possível ao informar os fatos;
• ter postura ética e sigilosa, evitando julgamentos de valor, respeitando as crenças, costumes, práticas e diferentes modos de vida;
• esclarecer o paciente sobre seus direitos e sobre o compromisso dos profissionais de saúde quanto ao sigilo e confidencialidade de todas as informações pessoais que forem compartilhadas;
• utilizar linguagem adequada ao nível de compreensão;
• quando possível, usar recursos didáticos que facilitem o entendimento dos assuntos abordados, ou pedir que a pessoa explique com as próprias palavras o que ela entendeu, de forma a esclarecer dúvidas que ainda persistam; 
• estimular a participação ativa dos pacientes, compartilhando decisões e incentivando ações de autocuidado e responsabilidade com a própria saúde.
Cuidados de Enfermagem:
• não furar as vesículas e feridas e orientar o paciente a evitar de fazer o mesmo e a não coçar;
• medicar conforme prescrição médica;
• medicar o paciente se ele apresentar desconfortos como prurido intenso, dores, ou em estado febril, conforme prescrição médica;
• aferir sinais vitais e observar possíveis desconfortos;
• manter ambiente limpo e calmo;
• fazer o uso correto de EPI’s;
• notificar e encaminhar ao serviço de referência quando se fizer necessário;
• atentar às necessidades humanas básicas durante as consultas, além de um olhar voltado ao conforto físico, social, psíquico e espiritual;
• promover atividades que deixem claro a necessidade do uso do preservativo nas práticas sexuais. Assim como o uso correto;
• aconselhar e produzir estratégias que aumentem a cobertura vacinal como forma de prevenção para algumas Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) como a Hepatite B e o Papiloma Vírus Humano (HPV);
• trabalhar a redução de danos;
• trabalhar projetos sociais para com os menos favorecidos financeiramente e mais expostos ao risco;
• orientar a necessidade de fazer o tratamento correto. Assim como retornar a cada período para acompanhamento do tratamento;
• orientar quanto a necessidade de diminuir a carga viral rapidamente;
• em caso de internação observar, registrar e comunicar qualquer alteração no quadro clínico do paciente;
• comunicar possível acidente com perfuro cortante;
• fazer o descarte correto do lixo utilizado.
Com isso devemos mostrar para o paciente o tratamento, como seguir em frente e como se restabelecer na sociedade. Dando destaque para doenças sem cura atualmente (como Aids/HIV), o profissional deve passar para o portador do vírus segurança e apresentar meios para garantir a qualidade de vida. Apoio psicológico para se adaptar aos impactos do diagnóstico. Tanto para aprender a lidar com as reações alheias, quanto assimilar o problema na relação com a própria identidade. A família, amigos e o acompanhamento psicológico exercem papel fundamental nessa trajetória.
14. CONCLUSÃO
A partir das pesquisas, visita ao Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS e entrevista com enfermeira Jucimara, podemos concluir que as Infecções Sexualmente Transmissíveis são um problema de saúde pública, em consequência a falta de conscientização dos riscos, o não uso ou uso incorreto de preservativos, por contaminação vertical e ainda por questões culturais. 
Essa preocupação tem sido demonstrada através de vários aspectos governamentais em forma de incentivo a pesquisas cientificas e campanhas de conscientização. Cada vez mais tem sido possível com a intervenção clínica, obter uma melhor qualidade de vida para os pacientes portadores de IST’s. Portanto, como grande parte das patologias e infecções quando é seguido de forma correta, tendo um acompanhamento criterioso o resultado tende a ser eficaz. 
Se nota a importância de locais especializados como o CRT, que fornecem atenção unicamente a IST’s, assim como o cuidado de enfermagem de forma humanizada e acolhedora, como fazem diferença positivamente em todos os aspectos do indivíduo desde a descoberta da possibilidade de ser portador de algum vírus, ao diagnóstico, tratamento, e inserção do usuário de volta a sociedade.
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