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Leucemia - Uma abordagem Genética

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UNIVERSIDADE PARANAENSE 
 CURSO DE BIOMEDICINA 
LEUCEMIA:
UMA ABORDAGEM GENÉTICA
Anderson Felipe Ferreira – 00166086
Ariane Souza – 00166219
Fernanda Machado – 00166244
Vanessa Spezia – 00166825 
Jaqueline Ballottin – 00174527 
CASCAVEL – PR
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 1
2. LEUCEMIAS.................................................................................................... 2
3. LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA............................................................ 3
3.1 TRANSLOCAÇÃO CROMOSSÔMICA..................................................... 3
3.2 SINTOMAS E DIAGNÓSTICO .................................................................. 5
3.2 ESTÁGIOS DA LMC..................................................................................... 5
3.2.1 Fase Crônica ................................................................................................. 5
3.2.2 Fase Aguda ................................................................................................... 5
3.2.3 Fase Blástica ................................................................................................. 5
3.3 TRATAMENTO ............................................................................................ 6
4. CONCLUSÃO.................................................................................................. 7
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 8
INTRODUÇÃO 
	Erros durante o processo de divisão celular podem causar alterações cromossômicas. Essas alterações/anomalias podem ser mais severas ou mais amenas, causando ou não uma percepção fenotípica mas que de qualquer forma é prejudicial a saúde bem como o desenvolvimento do portador. Ao decorrer deste trabalho, vamos analisar uma alteração cromossômica estrutural onde as alterações não modificam a quantidade de cromossomos, mas permite o aparecimento de cromossomos que sofrem mutações em sua estrutura. 
	Seja por translocação, deleção, inversão ou duplicação (fatores que ocorrem em uma alteração cromossômica estrutural) todos os pacientes correm riscos por carregarem com si patologias que muitas vezes comprometem sua vida já a partir do nascimento. Neste trabalho, iremos abordar em especial um tipo de leucemia, mais especificamente a leucemia mielóide crônica que tem relação com uma alteração cromossômica estrutural por translocação. 
	
LEUCEMIAS 
	A leucemia, pode ser definida basicamente como uma espécie de câncer, causada por um grupo de neoplasias malignas – Neoplasia: conjunto de alterações celulares que causam proliferação e crescimento anormal de um grupo de células – derivado das células hematopoiéticas. 
	Originada sempre na medula óssea, pois é nela que acontece a produção de células sanguíneas e que posteriormente entram na rede sanguínea. Podendo atingir vários órgãos do paciente afetado, a alteração na produção de glóbulos brancos fica comprometida dificultando o funcionamento normal da medula óssea. A partir disso, diminui progressivamente a produção de células normais comprometendo o corpo humano. 
	São classificados a partir da célula de origem. Podem ser mielóide ou linfocítica
Mielóide/Mielocítica: Originam eritrócitos, monócitos, basófilos, neutrófilos e eosinófilos.
Linfóide/Linfocítica: Origina os linfócitos. 
O aumento na proliferação de células neoplásicas no interior da medula, causa uma deficiência na produção de células hematopoiéticas normais. Ocorre a redução dos eritrócitos, comprometendo a capacidade de transporte do oxigênio, causando ao paciente fadiga e que também pode apresentar um quadro anêmico. Além desses sintomas, pacientes leucêmicos podem apresentar ainda, problemas de sangramento devido ao baixo número de plaquetas e também febre. 
Além da classificação de acordo coma origem da célula, cada tipo ainda pode se subdividir de acordo com sua intensidade: aguda ou crônica. Sendo assim, temos os tipos:
Leucemia Linfocítica Aguda (LLA);
Leucemia Linfocítica Crônica (LLC);
Leucemia Mielocítica Aguda (LMA);
Leucemia Mielocítica Crônica (LMC);
Este trabalho será focado na Leucemia Mielocítica Crônica (LMC), uma doença que ocorre a partir de alterações cromossômicas as quais veremos a seguir. 
LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA 
A Leucemia Mielóide Crônica, é um tipo de câncer que afeta as células mielóides, as células anormais (malignas) se desenvolvem na célula que dão origem aos granulócitos e monócitos. Diferente da leucemia Mielocítica aguda, a LMC permite o desenvolvimento de células normais na medula óssea, essa é a explicação para a progressão menos severa da doença. 
	Esse tipo de leucemia, acomete principalmente os adultos, logo a frequência com que a doença possa vir a aparecer aumenta com a idade. A maneira de como a doença se manifesta é extremamente similar em crianças, jovens e adultos, entretanto em um transporte de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) é melhor em indivíduos mais jovens. 
	A LMC difere das outras leucemias devido a presença de anormalidades genéticas nas células doentes, tal alteração é denominada como Cromossomo Philadelphia. Essas alterações cromossômicas com a capacidade de originar essa leucemia, vem sendo estudada com intensidade nos últimos anos. Em 1960, dois médicos que realizavam estudos em cromossomos de células cancerígenas, notaram em um dos cromossomos de um portador de LMC era mais curto do que o mesmo cromossomo em um indivíduo normal. Após essa observação, o cromossomo que apresentava alterações foi denominado como Cromossomo Philadelphia (Ph) pois ele foi observado na faculdade de medicina da Pensilvânia.
	Estudos determinaram que essa anormalidade cromossômica está presente no cromossomo 9 e 22, acontecendo uma translocação onde:
O fragmento destacado (proteína ABL) do cromossomo 9 se prende ao cromossomo 22;
O fragmento destacado (proteína BCR) do cromossomo 22 se prende ao cromossomo 9;
Essa translocação, ocorre somente nas células sanguíneas derivada dessa célula doente, as demais células dos outros tecidos, apresentam morfofisiologia normal.
TRANSLOCAÇÃO CROMOSSÔMICA
	É uma anomalia genética onde acontece a troca de partes entre cromossomos entre cromossomos não-homólogos, esse evento é comum em casos de câncer. Existem dois tipos de translocações principais cromossômicas: 
Translocações Recíprocas: Troca de material entre cromossomos não-homólogos, esse tipo de translocação geralmente não causa dano e podem ser detectados em um diagnóstico pré-natal. 
Translocações Robertsonianas: Envolve cromossomos acrocêntricos que se fundem próximo a região do centrômero, já foram observados casos envolvendo todos os cromossomos acrocêntricos. Os portadores desta translocação são fenotipicamente normais, mas existe risco de acontecer alteração nos gametas que podem ocasionar abortos ou uma prole com alguma anomalia. 
Observe o esquema:
Na leucemia mielóide crônica, a proteína produzida pelo gene translocado BCR-ABL, é uma enzima anormal denominada tirosino quinase. Estudos afirmam que essa proteína anormal, é a causa da conversão leucêmica da célula-tronco hematopoiética 
	A causa dessa alteração cromossômica não foi definitivamente descoberta, apenas se sabe que em uma pequena porção dos portadores, é causada devido ao alto índice de exposição a radiações. 
SINTOMAS E DIGANÓSTICO 	
Os sintomas não são muitos, os portadores de LMC não tem células sanguíneas e plaquetas o suficiente, pode apresentar mal-estar, excesso de cansaço e notar falta de fôlego quando praticam atividades físicas, além disso, podem apresentar palidez que é resultante da anemia e perda de peso. 
	A proteína BCR-ABL leva a medula óssea a produzir cada vez mais leucócitos do que a quantidade realmente necessária, esses leucócitos normalmente estão danificados ou imaturos, o que os impede de realizarsuas funções. Pode ocorrer também a redução no número dos eritrócitos, desencadeando uma anemia, somado a isso, alterações no número de plaquetas dificultando o processo de coagulação. 
	O diagnóstico pode ser estabelecido através de hemograma e mielograma, caso o diagnóstico seja positivo, irá apresentar as seguintes características:
Contagem de leucócitos com números elevados;
O esfregaço apresenta os leucócitos em: Uma pequena porção de células imaturas (blastos leucêmicos e Promielócitos); Uma grande porção de leucócitos em processo de maturação ou já totalmente maduros. 
Através da citogenética, esse exame vai demonstrar a presença do cromossomo Philadelphia nas células da medula óssea, (cromossomo 22 encurtado).
ESTÁGIOS DA LMC
	A leucemia mielóide crônica, pode apresentar três fases/estágios, que vão depender de alguns fatores:
Número de leucócitos encontrados no sangue e na medula óssea;
Quantidade de leucócitos danificados ou imaturos (células blasticas ou leucêmicas);
Contagem de plaquetas; 
Sinais e sintomas da doença e sua intensidade. 
Fase Crônica: Nessa fase, a leucemia evolui bem lentamente, a maioria dos portadores, tiveram seu diagnostico nesta etapa, podem existir alguns sintomas leves e o paciente provavelmente será tratado de forma ambulatorial, com consultas regulares e exames de sangue com certa frequência. A fase dura aproximadamente de 4 a 6 anos. 
Fase Acelerada: Durante esse período os sintomas já presentes tendem a piorar e até mesmo novos sintomas podem aparecer, a doença começa a evoluir rapidamente, esse estágio dura aproximadamente de 6 a 12 meses, até que haja uma resposta ao tratamento ou então evolua para a próxima fase. 
Fase Blástica: Dura em torno de 3 a 6 meses, nessa etapa a medula óssea foi substituída por leucócitos danificados ou imaturos impedindo que as demais células se desenvolva e funcione normalmente. 
TRATAMENTO
	O tratamento de LMC-Ph+ tem como objetivo eliminar as células que contenham o cromossomo Ph+. Nos últimos anos, a uso de medicamentos que agem diretamente em uma parte específica da célula cancerígena tem se tornado uma opção de tratamento comum entre os pacientes.
 “Sabendo-se que a proteína tirosina quinase BCR-ABL é a causadora da LMC, as drogas que se ligam diretamente e inibem a BCR-ABL são conhecidas como inibidores da tirosina quinase e tornaram-se o tratamento padrão para a doença. A leucemia mielóide crônica tem sido tradicionalmente tratada com medicação única e possui uma resposta esperada de acordo com o tempo de tratamento com esta terapia padrão” 
 Trecho: Tratamento de LMC (ABRALE – Associação brasileira de linfoma e leucemia)
CONCLUSÃO
Todas as características anatómicas e fisiológicas do nosso corpo dependem essencialmente da informação genética contida na dotação cromossómica presente nos núcleos das células que constituem o nosso organismo, como acontece nos restantes seres vivos, quer microrganismos, quer animais e vegetais. E são os genes, as unidades funcionais dos cromossomas, os elementos encarregues de transmitir à descendência toda a informação necessária para o desenvolvimento dos novos seres, informação que constitui a base da herança e passa de geração em geração, possibilitando a continuidade das espécies e, ao mesmo tempo, determinando que cada indivíduo tenha características próprias e únicas.
	Alterações cromossômicas de modo geral são sem dúvidas limitantes, comprometem o desenvolvimento humano e a rotina tranquila de um portador de qualquer anomalia genética. Pouco se pode fazer para resolver de vez essas patologias entretanto é perceptível que o maior remédio para os portadores dessas alterações é sem dúvidas a força de vontade para viver. Por mais que a vida seja difícil, que a igualdade na sociedade ainda não exista e que o preconceito é constante, os portadores dessas anomalias sabem bem como reconhecer a felicidade nos pequenos atos que as pessoas que estão ao seu redor podem proporcionar. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONTRAN, R.S. Patologia Estrutural e Funcional. Rio de Janeiro – Guanabara Koogan, 1996. 
LORENZI, T.F. Manual de Hematologia: propedêutica e clínica. 4 ed. Rio de Janeiro – Medsi 2006. 
RAPAPORT, S.I. Hematologia. São Paulo – Roca, 1990. 
http://www.infoescola.com/genetica/anomalias-cromossomicas/ acessado em 18/09/2014 às 14:50.
http://www.abrale.org.br/pagina/leucemia-mieloide-cronica-lmc/ acessado em 18/09/2014 às 15:17 
http://www.oncoguia.org.br/cancer-home/leucemia-mieloide-cronica-lmc/58/306 acessado em 1/09/2014 às 15:38

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