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Concessão e Época das Férias 2018 - Considerações - Coleção Trabalhista - FiscoNet

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VERSÃO PARA IMPRESSÃO | Publicada em 30/04/2018 10:45 por FiscoNet
Concessão e Época das Férias 2018 ­ Considerações
 
 
1. Introdução
2. Concessão e Época das Férias
3. Início das Férias
4. Fracionamento das Férias
5. Férias fracionadas e o abono pecuniário
6. Menores de 18 e maiores de 50 anos de idade
7. Membros da Família
8. Requisitos para Concessão
9. Prestação de serviços durante as Férias
10. Férias e Aviso Prévio ­ Concomitância ­ Impossibilidade
11. Adiantamento do 13º Salário com as Férias
12. Empregado acometido de Doença durante as Férias
13. Gestante ­ Superveniência de Parto
 
 
1. Introdução
 
A Constituição Federal de 1988 assegura, dentre outros direitos sociais do trabalhador urbano e rural, o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais
do que o salário normal.
 
Este direito, está compreendido nos artigos 129 a 153 da CLT, e tem como finalidade básica a recuperação das forças gastas pelo trabalhador no curso de cada ano de serviços
prestados ao mesmo empregador, permitindo o afastamento do ambiente onde cotidianamente executa suas tarefas.
 
As férias não representam um prêmio que é concedido ao empregado após um ano de serviços prestados ao seu empregador, mas sim, um direito cujo exercício lhe é
assegurado constitucionalmente. Direito este que, não pode ser objeto de renúncia nem de transação pelas partes integrantes da relação de empregado.
 
Assim, todo empregado tem direito, anualmente, ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, o qual, observadas outras condições, é concedido por ato do
empregador, que fixa a época que melhor atenda aos seus interesses, não podendo, contudo, ultrapassar o limite dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito pelo
empregado, sob pena de pagamento em dobro.
 
As férias são concedidas em dias corridos ou sucessivos, abrangendo os dias em que não há trabalho na empresa, tais como, domingos e feriados que se contiverem no
período de gozo. 
 
2. Concessão e Época das Férias
 
As férias são concedidas por ato do empregador em um só período, nos 12 meses subseqüentes à data em que o empregado completar o aquisitivo sob pena de pagamento
em dobro, da respectiva remuneração, e sujeição à multa administrativa.
 
(artigo 134 e 137 da CLT)
 
3. Início das Férias
 
Com o objetivo de proporcionar ao empregado a recuperação da capacidade física e mental, as férias devem iniciar em dia útil (excluindo­se, portanto, os domingos e feriados,
bem como sábados já compensados), a exemplo da previsão expressa em vários acordos, convenções ou dissídios coletivos de trabalho, caso em que o sindicato da categoria
profissional respectiva deve ser consultado. Nesse sentido, anterior a reforma trabalhista já determinava o Precedente Normativo nº 100 do TST.
 
FÉRIAS – INÍCIO DO PERÍODO DE GOZO: o início das férias, coletivas ou individuais, não poderá coincidir com o sábado, domingo, feriado ou dia de compensação de repouso
semanal.
 
Referente ao início das férias, a partir da reforma trabalhista  é vedado o início das férias no período de 2 dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
 
(CLT, art. 134 , §§ 1º e 3º)
 
4. Fracionamento das Férias
 
Desde 11.11.2017, com a publicação da Lei 13.476 de 2017 (reforma trabalhista) ficou estabelecido no § 1º do art. 134 da CL , que desde que haja concordância do
empregado, as férias poderão ser usufruídas em até 3 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5 dias
corridos, cada um.
 
5. Férias fracionadas e o abono pecuniário
 
Conforme a CLT, as férias poderão ser usufruídas em até 3 períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a 5
dias corridos, cada um.
 
É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes
(CLT, art. 143, caput).
 
Dessa forma, havendo o fracionamento das férias, atendidos os requisitos legais já mencionados, o empregado poderá usar da faculdade legal que lhe é atribuída e converter
1/3 do período restante de férias individuais em abono pecuniário, garantidos os períodos mínimos de gozo.
 
Assim, somente poderá ocorrer a conversão em abono pecuniário de 1/3 do período que resta das férias, uma vez que, parte delas já foi gozada e não há como converter o que
já foi usufruído. Logo, o direito do trabalhador no momento do gozo dos dias restantes de férias não corresponde mais à sua integralidade.
 
(CLT, art. 134 e Lei nº 13.467/2017)
 
6. Menores de 18 e maiores de 50 anos de idade
 
Com base na reforma trabalhista em vigor desde 11.11.2017, ficou revogado o § 2º do art. 134 da CLT, que estabelecia que aos menores de 18 anos e aos maiores de 50 anos
de idade, as férias seriam sempre concedidas de uma só vez. Assim, a partir de 11.11.2017, tais trabalhadores poderão usufruir férias fracionadas.
 
(CLT, art. 134, § 2º)
 
7. Membros da Família
 
Os membros de uma família, que trabalham no mesmo estabelecimento ou empresa, têm direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se deste fato não
resultar prejuízo para o serviço.
(CLT, art. 136, § 1º)
 
8. Requisitos para Concessão
 
Para fins de concessão das férias, deverá o empregador observar:
 
a) participação por escrito ao empregado ("Aviso de Férias") com antecedência mínima de 30 dias do início do efetivo gozo e assinatura do empregado no respectivo
documento;
 
b) anotação da concessão de férias no livro ou na ficha de registro de empregados;
 
c) apresentação da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) para a devida anotação da concessão, sob pena de o empregado não poder entrar no gozo das férias.
 
(CLT, artigo 135)
 
9. Prestação de serviços durante as Férias
9. Prestação de serviços durante as Férias
 
Observa­se que, o empregado em gozo de férias não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê­lo em virtude de contrato de trabalho.
 
A legislação atual não traz vedação para acumulação de empregos, simultaneamente. Ainda nesta seara, deverá ser observado, a não­coincidência de horários de trabalho,
intervalos mínimos para repouso e refeição, dentre outros.
 
Tendo em vista que a finalidade das férias é exatamente permitir o descanso ao empregado, justifica­se a proibição de trabalhar ao empregador que as concede, e a outro, com
quem não mantenha vinculação de emprego regular.
 
(Constituição Federal, art. 7º, inciso XVII, e CLT, art. 129, art. 134 e art. 138)
 
10. Férias e Aviso Prévio ­ Concomitância ­ Impossibilidade
 
As férias e o aviso prévio são institutos distintos, os quais tem finalidades diversas. O aviso prévio permite ao empregado dispensado sem justa causa a procura de nova
colocação no mercado, ou seja, a busca de novo trabalho.
 
As férias por outro lado tem como objetivo promover o descanso e o lazer do trabalhador.
 
Assim, não há como promover a concessão de férias e aviso prévio ao mesmo tempo.
 
11. Adiantamento do 13º Salário com as Férias
O empregado que pretende receber a 1ª parcela do 13º salário (adiantamento) juntamente com as férias deve requerê­la no mês de janeiro do correspondente ano.
 
Ressalta­se que, o adiantamento da 1ª parcela, por ocasião das férias, somente é possível quando estas são gozadas entre os meses de fevereiro e novembro.
 
(Lei nº 4.749/1965, art. 2º e Decreto nº 57.155/1965, art. 4º)
 
12. Empregado acometido de Doença durante as Férias
 
No caso do empregado adoecer no curso das férias, o respectivo gozo não é suspenso ou interrompido, fluindo o período normalmentea título de férias.
 
Contudo, se após o término das férias a doença persistir, a empresa deve pagar os primeiros 15 dias de afastamento (ou período inferior, conforme o caso), mediante atestado
médico, contados a partir da data em que o empregado deveria retornar das férias. Após o 15º dia de afastamento, compete à Previdência Social o pagamento do auxílio­
doença previdenciário.
 
(Decreto nº 3.048/1999, arts. 71 e 72)
 
13. Gestante ­ Superveniência de Parto
 
Ocorrendo o nascimento do filho(a) no decorrer das férias, ou adoção de criança ou ainda obtenção de guarda judicial para fins de adoção que possibilite a concessão de
salário­maternidade o gozo das mesmas pela empregada fica suspenso durante o período do salário­maternidade (120 dias), sendo retomado logo após o término do benefício
previdenciário, com o conseqüente pagamento das diferenças salariais decorrentes de aumentos eventualmente ocorridos no período da licença­maternidade.
 
(CLT, art. 131, inciso II, c/c o art. 393)
 
 
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