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1 Universidade Anhanguera Uniderp Centro de Educação à distância Unidade Rondonópolis / MT Curso de Gestão Pública Disciplinas Aplicadas: Matemática Financeira, Contabilidade Básica Desafio Profissional Rondonópolis / MT 2018 2 SUMÁRIO Introdução Passo 1 Passo 2 Passo 3 Passo 4 Conclusão Referência Bibliográfica 3 INTRODUÇÃO Este desafio tem como base o objetivo proposto em desenvolver os conhecimentos que nos foi proposto, utilizando algumas disciplinas na resolução de uma situação abordada, podendo desta forma escolher limitado no que nos foi capacitado, maneiras cabíveis em refletir e solucionar tal situação, em meio a que a gestão pública oferece. O desafio proposto tem como tema escolhido , uma situação real em que o país tem passado, a grande falta de medicamento para pessoas que são portadoras de doenças raras, a situação em si , detalha um tipo de doença, a Atrofia Muscular Espinhal (A.M.E), doença em que a pessoa perde com o tempo sua força muscular. A A.M.E possui um medicamento, que tem sido esperança para o tratamento da doença, e inclusive já foi aprovado pela FDA, nos Estados Unidos, mas o grande problema é que o custo para esta medicação é altíssimo não é fabricado no Brasil, hoje estimasse 10 mil pessoas portadora da doença, e o desafio que temos é. Será que nossos munícipios estão preparados financeiramente para o tratamento desta doença? Quais alternativas poderão ser feitas para tratar essas pessoas? Veremos as respostas destas perguntas mais para frente,com a resolução do passo a passo do desafio proposto. 4 DESAFIO PROFISSIONAL CURSO: GESTÃO PÚBLICA SÉRIE: 3ª DISCIPLINAS NORTEADORAS: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA; FINANÇAS PÚBLICAS E ORÇAMENTO MUNICIPAL; TEORIA POLÍTICA; CONTABILIDADE BÁSICA E MATEMÁTICA FINANCEIRA DESAFIO PROFISSIONAL 1 . Doenças raras e suas medicações 2. PASSO 1 A proposta da PEC 241/2016 , veio como meta mobilizar e alertar sobre a real situação financeira que o país vem passando, propondo assim um novo rumo nas contas públicas. Devido ano a ano a dívida bruta do Governo elevar (houve um aumento de 51,7% do PIB em 2013 para 67,5% em 2016), a preocupação em consequências futuras, como aumento da taxa de juros, redução de investimentos, perda da confiança, é necessário que se inicie medidas preventivas para que isso não aconteça. O novo regime proposto é fixar limites para orçamentos de despesas primarias, no ano subsequente a aprovação desta medida, o orçamento limite será sempre corrigido pela inflação do ano anterior. A fixação de limites nas despesas primárias , seria vantajoso , pois desta forma, evitaria que para que o setor público fechasse as contas anuais no vermelho , elevasse a carga tributária , subtraindo assim recursos que impactasse para sociedade. 5 Com os conhecimentos trabalhados na disciplina Teoria Política, Tipos de Estado, Funções de Estado, discorra sobre a PEC 241/2016 para o setor da saúde e assistência social no Brasil foi proposto seguintes questionamento: ✓ O que é a PEC 241/2016 e qual seu objetivo? A PEC 241/2016 é uma medida apresentada pelo governo, diante de uma grave crise financeira e com o objetivo de instituir um novo regime fiscal no país, equilibrando o crescimento econômico, contendo e estabelecendo um teto nos gastos públicos, a criação da PEC teve como proposta diminuir o PIB do país, sendo ela uma Emenda á Constituição. Com a criação da PEC foi estabelecido alguns objetivos propostos, como a limitação das despesas primarias da União (gastos sociais e custeios dos serviços públicos) em relação aos gastos aplicados no ano anterior, sendo corrigido pelo IPCA, possibilitando assim a LDO definir como base e regra o limite orçamentário dos poderes legislativo, executivo, judiciário, MPU, e Defensoria Pública da União. O período de validade dessa nova regra é de 20 anos, podendo ser revisado depois dos 10 primeiros anos, qualquer poder que descumprir os limites estipulados nos gastos será penalizado no ano posterior, com proibição de meios que aumentem o gasto público. ✓ Quanto aos recursos, o que será modificado quanto aos gastos mínimos atuais /e futuros? Os gastos públicos serão limitados, o orçamento será baseado no teto da inflação do ano anterior, em outras palavras, podendo assim gastar o mesmo valor do ano anterior, corrigido pela inflação. Recursos mínimos como saúde educação, vem sendo planejado que cresçam em função da inflação e que não variem conforme a receita, já gastos de outras áreas seriam reduzidos, 6 mantendo assim o valor mínimo de gastos estabelecidos em 2016 nas áreas de saúde e educação. ✓ Quais os problemas e/ou dificuldades que a PEC 241/16 sinaliza? Uma das principais críticas apontadas, é os gastos com previdências ter ficado fora do pacote, sendo só ela, responsável por 40% dos gastos públicos, a PEC irá limitar 50% do orçamento, ficando o restante isento dos limites impostos, o salário mínimo por exemplo, indiretamente irá impactar na previdência, pacote que foi deixado de lado. Segundo apontado por especialistas, caso o governo não adote medidas de mudança na previdência, sendo este um gasto que vem aumentando com a medida do tempo, poderá futuramente causar grandes consequências em pacotes limitados pela medida, podendo ocorrer cortes e redução em outras áreas, saúde e educação por exemplo. Estipulando um congelamento de 20 anos os limites de gastos públicos , a PEC 241 estabelece o ajuste fiscal limitado , desprezando inesperadas melhorias na economia do país, essa nova medida proposta pelo governo retira da sociedade e do parlamento o direito de formular orçamentos de pacotes que crescerão conforme a variação da inflação. 3 . PASSO 2 A administração pública é desenvolvida pelo estado e agentes administrativos, sob o regime do Direito Público, essa atividade é voltada a atender as necessidades 7 de toda a coletividade, sempre obedecendo os princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, a função desses princípios é server como base de diretrizes a serem seguidas. Partindo da definição de Administração Pública, para Matias-Pereira (2012): ✓ Como poderia se dar a implementação de uma gestão pública voltada para o atendimento de pessoas portadoras de doenças raras? Preparar médicos para acolher pessoas portadoras de doenças raras, já que os sintomas nem sempre são evidentes e existe hoje no país poucos especialistas com formação específica, essa é a primeira medida tão necessária quanto a implementação de laboratórios onde possam obter diagnósticos avançados, clinicas especializadas em acompanhar os tratamentos continuas e de acesso aos pacientes baixa renda. O tratamento para pessoas portadoras de doenças raras é caro, sendo muitas vezes não acessível a todos que são portadoras, a dificuldade começa quando o paciente não tem recurso para comprar e o SUS não disponibiliza tal medicamento, tendo como única medida recorrer a justiça para conseguir meios em que o estado disponibilize o medicamento gratuitamente, devido ao grande numero de processos ( responsável por de um dos aumentos dos gastos públicos), algumas prefeituras não disponibilizam de orçamento para arcar com tais despesas, causandograves problemas orçamentários, situação que pequenos municípios passam quando se vê obrigado a comprar medicamento de 100..200..300 mil reais, comprometendo todo orçamento da saúde de seu município. Sendo o recurso a judicialização não bem visto, devido quem acionar a justiça muitas vezes não é o mais carente, aumentando assim as desigualdades È necessário uma atenção especial do Ministério de Saúde , com políticas públicas avançadas e de fácil acesso, voltadas a pessoas com doença rara, se preocupando no tratamento adequado da doença e não na quantidade de pessoas que serão atendidas, preparando a sociedade através 8 de programas com a finalidade de esclarecimento e para que faça o diagnostico correto. O país disponibiliza de tantas faculdades excelentes com grandes centros de pesquisas, porém , com pouco investimento do poder público, são parcerias como essas necessárias para investimentos em pesquisas voltas a área de saúde, na busca de medicamentos que possa chegar até a sociedade. ✓ Ainda quando falamos em gestão pública, o Estado nem sempre consiste no ator exclusivo e principal, mas sim pode contar com a presença de demais atores e instituições na forma de parcerias público-privadas ou com organizações sociais, por exemplo. Como, nesse contexto, poderiam se dar tais parcerias e como poderiam contribuir para a solução efetiva dos problemas encontrados em nosso país? Em uma PPP o projeto é de responsabilidade da empresa privada, desde sua elaboração, financiamento e operação, sendo assim paga pelo estado de acordo com seu serviço prestado, mediante contrato, o estado assume o risco do projeto, ficando ele uma espécie de sócio das empresas. Essa parceria ou com qualquer outra entidade só poderá dar certo a partir do momento em que o estado estiver disposto a investir alto em projetos de melhorias, mesmo que seja de sua responsabilidade, todo gasto orçamentário é realizado pela empresa privada. Encontramos tanto desvios do dinheiro público, que se faz necessário ter um órgão especializado em fiscalizar a execução de contratos firmados entre setor público e privado, se estão sendo realizados dentro do prazo, cumprindo aquilo que foi firmado, garantindo assim uma segurança coletiva e o bem comum. Devido a má fama que o estado tem de má pagadora, acaba afastando o investimento de grandes empresas, é necessário fornecer garantias de segurança de que a empresa irá ter retorno de receber seu dinheiro. 4 . Passo 3 9 As entidades sem fins lucrativas são conhecidas hoje como terceiro setor, até recente se conhecia apenas dois – o público e o privado, cada um com suas prerrogativas, sendo de um lado o estado, administração publica e a sociedade do outro a iniciativa particular e os indivíduos. Sendo definido o terceiro setor aquele que não é publico ne privado, possuindo uma relação paralela com ambas, composto por organizações de natureza privada sem objetivo de lucro, tendo fins destinados a objetivos sociais. As entidades sem fins lucrativos não possui uma legislação própria, devendo então na área contábil, seguir princípios fundamentais de contabilidade, sendo obrigatório a escrituração contábil. As entidades , possui imunidade tributária, tendo sua garantira a partir da CF art. 150, VI. "Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei". Em 15 de abril de 2005 o Conselho de Contabilidade editou a Resolução n 1.026 – NBC T 19.4, onde trata dos Incentivos Fiscais, subvenções , doações governamentais e que trouxe quais seriam os procediemntos específicos de escrituraão contábil das doações e etc. Em 2007 houve outra alteração de lei , onde foi definido regras e procedimentos de contabilização. Enfim em 21/09/2012, Conselho Federal de Contabilidade , aprovou a ITG 2002 – entidades sem Finalidade de lucro , estabelecendo critérios e procedimento contábeis específicos para entidade do Terceiro Setor, visando assim consolidar e integrar as resoluções e normas já criadas. Com base nas informações apresentadas no desafio e na legislação contábil disponível as entidades sem fins lucrativos, segue explicação: ✓ como devem ser reconhecidas as despesas e receitas para esse tipo de entidade; 10 As receitas e as despesas deverão ser reconhecidas mensalmente, respeitando os princípios fundamentais da Contabilidade e da competência. De acordo com o NBCTE, é permitido o reconhecimento também da receita no momento em que é recebido, mas somente em caso em que não há meios de confrontar futuramente com custos ou despesas dos períodos beneficiados. ✓ quando será reconhecida a receita referente ao recebimento e aplicação dessa subvenção. A receita recebida pelo órgão, só poderá ser reconhecida até que tenha certeza que: irá cumprir todas as condições estabelecidas e relacionadas a subvenção; e terá garantias que a subvenção será recebida. Uma subvenção deve ser reconhecida como receita ao passar do período e devera ser pareada com as despesas que pretende ser compensada, também não poderá ser creditada diretamente no patrimônio líquido. Lembrando que caso o órgão não gaste todo dinheiro recebido e não cumpriu as exigências, para o recebimento desta subvenção, deverá devolver para o governo, o valor não gasto. 5 . Passo 4 O conhecimento em matemática financeira tem sido cada vez mais útil , em investimentos e aplicações financeiras, até mesmo em tarefas simples do nosso cotidiano, é utilizada uma série de conceitos matemáticos aplicados a analise de dados financeiros. Utilizando o conhecimento adquirido sobre matemática financeira foi proposta nessa etapa resolução seguinte: 11 Em nosso desafio, foi demonstrado que a medicação no primeiro ano custa R$ 3 milhões. Acredita-se, hipoteticamente, que a documentação leva um ano para ser entregue para o fornecimento do Spinraza. Se a prefeitura investir esse valor durante um ano, com juros compostos de 12% a.a, qual será o montante composto ao final desse ano? P= R$ 3.000.000,00 I= 1% a.m = 0,01 t= 12 meses M= ? M=P.(1+i)n M= 3.000.000.(1+0,01)12 = 3.000.000.(1,01)12 M= 3.360.000,00 6 . Passo 5 O ciclo orçamentário é o período de tempo em que se processam as atividades do orçamento público. Esse processo é dinâmico , é através dele que se elabora/planeja , aprova , esxecuta, controla/avalia a programação de despesas do setor publico. Segundo Sanches, extraído de “SANCHES, Osvaldo Maldonado: O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988: Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro: FGV, v. 27, n.4, pp. 54-76, out./dez. 1993”, o ciclo orçamentário ampliado desdobrar-se em oito fases, quais sejam: _ formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo; 12 _ apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo; _ proposição de metas e prioridades para a administração e da política de alocação de recursos pelo Executivo; _ apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo; _ elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo; _ apreciação, adequação e autorização legislativa; _ execução dos orçamentos aprovados;_ avaliação da execução e julgamento das contas. O orçamento , apesar de varias ideias apresentadas por autores, se espalha em três documentos distindos, Plano Plurianual (PPA),, Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) e Lei orçamentaria (LOA), se integrando entre si de forma que uma não pode se discordar da outra. O nosso foco no presente desafio será prever na LOA a aquisição e distribuição do medicamento para o paciente. Posto isso, você deverá: a) indicar quais os princípios orçamentários a LOA deve obedecer; 1.0 Princípio da Anualidade, ou periodicidade: a LOA vigora de um exercício financeiro, deve ser elaborado para um ano; 2.0 Princípio da Unidade ou totalidade: existe somente na LOA, uma peça única para todos os órgãos, de todos os poderes. 3.0 Principio da Universalidade: todas as receitas e despesas devem constar na LOA; 13 4.0 Principio da Exclusividade: de regra a LOA não pode conter dispositivos estranho a fixação da despesa e previsão de receita; b) pesquisar sobre o modelo de Lei Orçamentária Anual utilizada no seu município; A LOA 2018 do município de Rondonópolis foi realizado através da LEI N°9.549, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017, onde estima a receita e fixa a despesa para o exercício de 2018, foi fixado em R$ 989.345.469,34 , para administração Direta e Indireta , e dá outras providências. A receita orçamentaria será realizada mediante arrecadação de tributos, transferências e outras fontes de recursos, conforme legislação vigente. A execução Orçamentária do exercício 2018 de Rondonópolis foi realizado em conformidade com o disposto da Lei n° 4.320/64. c) pesquisar e indicar em qual rubrica orçamentária o município deverá prever na LOA a aquisição do referido medicamento. Administração Direta , conta 2205 – Assistência Farmacêutica, provisão R$ 3. 442.912,00. 14 Conclusão 15 Referencias Bibliográficas BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 48. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015. FERLIE, Ewan; ASBURNER, Lynn; FITZGERALD, Louise; PETTIGREW, Andrew. A nova administração pública em ação. Brasília: Ed. UNB; ENAO, 1999. CARVALHO, Deusvaldo. Orçamento e contabilidade pública: teoria e prática. Campo Grande: Ruy Barbosa, 2005. SILVA, José Afonso da apud MEIRELLES, Hely Lopes.Direito municipal brasileiro. 15.ed. São Paulo: Malheiros, 2006. Marcus Vinicius Quintella Cury. «Matemática Financeira» (PDF). FGV. Consultado em 14 de setembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 10 de dezembro de 2014
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