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Modelo Contrarrazão de recurso Ordinário JT

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DE GOIÂNIA/GO.
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO
Processo nº 0010001-10.2017.518.0002
Albano Machado, já qualificada nos autos em epígrafe, por intermédio de sua procuradora subscritora, vem, respeitosamente, perante V. Exa., apresentar:
CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO
Interpondo e requerendo, para tanto, o seu recebimento, regular processamento e posterior remessa ao Egrégio TRT da 3ª Região.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
CIDADE, DATA.
ADVOGADO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
CONTRARRAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: Maria José Pereira.
Recorrido: Albano Machado.
Processo nº0010001-10.2017.518.0002– 2ª Vara do Trabalho de goiânia/GO 
COLENDA TURMA,
EMÉRITOS JULGADORES:
Em que pese o inconformismo da Recorrente, temos que, a r. sentença, nos pontos atacados, não merece os reparos veiculados pela recorrente, vez que, está em consonância com o acervo probatório carreado aos autos, devendo ser negado provimento ao recurso da Recorrente, conforme as razões de fato e de direito a seguir narradas.
1 – Feriados laborados em dobro
Houve labor em domingos e feriados, sem que houvesse folga compensatória ou remuneração diferenciada pelo trabalho desenvolvido nestes dias, nos termos da Lei n. 605/49, razão pela qual requer o pagamento em dobro dos domingos e feriados trabalhados durante todo o contrato de trabalho. 
A referida lei dispõe em seu art. 1º, que “todo o trabalhador empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local”. A respeito desse assunto dispõe a súmula 444 do TST, ficando evidenciado o direito do reclamante, fato este que é respeitado na sentença do juízo de piso, que reconheceu a incidência do pagamento em dobro.
O pleito do reclamante de pagamento de domingos e feriados em dobro merece ser acolhido parcialmente. A Súmula 444, do Colendo TST, dirime esta questão: Súmula n0 444 do TST JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE 12 POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 - republicada em decorrência do despacho proferido no processo TSTPA-504.280/2012.2 - DEJT divulgado em 26.11.2012 É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas. Como se infere, há previsão expressa de que o feriado deve ser pago em dobro. Isto porque o trabalhador, mesmo no regime 12x36, tem direito à folga neste dia, além daquelas 36 horas de descanso que são inerentes ao sistema em questão. Uma vez ocorrido o labor em dia de feriado, sem qualquer compensação, é devido seu pagamento em dobro.
Dessa forma torna-se inequívoco a existência do direito do reclamado em receber o pagamento de suas devidas verbas. Algo que no recurso ordinário da reclamada é arguido de forma erronia em uma tentativa deturpar a interpretação normativa.
2 – Intervalo intrajornada 
A sentença do juízo a quo julgou de forma acertada a procedência dos intervalos de intrajornada deferindo ao trabalhador o pagamento de uma hora por dia decorrente da supressão o intervalo intrajornada, acrescida de 50%, a partir de 02/06/2015 até o término do contrato de trabalho, com os reflexos legais. Mas uma vez o magistrado analisa a matéria de forma acertada, tendo em vista que, nos autos não se vislumbra qualquer cartão de ponto, como exige o art. 12, da referida Lei Complementar. Ademais, não foi ouvida nenhuma testemunha a respeito da pausa intervalar e o ônus probatório era da reclamada.
Conforme dispõe o artigo 71 da CLT: “Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas”. Restando o evidente abuso do empregador, que não conseguiu comprovar o contrário. Fato este que também comina em flagrante transgressão ao entendimento sumulado pelo TST no enunciado de numero 437: “I - Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento total do período correspondente, e não apenas daquele suprimido, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT), sem prejuízo do cômputo da efetiva jornada de labor para efeito de remuneração.
II - É inválida cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho contemplando a supressão ou redução do intervalo intrajornada porque este constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantido por norma de ordem pública (art. 71 da CLT e art. 7º, XXII, da CF/1988), infenso à negociação coletiva.  
III - Possui natureza salarial a parcela prevista no art. 71, § 4º, da CLT, com redação introduzida pela Lei nº 8.923, de 27 de julho de 1994, quando não concedido ou reduzido pelo empregador o intervalo mínimo intrajornada para repouso e alimentação, repercutindo, assim, no cálculo de outras parcelas salariais.
IV - Ultrapassada habitualmente a jornada de seis horas de trabalho, é devido o gozo do intervalo intrajornada mínimo de uma hora, obrigando o empregador a remunerar o período para descanso e alimentação não usufruído como extra, acrescido do respectivo adicional, na forma prevista no art. 71, caput e § 4º da CLT.”
3 – Indenização por danos morais
A decisão de primeiro grau condenou a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no importe de R$ 10.000,00 pelo fato de ter sido aposto na CTPS do trabalhador que a rescisão do contrato de trabalho se deu por justa causa. Respeitando o princípio da proporcionalidade e atendendo os requisitos da gravidade da lesão e o bem jurídico afetado, de outro modo a alegação da reclamada de que não ficou demonstrado qualquer dano constrangimento com a anotação da dispensa por justa causa na CTPS do trabalhador, não tem o condão de afastar o dever de indenizar. Isto porque se trata da típica hipótese de dano moral in re ipsa, isto é, situação em que a gravidade da conduta é por si só suficiente para acarretar a reparação civil, sendo desnecessária qualquer prova do abalo psicológico da vítima, atendendo assim os requisitos dos Arts. 186 e 927 do Código Civil.
4 – Da litigância de má fé 
Conforme esclarecido alhures, a recorrente aviou o presente Recurso Ordinário com finalidade exclusivamente protelatória, pois destoam-se totalmente das provas já produzidas nos autos.
O art. 80 , I, do Código de processo Civil preceitua que é considerado litigante de má fé aquele que apresenta defesa sobre fato incontroverso.
No caso em tela, além de a Recorrente ter dado causa ao ajuizamento da presente ação, em razão de sonegar a reclamante direitos constitucionais trabalhistas, inclusive de natureza salarial, alimentar, é necessário considerar ainda que esta vem se opondo injustificadamente a presente Ação, com finalidade meramente protelatória, faltando com a boa fé processual.
A jurisprudência dos Tribunais vem se manifestando cada vez mais favorável a condenação dos litigantes de má fé, a fim de se evitar que processos trabalhistas continuem se arrastando por extenso lapso temporal, ferindo, assim, a natureza célere da Justiça do Trabalho.
CONCLUSÃO
Diante de todas as razões acima expostas, pede e espera a Recorrida que se digne este Egrégio Tribunal de negar provimento ao Recurso Ordinário interposto pela reclamada, para mantera decisão recorrida nos exatos termos em que foi proferida, nos pontos atacados pela Recorrente.
Requer ainda a condenação da recorrida ao pagamento de multa por litigância de má fé, no importe de 10% sobre o valor corrigido da causa.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade, data.
ADVOGADO

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