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Sumário
I – TEXTOS...........................................................................................................................................................5
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.................................................................................5
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ?............................5
O que é compreensão de texto.....................................................................................................................6
O que é interpretação de texto......................................................................................................................6
II – LÍNGUA E LINGUAGEM.............................................................................................................................7
FUNÇÕES DA LINGUAGEM........................................................................................................................7
Função Emotiva / Expressiva.......................................................................................................................7
Função Referencial / Denotativa..................................................................................................................7
Função Apelativa / Conativa........................................................................................................................7
Função fática................................................................................................................................................7
Função poética.............................................................................................................................................7
Função metalinguística................................................................................................................................7
NARRAÇÃO....................................................................................................................................................8
DESCRIÇÃO....................................................................................................................................................8
DISSERTAÇÃO...............................................................................................................................................9
Esquema de uma dissertação......................................................................................................................11
DISCURSO DIRETO, DISCURSO INDIRETO e DISCURSO INDIRETO LIVRE...................................11
GÊNERO POÉTICO......................................................................................................................................12
FIGURAS DE LINGUAGEM........................................................................................................................12
Aliteração...................................................................................................................................................12
Onomatopeia..............................................................................................................................................12
Anacoluto...................................................................................................................................................13
Anáfora.......................................................................................................................................................13
Anástrofe ou inversão................................................................................................................................13
Assíndeto....................................................................................................................................................13
Hipálage.....................................................................................................................................................13
Hipérbato....................................................................................................................................................13
Pleonasmo..................................................................................................................................................13
Polissíndeto................................................................................................................................................13
Silepse........................................................................................................................................................14
Zeugma.......................................................................................................................................................14
Repetição ou reduplicação.........................................................................................................................14
Antítese......................................................................................................................................................14
Eufemismo.................................................................................................................................................14
Hipérbole....................................................................................................................................................14
Ironia..........................................................................................................................................................14
Paradoxo ou oxímoro.................................................................................................................................14
Prosopopeia,...............................................................................................................................................14
Antonomásia..............................................................................................................................................15
Catacrese....................................................................................................................................................15
Comparação ou símile................................................................................................................................15
Metáfora.....................................................................................................................................................15
Metonímia..................................................................................................................................................15
Sinestesia....................................................................................................................................................15
Ambiguidade..............................................................................................................................................15
Barbarismo.................................................................................................................................................16
Cacófato.....................................................................................................................................................16
Solecismo...................................................................................................................................................16
III – FONÉTICA.................................................................................................................................................17
FONEMA.......................................................................................................................................................17
Letra...........................................................................................................................................................17
Fonema.......................................................................................................................................................17VOGAL, SEMIVOGAL e CONSOANTE.....................................................................................................17
Vogal..........................................................................................................................................................17
Semivogal...................................................................................................................................................18
Consoante...................................................................................................................................................18
ENCONTROS VOCÁLICOS.........................................................................................................................18
HIATO........................................................................................................................................................18
DITONGO.................................................................................................................................................18
TRITONGO...............................................................................................................................................19
ENCONTROS CONSONANTAIS.................................................................................................................19
DÍGRAFOS....................................................................................................................................................20
Dígrafos Vocálicos.....................................................................................................................................20
Dígrafos Consonantais...............................................................................................................................21
IV – ORTOGRAFIA...........................................................................................................................................22
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO I............................................................................................................22
Alfabeto......................................................................................................................................................22
Trema.........................................................................................................................................................22
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO II..........................................................................................................22
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO III.........................................................................................................23
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO IV.........................................................................................................25
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO V..........................................................................................................26
Regra Geral.....................................................................................................................................................26
CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN...........................................................................................................27
REGRA GERAL (Resumindo).......................................................................................................................27
DIVISÃO SILÁBICA....................................................................................................................................27
Não se separam:.........................................................................................................................................27
Separam-se:................................................................................................................................................28
OBSERVAÇÕES........................................................................................................................................28
V – MORFOLOGIA............................................................................................................................................29
ESTRUTURA DAS PALAVRAS...................................................................................................................29
RADICAL..................................................................................................................................................29
VOGAL TEMÁTICA................................................................................................................................29
TEMA........................................................................................................................................................29
DESINÊNCIA............................................................................................................................................29
AFIXO.......................................................................................................................................................29
VOGAL OU CONSOANTE DE LIGAÇÃO............................................................................................29
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS...................................................................................................................29
CLASSES DE PALAVRAS............................................................................................................................30
SUBSTANTIVOS...........................................................................................................................................31
Concretos...................................................................................................................................................31
Abstratos....................................................................................................................................................31
Simples.......................................................................................................................................................31
Compostos..................................................................................................................................................31
Primitivos...................................................................................................................................................31
Derivados...................................................................................................................................................31
Comuns......................................................................................................................................................31
Próprios......................................................................................................................................................31
Coletivos....................................................................................................................................................31
Masculino...................................................................................................................................................32
Feminino....................................................................................................................................................32
Epicenos.....................................................................................................................................................32
Sobrecomuns..............................................................................................................................................32
Comuns de dois gêneros............................................................................................................................32
Singular......................................................................................................................................................32Plural..........................................................................................................................................................32
ARTIGO.........................................................................................................................................................32
ADJETIVO.....................................................................................................................................................33
VERBO...........................................................................................................................................................35
ADVÉRBIO....................................................................................................................................................36
Locução adverbial......................................................................................................................................37
NUMERAL.....................................................................................................................................................38
CARDINAL...............................................................................................................................................38
ORDINAL..................................................................................................................................................38
MULTIPLICATIVO...................................................................................................................................38
FRACIONÁRIO........................................................................................................................................38
COLETIVO................................................................................................................................................38
PREPOSIÇÃO................................................................................................................................................39
Preposições essenciais................................................................................................................................40
Preposições acidentais................................................................................................................................40
Locução prepositiva...................................................................................................................................40
Combinações e contrações.........................................................................................................................40
Combinação...............................................................................................................................................40
Contração...................................................................................................................................................40
Emprego das preposições...........................................................................................................................40
Morfossintaxe da preposição.....................................................................................................................41
CONJUNÇÃO................................................................................................................................................41
Conjunções coordenadas............................................................................................................................41
Locução conjuntiva....................................................................................................................................41
Conjunções subordinativas........................................................................................................................42
Conjunções Causais...................................................................................................................................42
Conjunções concessivas.............................................................................................................................43
Conjunções condicionais............................................................................................................................43
Conjunções conformativas.........................................................................................................................43
Conjunções finais.......................................................................................................................................43
Conjunções proporcionais..........................................................................................................................43
Conjunções temporais................................................................................................................................43
Conjunções comparativas..........................................................................................................................43
Conjunções consecutivas...........................................................................................................................43
Conjunções integrantes..............................................................................................................................43
INTERJEIÇÃO...............................................................................................................................................44
VI – SINTAXE....................................................................................................................................................46
FRASE, ORAÇÃO e PERÍODO....................................................................................................................46
Frase...........................................................................................................................................................46
Oração........................................................................................................................................................46
Período.......................................................................................................................................................46
PERÍODO SIMPLES e PERÍODO COMPOSTO..........................................................................................46
Período Simples.........................................................................................................................................47
Período Composto......................................................................................................................................47
TERMOS DA ORAÇÃO................................................................................................................................48
SUJEITO E PREDICADO.........................................................................................................................48
Ordem direta..............................................................................................................................................48
Ordem indireta...........................................................................................................................................48
Omissão (elipse) do verbo..........................................................................................................................49
A vírgula indicativa da omissão do verbo..................................................................................................49
AGENTE DA PASSIVA.................................................................................................................................49
COMPLEMENTO NOMINAL......................................................................................................................51
COMPLEMENTO VERBAL.........................................................................................................................51Objeto Direto (completa os verbos transitivos diretos).............................................................................52
Objeto Indireto (completa os verbos transitivos indiretos)........................................................................52
Predicativo do Sujeito................................................................................................................................52
ADJUNTO ADNOMINAL.............................................................................................................................52
ADJUNTO ADVERBIAL..............................................................................................................................53
APOSTO.........................................................................................................................................................54
VOCATIVO....................................................................................................................................................55
Distinguindo vocativo de aposto................................................................................................................55
Vocativo e vírgula......................................................................................................................................56
.............................................................................................................................................................................56
VII – LITERATURA...........................................................................................................................................57
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO...................................................................................................................57
I – TEXTOS
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Compreensão e interpretação de textos é um tema que nos acompanha na vida escolar, nos vestibulares, no 
Enem e em todos os concursos públicos. Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que não 
sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas se acham incapazes de resolver questões sobre 
compreensão e interpretação de textos.
Nos concursos públicos, este tema está presente nas mais variadas formas. Nas provas, há sempre vários 
textos, alguns bem grandes, sobre os quais há muitas perguntas com o objetivo de testar a habilidade do 
concurseiro em leitura, compreensão e interpretação de textos. É preciso ler com muita atenção, reler, e na 
hora de examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para responder com muita confiança.
Entender as técnicas de compreensão e interpretação de textos, além de ser importante para responder as 
questões específicas, é fundamental para que você compreenda o enunciado das questões de atualidades, de
matemática, de direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, embora tenham bastante 
conhecimentos das matérias que caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque não entendem
o que a banca examinadora está pedindo. Já pensou, nadar, nadar, nadar... e morrer na praia? Então não 
deixe de estudar e preste atenção nas dicas que vamos dar neste blog."As questões de compreensão e 
interpretação de textos vêm ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir de textos que as 
questões normalmente cobram a aplicação das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. Por 
isso é cada vez mais importante observar os comandos das questões. Normalmente o candidato é convidado 
a:
• identificar: Reconhecer elementos fundamentais apresentados no texto.
• comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de diferenças entre situações apresentadas no 
texto.
• comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito.
• resumir: Concentrar as ideias centrais em um só parágrafo.
• parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras.
• continuar: Dar continuidade ao texto apresentado, mantendo a mesma linha temática.
Por isso, o professor Guerra considera que são condições básicas para o candidato fazer uma correta 
interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí incluída a prática da leitura), o conhecimento 
gramatical e semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, parônimos, sinônimos, denotação, 
conotação), e a capacidade de observação, de síntese e de raciocínio"¹. 
Nos próximos posts vamos ver alguns conceitos como a diferença entre compreensão e interpretação de 
textos, língua e fala, denotação e conotação, funções da linguagem, intertextualidade e figuras de linguagens.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO ?
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente escrito nele, das frases e 
ideias ali presentes. Já a interpretação de texto está ligada às conclusões que podemos chegar ao conectar as 
ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o leitor teve sobre o texto.
É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível interpretá-lo sem compreendê-lo. 
Compreensão Interpretação
O que é É a análise do que está escrito no texto, a É o que podemos concluir sobre o que está escrito 
Compreensão Interpretação
compreensão das frases e ideias 
presentes. 
no texto. É o modo como interpretamos o 
conteúdo.
Informação A informação está presente no texto. A informação está fora do texto, mas tem conexão com ele.
Análise Trabalha com a objetividade, com as frasese palavras que estão escritas no texto.
Trabalha com a subjetividade, com o que você 
entendeu sobre o texto.
O que é compreensão de texto
A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a análise objetiva e a 
assimilação das palavras e ideias presentes no texto.
As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:
• Segundo o texto…;
• De acordo com o autor…;
• No texto…;
• O texto informa que...
• O autor sugere…
O que é interpretação de texto
A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, depois de estabelecer conexões entre o que 
está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos tirar com base nas ideias do autor.
Essa análise ocorre de modo subjetivo, e são relacionadas com a dedução do leitor.
Existe uma ciência que estuda a teoria da interpretação, chamada de hermenêutica. Ela é um ramo da 
filosofia, que estuda a interpretação de textos em diversas áreas, como literatura, religião e direito.
Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:
• Diante do que foi exposto, podemos concluir…
• Infere-se do texto que…
• O texto nos permite deduzir que…
• Conclui-se do texto que...
• O texto possibilita o entendimento de...
II – LÍNGUA E LINGUAGEM
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Toda linguagem tem um objetivo. A linguagem verbal, por sua vez, tem alguns objetivos muito claros e por 
isso devem ser estudados para que possamos melhor entendê-la e utilizá-la.
Vejamos primeiramente como funciona o sistema de comunicação, utilizando a linguagem verbal.
•Aquele que emite a mensagem, codificando-a em palavras chama-se EMISSOR.
•Quem recebe a mensagem de a decodifica, ou seja, apreende a idéia, é chamado de RECEPTOR.
•Aquilo que é comunicado, o conteúdo da comunicação é chamado de MENSAGEM.
•CÓDIGO é o sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da mensagem.
•REFERENTE, por sua vez, é o contexto em que se encontram o emissor e o receptor.
•O meio pelo qual esta mensagem é transmitida é nomeado CANAL.
São seis as funções básicas da linguagem verbal:
Função Emotiva / Expressiva
É centralizada no emissor. Como o próprio nome já diz, tem o papel de exprimir emoções, impressões 
pessoais a respeito de determinado assunto. Por esse motivo ela normalmente vem escrita em primeira 
pessoa e de forma bem subjetiva. Em textos que utilizam a função emotiva há uma presençamarcante de 
figuras de linguagem, mensagens subentendidas, elementos nas entrelinhas, etc.
Os textos que mais comumente se utilizam desse tipo de linguagem são as cartas, as poesias líricas, as 
memórias, as biografias, entre outros.
Função Referencial / Denotativa
Contrariamente à emotiva, esse tipo de linguagem é centralizada no referente. Como seu foco é o de 
transmitir a mensagem da melhor maneira possível, a linguagem utilizada é objetiva, recorrendo a conceitos 
gerais, vocabulário simples e claro, ou, dependendo do público alvo, vocabulário que melhor se adeque a ele.
É chamada de denotativa devido à objetividade das informações, à clareza das idéias. Há uma prevalência do 
uso da terceira pessoa, o que torna o texto ainda mais impessoal.
Os textos que normalmente fazem uso dessa função são os textos jornalísticos e os científicos.
Função Apelativa / Conativa
Como sugere a nomenclatura, essa função serve para fazer apelos, pedidos, para comover ou convencer 
alguém a respeito do que se diz. Centralizada no receptor, procura influenciá-lo em seus pensamentos ou 
ações. É bastante frequente o uso da segunda pessoa, dos vocativos e dos imperativos.
Essa função é aplicada particularmente nas propagandas ou outros textos publicitários, e também em 
campanhas sociais, com o objetivo de comover o leitor.
Função fática
Centraliza-se no canal. Tem o objetivo de estabelecer um contato ou comunicação, não necessariamente com
uma carga semântica aparente.
É utilizada em saudações, cumprimentos do dia a dia, expressões idiomáticas, marcas orais, etc.
Função poética
Caracteriza-se basicamente pelo uso de linguagem figurada, metáforas e demais figuras de linguagem, rima, 
métrica, etc. É semelhante à linguagem emotiva, sendo que não necessariamente revela sentimentos ou 
impressões a respeito do mundo.
Como pode-se constatar essa função é aplicada em poesias, músicas e algumas obras literárias.
Função metalinguística
Esta última função está presente principalmente em dicionários.
Caracteriza-se por trazer consigo uma explicação da própria língua. Pode ocorrer também em poesias, obras 
literárias, etc.
NARRAÇÃO
A narração é um texto dinâmico, que contém vários fatores de dependência que são extremamente 
importantes para a boa estruturação do texto. Narrar é contar um fato, e como todo fato ocorre em 
determinado tempo, em toda narração há sempre um começo um meio e um fim. São requisitos básicos para
que a narração esteja completa.
Sendo assim, começaremos por expor os elementos que formam a estrutura da narrativa:
TEMPO: O intervalo de tempo em que o(s) fato(s) ocorre(m). Pode ser um tempo cronológico, ou seja, um 
tempo especificado durante o texto, ou um tempo psicológico, onde você sabe que existe um intervalo em 
que as ações ocorreram, mas não se consegue distingui-lo.
ESPAÇO: O espaço é imprescindível, e deve ser esclarecido logo no início da narrativa, pois assim o leitor 
poderá localizar a ação e imaginá-la com maior facilidade.
ENREDO: É o fato em si. Aquilo que ocorreu e que está sendo narrado. Deve ter um começo, um meio e um 
fim.
PERSONAGENS: São os indivíduos que participaram do acontecimento e que estão sendo citados pelo 
narrador. Há sempre um núcleo principal da narrativa que gira em torno de um ou dois personagens, 
chamados de personagens centrais ou principais (protagonistas).
NARRADOR: É quem conta o fato. Pode ser em primeira pessoa, o qual por participar da história é chamado 
narrador-personagem, ou em terceira pessoa, o qual não participa dos fatos, e é denominado narrador-
observador.
E alguns elementos que ajudam na construção do enredo:
INTRODUÇÃO: Na introdução devem conter informações já citadas acima, como o tempo, o espaço, o enredo
e as personagens.
TRAMA: Nessa fase você vai relatar o fato propriamente dito, acrescentando somente os detalhes relevantes 
para a boa compreensão da narrativa. A montagem desses fatos deve levar a um mistério, que se desvendará
no clímax.
CLÍMAX: O clímax é o momento chave da narrativa, deve ser um trecho dinâmico e emocionante, onde os 
fatos se encaixam para chegar ao desenlace.
DESENLACE: O desenlace é a conclusão da narração, onde tudo que ficou pendente durante o 
desenvolvimento do texto é explicado, e o “quebra-cabeça”, que deve ser a história, é montado.
Para que no seu texto estejam presentes esses elementos, é necessário que na organização do texto você 
faça alguns questionamentos: O quê aconteceu (enredo), quando aconteceu? (tempo), onde aconteceu? 
(espaço), com quem aconteceu? (personagens), como aconteceu? (trama, clímax, desenlace).
Após fazer essas perguntas e respondê-las, pode-se iniciar a redação da narrativa, onde são incluídos todos 
esses itens explicados acima. Para uma redação escolar o melhor é que se distribuam as informações dessa 
forma:
Introdução: Com quem aconteceu? Quando aconteceu? Onde aconteceu?
Desenvolvimento: O que aconteceu? Como aconteceu? Por que aconteceu?
Conclusão: Qual a conseqüência desse acontecimento?
Se essas dicas forem seguidas com certeza a narração estará completa e não faltará nenhuma informação 
para que se possa entender os fatos.
DESCRIÇÃO
Enquanto a narração é o relato de um fato que ocorre em determinado tempo, a descrição é o relato de um 
objeto, pessoa, cena ou situação estática, ou seja, não depende do tempo. Descrever é desenhar com 
palavras determinada imagem, de modo que a mesma possa ser visualizada pelo leitor em sua mente.
Características de uma descrição
- Utilização de verbos de ligação. Eles servem para ligar o sujeito ao seu predicativo, na grande maioria dos 
casos.
- Presença constante de adjetivos ou locuções adjetivas. Eles constituem os predicados nominais e são 
comuns nesse tipo de texto devido a constante caracterização que se dá ao objeto descrito.
- É um texto parado, isto é, não é dinâmico. Esse fato pode tornar o texto entediante, e ficando assim se 
tornará muito mais complicado convidar o leitor a lê-lo. Pode-se evitar esse imprevisto com caracterizações 
claras e utilizando-se características específicas, que tornarão a imagem descrita incomum e, portanto 
interessante de se apreciar.
- A imagem que vai se construindo é semelhante a um retrato, só que são utilizadas palavras, e por isso é 
chamada de imagem verbal. Dependendo da riqueza de detalhes e clareza de informações essa imagem vai 
se tornando mais nítida e mais acessível a todos os tipos de leitores. Esse deve ser o principal objetivo de 
uma boa descrição.
Dicas para uma boa descrição
- Utilizar linguagem clara, ser direto e dinâmico.
- Descrever características que não se pode encontrar em qualquer lugar. É essencial que se destaquem os 
traços distintivos, para que a imagem verbal não seja visualizada superficialmente. Isso enriquece a descrição
e torna o texto mais atraente. Exemplos: dizer que o cabelo é preto não é novidade, pois muitas pessoas têm 
o cabelo preto, mas dizer que na raiz branca do cabelo podia-se perceber que era tingido é uma característica
específica, que ajuda a distinguir o indivíduo da maioria.
- Deve-se separar aspectos físicos, emocionais e psicológicos, caso haja os três, e descrever um de cada vez 
para que a imagem possa ser construída coerentemente.
Dentro de outros tipos de textos podem surgir pequenas descrições, e isso representa uma pausa na linha do 
tempo em que a história acontece. Esse recurso é utilizado para chamar a atenção do leitor para 
determinada cena, pessoa, objeto, sensação, etc. Especificamente no texto descritivo, ou seja, na redação em
que é exigida uma descrição, os gêneros não podem se misturar. Para tanto devemos seguir algumas dicas 
para a construção desse tipo de texto.
- Na introdução deve ser apresentada a imagem a ser descrita. Isso se faz de forma bem direta e específica. 
Quando muito acrescentamos, podemos citar o espaço em que a imagem se encontra.
- Durante o desenvolvimento devem ser expostasas características da imagem, dando sempre ênfase aos 
traços distintivos, como já foi falado. Deve-se também separar as características físicas das psicológicas e das 
emocionais. Poderão ser dispostas uma em cada parágrafo, devido ao tamanho do texto.
- Ao terminar a descrição propriamente dita, pode-se arrematar o texto através de uma característica que 
tenha marcado a imagem como um todo, ou um impressão sua a respeito do todo da imagem. Isso deve ser 
feito sempre em terceira pessoa, sem se incluir.
DISSERTAÇÃO
Além de ser o tipo de texto mais exigido em provas e concursos em todo o Brasil, a dissertação também é um
dos textos mais simples de se redigir. Começando pela estrutura dele e finalizando pelo tipo de linguagem 
empregado, é um texto que pode ser estudado e familiarizado com estudantes de diversos níveis.
Para se produzir um texto dissertativo são necessárias algumas habilidades, que estão ao alcance de todos a 
serem adquiridas:
•Conhecimento do assunto a ser abordado, a fim de aplicar precisão e certeza àquilo que está sendo 
escrito.
•Habilidade com a língua escrita, de maneira que se possa fazer boas construções sintáticas, uso de 
palavras adequadas e relações coerentes entre os fatos, argumentos e provas.
•Boa organização semântica do texto, ou seja, organização coerente das idéias aplicadas à dissertação,
para que as mesmas possam facilmente ser apreendidas pelos leitores.
•Bom embasamento das idéias sugeridas, boa fundamentação dos argumentos e provas.
Para se entender o que é uma redação dissertativa, devemos distinguir os dois tipos de dissertação 
existentes: a dissertação expositiva e a dissertação argumentativa.
•Dissertação expositiva – como o próprio nome já sugere, é um tipo de texto em que se expõem as 
idéias ou pontos de vista. O objetivo é fazer com que o leitor os considere coerentes e não fazê-lo 
concordar com eles.
•Dissertação argumentativa – esse é o tipo de dissertação mais comum e conhecida por todos. Nela o 
intuito é convencer o leitor, persuadi-lo a concordar com a ideia ou ponto de vista exposto. Isso se faz 
por meio de várias maneiras de argumentação, utilizando-se de dados, estatísticas, provas, opiniões 
relevantes, etc.
Há algumas maneiras de se organizar uma dissertação, que podem ajudar na hora de iniciar o seu texto:
1 - Você pode transformar o tema em um questionamento, e ao longo do texto tentar responder da melhor 
maneira possível a essa questão.
Ex:
TEMA: O Desmatamento na Floresta Amazônica
QUESTÃO ABORDADA POR VOCÊ: A Floresta Amazônica, maior floresta tropicaldo mundo, sofre algum dano 
com a frequente prática do desmatamento em seu território?
OBS:
•Sobre o mesmo tema você pode fazer vários questionamentos, porém deve avaliar se você está apto 
a respondê-los e se não está fugindo ao tema principal.
•Após fazer essas avaliações escolha apenas um dos questionamentos e fundamente seus argumentos
baseando-se nele.
2- Uma outra maneira de desenvolver o seu texto é expondo os contra-argumentos, ou seja, expondo as 
antíteses possíveis à sua tese.
Ex:
TEMA: Eutanásia
Tese/opinião: A eutanásia realmente deve ser proibida, pois ninguém pode violar o direito à vida.
Antítese/contra-argumento: Com a legalização da eutanásia um hospital poderia estar se utilizando do 
espaço que um paciente desenganado está ocupando para atender a alguém que tem reais chances de 
sobrevivência.
OBS:
•Cuidado para não se contradizer, ou seja, ao apresentar seu contra-argumento você deve estar 
preparado para convencer o leitor de que ele não tem fundamentos, e deve estar munido de 
informações convincentes para que possa fazê-lo. Caso contrário você poderá não deixar clara a sua 
mensagem.
•Sempre defenda um ponto de vista, pois seu objetivo é esclarecer e não confundir ainda mais as 
opiniões do leitor a respeito daquele assunto.
•No caso de temas muito polêmicos, o melhor é se isentar totalmente de opiniões e fundamentar 
seus argumentos em fatos, estatísticas e opiniões em massa.
3- Uma outra alternativa seria fazer uma relação entre causa e consequência, para que assim se possa ir do 
início ao fim do problema, olhá-lo como um todo e com isso ir construindo uma opinião.
EX:
TEMA: A Violência nas escolas públicas
Causa: O pouco incentivo aos esportes e às artes nas escolas por parte do governo.
Consequência: Os jovens passam muito tempo nas ruas, em contato com armas e drogas.
OBS:
*A partir da causa e da consequência apresentadas, você deverá desenvolver seus argumentos em busca de 
uma solução possível e coerente para o problema.
Esquema de uma dissertação
Introdução: No primeiro parágrafo você deverá expor o problema e o caminho a ser seguido no texto para 
expô-lo ou para defender algum ponto de vista a respeito dele.
Desenvolvimento: Aqui se encontram os argumentos, opiniões, estatísticas, fatos e exemplos. Ao apresentá-
los você deve sempre se direcionar para um lado da questão, um ângulo de visão, uma opinião específica. 
Essa opinião deve ser anteriormente pensada e analisada para que se possa fazer uma boa argumentação ou 
exposição.
Conclusão: Aqui você deixa claro o objetivo da sua dissertação, expõe o ponto de vista defendido ou a 
conclusão da sua exposição de forma que se arremate todos os argumentos utilizados durante a construção 
do texto.
DISCURSO DIRETO, DISCURSO INDIRETO e DISCURSO INDIRETO LIVRE
Discurso é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim, todo discurso é 
uma prática social. A análise de um discurso deve, portanto, considerar o contexto em que se encontra, assim
como as personagens e as condições de produção do texto.
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o discurso direto, o discurso indireto e o
discurso indireto livre. Não necessariamente estes três discursos estão separados, eles podem aparecer 
juntos em um texto. Dependerá de quem o produziu.
Vejamos cada um deles:
Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em 
diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam destacados e expostos 
no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, 
entre outros, servem para que as falas das personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em 
uma peça teatral.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas.
Ex.
“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - Chente! que vida 
dura esta de guaxinim do banhado!...”
“- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É escrito 
normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para reproduzir aquilo 
que foi dito pela personagem.
Ex.
“Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis)
“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem 
relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze 
horas.” (Lima Barreto)
Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as 
personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura 
dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.
Ex.
“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava 
desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”
“Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva...” (Ana Maria 
Machado)
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram 
todos irmãos. Irmãos.”(Graciliano Ramos)
GÊNERO POÉTICO
A poesia (do latim poēsis), ou texto lírico (segundo a Poética Clássica) é uma das sete artes tradicionais, que 
retrata a realidade sob a ótica da imaginação do autor e também do leitor. Apesar da importância do sentido 
da mensagem poética, é a forma estética que define um texto como poético ou não.
A poesia é, via de regra, formada por atributos metafísicos e existenciais. Assim, a arte de poetizar nos 
permite exprimir nossos sentimentos mais recônditos por meio da utilização de recursos linguísticos e 
estéticos.
A poesia como forma de expressão artística pode ser considerado anterior à escrita. Seus primeiros registros 
foram encontrados em monólitos, pedras rúnicas e estelas das primeiras culturas letradas. Além disso, muitas
obras da Antiguidade, desde os Vedas da tradição indiana (1700-1200 a.C.) até a Odisseia (800 - 675 a.C.) de 
Homero foram compostas em forma poética para ajudar na memorização e transmissão oral.
O poema épico mais antigo de que temos notícia é a Epopeia de Gilgamesh, elaborado em 3000 a.C. na 
Suméria, atual Iraque, em escrita cuneiforme com tabletes de argila.
O estudo dos atributos estéticos da poesia é conhecido como “Poética”. Na tradição ocidental greco-romana, 
a mais famosa é a do pensador Aristóteles (384-322 a.C.). Além disso, algumas sociedades antigas, como a 
chinesa, por meio do Shi Jing (Clássico da Poesia) da tradição confucionista, desenvolveram cânones de obras
poéticas que tinham importância tanto ritual como estética.
Recentemente, os estudiosos têm se esforçado para encontrar uma definição que possa abranger todas as 
diferenças formais e contextuais que se encontram nos textos poéticos. Os poemas que registram os eventos 
históricos de forma épica, como a Odisseia, costumam ser longos e narrativos, enquanto os poemas litúrgicos
(hinos, salmos, etc.) são mais curtos e adotam um tom de inspiração espontânea. Ademais, temos os poemas
trágicos e elegíacos, que estimulam uma resposta sentimental profunda por parte do leitor, e os poemas 
líricos, que costumam retratar um fragmento, um flash da vida do autor.
Nesse sentido, o historiador polonês Władysław Tatarkiewicz, em sua obra O Conceito de Poesia, afirma que 
existem dois conceitos que podem definir a poesia, uma vez que o termo costuma ser aplicado a dois objetos
distintos. O primeiro é o de “arte baseada na linguagem” e o segundo assume um significado mais geral, 
definindo a poesia como um certo “estado da mente”.
Entre os maiores poetas da tradição ocidental, iniciada por Homero, destacam-se o italiano Dante Alighieri (A 
Divina Comédia), os ingleses John Milton (Paraíso Perdido) e Lorde Byron (Don Juan), o francês Baudelaire (As
Flores do Mal), o português Fernando Pessoa (Obras Completas de Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e 
Ricardo Reis), o espanhol García Lorca (Romanceiro Gitano), o chileno Pablo Neruda (Cem Sonetos de Amor) 
e o brasileiro Carlos Drummond de Andrade (O Sentimento do Mundo), entre centenas de outros.
FIGURAS DE LINGUAGEM
Aliteração
Indica a repetição de fonemas (consoantes) idênticos ou semelhantes no início de palavras de uma frase ou 
de versos de uma poesia.
Ex.: “O rato roeu a roupa do rei deRoma”.
Onomatopeia
Figura que procura representar graficamente sons.
Ex.: Zum-zum, trim, atchhhim...
Anacoluto
Consiste no aparecimento de um termo no início de um período que não terá ligação sintática com o restante
dos termos posteriores.
Ex.: “Eles, o seu único desejo é exterminar-nos” (Garret).
“O Presidente, estes cidadãos não quiseram ouvir-nos”.
Anáfora
Consiste na repetição de uma ou mais palavras no início de diferentes versos ou frases.
Ex.: “Depois eu dou. Depois eu deixo.Depois eu levo. Depois eu conto” (F. Sabino).
“É pau... É pedra... É o fim do caminho... É um pedaço de toco...” (Tom Jobim).
Não sei, não vi, não quero saber.
Alguém falou, alguém gritou, alguémbrigou.
Anástrofe ou inversão
Consiste na inversão da ordem direta da frase.
Ex.: Ao Flu o Fla vencerá (a ordem natural seria “O Fla vencerá o Flu”).
“Sabe mortos enterrar?” (J.C. Melo Neto) (Sabe enterrar mortos?)
Obs.: É um tipo de inversão mais brando que o HIPÉRBATO.
Assíndeto
Consiste na construção de sequência de orações coordenadas aditivas; não apresentando, contudo, 
conjunção.
Ex.: “Vim, vi, venci” (Julio César).
Ele lava, passa, prepara a comida, massageia os pés do marido.
Consiste na omissão de um termo facilmente subentendido.
Ex.: “Na terra, tanta guerra, tanto engano” (Camões).
Na terra há tanta guerra, há tanto engano.
“Uma de suas funções, como membro da presidência da Câmara, era a de zelar pelos móveis e demais 
pertences” (Fernando Sabino).
→ ... era a (função) de zelar...
Hipálage
Consiste em atribuir a um ser ou coisa uma qualidade ou ação que logicamente pertence a outro ser que 
também está expresso na mesma frase.
Ex.: “O voo negro dos urubus fazia...” (G. Ramos) (Negro, na verdade, é qualificativo para “urubus”).
O movimento pesado dos elefantes... (o movimento não é pesado, e sim os elefantes).
Hipérbato
Indica inversão de termos dentro de orações ou versos. Esta inversão é mais significativa do que a anástrofe.
Ex.: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
de um povo heroico brado retumbante...”
– As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.
“É esta de teu querido pai a mesma barba
a mesma boca e testa (T. A. Gonzaga).
– É esta a mesma barba, a mesma boca e testa de teu querido pai.
Pleonasmo
Emprego de palavras ou expressões de significado equivalente, com a finalidade de reforçar uma ideia.
Ex.: Vi com meus próprios olhos a terrível cena.
Perdoe-me pelo amor divino de Deus.
Polissíndeto
Consiste na repetição intencional de conjunções, ligando palavras ou orações de período.
Ex.: Ele fala, e reclama, e bebe, e xinga...
Maria não lava, nem passa, nemtrabalha, nem faz a comida.
Silepse
Também conhecida como concordância ideológica, esta figura ocorre quando a concordância se faz não com 
a palavra expressa na frase, mas com a ideia que esta palavra sugere.
a) de gênero
Ex.: Vossa Majestade é muito bondoso.
Sua Santidade estava abatido.
b) de número
Ex.: Coisa curiosa é aquela gente.Divertem-se com tão pouco.
A banda Flor chegou ao sucesso depois de cinco anos. Já gravaram oito discos.
c) de pessoa
Ex.: Os brasileiros somos muito desconfiados.
Zeugma
É a omissão de uma palavra já expressa anteriormente na oração. Trata-se de um caso especial de elipse.
Ex.: Na França há tanta riqueza, no Brasil tanta pobreza. (... no Brasil hátanta pobreza.)
Eu fiz os salgados, Maria os doces. (... Maria fez os doces.)
Repetição ou reduplicação
Consiste na repetição proposital de palavras ou expressões, tanto na poesia quanto na prosa.
Ex.: “Cantei, Cantei, Cantei,
Como é cruel cantar assim...” (Chico Buarque).
Antítese
Consiste na colocação, lado a lado, de termos opostos, mas que não causam ideias sem nexo.
Ex.: “Cabelos longos, ideias curtas”.
Uma exposição clara para uma ideia tãocomplicada.
Eufemismo
Indica a atenuação ou suavização de ideias consideradas desagradáveis, cruéis ou ofensivas.
Ex.: Ele entregou a alma a Deus (em vez de: Ele morreu).
Ela sofre de doença ruim (em vez de:câncer).
Hipérbole
Consiste no exagero proposital das coisas.
Ex.: Ele morreu de medo quando me viu.
Nós chegamos aqui há um século.
Ironia
Consiste em expressar o contrário do que se pensa, mas dando a entender o real pensamento. Normalmente,
a ironia adquire traços humorísticos.
Ex.: Aqueles amorosos bandidos mataram a família inteira.
Os confiáveis deputados precisam receber o “mensalão”, pois seus salários são muitos baixos.
Paradoxo ou oxímoro
Trata-se de uma figura que relaciona duas palavras antônimas, dando conceitos contraditórios. 
“Aparentemente” a frase fica sem sentido.
Ex.: “Amor é fogo que não se vê
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontenteÉ dor que desatina sem doer” (Camões).
Sinto-me solitário nesta multidão...
Prosopopeia,
Consiste em atribuir vida ou qualidades humanas a seres inanimados, irracionais, mortos ou abstratos.
Ex.: “As rosas não falam...” (Cartola).
Uma talhada de melancia com seus alegres caroços (C. Lispector).
Antonomásia
Indica a substituição de nome próprio por nome comum ou por expressão ligada ao termo substituído.
Ex.: Rei do Futebol (em lugar de Pelé).
Cidade Maravilhosa (em vez de Rio de Janeiro).
Catacrese
É uma figura que consiste no uso impróprio de vocábulo por falta de outro mais específico para a designação 
de um ser ou de uma ação.
Ex.: O pé do vaso está quebrado (pé – parte que serve para sustentar o corpo humano).
Embarcou naquele avião gigantesco (embarcar significa entrar num navio).
Comparação ou símile
Como o próprio nome indica, formaliza-se uma ideia de comparação. Contudo, é fundamental ressaltar que 
há a necessidade de um conectivo explicitando a comparação.
Ex.: “Beijou sua mulher como se fosse a única” (Chico Buarque).
Ele agiu feito os santos.
Metáfora
Atribuição a uma pessoa ou coisa de uma qualidade que não lhe cabe logicamente. Essa transferência de 
significado de um termo para outro baseia-se na semelhança de características que o emissor da mensagem 
encontra entre os dois termos comparados. É uma comparação de ordem subjetiva, sem o conectivo que 
indica esta comparação.
Ex.: Maria é uma flor.
Vê-se que Carlos é uma fera enjaulada.
Metonímia
É a substituição de sentido de um termo por outro que com ele apresenta relação lógica e constante.
a) autor – obra
Ex.: Ele nunca leu Machado de Assis (os livros de Machado de Assis).
b) conteúdo – continente
Ex.: Comi dois pratos (não se comem os pratos; come-se o conteúdo dos pratos).
c) inventor – invento
Ex.: Graham Bell permitiu que a humanidade se comunicasse melhor (na realidade, o invento de Graham Bell,
o telefone).
d) símbolo – coisa simbolizada
Ex.: Nunca abandones a cruz (cruz – símbolo da religião).
e) instrumento – pessoa que o utiliza
Ex.: Ele é um grande raquete (ele é um grande jogador de tênis).
Obs.: Existe um tipo especial de metonímia chamado sinédoque, que se baseia em outras relações.
a) parte – todo
Ex.: Os seus olhos espertos indicavam a porta de entrada.
b) matéria – objeto
Ex.: O cristal tinia sobre a mesa de jantar.
c) marca do produto substitui o produto.
Ex.: O Ford quase nos atropelou.
Sinestesia
Consiste na fusão de sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Ex.: Comia o sabor (gosto) vermelho (visão) da fruta.
Claro (visão) perfume (olfato) vagava pelo ar.
Ambiguidade
Ocorre sempre que uma palavra admite duas ou mais interpretações.
Ex.: “O julgamento do professor ocorrerá amanhã” (não se sabe se o professor julgou ou foi julgado).
“Flamengo venceu o Palmeiras jogando em casa” (não fica evidenciado quem jogou em casa).
Barbarismo
Consiste em grafia ou pronúncia inadequada ao padrão culto da língua.
Ex.: “degladiar”, “previlégio”, “necrópsia”, “rúbrica”.
Cacófato
Indica uma formação sonora desagradável.Tal se dá por formação de palavrões ou repetição excessiva de 
uma estrutura fonética.
Ex.: Já está pronto o álbum da Maria. Não percebemos como estava a boca dela.
Devemos depreender a devida demandade um delicado momento político.
Solecismo
Falha de ordem sintática.
Ex.: Haviam muitas pessoas no auditório. Procederemos as aulas de apoio à partir de julho.
III – FONÉTICA
FONEMA
Letra
É o sinal gráfico da escrita.
Exemplos:
pipoca – tem 6 letras
hoje – tem 4 letras
Fonema
É o som da fala.
Exemplos:
pipoca – tem 6 fonemas
Hoje – tem 3 fonemas
*Observe de acordo com os exemplos que o número de letras e fonemas não precisam ter a mesma 
quantidade.
Chuva – tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem um único som.
Hipopótamo – tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” não tem som.
Galinha – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem um único som.
Pássaro – tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem um único som.
Nascimento – 10 letras e 8 fonemas, já que não se pronuncia o “s” e o “en” tem um único som.
Exceção – 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o “x”.
Táxi – 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de “ks”.
Guitarra – 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um único som e o “rr” também tem um único som.
Queijo – 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um único som.
Repare que através do exemplo a mudança de apenas uma letra ou fonema gera novas palavras.
C A V A L O
C A V A D O
C A L A D O
C O L A D O
S O L A D O
VOGAL, SEMIVOGAL e CONSOANTE
Vogal, Semivogal e Consoante são fonemas, os quais são unidades de som que distinguem as palavras. 
Enquanto as vogais saem livremente pela boca, o mesmo não acontece com as consoantes, que encontram 
obstáculos. Conheça os fonemas e aprenda a diferenciar as vogais das semivogais!
Vogal
A vogal é o mais importante dos fonemas, pois não existem sílabas sem vogais. Ela se caracteriza pelo fato de 
o som ser emitido sem obstáculos.
Na língua portuguesa existem 5 letras vogais (a, e, i, o, u). Os fonemas vogais, por sua vez, são em maior 
número. Isto ocorre porque as vogais podem ser pronunciadas de forma oral e de forma nasal e, ainda, 
mediante à:
•Articulação - respeita ao posicionamento da língua no momento da emissão da vogal. Podem ser: anteriores,
centrais e posteriores;
•Timbre - respeita à abertura dos órgãos da fala. Podem ser: abertas e fechadas;
•Intensidade e Acento: respeita à vibração das cordas vocais. Podem ser: tônicas e átonas.
Por hora, é importante, nos debruçarmos sobre as seguintes classificações e lembrar que:
•Os fonemas vogais orais, ou seja, que são emitidos pela boca são: a, e, i, o, u.
•Os fonemas vogais nasais, por sua vez, são emitidos pela boca e pelas fossas nasais e são: ã, ẽ, ĩ, õ, ũ.
•As vogais tônicas são pronunciadas com mais intensidade (vovó, sapo), do que as vogais átonas (vovó, 
sapo).
Semivogal
Os fonemas i e u e, em alguns casos, também os fonemas e e o são classificados como semivogais quando se 
juntam a uma vogal e são pronunciados com menos força.
Em cárie e lousa, o i da palavra cárie e o u da palavra lousa são semivogais.
Em nódoa e cães, o o da palavra nódoa e o e da palavra cães são semivogais.
Afinal, Qual é a Diferença entre Vogal e Semivogal?
Enquanto a vogal é o núcleo da sílaba, a semivogal nunca desempenha esse papel. Tal como acontece com as 
consoantes (veremos a seguir), as vogais são o apoio das semivogais.
As vogais são o núcleo da sílaba. Desta forma, a separação silábica das palavras cárie, lousa, nódoa e cães é a 
seguinte: cá-rie, lou-sa, nó-doa, cães.
Consoante
A consoante se caracteriza pelo fato de o som ser emitido com obstáculos, uma vez que não consegue sair 
livremente pela boca. Elas somente formam sílabas apoiadas no som de uma vogal, daí decorre o nome con-
soante, ou seja, com som (de uma vogal, no caso).
O nosso alfabeto é composto por 21 consoantes: b, c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, p, q, r, s, t, v, x, y, w, z.
Tal como as vogais, as consoantes podem ser orais ou nasais e, ainda, surdas ou sonoras. As consoantes são 
classificadas também mediante ao:
•Modo de Articulação - respeita ao tipo de obstáculo que o som encontra durante a sua emissão. Podem ser: 
oclusivas e constritivas. As constritivas, por sua vez, podem ser fricativas, laterais e vibrantes.
•Ponto de Articulação - respeita ao local da cavidade bucal em que o obstáculo está localizado. Podem ser: 
bilabiais, labiodentais, linguodentais, alveolares, palatais e velares.
ENCONTROS VOCÁLICOS
DEFINIÇÃO: um encontro vocálico acontece quando há duas letras com sons vocálicos juntas em uma mesma 
palavra. Sendo assim, mesmo que a letra em questão seja uma consoante, se ela assumir um som de vogal na
palavra, ela pode constituir um encontro vocálico, como é o caso das letras “ol” na palavra “farol”.
Portanto, quando há uma sequência de sons vocálicos,sejam eles na mesma sílaba ou em sílabas separadas, 
caracterizamos um encontro vocálico. Existem três tipos de encontros vocálicos:
HIATO
O encontro de duas letras com sons vocálicos, em uma mesma palavra, e em sílabas diferentes.
Exemplos:
•democracia: de-mo-cra-ci-a
•viela: vi-e-la
•saída: sa-í-da
•poesia: po-e-si-a
 
DITONGO
O encontro de duas letras com sons vocálicos, em uma mesma palavra e na mesma sílaba. Neste caso, uma é 
caracterizada como vogal (a mais forte, tônica) e a outra como semivogal (a mais fraca, átona).
Exemplos:
Classificação dos Ditongos
Os ditongos podem ser classificados de duas formas: crescente ou decrescente, e oral ou nasal.
Ditongo Crescente: o encontro de uma semivogal (menos intensa) mais uma vogal (mais intensa), na mesma 
sílaba.
•Exemplo: série, próprio, nódoa, mágoa, série, quadro, área, páreo.
Ditongo Decrescente: o encontro de uma vogal (mais intensa) mais uma semivogal (menos intensa), na 
mesma sílaba.
•Exemplo: pouco, pai, pais, mais, maus, mingau, intuito
Ditongo Oral: o som passa pela cavidade oral, impedindo a passagem do ar pelas vias nasais.
•Exemplo: ouvir, tranquilo, sequestro, viu, fugiu.
Ditongo Nasal: o som passa essencialmente pela cavidade nasal, produzindo um som nasalizado.
•Exemplo: pão, mãe, quanto, delinquente, frequência, enxaguemos.
TRITONGO
É a sequência de três letras com sons vocálicos pertencentes à mesma sílaba de uma determinada palavra, 
sendo que a primeira é uma semivogal, a segunda uma vogal, e a terceira uma semivogal.
Exemplo:
Paraguai, quão
Classificação dos tritongos
Os tritongos também podem ser classificados em nasais ou orais, seguindo as mesmas regras dos ditongos.
•Tritongos orais: Paraguai, iguais, averigueis.
•Tritongos nasais: Saguão, enxáguem.
ENCONTROS CONSONANTAIS
DEFINIÇÃO: encontro consonantal é a sequência de duas ou mais letras com sons consonantais na mesma 
palavra.
Exemplos:
•pedra
•plano
•atleta
•crise
•porta
•ritmo
•lista
•pneu
•psicologo
OBS: não confundir com dígrafo! Quando as duas consoantes formam um só som, ou quando uma das 
consoantes tem som vocálico, não se caracteriza um encontro consonantal.
Exemplos:
•planta
•passo
Há, basicamente, dois tipos de encontros consonantais:
a) PUROS ou PERFEITOS: qaundo acontecem entre as consoantes de uma mesma sílaba.
Exemplos:
•psi-co-se
•pneu-mo-ni-a
•pra-to
•pla-ca
•bro-che
•blu-sa
•trei-no
•a-tle-ta
•cri-se
•cla-ve
•pa-la-vra
•psi-co-lo-gia
•pneu-má-ti-co
•encon-trar
•Bí-blia
b) DISJUNTOS ou IMPERFEITOS: quando acontecem entre consoantes de sílabas diferentes.
Exemplos:
•ab-di-car
•sub-so-lo
•ad-vo-ga-do
•ad-mi-tir
•al-ge-ma
•cor-te
•al-can-çar
•as-pec-to
•ap-to
•cos-ta
OBSERVAÇÕES:
a) Quando a letra x corresponde a cs, há um encontro consonantal fonético. Nesse caso, x é chamado por 
alguns gramáticos de dífono e por outros de encontro consonantal fonético.
Exemplo: táxi, axila.
b) As letras m e n em alguns casos assumem o papel de semivogal, e não são consideradas consoantes, 
portanto não constituem um encontro consonantal.
Exemplo: antes, bambu
DÍGRAFOS
O dígrafo é um fenômeno gramatical e fonético que ocorre quando duas letras estão juntas na mesma 
palavra, e formam um único fonema (som). A palavra dígrafo vem do grego e é formada por di (dois) + grafo 
(escrever).
Os dígrafos da língua portuguesa são classificados em:
Dígrafos Vocálicos
O encontro de duas letras que formam um som apenas, sendo este um som vocálico.
Exemplos:
•am: amparar, campo, pampa
•an: antigo, sangue, antes
•em: lembrar, sempre, empatar
•en: encontrar, tento, vento
•im: importar, limpo, símbolo
•in: indicar, tingir, lindo
•om: ombro, rombo, pompa
•on: ontem, tonto, onda
•um: umbigo, bumbo, algum
•un: fundo, tonto, mundo
Dígrafos Consonantais
O encontro de duas letras que formam apenas um som, sendo este um som consonantal.
Exemplos:
•lh: alho, milho
•nh: ninho, sonho, venho, banho
•ch: chuva, China
•rr: carro, barro, birra, burro, arroz
•ss: assistir, assunto, assento, isso, assar
•qu e gu (seguidos de e ou i): aquilo, guerra, águia, questão, quilo, querido
•sc: descer, nascer, ascensão, descendente
•sç: nasço, cresça
•xc: exceção, excesso
•xs: exsurgir, exsudar, exsuar
Dígrafos versus Encontros Consonantais
O Encontro consonantal, como o nome já indica, é o encontro de duas consoantes na mesma palavra. Desta 
forma:
a) poderíamos dizer que na palavra “ponto” há um econtro consonantal das consoantes “nt”?
A resposta é NÃO!
Nestes casos, a consoante N não funciona como consoante, nem mesmo tem som de consoante. Ela fará 
parte do dígrafo vocálico “on” (õ), e não constituirá um encontro consonantal.
b) pode-se dizer, ainda que na palavra “excesso” há um encontro consonantal das consoantes “xc”?
A resposta também é NÃO.
Neste outro caso, as duas consoantes em questão formam apenas um som, o que faz delas um dígrafo e 
portanto não nos permite caracterizar um encontro consonantal, visto que representam apenas uma 
consoante.
IV – ORTOGRAFIA
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO I
O Novo Acordo Ortográfico visa simplificar as regras ortográficas da Língua Portuguesa e aumentar o prestígio
social da língua no cenário internacional. Sua implementação no Brasil segue os seguintes parâmetros: 2009 
– vigência ainda não obrigatória, 2010 a 2012 – adaptação completa dos livros didáticos às novas regras; e a 
partir de 2013 – vigência obrigatória em todo o território nacional. Cabe lembrar que esse “Novo Acordo 
Ortográfico” já se encontrava assinado desde 1990 por oito países que falam a língua portuguesa, inclusive 
pelo Brasil, mas só agora é que teve sua implementação.
É equívoco afirmar que este acordo visa uniformizar a língua, já que uma língua não existe apenas em função 
de sua ortografia. Vale lembrar que a ortografia é apenas um aspecto superficial da escrita da língua, e que as
diferenças entre o Português falado nos diversos países lusófonos subsistirão em questões referentes à 
pronúncia, vocabulário e gramática. Uma língua muda em função de seus falantes e do tempo, não por meio 
de Leis ou Acordos.
A queixa de muitos estudantes e usuários da língua escrita é que, depois de internalizada uma regra, é difícil 
“desaprendê-la”. Então, cabe aqui uma dica: quando se tiver uma dúvida sobre a escrita de alguma palavra, o 
ideal é consultar o Novo Acordo (tenha um sempre em fácil acesso) ou, na melhor das hipóteses, use um 
sinônimo para referir-se a tal palavra.
Mostraremos nessa série de artigos o Novo Acordo de uma maneira descomplicada, apontando como é que 
fica estabelecido de hoje em diante a Ortografia Oficial do Português falado no Brasil.
Alfabeto
A influência do inglês no nosso idioma agora é oficial. Há muito tempo as letras “k”, “w” e “y” faziam parte do
nosso idioma, isto não é nenhuma novidade. Elas já apareciam em unidades de medidas, nomes próprios e 
palavras importadas do idioma inglês, como:
km – quilômetro,
kg – quilograma
Show, Shakespeare, Byron, Newton, dentre outros.
Trema
Não se usa mais o trema em palavras do português. Quem digita muito textos científicos no computador 
sabe o quanto dava trabalho escrever linguística, frequência. Ele só vai permanecer em nomes próprios e 
seus derivados, de origem estrangeira. Por exemplo, Gisele Bündchen não vai deixar de usar o trema em seu 
nome, pois é de origem alemã. (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO II
Faz-se necessário revisar alguns pontos gramaticais que nos ajudarão a compreender as regras da acentuação
gráfica da Língua Portuguesa.
Quanto à classificação da sílaba, as palavras podem ser:
•Átonas – quando não há ênfase na pronúncia de uma sílaba.
•Tônicas – quando há ênfase na pronúncia de uma sílaba.
Ex. A palavra “mato” tem duas sílabas: a primeira “ma” – é tônica;a segunda “to” – é átona.
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras podem ser:
•Oxítonas – quando a sílaba forte encontra-se na última sílaba de uma palavra.
Ex. saci, funil, parabéns, café, calor, bombom.
•Paroxítonas – quando a sílaba forte encontra-se na penúltima sílaba.
Ex. escola, sossego, dormindo, amável.
•Proparoxítonas – quando a sílaba forte encontra-se na antepenúltima sílaba.
Ex. pêndulo, lâmpada, rápido, público, cômico.
Quanto à classificação dos encontros vocálicos:
•Ditongo : encontro de duas vogais numa só sílaba.
Ex. céu, véu, coi-sa, i-dei-a.
•Hiato : encontro de duas vogais em sílabas separadas.
Ex. fa-ís-ca, i-dei-a, pa-pa-gai-o, ba-i-nha.
* a palavra "ideia" possui ditongo E hiato.
Quanto ao número de sílabas, as palavras podem ser:
•Monossílabas – com apenas uma sílaba.
Ex. mau, mês, vi, um, só
•Dissílabas – com duas sílabas.
Ex. Ca-fé, Ca-sa, mui-to, li-vro, rou-pa, rit-mo
•Trissílabas – palavras com três sílabas.
Ex. Eu-ro-pa, cri-an-ça, ma-lu-co, tor-na-do
•Polissílabas – palavras com quatro ou mais sílabas.
Ex. Pa-ra-pei-to, es-tu-dan-te, u-ni-ver-si-da-de, la-bi-rin-ti-te.
As gramáticas costumam ainda classificar os monossílabos (palavras com apenas uma sílaba) em dois tipos:
•Monossílabo átono: palavras de uma sílaba fraca, ou seja, pronunciada sem ênfase. Estes podem ser:
Artigos: o, a, um...
Pronomes Pessoais Oblíquos: se, te, ti, lhe, o, a...
Pronome relativo: que
Conjunção: e, ou, mas, nem...
Preposição: dos, de, à, na...
•Monossílabo tônico: palavras de uma sílaba tônica, ou seja, pronunciadas com ênfase, que podem 
ser:
Verbos: li, vi, ter, ser, dê...
Substantivos: sol, mar, flor, dor, mel...
Adjetivos: mau, bom, má...
Pronomes: eu, tu, nós, mim...
Advérbios: lá, cá, bem, já...
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO III
Segundo o Novo Acordo Ortográfico
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”, “E”, “O”, "ÊM", "ÉM", "ÉNS", seguidas ou não de “S”, inclusive
as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou “LA(s)”. Também recebem acento as oxítonas terminadas 
em ditongos abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”, seguidos ou não de “S”
Ex.
Chá Mês nós
Gás Sapé cipó
Dará Café avós
Pará Vocês compôs
vatapá pontapés só
Aliás português robô
dá-lo vê-lo avó
recuperá-los Conhecê-los pô-los
guardá-la Fé compô-los
réis (moeda) Véu dói
méis céu mói
pastéis Chapéus anzóis
ninguém parabéns Jerusalém
Resumindo:
Só não acentuamos oxítonas terminadas em “I” ou “U”, a não ser que seja um caso de hiato. Por exemplo: as 
palavras “baú”, “aí”, “Esaú” e “atraí-lo” são acentuadas porque as vogais “i” e “u” estão tônicas nestas 
palavras.
2. Acentuamos as palavras paroxítonas quando terminadas em:
•L – afável, fácil, cônsul, desejável, ágil, incrível.
•N – pólen, abdômen, sêmen, abdômen.
•R – câncer, caráter, néctar, repórter.
•X – tórax, látex, ônix, fênix.
•PS – fórceps, Quéops, bíceps.
•Ã(S) – ímã, órfãs, ímãs, Bálcãs.
•ÃO(S) – órgão, bênção, sótão, órfão.
•I(S) – júri, táxi, lápis, grátis, oásis, miosótis.
•ON(S) – náilon, próton, elétrons, cânon.
•UM(S) – álbum, fórum, médium, álbuns.
•US – ânus, bônus, vírus, Vênus.
Também acentuamos as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes (semivogal+vogal):
Névoa, infância, tênue, calvície, série, polícia, residência, férias, lírio.
3. Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Ex. México, música, mágico, lâmpada, pálido, pálido, sândalo, crisântemo, público, pároco, proparoxítona.
QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS ENCONTROS VOCÁLICOS
4. Acentuamos as vogais “I” e “U” dos hiatos, quando:
•Formarem sílabas sozinhos ou com “S”
Ex. Ju-í-zo, Lu-ís, ca-fe-í-na, ra-í-zes, sa-í-da, e-go-ís-ta.
IMPORTANTE
Por que não acentuamos “ba-i-nha”, “fei-u-ra”, “ru-im”, “ca-ir”, “Ra-ul”, se todos são “i” e “u” tônicas, 
portanto hiatos?
Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos de “ruim”, “cair” e “Raul” formam 
sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente. Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando 
naturalmente a sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai permanecer em nomes próprios e seus 
derivados, de origem estrangeira, como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
6. Acento Diferencial
O acento diferencial permanece nas palavras:
pôde (passado), pode (presente)
pôr (verbo), por (preposição)
Nas formas verbais, cuja finalidade é determinar se a 3ª pessoa do verbo está no singular ou plural:
SINGULAR PLURAL
Ele tem Eles têm
Ele vem Eles vêm
Essa regra se aplica a todos os verbos derivados de “ter” e “vir”, como: conter, manter, intervir, deter, 
sobrevir, reter, etc.
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO IV
Trema
Não se usa mais o trema, salvo em nomes próprios e seus derivados.
Acento diferencial
Não é preciso usar o acento diferencial para distinguir:
1.Para (verbo) de para (preposição)
“Esse carro velho para em toda esquina”.
“Estarei voltando para casa daqui a uma hora”.
1.Pela, pelo (verbo pelar) de pela, pelo (preposição + artigo) e pelo (substantivo)
2.Polo (substantivo) de polo (combinação antiga e popular de por e lo).
3.pera (fruta) de pera (preposição arcaica).
A pronúncia ou categoria gramatical dessas palavras dar-se-á mediante o contexto.
Acento agudo
Ditongos abertos “ei”, “oi”
Não se usa mais acento nos ditongos ABERTOS “ei”, “oi” quando estiverem na penúltima sílaba.
He-roi-co ji-boi-a
As-sem-blei-a i-dei-a
Pa-ra-noi-co joi-a
OBS. Só vamos acentuar essas letras quando vierem na última sílaba e se o som delas estiverem aberto.
Céu véu
Dói herói
Chapéu beleléu
Rei, dei, comeu, foi (som fechado – sem acento)
Não se recebem mais acento agudo as vogais tônicas “I” e “U” quando forem paroxítonas (penúltima sílaba 
forte) e precedidas de ditongo.
feiura baiuca
cheiinho saiinha
boiuno
Não devemos mais acentuar o “U” tônico os verbos dos grupos “GUE/GUI” e “QUE/QUI”. Por isso, esses 
verbos serão grafados da seguinte maneira:
Averiguo (leia-se a-ve-ri-gu-o, pois o “U” tem som forte)
Arguo apazigue
Enxague arguem
Delinguo
Acento Circunflexo
Não se acentuam mais as vogais dobradas “EE” e “OO”.
Creem veem
Deem releem
Leem descreem
Voo perdoo
enjoo
Outras dicas
Há muito tempo a palavra “coco” – fruto do coqueiro – deixou de ser acentuada. Entretanto, muitos alunos 
insistem em colocar o acento: “Quero beber água de côco”.
Quem recebe acento é “cocô” – palavra popularmente usada para se referir a excremento.
Então, a menos se que queira beber água de fezes, é melhor parar de colocar acento em coco.
Para verificar praticamente a necessidade de acentuação gráfica, utilize o critério das oposições:
Imagem armazém
Paroxítonas terminadas em “M” não levam acento, mas as oxítonas SIM.
Jovens provéns
Paroxítonas terminadas em “ENS” não levam acento, mas as oxítonas levam.
Útil sutil
Paroxítonas terminadas em “L” têm acento, mas as oxítonas não levam porque o “L”, o “R” e o “Z” deixam a 
sílaba em que se encontram naturalmente forte, não é preciso um acento para reforçar isso.
É por isso que: as palavras “rapaz, coração, Nobel, capataz, pastel, bombom; verbos no infinitivo (terminam 
em –ar, -er, -ir) doar, prover, consumir são oxítonas e não precisam de acento. Quando terminarem do 
mesmo jeito e forem paroxítonas,

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